OS EUA BOICOTAM O BRASIL?

 (JEFFREY SACHS):

 “Precisamos dissecar as operações secretas até porque elas acontecem basicamente em plena luz do dia.

 Encoberto não significa oculto; encoberto significa apenas negado à vista de todos.

 Assim, temos visto repetidamente eventos como golpes de estado, derrubadas e explosões de oleodutos, e eles simplesmente dizem: 'Não, isso não aconteceu.'

 Vou lhe contar outro exemplo disso. Eu era amigo de [Jean-Bertrand] Aristide no Haiti e tentei ajudá-lo brevemente num lugar absolutamente empobrecido que precisava de ajuda.

 Ele me disse: 'Jeff, eles vão me levar para sair'. E eu disse: 'Ah, não, senhor presidente, relaxe. Nós vamos cuidar disso. Muito estúpido e ingênuo da minha parte, mas eu disse: 'Não, não, está tudo bem, vamos resolver isso' e assim por diante.

 Então, é claro – este é George W. Bush Jr. – eles cortaram o Haiti do FMI, do Banco Mundial – todas as medidas habituais para a desestabilização antes que a CIA finalmente intervenha, muitas vezes literalmente para matar ou pelo menos figurativamente para derrubar .

 Então, um dia, o embaixador dos EUA entra e guia Aristide até um avião com cauda sem identificação e, 23 horas depois, ele está na África Central. Isto é o que é conhecido como golpe da CIA.

 Conheço a repórter que cobre esse assunto no New York Times e liguei para ela no dia seguinte. 'Você não vai cobrir o golpe? Eles levaram o presidente até uma cauda não identificada e o levaram para a África Central. E ela disse: 'Jeff, o editor não está interessado. Essas são todas as notícias que podem ser impressas.

 Então — a América é um lugar surreal — na segunda ou terça seguinte, eu estava testemunhando no Congresso em uma audiência onde todos diziam como amavam o Haiti e fariam tudo, e como era bom que os EUA tivessem protegido o presidente do Haiti de um perigo porque havia beligerantes vindo atacá-lo.

 Então, é claro, tudo é completamente esquecido na próxima hora, e ponto final. Isso é típico de como as coisas funcionam agora.

 Se agirmos com esta impunidade, se não houver responsabilização, a imprudência, a estupidez, na verdade a imbecilidade disso, continua a expandir-se, e é onde estamos hoje, e é extraordinariamente perigoso.

 Não estamos apenas fazendo coisas terríveis, mas também coisas delirantes.

Tal como Blinken diz que vamos garantir que a NATO se alargue à Ucrânia, uma vez que centenas de milhares de ucranianos estão a morrer no campo de batalha, e não temos forma, plano, forma ou decência, quero dizer, toda a ideia está errada, mas não maneira de fazer isso.

 Mas o que estamos fazendo é garantir que a guerra continuará."


A atividade persecutória do judiciário brasileiro atual é um fenômeno global, usurpa poderes acima das leis, invertendo-as, à vontade. Um judiciário politizado é ideal para o autocrata pois não precisa prestar contas nem ao povo nem às outras instituições (exceto em questões financeiras e contábeis). O Estado Jurisdicional é um "estado de exceção" e se vende como o único poder capaz de "impedir o pior". O mais provável aqui é que nossa corte politizada deve dobrar a aposta e mandar Musk passear no bosque, para bem ou para mal.

O STF não está simplesmente acima da lei, ele é a propria lei que temos e merecemos, não há nada acima dele, se o STF perseguiu alguém de modo injusto ou descabido, caberia a nós resolvermos isso, e não o dono de uma rede social, por mais rico e gostosão que seja. Se queremos uma corte melhor, nós, brasileiros, devemos obtê-la, por nós mesmos. É claro, sob a briguinha birrenta, direita x esquerda, ninguém se entende, o STF nada de braçada, e enquadra quem ele quiser. Sob qualquer ângulo que se olhe o escândalo musk x STF, tudo parece fortalecer a direita. A fritura de Moraes parece certa. A cruzada anti-bolsonarista vai caindo no campo do ridículo.


(Wellington)

NA IMPRENSA ESPECIALIZADA 

As exportações de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia aumentaram mais de 4% no primeiro trimestre deste ano. Isso ocorreu devido ao aumento da produção para substituir as exportações sancionadas de gás russo para a Europa. 

