PORTUGUÊS, LÍNGUA DO FUTURO

Origens da Língua Portuguesa: Uma Jornada Fascinante Através do Tempo

Dos Primórdios ao Latim Vulgar:

 1) Antes da Romanização, a Península Ibérica era um mosaico de línguas indo-europeias e pré-indo-europeias.

2) A partir do século III a.C., o latim, idioma oficial do Império Romano, se impõe na região, coexistindo com as línguas nativas.

3) O latim clássico, língua formal e literária, sofre modificações no uso cotidiano, dando origem ao latim vulgar, mais simples e adaptado às realidades locais.

Do Latim Vulgar ao Galego-Português:

1) Com a queda do Império Romano no século V, o latim vulgar se fragmenta em diferentes dialetos regionais.

2) Na região noroeste da Península Ibérica, surge o galego-português, língua comum à Galiza e ao norte de Portugal.

3) Influências do árabe, germânico e das línguas pré-românicas moldam o galego-português, diferenciando-o do latim.


A Independência do Português:

1) A Reconquista, processo de expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica, impulsiona a diferenciação do galego-português.

2)No século XII, com a fundação do Reino de Portugal, o idioma ganha autonomia e identidade própria.

3) Textos literários, como as canções de amor e os cancioneiros trovadorescos, consolidam o português como língua literária.


Expansão e Diversificação:

1) A partir do século XV, com as navegações portuguesas, o idioma se expande para além da Europa.

2) O português se adapta às realidades dos novos territórios, incorporando elementos de línguas africanas, asiáticas e indígenas.

3) Surgem as variantes regionais do português, com características próprias em cada país.


Modernização e Unificação:

1) No século XVI, com a publicação de gramáticas e dicionários, o português se consolida como língua culta e padronizada.

2) A criação de academias de letras em Portugal e no Brasil contribui para a preservação e o desenvolvimento do idioma.

3) Apesar das diferenças regionais, a língua portuguesa mantém uma base comum que garante a intercompreensão entre seus falantes.


Língua Portuguesa Hoje:

1) Sexta língua mais falada no mundo, com cerca de 260 milhões de falantes.

2) Presente em nove países, com status oficial em oito: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

3) Língua viva e em constante evolução, adaptando-se às novas tecnologias e às demandas da sociedade.


Desafios e Perspectivas:

1) Preservação da diversidade linguística e cultural do português.

2) Promoção da inclusão e do acesso à língua para todos.

3) Fortalecimento do ensino e da pesquisa linguística.

4) Adaptação às novas tecnologias e às demandas da sociedade globalizada.

(https://letras.ufg.br/n/1844-as-origens-da-lingua-portuguesa)

A presença africana na Língua Portuguesa:

A presença africana na língua portuguesa é profunda e abrangente, enriquecendo nosso vocabulário com termos que permeiam o dia a dia. Para entendermos essa herança, vamos explorar alguns dos principais grupos de palavras de origem africana:

Fubá (quimbundo), Acarajé (iorubá), Caipirinha (tupi e quimbundo), Dendê (quimbundo), Atabaque (iorubá), Berimbau (quimbundo), Cavaquinho (quimbundo), Candomblé (iorubá), Xangô (iorubá), Iemanjá (iorubá), Capoeira (quimbundo), Macaco (quimbundo), Girafa (quimbundo), Samba (quimbundo), Malandro (quimbundo), Caçula (quimbundo)

Origens em África

As palavras e termos de origem africana na língua portuguesa provêm principalmente de três grupos linguísticos:

Bantu: falado em Angola, Congo e Moçambique, com grande influência no Brasil.

Iorubá: falado na Nigéria e Togo, base do Candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.

Quimbundo: dialeto bantu falado em Angola, com forte presença na culinária e cultura afro-brasileira.



