A HISTORIA DO BRASIL É A ÚNICA QUE TEMOS

 O Ruben Gonzalez, um raros youtubers capazes de ver, enxergar e pensar, contou essa da aranha amestrada do Joaquim, e fez uma analogia com a Venezuela, é simplesmente genial. 

Joaquim arranca duas pernas das 8 pernas da aranha e ordena, "anda, aranha", e a aranha anda com 6 pernas; a Venezuela, rica e próspera, é um mar de petróleo, e se crê dona do próprio nariz? Ora, "precisamos fazer alguma coisa" (EUA), simples, vamos embargar todo o seu petróleo, não pode mais vender no mercado internacional. Joaquim arranca mais 2 pernas da aranha, "anda, aranha", a aranha anda, com 4 pernas; você congela todas as empresas da Venezuela, impede todos os investimentos, sanciona tudo, trava todos os seus bens na "justiça". Joaquim arranca mais duas pernas da aranha, "anda, aranhinha", a aranha anda com 2 pernas; daí você pega o ouro da Venezuela, "guardado" em Londres, e trava, toma, confisca, na mão grande. Joaquim arranca as 2 últimas pernas da aranha, "anda, aranha", a aranha não anda mais, não tem mais pernas, Joaquim conclui, "a aranha ouve pelas pernas, ela está SURDA. E a Venezuela? O tio Sam manda, "anda, Venezuela"! A Venezuela não anda, "ora, a Venezuela é uma ditadura".


Maduro faz eleição com 11 candidatos da oposição no pleito. A "Venezuela é uma ditadura" (tio Sam). Zelenski, flagelo da população masculina de seu "país", embarga as eleições. Vamos enviar mais 80 bilhões para o Zélenski "salvar a Europa" (tio Sam).


(matéria do Raphael Machado)

Exceto pelos cidadãos ideologicamente bitolados, os russos enxergam a sua história dos últimos 150 anos como uma certa "continuidade" de sentido e essência, com altos e baixos, erros e acertos.

A Federação Russa é a herdeira e continuadora da URSS, que, por sua vez, é herdeira e continuadora do Império Russo. 

O Império Russo, czarista, tinha problemas graves, especialmente em sua política externa inconsistente, na incapacidade de realizar reformas econômicas e políticas equilibradas; ao mesmo tempo, se reconhece as atrocidades soviéticas contra o próprio povo, além de diversos erros econômicos, sociais e culturais que prejudicaram o desenvolvimento do país, levaram à estagnação e ao colapso inevitável - e se reconhece que o período pós-soviético foi inicialmente marcado por um neoliberalismo que arruinou boa parte da população.

Mas nenhum período da história russa é jogado no lixo como totalmente equivocado ou maligno. A história é entendida como um desdobramento de um mesmo "espírito russo" florescendo entre conflitos e intempéries.

Na China, especialmente sobre Xi Jinping, a história chinesa é lida da mesma forma. Os novos historiadores da China não interpretam o Império Qing como uma "tirania feudal estrangeira", como queriam alguns comunistas no passado, mas como um período cultural plenamente chinês e que "atraiu" os povos da Ásia para sua órbita. No mesmo sentido, interpreta-se o Kuomintang de Sun Yat Sen como tendo tido um papel positivo e fundamental na história chinesa, continuado pelo PCCH, Mao é, ainda, considerado um dos maiores líderes da história chinesa; a Revolução Cultural, por sua vez, é deixada de lado, é ignorada, precisamente pela sua obsessão por ruptura com a tradição chinesa, só a China não fica chorando pelos cantos, se culpando, culpando os outros, no vitimismo, na autopiedade pelos excessos desse período,quanto aos períodos seguintes, começando por Deng Xiaoping, são considerados como passos necessários, ainda aos tropeços, mas necessários para fazer da China pudesse o que ela é hoje.

Nesses países, a história é vista não como o confronto entre uma "força do bem" e uma "força do mal", não são maniqueístas, mas a história é um autodesenvolvimento holístico, internamente dialético, do povo na direção de um destino, de um projeto de longo prazo, pela decisão, consciente. 

E aqui? Ora, o fato é que o regime militar teve problemas, cometeu atrocidades sim, tivemos guerrilhas, insurgências, Marighela, Lamarca, Herzog, mas, ora, também se fez muita coisa inestimável, indispensável e necessária para o crescimento e desenvolvimento do nosso país".

No lugar disso de conhecer e tomar consciência do período, da era, divide-se o país entre aqueles que acham que o regime militar foi o paraíso na terra, e os que acham que foi o inferno na terra, sem meios termos, contrapontos ou autocríticas. Ou seja, estamos exatamente como crianças birrentas acalmadas por um hamburguer do Macdonald e um shake entupido de açúcar. Assim não vai. 

Por falar em regime militar, do Felipe Quintas

Tirando o voto dos analfabetos, TODOS os pontos das Reformas de Base apresentados pelo governo João Goulart na Mensagem ao Congresso de 15 de março de 1964 foram colocados em prática pelo Regime Militar -  inclusive o aumento dos empréstimos em moeda estrangeira. 

Alguns foram efetivados com mais autonomia do governo, como a criação do Banco Central, que Jango defendia ser autônomo, os militares o fizeram subordinado à Presidência da República. 

E os militares fizeram muito mais do que constava no projeto de João Goulart: a nacionalização dos fretes, das cargas, do transporte, ou seja, do comércio exterior, a construção de centros de pesquisa e tecnologia em todas as grandes estatais, a abertura do Cerrado e do semiárido à agroindústria, a criação de um sistema nacional de saúde (SUS), a unificação e universalização da Previdência Social (INPS, INSS), a ampliação da idade escolar obrigatória de 7 para 14 anos, o aumento do período de férias de 20 para 30 dias, a criação de uma política nacional de saneamento básico, a regulamentação das cooperativas, a restrição da venda de terras a estrangeiros etc, etc, etc. 

O Regime Militar consolidou e amadureceu todos os processos nacionalistas iniciados em 1930: o Brasil deixou de ser primário-exportador, incorporou todos os setores estratégicos ao controle estatal, reduziu a presença estrangeira na indústria, aumentou o poder internacional do Brasil, integrou o país e diminuiu as desigualdades regionais, assimilou os trabalhadores urbanos e rurais à grande produção, criou instituições públicas e semipúblicas, melhorou significativamente todos os indicadores sociais. 

É esse o legado que devemos defender e aprimorar para o Brasil, para nós.

Felipe Quintas explico tudo e isso e muito mais em detalhes no meu livro "Regime Militar: a Construção do Brasil", à venda na editora Clube de Autores. 



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