BOMBA ATÔMICA? ORA, DANE-SE, ESTOU NO BUNKER!

 2024 será marcado como o "ano dos BRICS" o que indica a relevância histórica da liderança russa no Brics Expandido (em 2024, o BRICs é presidido por Vladimir Putin). Será possível a entrada de novos países, transformando o BRICS em um bloco mais influente do que o G7, com, 5alvez, 20 nações participantes.

A Ucrânia prossegue sendo um país usado tragicamente pelo ocidente para lançar seus erros sobre os ucranianos, contudo , as projeções para seu futuro apontam para uma vitória definitiva da Rússia. A análise militar aponta para a libertação do Donbass pelo exército russo, além da perspectiva de uma ofensiva até Odessa. A incerteza paira sobre o destino do regime em Kiev, adicionando um elemento imprevisível à geopolítica.

As eleições nos Estados Unidos indicam, por hora, a aparente liderança de Donald Trump nas pesquisas, apesar das suas mais de 90 acusações enfrentadas em processos judiciais. A possibilidade de um presidente ser eleito enquanto está na prisão e a entrada de candidatos independentes, como Robert F. Kennedy Jr, são elementos que podem influenciar o cenário político.

A relação estratégica entre Rússia e China não pode ser superestimada, ela guiará as decisões fundamentais para a Ásia, e praticamente, para o Sul Global, em 2024, prevê-se uma aceleração significativa da desdolarização, com impactos nos fluxos e cadeias de produção globais. Ontem, no meu vídeo, analisei o papel da aliança entre a Rússia e a Índia, levando a uma maior integração do mundo eurasiano.

O destino político da América do Sul, com ênfase na eleição de Javier Milei na Argentina e as relações Brasil-Argentina são pontos cruciais na América Latina. O processo irreversível de descolonização da África indica uma possível ruptura de mais países com os ex-poderes colonialistas europeus.





Falando ainda sobre o ano que passou, uma tendência que marcou os últimos anos, especialmente o ano de 2023, foi a onda de construção de bunkers por bilionários.

Não se trata um ou outro bilionário excêntrico e crédulo que "o fim do mundo está próximo", em curto espaço de tempo alguns dos homens mais ricos e poderosos do mundo constroem grandes e luxuosos abrigos subterrâneos. Mark Zuckerberg, por exemplo, adquiriu boas partes da ilha havaiana de Kauai para construir um abrigo subterrâneo privê, sob ela. Sam Altman, criador da OpenAI, e Peter Thiel, co-criador do PayPal, as famílias DuPont e Disney também adquiriram ilhas e constroem seus bunkers. Às vezes, um bunker não é suficiente, um negócio emergente são os megabunkers, como os da corporação Vivos, de Robert Vicino. Vicino está construindo imensos complexos subterrâneos nos EUA e Europa. Esses complexos abrigarão famílias exclusivas e certos convidados. Há toda uma bolha econômica particular ao redor dos bunkers, com arquitetos e engenheiros se especializando nesse tipo de estrutura, bem como diversas empresas prestadoras de serviços também com esse enfoque, como a Survival Condo, de propriedade de Harry Hall. Alguns apenas milionários, empresários e artistas, prestam atenção no que os bilionários estão fazendo, e também já começaram a construir bunkers menores e menos luxuosos. A narrativa pública que une todos esses personagens é a necessidade escatológica de "se preparar para o pior", de que "é melhor estar preparado para uma eventualidade apocalíptica do que não estar".

Raphael Machado do canal Nova Resistência fez duas observações sobre este tema:

1) Esses bilionários e ainda outros poderosos ocultos, ainda mais poderosos que os bilionários, possuiriam informações privilegiadas que apontam para um apocalipse nuclear iminente, talvez provocado por eles mesmos, para que se possa lançar mão do Grande Reset, já que as outras tentativas fracassaram (sobre o Great Reset, destaco a análise feita por Natanael Antonioli (canal fábrica de Noobs, contudo uma análise que desmistifica completamente o assunto);

2) A teoria conspiratória mais comum é a que aponta para uma instabilidade mundial, natural por um lado e também artificial por outro lado. Essa elite de "dominadores globais" se protege inclusive para, passado o cataclisma, sairão de seus bunkers para continuar a governar a humanidade, como sempre o fizeram.  É uma hipótese preocupante, a sensação de segurança proporcionada por luxuosos bunkers nucleares pode tirar desses homens poderosos o medo necessário que impõe a prudência na política. As armas nucleares, por exemplo, são instrumentos aptos a garantir certa paz porque inspiram medo. A partir do momento em que homens capazes de mover a política externa dos EUA deixarem de ter medo de um apocalipse nuclear, passamos a entrar em uma situação mais perigosa do que antes. Passa-se a pensar em guerra nuclear não nos termos de uma catástrofe irreversível, mas no de um "controle de danos", possível e até provável. É essa perigosa tendência que explica o mofo temerário e arriscado como os EUA vem fustigando sem cessar a Rússia, o Irã e a China virando a uma escalada. Há um setor da elite globalista que parece buscar ativamente uma guerra quente, sem nenhuma preocupação com seus semelhantes, até porque seus semelhantes são apenas "o resto da humanidade", umas 7, 5 bilhões de pessoas. 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

Israel FORJOU o ataque do 07 de outubro

IA determina a destruição em Gaza