A BYD VEIO PARA FICAR

A Rússia está confiante de que o aprofundamento dos laços com a China e o Sul Global lhe permitirá superar o hostil sistema financeiro internacional dominado pelos Estados Unidos. A Rússia é impulsionada pelo seu óbvio sucesso em conter a contra-ofensiva da OTAN na Ucrânia, além das vantagens competitivas em função do impasse político de Washington, Londres e Bruxelas no quesito da continuação do financiamento ocidental a Kiev. O apoio dos EUA à invasão de Gaza e o genocídio praticado por Israel prejudica a posição de Washington. Há um certo crescimento do comércio russo com a China , maior cooperação militar com o Irã, relações diplomáticas positivas com o mundo árabe, além da expansão do BRICS,  Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e agora, também o Irã, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e Etiópia.

A expansão dos BRICS está centrada em "recuperar e expandir a soberania nacional de seus membros", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em 1º de janeiro de 2024, quando a Rússia assumiu a presidência do grupo. Os BRICS originais estão natural e positivamente ligados ao “Sul Global”.

Superar o papel do dólar como moeda de reserva mundial, sistema adotado e imposto ao mundo no pós-Segunda Guerra Mundial, está em curso. “Os países ocidentais liderados pelos Estados Unidos tentaram impor sua hegemonia, e a subordinação dos demais.”

Prevê-se ainda uma maior cooperação entre a China e a Rússia em matéria de inteligência artificial, sistemas cibernéticos e a “internet das coisas”, daí a necessidade de um sistema financeiro e uma moeda digital eurasiana, baseada em blockchain. Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov negou que o objetivo da Rússia seja "minar o domínio dos EUA no sistema financeiro global", mas sim criar uma alternativa ao sistema "ocidental coletivo" cuja confiabilidade está em risco crescente. Se um sistema é pouco confiável ele se torna perigoso".

Oleg Deripaska, bilionário russo, fala em ruptura da Rússia com o Ocidente como um "catalisador para a remodelação dos padrões econômicos globais": “sistemas de pagamento alternativos e mercados de dívida serão criados na China com base no yuan, e na Índia e no Oriente Médio com base em criptomoedas” (20 de janeiro, Telegram). “As sanções logo deixarão de ser um impedimento ao comércio e ao investimento globais.”

Certas vozes européias, amestradas por Washington, apressaram-se a dizer que Moscovo é um "parceiro júnior" de Pequim, e que a China não tem "qualquer interesse real em alinhar-se com as visões grandiosas do Kremlin". Um outro funcionário europeu foi criticado porque disse, "os russos são muito consistentes e sistemáticos”. Contudo, boa parte do Ocidente aposta em um "regresso à ordem anterior", na volta à " normalidade",  os russos compreenderam que isso é impossível e estão a construindo um novo mundo.”

Parece que o mundo ocidental, de maneira geral, ainda não entendeu que o mundo nunca voltará ao normal desde que se iniciou a Operação Militar Especial na Ucrânia. Além disso, desde o ataque do Hamás a Israel, em 7 de Outubro, o Kremlin parece aprofundar seus laços com o mundo árabe, senão vejam, em outubro último, a Rússia acolheu uma delegação de alto escalão do Hamás e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ali Bagheri Kani. Putin visitou os Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita em dezembro, sua primeira viagem desde a Operação Militar Especial, na Ucrânia. 

Washington bate na tecla de que a "Rússia acredita que estamos decadentes e sem ação e por isso pretendem expandir suas fronteiras e escalar suas políticas". É um discurso bastante atraente para os amigos da Raytheon, da Lockheed e do Pentágono, e suas guerras eternas em outros países.

O general Richard Barrons, ex-comandante do Comando Conjunto das Forças militares britânicas, disse que "falta vontade política para fornecer à Ucrânia quantidade adequada de armas e para reverter a produção industrial militar insuficiente". “Em termos de poder militar latente e força econômica, é absolutamente ridículo que o Ocidente esteja a ser mantido refém de algo TÃO INSIGNIFICANTE COMO A RÚSSIA”, disse Barron's, “Putin acredita que nós iremos embora da Ucrânia, o que será não será apenas vergonhoso, mas um ato de automutilação estratégica.” É com discursos como o deste general que o Ocidente pretende continuar vendendo armas a seus pelegos na Ucrânia.