A língua ÁRABE 

O árabe se converteu numa língua perfeitamente viva, mais difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de pessoas consideram-na seu idioma materno. O ÁRABE COMO O PORTUGUÊS, SE LÉ COMO SE ESCREVE. O árabe é uma língua semítica, bastante aparentada com o aramaico, e o hebraico. Em muitos países árabes modernos, como o Egito, o Líbano e Marrocos, existem vários dialectos, mas todos utilizam o Modern Standard Arabic, nos meios de comunicação em geral.

Mas nem tudo é dificuldade, na hora de aprender árabe… se você for começar a aprender esta língua, uma curiosidade que você vai gostar de saber, é que neste idioma se lê como se escreve, uma vantagem que também temos no português, mas que não existe em outros idiomas, como o francês e inglês. O Melhor Idioma Para Traduzir o árabe e Depois Para Outros Idiomas é o português.  Só que da direita para a esquerda. Se nós que falamos o português, estamos acostumados a ler e escrever da esquerda para a direita, no árabe ocorre o contrário… é que o alfabeto deve ser lido da direita para a esquerda, mas os números são lidos, da esquerda para a direita. A razão para isso está na Antiguidade, quando os encarregados de talhar as tábuas pegavam o martelo com a mão direita, e o pincel com a mão esquerda – o que facilitava talhar da direita para a esquerda. Muitas das palavras, que utilizamos diariamente na língua portuguesa, têm origem no árabe: açúcar (as-sukar, areia branca), aldeia (Al-daiá, povoação), alface (al-khaç – substituiu o latim lactuca, leitosa, leituça, leituga), algodão (al-kutun), almofada (al-mukhadda de khadd, face), azeite (az-zayt, substitui óleo, óleo de oliva), azulejo (al-zuleij, pedra pintada) etc. 

Existem centenas de arabismos no idioma português, devido à influência, que deixaram os árabes, há mais de 700 anos, vivendo na região da península ibérica. O mesmo aconteceu com a língua espanhola, depois do latim, o árabe foi a língua que mais influenciou o espanhol. A língua árabe é empregada, em diferentes dialetos, do Marrocos ao Iraque. Entre os muçulmanos, é considerada uma língua sagrada, já que foi por seu intermédio, que o Alcorão foi revelado. A partir de 622 d.C., ano da Hégira (quando Maomé fugiu de Meca e se refugiou em Medina, marcando o início do calendário muçulmano), o árabe se converteu na língua viva, mais difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de pessoas consideram-na seu idioma materno. 

Existem duas variantes: o árabe clássico, e o popular. O clássico representa a língua sagrada do Islã, e nasceu na antiga tradição de literatura oral, dos povos nômades pré-islâmicos. O Alcorão foi ditado no árabe clássico, e é nesta língua que o povo reza nas mesquitas, repetindo, em voz alta, as longas suras que, segundo a crença, foram ditadas a Maomé pelo arcanjo Gabriel. O árabe coloquial é uma língua normativa, utilizada nas conversas e nos meios de comunicação. O sistema fonético, conta com 28 consoantes, e três vogais, com um som longo e outro breve. 

A escrita árabe, que procede da aramaica, é realizada da direita para a esquerda, e os livros são lidos de trás para frente. É baseada em 18 figuras distintas, que variam segundo a letra. As 28 consoantes, são formadas graças a uma combinação de pontos, acima e abaixo dessas figuras. 

Vários termos árabes, foram assimilados pelos povos conquistados, como ocorreu em Portugal durante a Idade Média. 

Algumas dessas palavras são: nora, quilate, canal, arroz, sentinela, e todas as palavras iniciadas por al e el, por exemplo algodão, alfândega, alcácer e alcaloide. Cargos políticos — vizir, alcaide, xerife, amoxarife e xeque, e topônimos, como Alméria e Zaragoza, também tiveram sua origem, na língua árabe. O árabe pertence à família de línguas afro-asiáticas, composta de mais de 300 idiomas, com suas escrituras, vocabulário e dialetos. A primeira evidência escrita da língua árabe, é uma inscrição encontrada no deserto da Síria, datada do século IV dC.

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