De acordo com o jornal russo Kommersant, as exportações não sancionadas de GNL aumentaram 4,3% (8,7 milhões de análises) no primeiro trimestre de 2024, com as exportações para a (EU) União Europeia aumentando e as exportações para a Ásia atrapalhando. 

As exportações para a Ásia registraram um declínio de 7%, que foi compensado por um aumento de 4% nas exportações para a Europa. Durante esse período, a Europa recebeu cerca de 5 milhões de toneladas de GNL russo. A maior parte da produção de GNL da Rússia vem do projeto Yamal LNG, gerenciado pela Novatek, e do projeto Sakhalin Energy, gerenciado pela Gazprom.

No final de março, Moscou decidiu vender a participação minoritária da Shell no projeto Sakhalin LNG para a estatal Gazprom por um bilhão de dólares. Inicialmente, Moscou planejava ceder a participação para a Novatek após a decisão da Shell de abandonar o projeto, devido às sanções ocidentais impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia.



Repetidamente, os Estados Unidos se movem para impedir que nações ao redor do mundo ganhem proeminência no cenário global. Por aqui, Brasil, a situação é exatamente essa. Por que Washington teme tanto um Brasil forte? O que está por trás do projeto de poder dos EUA?

Desde entraves ao desenvolvimento da nossa indústria a bloqueios em transferências de tecnologias essenciais de Defesa, como se deu com o submarino nuclear, os Estados Unidos pretendem manter o Brasil dentro de uma ordem geopolítica muito limitada.

É uma determinação estratégica do projeto de poder" dos Estados Unidos desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, impedir o desenvolvimento do Brasil, na América Latina. 

"A hegemonia dos EUA no pós-guerra foi construída a partir de uma concepção estratégica bem ampla", afirma Williams Gonçalves, professor titular de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). "Na Europa, a base era a Alemanha, converter a Alemanha numa aliada importante e distante da Rússia. De outro lado, na Ásia, o Japão. O Japão é uma base importante do poder norte-americano."

"E na América Latina, a base da hegemonia foi teoricamente elaborada da seguinte maneira: não pode haver uma grande potência nas Américas que concorra com os Estados Unidos."

O Brasil é o país da América Latina com mais potencial "para se tornar uma grande potência, tem dimensão, população, recursos naturais e coesão social, fatores que permitem que o Brasil possa se tornar uma grande potência."

Thiago Rodrigues, cientista político e professor no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (Inest/UFF), tem uma outra visão, os Estados Unidos não são totalmente contra o desenvolvimento econômico brasileiro.

"Nos últimos 20 anos, por exemplo, esse crescimento do Brasil, inclusive do ponto de vista da sua liderança estratégica na região, complementou os interesses dos Estados Unidos", afirma Rodrigues. Até então, o país serviu como ponto de equilíbrio e moderação regional "entre os governos contrários aos EUA." O desenvolvimento econômico brasileiro não se dá de forma independente: "Há interesses do capital de origem estadunidense no Brasil", afirmou. Dentro da lógica globalizada assimétrica, diz, "o Brasil depende muito mais dos Estados Unidos do que os Estados Unidos do Brasil, então o crescimento brasileiro, nesse modelo de assimetria, também favorece os Estados Unidos."

Nesse sentido, há espaço para que as elites brasileiras se beneficiem da subserviência aos interesses norte-americanos, "as elites dirigentes do Brasil se conformam docemente a essa posição subalterna."

Na visão do professor da UFF, o país se encontra dividido politicamente entre uma centro-esquerda democrática, uma social democracia, e uma direita neoliberal, pró-americana.

"O liberalismo na América Latina vai contra contra a integração nacional, ele tem um espírito colonial, a ponto de considerar o desenvolvimento nacional uma espécie de "comunismo".

Se os EUA podem se beneficiar com o nosso desenvolvimento vão, com certeza, impedi-lo sempre que necessário. Um desses exemplos é a indústria de Defesa brasileira, que se bem articulada e desenvolvida poderia rivalizar com os Estados Unidos na região.

Um Brasil desenvolvido do ponto de vista tecnológico, no setor de defesa, tem impactos econômicos e geopolíticos que não interessam para um país como os Estados Unidos, que têm uma dominância estratégica aqui. 

