TRUMP E A GUERRA COMERCIAL

Se ouvirmos a mídia atlanticista-sionista ficaremos surdos com a quantidade de “a economia da China está colapsando, O dinheiro está deixando a China, os bancos estão falindo, a propriedade está desaparecendo, Xi jinping quebrou a perna etc. Vamos cair na real, Beijing nunca jamais esteve em uma posição tão forte quanto agora.

Eles estão dominando muitos segmentos industriais  críticos ou vitais para o ocidente, incluindo os automóveis elétricos. 

Beijing lançou um pacote de estímulos para estabilizar sua economia. 

O que significa para o Ocidente quando o CEO da Ford está dirigindo um Xiaomi chinês, nos últimos meses?  Um EV Xiaomi, e não é para dar uma volta apenas, é o carro que ele prefere e é o CEO da Ford. Nós estamos vendo muitos países do oeste coletivo importando e usando produtos chineses, isso nunca diminui.

O que está ganhando força agora é o sistema financeiro da China, ou seja, a hipótese da China impor o seu próprio sistema de pagamentos, que será o mesmo dos BRICS, e produzir e entregar, literalmente tudo, de modo mais barato e mais rápido é, para certos tipos de empresários americanos uma espécie de pesadelo onde vc não acorda mais. A China é o maior parceiro comercial de 120 países. Em função de sua rede de comércio, ela começou a ditar os seus termos de pagamento.

Vejam só, Beijing desvalorizou seu comércio com a Rússia. 95% das transações são feitas em rublos e yuan chinês agora e não mais em dólar. Se Beijing pode pagar pelo seu próprio comércio, usando sua própria moeda, isso efetivamente a protege das sanções do dólar dos EUA. A China pode controlar o sistema financeiro se dispensar a rede SWIFT. Se as coisas ficarem realmente ruins, se o ocidente se atrever a decretar uma guerra econômica radical, ou mesmo uma guerra quente em taiwan, pois bem, a China terá de jogar o mesmo jogo, vai desdolarizar seu comércio, e os EUA perderão o seu maior comprador e o seu maior vendedor.

Os grandes bancos do mundo estão começando a ver um muro onde deveria haver uma porta. O gigante bancário britânico HSBC, da família khazar, Rothschild, já se juntou ao sistema de pagamento interbancário da China. HSBC diz que há uma crescente demanda de comércio em remmibi chinês.

A China comercia fora do dólar, e o HSBC quer estar no meio desse jogo. Se você é um banco global, você não pode funcionar e crescer sem trabalhar com Beijing. Há simplesmente muito dinheiro na mesa para sair do jogo, e vc tem muito dinheiro teu na mesa. 

Desde os anos 2000, o crescimento da China foi impressionante. Ele passou de 3% do PIB global a aproximadamente 17%. Mas olhe com atenção a tendência, enquanto a economia chinesa está crescendo, todas as outras economias, do G7 estão caindo. Estados Unidos, Japão e Reino Unido estão caindo. Então, se você é HSBC, você quer se posicionar onde as coisas estão crescendo.

E com o Oeste flertando com o colapso, este é o melhor momento para entrar no jogo. Blinken mencionou como Washington está em uma competição estratégica com Beijing e que a América deve escolher os EUA e dizer não à China. Aqui temos um problema, o ponto aqui é que não se trata de vender proteção como a máfia e só tomar o teu dinheiro, i ponto é, vc precisa oferecer uma boa escolha. O HSBC está escolhendo a China, isso é um tapa na cara da cara de peroba dos EUA.

A banca está apontando para o sistema SIPI da China, o pagamento Interbancário. É a alternativa da China ao sistema SWIFT.

É uma plataforma controlada pela China e principalmente para o comércio chinês. O Oeste gosta de impor sanções e sempre há a chance de bancos chineses serem expulsos do SWIFT. E se isso acontecer, eles usarão o SIPI como sistema de negócios com outros países, especialmente no sul global.

A HSBC ser um parceiro do SIPI significa facilitar os grandes fluxos comerciais e fazer o dinheiro circular apesar das potenciais e prometidas sanções de trump. Agora, a banca não será a última instituição ocidental que se juntará ao sistema de pagamento da China. Os novos motores de crescimento no mundo serão os BRICS e a China é a maior economia no bloco. Querer negar essa realidade é o problema que os EUA tem de enfrentar.

O sistema SIPI é um portão para países negociarem com a China, e para os bancos, eles podem ganhar um monte de dinheiro nesse processo. Com o comércio ininterrupto, os bancos terão que ser financiados de uma forma ou de outra. A parte global da exportação da China é de cerca de 14% a 15%, e mais de metade das exportações totais da China estão dirigidas a países que estão se desenvolvendo.

A palavra operativa aqui é desenvolver, e isso significa que essas economias continuarão a crescer e o comércio só tem uma direção para crescer, para cima, pesar da narrativa de sancionamento, ou seja, para baixo. Bancos como o HSBC estão achando muito difícil sair da China. Não importa onde você vá no mundo, especialmente na Ásia, a China tem um grande foco.

Hong Kong, Vietnã e Indonésia são boas economias asiáticas que importam coisas de Beijing. 42% das exportações totais de Hong Kong vem da China, 33% do Vietnã e 27% da Indonésia. E enquanto olhamos para a lista, um monte de países asiáticos, além da Austrália, são dominados por importados chineses.

