PARA ONDE VAI A AMÉRICA LATINA

 Coronel Mário Andreazza, Ministro dos Transportes de Costa e Silva e Médici, nacionalizou os fretes marítimos, até então controlados pelos EUA. Organizou a SUNAMAM, o que impulsionou a indústria naval brasileira, chegando a ser a 2ª maior do mundo no final dos anos 70. Estatizou o consórcio que construía a Ponte Rio-Niterói, a maior do mundo em sua época, está aí até hoje. Depois foi Ministro do Interior do general Figueiredo, expandiu o BNH, criou o PROMORAR, que urbanizou e desenvolveu várias favelas no Rio e no Nordeste. Homem de ESTADO.

Generais Heleno e Braga Netto, leiloeiros do patrimônio público, homúnculos do mercado -sendo que ninguém do mercado pediu por eles. Os fardados da farinha-lima são intrusos, bons para vender o patrimônio público.

Tudo o que restou aos generais bolsonaristas é serem acuados pelo STF, o qual assume o papel de condutor dos processos políticos, dado o despreparo dos militares de hoje.

Exemplos?

Eletrobras: A privatização da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, foi um dos projetos mais emblemáticos do governo Bolsonaro. Heleno, neoliberal, apoiou a privatização.

Correios: A privatização dos Correios foi um projeto prioritário do governo, Heleno, ministro do GSI, participou de decisões estratégicas relacionadas à privatização.

Outras privatizações: O governo Bolsonaro privatizou diversas outras empresas, como a Casa da Moeda, a Lotex e a Embraer. É muito provável que Heleno tenha influenciado essas privatizações.


Navalny foi um traidor vendido ao MI-6, o tipo é bem conhecido, aparece em vários países, Guaidó, Moro, Trudeau, Zélenski etc. Achar que seria enfiado na Rússia no lugar de Vladimir Putin é o raciocínio fecal típico dos obcecados do Ocidente.


O futuro promete dificuldades e atribulações para a América Latina, conforme os EUA se projetam com mais força em seu tradicional “quintal”.


O ano passado foi marcado por vários eventos políticos nos países da América Latina. A equipe do ex-presidente Rafael Correa perdeu as eleições no Equador, na Argentina, os peronistas foram derrotados pelo financista extravagante e admirador dos Estados Unidos, Javier Milei, como resultado, o país entrou em outra crise. Os protestos de rua sacudiram as principais cidades e o peso argentino se tornou uma das moedas com pior desempenho.

Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil e Gustavo Petro, na Colômbia, não podem ser classificados como esquerdistas tradicionais, apesar de atraírem eleitores com perfis de esquerda, poderiam ser chamados de populistas de esquerda. Gabriel Boric, no Chile, pediu reformas progressistas, ao mesmo tempo, criticou a esquerda tradicional, referindo-se aos governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua como “ditaduras repressivas”.

O ex-presidente peruano Pedro Castillo não atendeu às expectativas da esquerda, especulou demais sobre temas sociais e perdeu o poder ao tentar dissolver o Congresso e impor toque de recolher, Dina Boluarte, que o substituiu, não conseguiu lidar com a crise. O centro-esquerdista Bernardo Arevalo venceu as eleições na Guatemala.

No Paraguai, a direita continua no poder, as eleições foram vencidas por Santiago Peña, do Partido Colorado, cujos representantes ocuparam a maioria dos assentos no Senado e na Câmara dos Deputados. O Uruguai tem uma dinastia política, sendo que o atual presidente Luis Lacalle Pou é filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle, que exerceu o cargo de 1990 a 1995, o Partido Nacional, o qual mistura de conservadorismo, cristianismo e liberalismo.

Portanto, a América Latina enfrenta diversas crises, inclusive ideológicas. Usar termos como “onda rosa” ou "mudança para a esquerda" não diz muita coisa. El Salvador, Uruguai e México realizarão eleições gerais em 2024 a Venezuela, eleições presidenciais. A situação em El Salvador é intrigante. O presidente em exercício, Naib Bukele, não pôde concorrer a um segundo mandato, mas encontrou uma brecha legal com a ajuda da Suprema Corte – tirou férias prolongadas e voltou como candidato. Mais importantes são são as eleições no México e na Venezuela, com base nas evidências disponíveis e nos processos políticos atuais, parece que a continuidade será mantida. O poderoso vizinho do norte sofrerá as consequências disso, caravanas de migrantes centro-americanos e os carregamentos de fentanil, cocaína e outras drogas continuarão a entrar em grandes quantidades nos Estados Unidos. Isso prejudicará a economia, a política social e a segurança dos Estados Unidos.

