O PLANO CABALISTA

Intitulamos esta entrevista com Daniel Stulin de  "A Nova Ordem Mundial na Nova Ordem Mundial: Os Planos dos Cabalistas". 

O que é exatamente a Nova Ordem Mundial, e quem estaria por trás dela?

As pessoas adoram discutir a Nova Ordem Mundial, o poder nas sombras e os cabalistas. Analisando o esquema desse projeto hipotético de planejadores ocultos, vamos examiná-lo sob a lei das mudanças, no âmbito das três forças principais: Estados Unidos, Rússia e China. 

Trata-se de uma conspiração pura e dura, que não se encaixa na compreensão convencional do mundo, nem para cientistas políticos nem para analistas típicos.

Observe que, antes das eleições de 2024, Donald Trump declarou que o objetivo de seu governo seria separar a Rússia da China, privando Pequim de sua retaguarda estratégica. Em essência, para "tornar a América grande novamente", os EUA precisam limitar o avanço chinês. Isso é o que observamos agora. No entanto, o mundo não se divide simplesmente entre EUA e China; o planejador cabalista opera nos bastidores, com a conclusão da operação militar russa na Ucrânia levando à partição do país. Assim, a "Nova Rússia Histórica" se torna uma terra prometida para os judeus de Israel, enquanto o resto do mundo segue outro rumo.


Tudo o que vemos globalmente – da situação no Oriente Médio à possível guerra entre Irã e Israel – relaciona-se à sucessão e à "morte" de Israel. Isso não é antissemitismo: em 2012, Henry Kissinger e Lord Jacob Rothschild declararam em entrevista ao New York Post que Israel tinha cerca de 10 anos de existência.


Trump é um cristão judaizado, representante da "Internacional Negra", uma aliança entre Chabad Lubavitch e jesuítas negros. Ele cumpre o pacto dos "bem-aventurados os pacificadores": com a mão esquerda, assedia os sionistas, e com a direita, abre caminho para Chabad na Ucrânia. A China, como civilização sagrada e antibíblica, independente e autossuficiente, persegue seu destino civilizacional, passando de "xiaokang" (pequena prosperidade) para "datong" (grande unidade), ou uma comunidade de destino compartilhado para a humanidade, com a China no centro. Essa linha vermelha-amarela é a política de Xi Jinping.


Os judeus, mestres da arte financeira, são úteis para a China como "pastores" dos povos periféricos. No mundo sinocêntrico, os EUA são vistos como a "ilhota dos demônios de ultramar", superados pelo centro chinês via avanços em nanotecnologia, biotecnologia e info-cognição, rumo a uma nova era informacional. O mecanismo de dominação é o dinheiro, guiado pela lei das trocas chinesa.


Para ocidentais, o I Ching parece místico, mas é concreto. A China não é uma democracia; é um universo paralelo. Desde tempos antigos, pré-dilúvio (mais de 4.000 anos), os chineses concebem o "um" dividindo-se em dois, gerenciado por três forças, originando ciclos. O mundo se divide em cinco elementos (madeira, fogo, terra, metal, água) e quatro pontos cardeais (dragão azul do leste, pássaro vermelho do sul, tigre branco do oeste, tartaruga negra do norte), com a China no centro.


De acordo com os chineses, o norte domina o sul, o sul o oeste, o oeste o leste, o leste o centro, e o centro o norte. Essas trajetórias formam um vértice de turbulência: a história é a soma de ondas de diferentes períodos, não um progresso linear.


Em 1993, o Comitê Central do Partido Comunista Chinês adotou a doutrina secreta "Três Nortes e Quatro Mares". Os "quatro mares" cobrem do Oceano Ártico ao Índico, Pacífico e Atlântico. Os "três nortes" são territórios a serem derrotados por meios não militares: Sibéria e Extremo Oriente russo (já povoados por milhões de chineses), Aliança Atlântica Norte e EUA.


A nova ordem monetária digital será alcançada pelos "vermelhos" (não comunistas, mas leninistas com base conceitual em Sun Tzu, Rothschild como carteira financeira e coletivismo não ocidental) via expansão dos "azuis" chineses (Liga da Juventude Comunista, apoiada por democratas americanos) contra a Internacional Negra (Vaticano, Trump, Putin).