O complexo militar industrial norte-americano é peça fundamental do seu sistema econômico, então o surgimento de concorrentes em outros países não interessa aos norte-americanos. Do ponto de vista econômico, significaria perder contratos das empresas do setor de Defesa dos Estados Unidos."

É o caso, por exemplo, das vendas do avião brasileiro Super Tucano para a Venezuela, como o modelo usa certas partes que contêm tecnologia estadunidense, a venda foi embargada pelos EUA.

Sendo os EUA o maior vendedor de armamentos militares para o restante da América, impõem seu modelo de vendas: pacotes de ajuda militar, como foi o Plano Colômbia, e a Iniciativa Mérida, dois acordos de segurança e combate ao narcotráfico.

São pacotes de ajuda militar destinados a fazer um investimento direto do Estado americano na sua própria economia de defesa.

Esses pacotes entregam dinheiro para outros países, mas há condições nesses contratos para que o equipamento comprado de defesa seja de indústrias americanas. É uma dominação industrial.

A dominação geopolítica se dá da seguinte forma: "[…] como os países só têm os EUA para recorrer em suas compras de Defesa, eles se tornam dependentes das tecnologias que os Estados Unidos queiram oferecer e não podem estabelecer seus próprios projetos nacionais.

Para alguns especialistas, o Brasil ocupa uma posição de alguma liderança frente à hegemonia norte-americana. Segundo Williams Gonçalves, isso é exemplificado pelas conexões feitas pelo país com o BRICS e o restante do Sul Global.

Já para Thiago Rodrigues, o que confere maior destaque global ao Brasil é aumentar espaços de autonomia dentro da atual arquitetura hegemônica do planeta. Dessa forma, diz o professor da UERJ, a liderança virá da capacidade de globalizar sua influência em alguns temas, "como cooperações em energia, saúde pública, certas políticas públicas, agricultura etc. São dimensões que o Brasil já desenvolve na África e na América Latina."


 Algumas conquistas tecnológicas do Brasil nos últimos anos:


Software e TI:


Desenvolvimento de software livre: O Brasil é um dos maiores polos de desenvolvimento de software livre do mundo, com destaque para o projeto GNU/Linux e outras iniciativas como o TOTVS e o Conta Azul.


Segurança cibernética: Empresas brasileiras como a Tempest e a Cipher desenvolvem soluções inovadoras em segurança cibernética que são utilizadas por grandes empresas e governos em todo o mundo.


Fintechs: O Brasil é um dos líderes em fintechs na América Latina, com empresas como Nubank, PagSeguro e Mercado Pago revolucionando o setor financeiro.


Biotecnologia:


Pesquisa e desenvolvimento de vacinas: O Brasil é um dos líderes mundiais em pesquisa e desenvolvimento de vacinas, com destaque para o Instituto Butantan e a Fiocruz, que desenvolveram vacinas contra o COVID-19, Zika e outras doenças.


Agricultura tropical: O Brasil é líder em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a agricultura tropical, com destaque para o desenvolvimento de novas variedades de soja, milho e cana-de-açúcar.




Energia renovável:




Etanol: O Brasil é o maior produtor e exportador de etanol do mundo, um biocombustível renovável que contribui para a redução da emissão de gases do efeito estufa.




Energia eólica: O Brasil é um dos líderes mundiais na geração de energia eólica, com destaque para o desenvolvimento de turbinas eólicas offshore.








Aeroespacial:




Embraer: A Embraer é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, conhecida por seus jatos regionais e militares.




Satélites: O Brasil desenvolve e lança seus próprios satélites, utilizados para diversas aplicações como comunicação, meteorologia e monitoramento ambiental.








Telecomunicações:




Redes de fibra óptica: O Brasil possui uma das maiores redes de fibra óptica da América Latina, o que contribui para a expansão da internet banda larga no país.


TV digital: O Brasil foi um dos pioneiros na implementação da TV digital, que oferece melhor qualidade de imagem e som para os telespectadores.


O país possui um grande potencial para continuar inovando e desenvolvendo tecnologias que contribuam para o desenvolvimento do país e do mundo.


Outras áreas de destaque:


Internet das Coisas (IoT): O Brasil está se tornando um importante polo de desenvolvimento de soluções de IoT, com destaque para as áreas de agricultura, saúde e cidades inteligentes.


Inteligência Artificial (IA): A pesquisa em IA está crescendo no Brasil, com destaque para o desenvolvimento de soluções para áreas como saúde, educação e indústria.




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