O MUNDO MULTIPOLAR

 O termo "multipolar" já era usado em física e matemática desde o século XIX para descrever sistemas com mais de dois pólos. Na geopolítica, o termo começou a ser usado no início do século XX, mas sua popularização se deu em diferentes momentos e contextos. 

Foi o geógrafo alemão Karl Haushofer quem, talvez, primeiro utilizou o termo "multipolaridade" em seu livro "O Poder Marítimo e o Futuro da Alemanha" para descrever a distribuição de poder no sistema internacional após a Primeira Guerra Mundial.

Em 1945, o historiador britânico Arnold Toynbee empregou o termo "multipolar" em seu livro "A Study of History" para analisar a ascensão e queda de civilizações, sugerindo que a multipolaridade era uma característica comum de sistemas internacionais estáveis.

Na Década de 1970, durante a Guerra Fria, o termo "multipolaridade" era usado para se referir à possível emergência de um mundo com mais de duas superpotências, desafiando a hegemonia bipolar dos Estados Unidos e da União Soviética. Após o fim da Guerra Fria, o termo "multipolaridade" ganhou força para descrever uma "nova ordem mundial" em formação, com o declínio do poder americano e a ascensão de novas potências como China, Rússia e Índia.

Autores que usaram o termo e o contexto do "mundo multipolar" foram Henry Kissinger, Zbigniew Brzezinski, Joseph Nye, Alexander Dugin e outros analisaram as implicações da multipolaridade para o futuro das relações internacionais.

O termo "multipolaridade" também se tornou popular na mídia e no discurso político para se referir à crescente fragmentação do poder global e à multiplicação de centros de influência no mundo.

Como os autores usam?

Karl Haushofer, pioneiro no uso do termo "multipolaridade" na geopolítica, defendia a ideia de um mundo multipolar com a Alemanha como uma das principal potências.

Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos EUA, Kissinger mencionou um multipolaridade gradual concomitante à hegemonia americana após a Guerra Fria.

Zbigniew Brzezinski, outro importante geopolítico americano, argumentava que a multipolaridade seria um sistema mais estável e pacífico do que a bipolaridade da Guerra Fria.

Joseph Nye, professor de Harvard e especialista em relações internacionais, propõe uma visão de "multipolaridade complexa", onde o poder é distribuído entre diferentes atores, incluindo estados, empresas e organizações internacionais.

A origem do termo "multipolar" é complexa, com diferentes autores e contextos históricos contribuindo para sua popularização. No cenário global atual, a multipolaridade é um tema em constante debate, com implicações significativas para o futuro das relações internacionais. 

Samuel Huntington, autor de "O colapso das civilizações" talvez tenha sido o autor que melhor previu e descreveu o mundo multipolar, onde civilizações seriam determinantes e não não países ou nações. 

A multipolaridade visão de Alexander Dugin:

1) Descentralização do poder: O poder global seria distribuído entre vários polos de influência, como a Rússia, a China, a Índia e a União Europeia, além dos EUA. 

2) Soberania nacional: Cada nação teria o direito de determinar seu próprio destino e modelo de desenvolvimento, sem interferência externa.

3) Pluralismo cultural: A diversidade cultural seria valorizada e protegida contra a homogeneização imposta pela globalização.

4) Revalorização da tradição: As culturas tradicionais e os valores religiosos seriam resgatados como base para a identidade nacional.

Livro: "A Quarta Teoria Política" de Alexander Dugin

Artigo: "A Teoria do Mundo Multipolar de Aleksandr Dugin" por Marcos da Costa

Vídeo: "As ideias de Alexandr Dugin: mundo multipolar ou IMPERIALISMO russo?" por André Luiz e Uriel Araujo


Felipe Quintas acaba de lançar o seu livro Regime Militar, a Construção do Brasil. Comentarei posteriormente sobre este livro e bibliografia sobre o regime militar brasileiro. 


Vejam só para o que serve o identitarismo, em Israel você pode fazer uma parada gay enquanto exterminam milhares de crianças e mulheres, e prendem dezenas de milhares de palestinos, já expulsaram milhões de suas terras. O liberalismo sionista é a religião do mal.

E o que acontece nos países islâmicos? Lá não se matam palestinos. O Islão não vê os gays com bons olhos? Sim, mais matam, torturam e mutilam como Israel em Gaza.

Enquanto os palestinos sofrem o horror diabólico na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, Guilherme Boulos decide denunciar uma pessoa que está contra o massacre, e acusa de 'antissemitismo'.

A preocupação de certos elementos da esquerda com o antissemitismo é absurda. Afinal quantos judeus estão sendo vítimas de antissemitismo no Brasil? Ninguém, nada. Tudo não passa de beijar-mão dos ricaços sionistas no Brasil dos quais muitos políticos são dependentes ou têm medo (Rui Costa Pimenta).


Rússia e China fortalecem relações!  

Destaques do discurso do Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique:  

- As relações China-Rússia vão ao encontro dos interesses comuns dos dois países e contribuem para a estabilidade estratégica na região Ásia-Pacífico e no mundo.  

- A Rússia é o maior vizinho da China e as relações entre os dois países desenvolvem-se com base nos princípios do não alinhamento com blocos, da não confrontação e do não ataque a terceiros.  