A Rússia, como "Moscou, a Terceira Roma", é uma potência conservadora que compartilha valores com patriotas nacionais do bloco negro, lutando contra financistas liberais internos e externos (Ucrânia, OTAN). Desse confronto global entre azuis e negros, os vermelhos emergem vitoriosos. A imagem da vitória é a tríplice harmonia: em chave cristã, novos céus e nova terra; na China, datong; o milênio sabático.


Na nota de dólar americano, "Novus Ordo Seclorum" não reflete luta entre cabalistas e maçons, mas ideológica-conceitual. Como exemplo prático, falamos de poderes executivo, legislativo e judiciário, mas ignoramos os dedos ideológico (o caminho da verdade) e conceitual (o mais importante). Projetos civilizacionais competem nisso: Vaticano (2.000 anos), judeus cabalistas (3.000 anos). Uma visão de curto prazo não explica o poder nas sombras; é bridge, não xadrez – uma ponte para o futuro.


Aqui está um artigo sobre as principais conclusões do Quarto Plenário do Partido Comunista Chinês. Eles aspiram a fortalecer a autonomia tecnológica, após longas discussões. Publicado há dois dias, resume a reunião com 170 membros e 150 suplentes. Querem reduzir a dependência do Ocidente, especialmente EUA e Europa. Recomendo a leitura. Você já havia chegado a conclusões semelhantes antes. Quais suas análises sobre esse plenário e seu impacto global? A mídia ocidental ignora isso, pois não é "sexy", mas é extremamente importante.


Não sou sinólogo, mas compreendo o geral. O plenário marcou um expurgo recorde na liderança militar, acelerando o "salto do dragão" rumo a confronto inevitável com a hegemonia americana. Na próxima semana, na reunião entre Xi Jinping e Trump na Coreia do Sul, многое ficará claro. A ofensiva de Washington contra a Rússia afeta diretamente a China, como a inclusão de Taiwan na OTAN Plus e tarifas de 157% contra Pequim.


Trump oscila entre grupos: um com J.D. Vance; outro com Marco Rubio e Peter Navarro – frações da elite americana distantes do centro decisório. Hoje, muito se decide no duelo Trump-Xi; a guerra na Ucrânia é subordinada.


Simbolicamente, os chineses pensam em símbolos. Quem tenta encaixá-los em conceitos ocidentais (democracia, direitos humanos) nunca os entenderá. A nota azul de 100 yuans, emitida após Tiananmen (1989), simboliza conciliação: perfis de quatro líderes representam a aliança de clãs no "socialismo com características chinesas" – vermelho, amarelo, azul em torno do trono ancestral.


A nota vermelha de 1999, com Mao Zedong, simboliza vitória da linha vermelha sob Jiang Zemin. O equilíbrio atual no plenário (20-23 de outubro de 2024) reflete tríplice harmonia: pragmáticos (azuis, cosmopolitas, pró-Ocidente); nacionalistas (amantes do dragão, linha Xi, autossuficiência); sonhadores (vermelhos, construtores de datong via sinização do marxismo).


No sistema financeiro de dupla circulação, pragmáticos inclinam para EUA em detrimento da Rússia, deteriorando relações sino-russas. Após negociações em agosto, expurgou-se radicais militares, reafirmando "o partido comanda a arma". O consenso reafirma domínio vermelho.


Após erradicar pobreza absoluta e elevar centenas de milhões à classe média, a China transita de desenvolvimento industrial baseado em investimentos, exportações baratas e alto custo ecológico para modelo inovador, soberano tecnologicamente, focado em demanda interna e Cinturão e Rota (abrangendo 16 países no plano 2026-2030).


Isso não é lista econômica, mas requer sabedoria coletiva, impulso cultural, educação robusta, desenvolvimento humano, excelência esportiva e saúde pública sob "povo em primeiro lugar". Os últimos três planos visam modernização socialista até 2035 e renascimento nacional até 2049 (centenário da RPC).


