TEXAS, A TERRA DE TEX KID

Trocando em miúdos, no dia 12 de janeiro, a Guarda Nacional do Texas ocupou parte da fronteira com o México e impediu a Polícia de Fronteira de acessá-la. O governo Biden ordenou o RECUO dos texanos recuarem e abrirem o caminho para a Polícia de Fronteira.

O estado do Texas RECUSOU obedecer à ordem, e alegou que o governo federal não está executando a legislação de controle imigratório, portanto, o estado assume a responsabilidade. O governo federal afirmou que o patrulhamento das fronteiras internacionais e o controle de imigração são de competência federal, o Texas diz que o governo federal não pode apelar para a divisão de competências se ele não cumpre suas atribuições. 

O Texas, então, ergueu 50km de arame farpado na fronteira com o México, na área que o Texas está impedindo o governo federal de acessar, um dos principais locais de verificação de migrantes. O governo federal entrou com uma ação para obrigar o Texas a remover o arame farpado porque seria um risco para os imigrantes, o Texas diz que a petição para remoção do arame farpado refuta a suposta intenção de "exercer o controle migratório".

A "Guarda Nacional" é uma reserva militar estadual, a serviço exclusivo dos governadores, são herdeiras das milícias do período da Guerra de Independência.

A Polícia de Fronteira, por sua vez, é uma força policial federal, pertence ao Departamento de Segurança Interna dos EUA, nascido dos escombros dos ataques de 11 de Setembro de 2001, portanto, está atrelada ao excepcionalismo jurídico emergente daquele contexto. Recentemente, por exemplo, expôs-se que o Dep. de Seg. Int. espiona 40 milhões de pessoas entre cidadãos ianques e estrangeiros. No entanto, o governo dos EUA não tem nenhuma intenção de "cuidar da fronteira", mais de 1 milhão de imigrantes entraram nos EUA no ano passado. Ora, Joe Biden está querendo repetir a FRAUDE que o levou a Casa Branca trazendo "novos eleitores", nos EUA não há controle de identidade no pleito eleitoral, na prática, qualquer um, inclusive esses novos imigrantes recém-chegados, poderão votar.


 Os globalistas "de direita" no Brasil estão desesperados com os ventos de caos que emanam dos EUA. Estão rezando para que Biden submeta o Texas e tudo retorne à "normalidade". É o medo do fim dos EUA enquanto hiperpotência intervencionista planetária, polícia do mundo, permanentemente subvertendo, corrompendo, derrubando e influenciando governos, movimentos e fenômenos por toda parte.

O neocon e ancap, aqueles tipos que defendem a democracia liberal e o neoliberalismo, justificam todo o seu comportamento traíra da própria pátria na crença de que os EUA estão ali para "apoiá-lo" ou que "o futuro lhes pertence".

A própria possibilidade de que os EUA implodam lhes causa mais medo que a hipótese de uma guerra nuclear. Afinal, que futuro o chapéu de lata terá se toda a sua vida se baseou em babar nos filmes americanos? No fundo, a falsa direita não gosta realmente do habitante médio dos EUA, que, provavelmente viveriam melhor de seus estados fossem independentes da Casa Branca, o que eles gostam mesmo é do que há de pior nos EUA, a subcultura plastificada, a psicopatia internacional, o elitismo neocon-sionista, o estereótipo cultural, aquela famosa arrogância meio bruta, meio ingênua, meio exibicionista, o estilo do "eu posso comprar o que eu quiser, senão eu tomo"! 

A crise constitucional que se desencadeou entre o Texas e o governo federal dos EUA se aprofunda. A Suprema Corte já decidiu a favor da União, e determina que o governo federal retome o controle sobre as fronteiras externas do Texas, mas o governador do Texas recusa-se a ceder.

O governador Greg Abbott fez uma declaração oficial, consistente e interessante, começa com a frase "O governo federal rompeu o pacto entre os Estados Unidos e os Estados". A frase nos remete à natureza dos EUA como uma federação de estados unidos voluntariamente sob a tutela de uma mesma Constituição, em um pacto federativo que é um acordo e uma aliança política. O arranjo caracteriza o liberalismo ideal e primitivo dos Pais Fundadores dos EUA. Entretanto, a ideia da SOBERANIA, inerente à ideia de UNIÃO e FEDERAÇÃO, exige que o exercício do poder federal cumpra seus deveres para com os governados, e deve obedecer às leis naturais, ou seja, a legitimidade de sua soberania está vinculada a esses deveres e a essa obediência.

Joseph De Maistre, em suas "Considerações sobre a França", desmistifica as falsas acusações lançadas contra Luís XVI e contra a instituição monárquica francesa, demonstrando que o Rei da França não era realmente onipotente, que ele devia obediência a uma série de leis e estatutos, e que não podia violar livremente as leis do Estado, tampouco as leis naturais que regem, também, a coisa pública. Outro exemplo, no pensamento político prussiano, profundamente estatista e essencialmente tradicionalista, também se baseia em uma ideia do rei como "o primeiro servo de todos", figura cuja autoridade está vinculada ao dever e ao sacrifício pelo bem comum. O rei é mais privilegiado na mesma medida em que mais se sacrifica. Essas concepções remontam ao pensamento político-filosófico clássico dos gregos e romanos.

A soberania em um sentido tradicional, é o oposto da tirania, uma "libertinagem estatal" em que o soberano faz o que lhe dá na telha, sem respeito pelas próprias leis, pelas leis do Estado ou pelas leis naturais.

Augusto, outro exemplo, enquanto Imperador, e no ápice de seu poder, sempre teve o cuidado de respeitar as leis e tradições romanas, mesmo quando precisava implementar mudanças evitava fazê-lo unilateralmente. Os melhores imperadores de Roma ou em Constantinopla eram os mais esclarecidos, eram um "primus inter pares", o primeiro entre os iguais, "o primeiro cidadão", e exemplo de cidadania, conceito muito demonizado pela neodireita atual.

As relações feudais também não estavam muito distantes disso, o pacto entre Senhor e Vassalo é um pacto mútuo, de direitos e deveres, o vassalo tem deveres para o com o senhor, tanto quanto o senhor tem deveres para com o vassalo. Isso também se faz presente na Doutrina Social da Igreja Católica, ou seja, quando o soberano não cumpre seus deveres fundamentais para com os governados está legitimada a rebelião a essa autoridade cai em descrédito.

O Texas, portanto, tem a sua razão apoiada no pensamento original dos Pais Fundadores, e remete ao fundamento do sentido da Soberania, e ao sentido da não -Soberania, da degradação do poder federal em uma paródia, que ameaça a própria sobrevivência da nação e suas partes constituintes. Rebelar-se é legítimo. O que farão, guerra contra o Texas? Viva o Texas! Os estados da Virgínia, Oklahoma, Dakota do Sul e Florida declaram apoio ao Texas em sua luta contra o governo Biden e a decisão da Suprema Corte.

Pode não ser agora, pode demorar alguns anos, mas aquilo que foi planejado contra a Rússia (dividir em 17 países frágeis e dominados) poderá ser o destino da potência em declínio, os EUA.

Os EUA bombardearam o Iêmen, sem nenhum sucesso em conter a ação dos Houthis. Resultado, estão BANIDOS do Mar Vermelho. A China não, a China passa à vontade no Estreito. Os EUA entao pede ajuda a China! - sim, os caras são feitos de pau de peroba. A China ensina, pacientemente, “a tensão no Mar Vermelho é uma 'repercussão' do conflito de Gaza, que deve terminar o mais rapidamente possível”.



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