Do lado positivo, a continuidade da governança continuará em Cuba, Nicarágua, Bolívia (apesar da divisão no partido 'Movimento para o Socialismo', entre os partidários do atual presidente Luis Arce e do ex-presidente Evo Morales) e Venezuela. Todos eles são membros da aliança ALBA, opondo-se à hegemonia imperialista dos EUA e desenvolvendo ativamente relações com a Rússia.

Miguel Diaz-Canel Bermudez foi confirmado para um novo mandato presidencial em Cuba pela Assembléia Nacional, isso ajudou a desenvolver as relações bilaterais, vários acordos importantes foram assinados com Cuba este ano, uma usina metalúrgica foi inaugurada na Liberty Island com a ajuda da Rússia. A ferrovia está sendo reconstruída, as viagens aéreas diretas foram restauradas e o cartão “Mir” entrou em operação. Em junho, durante uma visita de uma delegação cubana, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou vários projetos conjuntos de cooperação técnico-militar. Além disso, a Rússia ajudou na entrega de produtos petrolíferos.

A Nicarágua está cooperando ativamente com a Rússia em medicina, energia, comunicações, indústria, comércio e segurança. Em dezembro, Laureano Facundo Ortega Murillo, que é o representante especial do Presidente da Nicarágua para as relações com a Rússia, visitou Moscou. Durante essa visita, novos acordos foram firmados para expandir a gama de comércio e para suprimentos diretos.

Na Bolívia, um centro de pesquisa nuclear multiuso foi inaugurado em 2023, com a participação da Rosatom. O centro fornecerá ao país os produtos radiofarmacêuticos necessários e contribuirá para as áreas médica, agrícola, científica e educacional. Além disso, foi assinado um tratado com a Rússia para a extração de lítio, um elemento crucial da radioeletrônica, da indústria espacial e da energia nuclear.

A cooperação com a Venezuela persiste na produção de petróleo e gás. Além disso, há planos para executar projetos de colaboração em agricultura, medicina e comércio. Espera-se que o cartão russo “Mir” funcione na Venezuela em breve. Assim como em Cuba, há um serviço aéreo direto entre nossos países hermanos, usado principalmente por turistas russos.

Em dezembro do ano passado, países latino-americanos comemoraram os 200 anos da Doutrina Monroe, que deu aos EUA o direito de interferir nos assuntos internos dos países latino-americanos. Isso levou a várias intervenções militares, bloqueios e golpes militares nos séculos XIX e XX organizados pela CIA e pelo Departamento de Estado dos EUA. Houve também várias fraudes econômicas e impasses políticos. Os EUA continuam a manter um bloqueio contra Cuba até hoje.

E agora Washington está tentando controlar a região. Em nível oficial, são propostos projetos como o “Build Back Better”. Originalmente parte da campanha de Joe Biden para melhorar a infraestrutura americana, mais tarde se tornou parte da política externa e foi explicitamente direcionada contra a iniciativa “Cinturão e Rota da Seda” da China. Em nações menores do Caribe, os Estados Unidos estão propondo vários projetos de energia verde. No entanto, o Comando Sul do Pentágono também emprega métodos de hard-power, incluindo "a luta contra o tráfico de drogas". A propaganda é realizada contra determinados países e governos, enquanto os EUA também buscam estabelecer acordos intergovernamentais para fornecer uma base legal para a presença e o intercâmbio de dados.

Enquanto isso, os parceiros tradicionais da região estão perdendo cada vez mais a confiança nos EUA. A racionalidade tem precedência sobre as formulações abstratas e as promessas vagas do Departamento de Estado dos EUA. A América Latina, como sonhava Simon Bolívar, pode se tornar um centro da política mundial. Essa ideia se consolidou não apenas entre os intelectuais e as elites políticas, mas também nas ruas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

Israel FORJOU o ataque do 07 de outubro

IA determina a destruição em Gaza