O Hamás recuperou parte do sul e centro de Gaza, graças à pressão internacional sobre os sionistas, que se retraíram, momentaneamente. O Hamas aproveita para lançar mísseis e drones nas forças do IDF, explorando a guerra midiática. As baixas se dão dos dois lados. A situação de Netanyahu é, numa palavra, frágil.


Há que se ter um senso das proporções das palavras, das coisas e ações. Um exemplo, hipotético:

1) A situação, Texas x Casa Branca, está TENSA;

2) Em função do confronto entre a Força Nacional do Texas, estadual, e a Patrulha da Fronteira, federal, tivemos hoje mais de 20 soldados mortos e mais de 100 combatentes feridos, dos dois lados. A situação é GRAVE;

3) A GUERRA CIVIL está definitivamente instalada e em curso nos EUA, 26 estados confederados contra 15 estados federados. A situação é EXTREMAMENTE GRAVE.


A democracia americana converteu-se em plutocracia, faz tempo, governo dos mais ricos, mas, piorou, ultimamente, tornou-se uma kakistocracia, o governo dos mais medíocres. Quem foi presidente da maior potência do planeta em tempos recentes? George Bush, conhecido por seu baixo QI e gosto pelo whisky, Donald Trump, hoteleiro e animador de programa de TV, e Joe Biden, um fenômeno em termos de incapacidade.


O 'modelo Biden' já sabemos, são as guerras eternas impostas pelo império estadunidense ao mundo. O 'modelo Trump' é o contrário, é a desglobalização, os EUA se retraem, param de comprar da China, metem o rabo entre as pernas e deixam o circo rolar. Nem precisa dizer que Trump representa um pesadelo para as poderosas famílias globalistas- sionistas por trás dos panos.


O império estadunidense, quando defrontado com o verdadeiro comunismo perdeu feio, falo da China comunista (por isso ficam se mordendo por Taiwan), da Coréia do Norte (não sabem o que fazer) e do Vietnã (a derrota corrói a alma americana, até hoje). Importante dizer que a URSS nunca foi um verdadeiro comunismo mas sua corrupção, e até por isso caiu. Se eu fosse o Putin eu reabilitava o verdadeiro comunismo dentro da Rússia.  Detalhe importante, o verdadeiro comunismo nada mais é do que uma coesão social interna (os franceses chamam de "esprit de coeur"), uma colaboração tácita entre as classes sociais (com menor distância entre elas), prevalecendo sempre o sentido hierárquico das pessoas e valores, e a importância do trabalho como o fator de equilíbrio político, econômico e geral.


Após especulações e tratativas com o Governo Federal e estadual (Bahia), a BYD anunciou que implantará o primeiro complexo para a fabricação de carros elétricos DO Brasil.

Atualmente, há marcas como a BMW, Toyota e Caoa Chery que montam carros híbridos no país. A BYD, entretanto, será pioneira ao realizar todos os processos de fabricação em solo nacional, método e modelo de chinês de fazer negócios (é o oposto do que fazem os estadunidenses e britânicos).

Além de produzir os carros localmente, haverá dois outros complexos fabris: um para a produção de caminhões e ônibus elétricos e outro destinado ao processamento de lítio e ferro-fosfato.

Esse último é útil para a produção das baterias. A BYD já havia anunciado investimentos na extração de lítio no Chile, daí que o elemento alcalino vai atravessar a América do Sul, prover o Brasil, aproveitando a estrutura portuária local, e seguirá de navio para Europa e Ásia. A fábrica de carros elétricos e híbridos terá a capacidade para 150 mil unidades anuais, mas o número poderá dobrar, numa segunda fase. O investimento total chega a R$ 3 bilhões, estima-se a contratação de 5.000 trabalhadores. A BYD, conforme o modelo de negócios chinês e dos BRICS, prioriza mão de obra local, e fornece todos os treinamentos necessários aos baianos. Além disso, a prioridade é para produção e fornecimento local, seja em relação a suprimentos ligados à produção veicular ou à construção civil das plantas industriais. A nacionalização dos produtos permite redução significativa no preço dos carros. Saberemos melhor, a partir do segundo semestre de 2024, quando o complexo fabril deve ser inaugurado.


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