Kissinger, o fim dos grandes secretários de estado

 Kissinger, judeu alemão e depois americano, passou por muitos presidentes americanos, ferrou com o Chile e com a Argentina, nos anos de chumbo, trouxe grandes malefícios ao Camboja, com grandes perdas humanas. Assinou o tratado de Paris, em 1973, que tirou os EUA do atoleiro do Vietnã, recebendo por isso o prêmio Nobel. Promoveu a ida do capitalismo para a China, permanecendo sempre um amigo leal dos líderes chineses. Adversário temível da URSS, foi um dos mentores de Gorbachev, o qual se encantou com o liberalismo americano. Escreveu diversos livros importantes, um dos quais, sobre a China, talvez o melhor já escrito sobre o tema.

O papel de Kissinger deve ser entendido no contexto da guerra fria, dentro da política intervencionista e excepcionalista americana. Historiadores de várias vertentes consideram Kissinger como um perfeito "genocida", o fato é que apoiou Pinochet no Chile, ditadura sangrenta que durou 17 anos, letal para milhares de chilenos; apoiou Videla, verdadeiro tirano, na Argentina, fruto da tenebrosa Escola das Américas, massacrou mais de 30 mil argentinos (a Argentina nunca mais encontrou um equilíbrio econômico ou social). Mas o maior ato genocida deu-se no Camboja, Kissinger apoiou o letal Khmer Vermelho, de Pol Pot, o qual trucidou mais de 2 milhões de civis cambojanos durante a letal guerra civil. 

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