A GRANDE CRATERA DO SATAN 2

Uma das imagens publicadas no X em setembro mostra uma grande cratera no local, supostamente, da última tentativa de lançamento de um míssil, em Plesetsk, no norte da Rússia.

O míssil teria detonando no silo, local onde é guardado e abastecido, deixando uma enorme cratera e destruindo o local de teste. 

Bom, que míssil é esse daí? Trata-se do famoso Satan II, o Satan I era um treco pavoroso, agora imagine só o Satan II, maior, pior e mais difícil de controlar, pelo visto? Ou foi uma detonação controlado?

Do que o “Satan II” é capaz?

O míssil tem 35 metros de comprimento, transporta ogivas nucleares, ficam em alguma parte do míssil, a localização das ogivas dentro do míssil é um segredo militar e varia de um míssil para outro. O termo ogiva refere-se à forma meio ovalada, curiosamente caracteriza um conceito geométrico, arquitetônico, do estilo gótico, a ogiva é formada pelo cruzamento de duas curvas formando um ângulo mais ou menos agudo.

 O “Satan II” é considerada a arma “mais letal do mundo” por conta das suas supostas capacidades destrutivas. 

No entanto, em termos de tamanho, que a maior bomba nuclear conhecida é ou foi a Tsar. Uma Tsar é vista no Centro de Exposições de Moscou, exposição permanente, muito procurada pelos turistas.  A "Tsar" foi desenvolvida por um grupo de cientistas russos, que incluía o Nobel da Paz (1975), Andrei Sarkharov. Foi testada uma única vez em uma ilha deserta no oceano Ártico, em outubro de 1961, durante a Guerra Fria. Na ocasião, produziu um cogumelo de 60 km de altura, pôde ser vista a 1 mil km de distância. Com 57 mil toneladas, ela foi considerada 3,8 mil vezes mais forte do que a bomba atômica jogada pelos Estados Unidos em Hiroshima, em 1945.

Voltando ao nosso Satan, o míssil RS-28, o Sarmat, popularmente conhecido como Satan 2, foi criado para substituir o míssil RS-20V Voevoda ("chefe militar"), o Satan 1, míssil criado há uns 30 anos, já no final  da Guerra Fria. Na ciência missilística, a evolução não para, não retrocede, não diminui!

O “Satan II” foi revelado pela primeira vez em 2014, em uma coletiva de imprensa, em Moscou; o Satan 2, ele pode, supostamente, viajar 18.000 km, o monstro pesa 208 toneladas, 208 mil kilogramas, vcs estão entendendo?

Desde a primeira apresentação, a mídia russa relatou que o RS-28 pode transportar até 16 ogivas nucleares; na época, as autoridades russas disseram que o míssil seria concluído até 2020. A produção foi adiada várias vezes por problemas de fabricação, produção e testes. Em outubro de 2023, o presidente Vladimir Putin disse que o RS-28 estava pronto para implantação: "Ainda falta completar os procedimentos administrativos para passarmos à produção em massa”, disse Putin. Oficialmente, ao que se sabe o RS-28 ainda não é produzido em massa. 

Vários testes mostraram falhas na arma, contudo, aparentemente houve um teste bem-sucedido, em abril de 2022, curiosamente, a OME na Ucrânia, começou em finais de fevereiro de 2022.

Matt Korda, pesquisador do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), disse ao jornal Euronews que a introdução do Sarmat seria “politicamente significativa” para Putin, e parte de um processo de modernização pelo qual “todos os estados nucleares passam”.

“Imagens de satélite indicam que uma fábrica de Sarmats está sendo gerida pelo primeiro regimento da 62ª Divisão de Mísseis, localizado no sul da Sibéria, outros locais de implantação são esperados”, explicou Korta.

