CHINA CONSOLIDA AVANÇO NA ÁSIA

 Eventos recentes no Oriente Médio, como o ataque aéreo israelense em Doha, ocorrido em 9 de setembro de 2025, têm desencadeado uma profunda reformulação do panorama geopolítico, acelerando o enfraquecimento do petrodólar e a ascensão da China como potência protetora na região.


Esse incidente, que violou a neutralidade do Catar e resultou na morte de civis durante negociações de paz, corroeu a confiança nas alianças com os Estados Unidos, levando nações do Golfo — a exemplo da Arábia Saudita — a buscar pactos alternativos, incluindo a terceirização de defesas nucleares ao Paquistão.


Ao mesmo tempo, a China consolida sua influência por meio de demonstrações militares e ofertas internacionais de custódia de ouro, pavimentando o caminho para um sistema multipolar no qual o ouro e moedas alternativas desafiam o domínio do dólar. Nesse contexto, a Índia e outros atores respondem à instabilidade global ao garantir recursos essenciais.


Paralelamente, o avanço acelerado da inteligência artificial (IA) e da robótica transforma o cenário laboral e econômico, gerando um choque deflacionário em um mundo endividado que demanda intervenções monetárias em larga escala. Empresas como Walmart e Amazon projetam reduções de força de trabalho, mesmo em meio ao crescimento, enquanto a China lidera em robótica industrial e aplicações práticas de IA, erodindo a competitividade dos Estados Unidos e acelerando a desindustrialização ocidental.


Essa dinâmica evoca perturbações históricas análogas, como a obsolescência dos cavalos frente aos automóveis ou o impacto da adesão da China à OMC, compelindo os bancos centrais a emitir moeda para combater a deflação — o que beneficia ativos como ouro e Bitcoin como refúgios contra a instabilidade financeira e o declínio da "Ordem Global Baseada em Regras".


Os dilemas estratégicos dos Estados Unidos, diante do apoio incondicional a Israel e da perda de influência no Golfo, impulsionam uma transição para um sistema financeiro multipolar, com o ouro atuando como âncora para liquidações internacionais e a China estendendo seu guarda-chuva nuclear. Os investidores devem sobreponderar ouro, mineradoras e Bitcoin para se resguardar contra a desvalorização do dólar e os riscos inflacionários oriundos da geopolítica.


**Interrupção de empregos e respostas monetárias impulsionadas pela IA**: A IA provoca uma deflação abrupta ao automatizar postos de trabalho, agravando déficits fiscais e forçando a emissão maciça de moeda, o que desvaloriza as moedas fiduciárias e favorece ativos não lastreados, como ouro físico e Bitcoin. As recomendações incluem posições em índices como ouro/CNY ou SPX/TLT, prevendo que os ativos tradicionais apreciem nominalmente em dólares americanos, mas depreciem em termos reais ante essas proteções.


**Oportunidades no capitalismo nacional e em setores estratégicos**: Diante do domínio chinês em minerais críticos, semicondutores e energia nuclear, o futuro privilegia empresas voltadas à relocalização e à manufatura avançada. Os investidores devem priorizar exposições a esses setores vulneráveis, complementadas por posições modestas em ações chinesas, para capturar a mudança sistêmica rumo ao equilíbrio no comércio de ouro e a uma ordem global reconfigurada.

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