O sucesso depende do consenso vermelho-azul-amarelo na harmonia trinitária. Não haverá acordo Trump-Xi; o confronto intensificará, levando a guerras por procuração. Ditado por estrategistas chineses além da dicotomia bem-mal, o dragão pulará. Ninguém discute isso linearmente; o que expomos aqui é o real.


Conectando, explique os comportamentos erráticos de Trump: mudanças repentinas, como interromper negociações com Canadá por anúncio citando Reagan contra tarifas, chamar Petro de narcotraficante, alternar raiva e amizade com Putin. Alguns o veem como herói ou mestre de xadrez 4D; outros, como louco. Estamos em situação preocupante?


"Xadrez 4D" soa bem, mas o que significa? Trump administra incerteza, dominando o futuro. Na guerra híbrida mental, controlar decisões do adversário supera anexações territoriais. Governança da consciência é o objetivo: interferências artificiais manipulam planos, destruindo coerência interna do inimigo, transformando comando em reações desconexas.


Trump aplica isso majestosamente na negociação como guerra cognitiva. Detalhes aparentemente irrelevantes viram marcadores: o secretário de Defesa com gravata tricolor em Kiev. O sistema opera via caotização controlada – simulação de imprevisibilidade como instrumento de tensão.


Adversários ficam em intenção constante, sem prever movimentos, exauridos na zona cinzenta entre guerra e paz. Isso cria "Zugzwang": todo movimento piora a posição. Tática de reversão dinâmica – pressão com tons opostos – quebra algoritmos reativos. Inconsistência controlada não é fraqueza.


Velocidade desnecessária se controlada a tensão; Trump desvaloriza previsibilidade diplomática, substituindo confiança por medo de erro. Cria escola onde força é impor insegurança. Negociações viram teatro de guerra radioeletrônica: linguagem como espectro, pensamento como ondas, estratégia como interferência. Objetivo: desorientar, não convencer.


Na pós-verdade, sinal é ruído; verdade, função temporal. Provoca respostas, quebra ritmos, desfaz racionalidade, gerando fadiga. Soberania via desorientação: difícil interpretá-lo, impossível controlá-lo. America First vira barreira de ruído.


Em termos militares, joga contra todos via éter de mensagens indistinguíveis (verdadeiro/falso). Não é caos, mas desorganização disciplinada, estabilizando poder via engano. Adversários gastam recursos reagindo, ativando aceleração estratégica: impulsos abruptos redistribuem atenção.


Feedback via ruído: ações inimigas viram matéria para interferência. Domina interpretação, não fatos; percepção vira realidade.


Para Rússia: imprevisibilidade empurra Kremlin a "esperar e ver", sustentando pausa como arma resiliente. Moscou vê inconsistência como oportunidade de concessões sem batalha. Contatos pessoais criam ilusão de conversa rápida eficaz, mas armadilha: concessões táticas levam a pausas estratégicas. Rússia negocia com tempo; EUA, com atenção. Budapeste consolida pausa, evitando "olho por olho". É instinto de sobrevivência: paz via congelamento, mas sem retribuição, vira capitulação.


UE reage destruindo previsibilidade transatlântica, elevando custos. Forçada entre exibicionismo e pragmatismo, vira orquestra desafinada – efeito buscado: privar unidade, corroer confiança. Aliança vira rede temporária.


China responde com simetria: previsibilidade como imprevisibilidade. Aceita sanções como preço da autonomia, acelerando adaptação (cadeias próprias, redução de dependência do dólar). Ruído de Trump rebate nos EUA (ex.: minerais raros). Dualidade não funciona com China, devido a filosofia cíclica.


Efeitos hiperconectados: deslocamento de iniciativa (forçando reações instantâneas); fragmentação de alianças (UE perde coletivo); aceleração de adaptação (China reconfigura, Rússia espera). Preço global: comércio treme, instituições perdem autoridade. Vantagens temporárias destroem confiança longa. Vencedor transfere jogo de reação para plano longo – China, com visão milenar, prevalece. Centro (China) domina norte (EUA).