- Pequim nunca se recusou a ajudar a resolver a crise ucraniana; O objetivo da China é chegar a um consenso para pôr fim ao conflito e preparar o caminho para conversações de paz.


Quem foi realmente Alexey Navalny?

Enquanto a mídia ocidental se debulha em lágrimas, redige estórias de santos, canoniza Navalny, prepara um Nobel da Paz póstumo, quem, na mídia americanizada sabe quem foi o personagem?

Compare primeiro a morte de Navalny com a morte do jornalista chileno-estadunidense Gonzalo Lira, morto há algumas semanas. Lira recebeu zero cobertura no Ocidente, enquanto Navalny já rivaliza em termos de cobertura com a Rainha da Inglaterra, Elisabeth II.

A ideia de Putin mandar abater Bavalny é simplesmente uma piada, o Presidente da Rússia não ganharia nada com essa morte. Navalny, enquanto figura pública, já estava morto, sua popularidade reduzida a uma minúscula fração de alienados. Quem se beneficia com a morte de Navalny? O Ocidente, para efeito de propaganda e indignação hipócrita, uma das marcas registradas dos ocidentais. 

Navalny se tornou ativista dos direitos humanos, mas seu passado neonazista traz o seu pesoa. Navalny começou sua carreira na esquerda-liberal, no Yabloko (espécie de PSOL russo, progressista, pacifista e feminista, de 2000 até 2007. Em seguida, ele aparece no 'Movimento de Libertação Nacional Russa', uma coalizão de liberais, anarquistas, comunistas e neonazistas, unidos pela oposição a Putin. Nesse partido, Navalny tenta costurar alianças com o 'Movimento Contra a Imigração Ilegal' e o partido 'Grande Rússia', ficando nele de 2007 a 2010. Nesse período, Navalny vai para a Universidade de Yale, quando retorna já é um ativista midiático, presente em todas as marchas e manifestações anti-Putin, das liberais às neonazistas. Preso após os protestos anti-Putin de 2011, Navalny entra nos holofotes de organismos como a 'Anistia Internacional' e diversas ONGs que o pintam em tons coloridos, como um herói. Finalmente parece que Navalny havia encontrado a narrativa certa para se projetar. Em 2010, Navalny é filmado com um espião britânico para pedir dinheiro. Desde então, todas as atividades de Navalny com ONGs ou seus encontros com lideranças anglo-americanas apontam um ativista a serviço da inteligência atlanticista, plenamente pró-americano. Torna-se o "russo favorito" dos atlantistas, tratado com o título inteiramente inventado de "principal opositor de Putin". Detalhe, o principal opositor do presidente em exercício nunca obteve nada além de 2% dos votos. Navalny era um prisioneiro político? Suas condenações são por fraude, peculato, incitação ao crime, e uma série de outras acusações ligadas à subversão. Navalny foi um agente dos EUA usado para trazer problemas ao governo russo. Provavelmente ele começou apenas como um jovem que queriam fazer carreira e aparecer a qualquer custo (Raphael Machado)


BRICS

No âmbito da presidência russa do BRICS+ em 2024, foram realizadas reuniões do grupo em Moscou, com a incorporação dos cinco novos membros do grupo:

 Egito

 Emirados Árabes Unidos

 Arábia Saudita

 Irã

 Etiópia

 Durante a reunião foi proposta a criação de um centro BRICS para o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA), a intensificação da transição para acordos em moedas nacionais como medida de desdolarização, a cooperação em saúde. A integração dos novos países membros ao BRICS+ é um ponto crucial para a Rússia, como afirmado nas reuniões, com o objetivo de ampliar as formas de interação com os interessados em ingressar no grupo. O Presidente Vladimir Putin destacou a importância de trabalhar na criação de uma nova categoria de Estados parceiros, conforme o acordo feito na cimeira de Joanesburgo, África do Sul, em 2023. O interesse em fazer parte do BRICS+ é crescente, mais de trinta países querem estabelecer alianças com o bloco, incluindo a Venezuela. Está sendo trabalhada uma categoria de Estados parceiros para se tornarem adeptos plenos. Segundo o vice-ministro Sergei Ryabkov, entrevistado pela mídia russa Izvestia, os critérios para esta nova categoria serão definidos na próxima cimeira na cidade russa de Kazan, marcada para outubro de 2024. A expansão do BRICS+ para novos países membros é um processo contínuo. O interesse em aderir reside na flexibilidade e na abertura que caracterizam esta estrutura, ao contrário de outras alianças internacionais, o grupo não impõe regras ou exige mudanças mas, antes, promove o diálogo e a cooperação entre os seus membros de uma forma estratégica e multilateral. O comércio dentro do bloco impulsionou significativamente o crescimento econômico dos países participantes, o que lhe confere um elemento sugestivo e atrativo para outros Estados interessados em aderir.

As áreas mais promissoras de cooperação entre os países membros incluem,

matérias-primas

 comida

 produtos farmacêuticos

 tecnologias da informação

Os BRICS+ representam uma força mais poderosa que o G7, o que lhes confere um maior peso no cenário internacional.

Esta parceria aberta se desenvolve como um novo pólo do mundo, desafiando antigos centros de tomada de decisão e permitindo que novas forças globais tenham a palavra nas em questões mais importantes.


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