O presidente russo declarou que um dos propósitos do RS-28 é a discussão, ou é uma arma para desencorajar a escalada nuclear dos Estados Unidos, visto que a Rússia ratificou o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, enquanto os Estados Unidos apenas o assinaram. O tratado proposto proibiria todas as explosões nucleares, mas ainda não entrou em vigor. A Rússia decidiu revogar sua ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT). Decisão oficializada em novembro de 2023, o que significa? Significa que a Rússia não está mais no tratado atlanticista, a Rússia não mais se considera vinculada às obrigações do CTBT. A saída do tratado decorre das tensões diplomáticas com com os Estados Unidos e a escalada da guerra na Ucrânia. O governo russo alegou que os Estados Unidos assinaram mas nunca o ratificaram, ou seja, nunca o confirmaram.  No entanto,m, a Rússia afirma que não realizará testes nucleares a menos que os Estados Unidos o façam primeiro.


Israel-Irã 

 No âmbito diplomático, o novo confronto entre Israel e Irã serviu para afastar Israel da Rússia, vai ficando mais claro, aos poucos, que a Rússia está, militarmente, mais próxima ao Irã, inclusive por causa do alinhamento fanático Israel aos EUA, pais dominado pelo lobby sionista, e ao Ocidente neoliberal e coletivo, portanto Israel, alinhada automaticamente ao Ocidente atlantista, vai de encontro aos interesses estratégicos regionais da Rússia.

Por isso a tendência é que a Rússia vá armando os inimigos de Israel, como se deu, por exemplo, com as recentes remessas de S-400 e sistemas Murmansk para o Irã, em agosto. As práticas geno... de Israel em Gaza, na Síria, e agora no Líbano, não ajuda em nada, a Rússia condena essas práticas criminosas de Israel, inclusive, precisou usar sistemas antiaéreos contra mais um ataque israelense na Síria. Israel chegou a bombardear alvos russos na Síria. 

A postura dos EUA, sempre canina em relação a Israel, é a de enviar dinheiro, armas, munições, apoio eletrônico etc, mas dinheiro é uma coisa, outra é enviar seals e fuzileiros para voltarem em sacos pretos. Um envolvimento militar direto dos EUA é um problema, autoridades estadunidenses declaram se opor a ataques dos kházaros a alvos estratégicos iranianos, contudo não se furtam a produzir armamentos para Netanyahu e seus golems. 

Um fato da geopolítica é que os EUA estão mais preocupados com a sua derrota para os russos na Ucrânia, eles consideram isso daí muito mais importante, é uma prioridade geopolítica do hegemon atlantista tentar enfraquecer a Rússia usando a ucrania, uma vez que a Rússia é a principal potência contra-hegemônica.

Toda a escalada no Oriente Médio representa uma distração para os EUA, além de arriscar o fornecimento do petróleo. 

As operações terrestres de Israel no Líbano estão em curso. O Líbano possui uma fronteira extremamente acidentada, provou-se um atoleiro para os sionistas, em apenas 2 dias já se fala em mais de 100 mortos além de muitos mais feridos, do lado israelense, uns 5 yanques Merkavas foram destruídos, e, veja, eram apenas unidades de reconhecimento das idfs. 

É difícil visualizar qualquer saída inteligente para a crise atual de Israel no Oriente Medio. O país ia razoavelmente bem até 08 de outubro de 2023, mas a natureza do escorpião não muda, é um animal peçonhento, vingativo e fatalista. A fragilidade de Israel vai ficando mais evidente, a cada dia, daí vão vendendo cada vez mais a imagem de pobres vítimas do holocausto, todo mundo é antissemita e blá, blá, blá. Conversar como gente grande? A velhacaria ali é a regra, a ponto de matarem Haniyeh, o qual levava a devolução de todos os reféns debaixo do braço, em troca de segurança para o povo palestino. Israel preferiu matar a possibilidade de paz, ele sempre age assim. 



Kazan

O que você espera da Cúpula dos BRICS em Kazan, em termos de reequilíbrio de poder em nível internacional?

O pouco que já aconteceu precisará encontrar uma confirmação e um avanço.  