Mundo entra em era onde Trump projeta desintegração hegemonia americana. Estratégia de caotização institucionaliza crise, governando dissolução. Nova liderança: por desorientação. EUA exportam caos como influência. Gerenciar atenção substitui realidade; significado deslocado por dinâmica.


Mundo divide-se entre adaptados ao fluxo e presos na compreensão. EUA perdem monopólio interpretativo, mas mantêm desestabilização – nova "Pax Americana": cegueira por instabilidade, controlando ritmo de destruição. Governar mudanças, não territórios. Estratégia de fim de jogo: fria, funcional, racional em destrutividade. Pensar Trump louco é ignorar níveis supranacionais. EUA viram turbulência para manter centro, enquanto novo (China) emerge.


Sobre Venezuela: reforçando possibilidade de guerra civil nos EUA, veja vídeo de Steve Bannon na quarta revolução, luta antiglobalista. Ele usa "guerra" para alertar, não acalmar. Movimento MAGA é antifrágil: resiliente a prisões, desbancarização. Estamos no centro da luta; submissão não é opção.


Falo de guerra civil nos EUA desde 2016, em "Trasfondo de Trump". Extremismos tornam negociação impossível. EUA fragmentarão como URSS: Costa Oeste (Califórnia, Washington, Oregon); Texas independente; estados "deploráveis" MAGA; Costa Leste liberal-globalista; Flórida incerta; norte unindo-se a províncias canadenses conservadoras (Alberta, Saskatchewan). Canadá também pode se dissolver.


História é soma de ondas; chineses entendem, conquistando "nortes" sem força.


Sinais na Venezuela: Trump fala em incursão sem Congresso; frota desviada; exercícios em Trinidad e Tobago. Já invadiram Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria. Buscam petróleo para gerar empréstimos, como na Ucrânia?


Muitos, como Jeffrey Sachs, dizem Trump quer petróleo venezuelano para expulsar Rússia, compensando sanções. Mas isso ignora tática trumpiana de incerteza. Petróleo venezuelano é pesado/extra-pesado (Orinoco), requer diluição com leves (condensado, nafta). PDVSA importa diluentes; escassez limita exportações.


Petróleo russo (Urals, ESPO) é médio azedo, balanceado para refinarias. Não substituível facilmente. Aumentar produção venezuelana: +100.000 barris/dia com melhorias, mas competir com Rússia exige tempo, investimentos (US$58 bi para 3,4 mi barris/dia; US$110-250 bi em década para >2 mi). Infraestrutura degradada, FARC na selva impedem.


Benefícios em 10 anos, no mínimo. Petróleo descartado como motivo. Sachs sabe; talvez motive outro. Matar Maduro? Ele é bufão, não problema. Verdadeiros vilões: Jorge e Delcy Rodríguez – não sancionados pelos EUA, com acordos. Eliminar eles mudaria panorama.


Invasão criaria caos: 30+ mi venezuelanos sob responsabilidade EUA, que não assumirão. Guerra interna inevitável; povo armado defenderia líderes. Caracas: logística complicada (montanhas, túneis); 70-80% alimentos importados (dos EUA); agricultura destruída. Interrupções causariam fome em 5 mi habitantes. Comparável a Iraque, mas pior sem aliados logísticos.


Para elites, é videogame; ataque seria míssil contra Maduro, mas ele não é chave. Roubaram tudo (US$750 bi em recursos); país destruído. Governar ≠ roubar. Não haverá invasão terrestre (50-150 mil soldados necessários); hotspots globais priorizam. Encaixa na brilhante tática trumpiana – não dele, mas de níveis superiores (cabalistas).


Respeitamos Venezuela; criticamos governo. Webinar financeiro "The Old Order Collapses" em 16/nov: último dia com 25% desconto. Evento Alta 2.0 em Madri (21-23/nov): 50 vagas, 12-14 restantes. Convidei Pedro Baños. Inscreva-se em estulin.media.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Covideiros de plantão

O novo tirano

O TSUNAMI RADIOATIVO CAPAZ DE LAVAR OS EUA