Arriscando algumas hipóteses, pode-se notar que a cimeira Brics-plus (agora composta por dez nações), agendada para 22 a 24 de Outubro, em Kazan, será provavelmente um ponto de viragem que marcará de forma tangível o desejo do Sul Global afirmar maior independência e soberania, se possivel distanciando-nos das guerras e das posturas ameaçadoras do Ocidente liderado pelo deep state e pelo lobby sionista-khazar. Esta estratégia necessitará de ajustes, mas é claro que não pretende levantar barricadas com o Ocidente, com o qual muitos países mantêm fluxos comerciais e de investimento lucrativos, que são cruciais para o crescimento e desenvolvimento das respectivas economias. Além da China, Índia, Brasil, Arábia Saudita etc, todos têm um diálogo económico que pretendem salvaguardar e expandir.  

Os Brics-plus – um agrupamento informal entre nações do Sul do mundo, e não uma aliança política formal – estão unidos pela intenção de recuperar a soberania e a independência de ação. Mas o mundo fora do Ocidente (O Resto comparado com O Ocidente) é representado por nações habitadas por 6,7 bilhões de pessoas, que, além dos Brics, agregam em numerosas dimensões associativas, a Organização de Cooperação de Xangai, a União Eurasiática, a Liga Árabe, a União Africana, o Mercosul, várias uniões continentais e assim por diante, que em conjunto constituem um firmamento de sujeitos que estão redesenhando o poder no mundo na tela do multipolarismo, e que em Kazan tentarão avançar no caminho natural dos povos. Esta é uma perspectiva fortemente combatida pela Anglosfera liderada pelos Estados Unidos, que pretende continuar a extrair riqueza e trabalho dos países indefesos - bem como dos europeus, agora definitivamente vassalos - através do uso da força, da ação midiática desestabilizadora, através das finanças, corrupção, ameaças económicas e condições comerciais injustas, ou de todas essas coisas juntas, sempre em benefício dos países ricos. Para citar apenas um exemplo, a actual condição semicolonial do Iraque está diante dos nossos olhos, um país invadido e ocupado brutal e ilegalmente pelos Estados Unidos, há vinte e um anos: o Parlamento e o governo de Bagdad ordenaram repetidamente às tropas americanas que abandonassem o país, mas os americanos não se importam, não têm intenção de sair e continuam a saquear aquele país de petróleo, entre os poucos recursos que têm à sua disposição, que as tropas ocupantes evidentemente consideram uma compensação pelos custos da invasão ( 650.000 vítimas, milhões de feridos e refugiados, devastação, nascimento do ISIS, aliás patrocinado pelos EUA e assim por diante!). Também aqui a realidade supera a ficção científica.  

Em Kazan, os Brics-plus tentarão dar substância à perspectiva da desdolarização, definindo práticas e mecanismos para tornar viável a utilização das suas respectivas moedas nacionais em um comércio mútuo. Paralelamente, deverá ser definido um mecanismo de trocas bancárias e de protecção dos depósitos monetários, à luz das sanções efectuadas pelos EUA e pela UE contra a Rússia, devido à guerra na Ucrânia. A criação de uma moeda comum pode ser adiada, devido às dificuldades de tal projecto. Em vez disso, serão exploradas opções alternativas ao dólar como moeda de reserva. A espera é, portanto, apreciável em muitas frentes, embora o caminho seja difícil, porque os Estados Unidos implementarão não só o que pode ser dito, mas também o que é indizível, incluindo ameaças, sanções, guerras e corrupção em todos os níveis, para sabotar o caminho ao início do fim dos privilégios imperiais. Sem um dólar internacional, será difícil para a potência hegemónica e belicosa do ocidente manter as suas vantagens, o que inclui o financiamento de 800 bases militares em 80 países de todo o mundo, e que se especializou em gerar revoltas, golpes de estado, turbulências, divisões entre inimigos e amigos nos quatro cantos do planeta.  

A cimeira Brics-plus em Kazan constitui, portanto, um passo crucial no caminho da multipolaridade e da regionalização, e uma esperança para os homens que querem alguma paz, justiça e equidade para todos os povos do globo.



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