Quando há exportações, há uma necessidade de financiar o comércio. Produtores e empresas precisam de dólares. Bancos como HSBC produzem crédito, e os negócios com dólares trazem juros embutidos, e isso vai se tornando contraproducente. Daí vc entende o porquê de se debater a DESDOLARIZAÇÃO e porque isso incomoda tanto os EUA. Porque os EUA acho que precisam lhe pagar para que usem o seu dólar. 

Só que Wall Street sabe onde o dinheiro está, e sabe que a economia da China é simplesmente impossível de ignorar.

O FMI chegou com suas estimativas para o crescimento global, e no relatório mais recente, podemos ver algo muito, muito interessante. China, Índia, Rússia e Brasil, eles foram valorizados, a China, em particular, está no topo da lista.

Até 2029, o crescimento do PIB global será liderado por Beijing em 21,7%. Os EUA, no entanto, só proverão 11,6% do crescimento global, abaixo da estimativa anterior. São números que será difícil negar. 

Se a estratégia de contenção do FMI está funcionando, então o FMI deveria decretar o fim da economia da China, o sonho do maga trumpista? Neste caso, por que a China segue no topo da lista. 

Existem muitos ingredientes para o sucesso da China. Eles têm uma forma de trabalho habilitada que é auto suficiente, há uma dominância da cadeia de suplementos e insumos em várias indústrias por lá. Ou seja, é uma economia dinâmica e precisa menos do ocidente do que o ocidente precisa dela.

A economia chinesa se integrou mais à Rússia, ultimamente, os benefícios que o Oeste perdeu, com suas sanções doentias, por causa da Ucrânia, agora flutuam para a Beijing. Essa é uma das razões pela qual a China está vencendo. O Oeste é o arquiteto do crescimento econômico da China, especialmente na fabricação de bens.

Apenas pegue o gás russo, por exemplo. Em 2022, a Europa importou 4 vezes mais energia barata do que a China em 60 bilhões de cúbicos de litros, anualmente. Mas em apenas 9 meses deste ano, os volumes da China superaram os dos EUA.

A China não está comprando o gás pelo mesmo preço. Eles estão aproveitando um desconto significativo de 20% até 30%. A importância do gás natural é óbvia é um combustível vital, seja na indústria, seja na vida comum, doméstica. 

O gás também gera calor no fogão como também é um importante suplemento para processar os derivados químicos de petróleo. Para fazer fertilizantes, o gás natural é vital. Há uma razão pela qual as empresas de produtos químicos derivados de petróleo estão começando a sair da Europa e ir para a China, porque todos os insumos para a fabricação e o comércio estão centrados em Beijing.

O BASF, por exemplo, está derrubando a produção na Alemanha. Eles estão fechando as plantas alemãs, fazem amônia e diversos outros químicos. Os custos na Europa são simplesmente altos, incluindo o gás natural.

Países e bancos estão vendo o fluxo da indústria mudando do leste para o oeste. Os EUA lançaram um pacote de estímulos agressivo para trazer indústrias de Beijing para os EUA. O investimento ou o desinvestimento gira em torno de 300 bilhões de dólares. Mas, segundo Janet Yellen, isso não é suficiente.

A ideia de certa parte da elite é que a economia da China é exagerada. A China, por sua vez, estimula o consumo doméstico, já contando com uma queda nas exportações. Contudo Janet

Yellen quer que o gasto de consumidores chineses cresça ainda mais para que as exportações não diminuam as economias da G7. A China afirma que ainda está esperando o resultado da eleição de novembro.

As medidas visam a evitar um colapso de preços.

Trump diz muitas vezes, como um autômato, que ele vai manter uma linha muito dura com a China. 

Nenhum presidente, Bush, Obama, Barack Hussein Obama, nenhum presidente pagou a China vento ou com nada com nada, mas é o que Trump pretende, ele simplesmente quer que a China produza, não ganhe nada e os EUA ganhem tudo, essa é toda a mentalidade normal de macdonald trump. As chances de Trump vencer impacta uns 60% no mercado de investimentos, ou seja Trump pretende encarecer os produtos made in China em 60%. A China sabe disso e prepara um tsunami de estímulos.

Quando Trump impôs suas tarifas, as exportações da China para os EUA caíram. As taxas de importação atingiram 25%, uma taxa muito grande.

O contexto básico é que as redes de suplementos mundiais foram quebradas, e a China se tornou a fábrica do mundo. A queda de exportação para os EUA com as tarifas de 25% para Beijing. Imagine o impacto que 60%, ou até mesmo 100% de tarifas teriam.

As exportações chinesas para os EUA poderiam colapsar. Os EUA acreditam que podem cortar a taxa de crescimento da China pela metade. As exportações cairiam para os EUA, e para uma série de outros os países.

Mas o problema aqui são os países periféricos. O México, por exemplo, ele comprará as coisas baratas da China, e depois venderá mais alto para os EUA, como se fosse comércio do México e não dá China. 

Mas o rendimento em geral ainda iria cair para os suplementos chineses. Apenas ontem, o Ministro de Finanças da China sinalizou que o estímulo fiscal será bastante grande.

Decisões virão imediatamente após as eleições, em inicio de novembro. Beijing quer ver quem se torna o próximo presidente dos EUA e mover seus pauzinhos. Agora, se for Harris, então o negócio é como o de sempre.

Se Trump ganha, então o Beijing tem que lançar os dados para aumentar o consumo doméstico. 

O estímulo chinês beneficiará mais as empresas locais.

A China sempre poderia levantar suas próprias barreiras, suas próprias tarifas de comércio para punir as economias do G7 também. E porque quase tudo neste mundo é feito na China, o consumidor médio poderia comprar tudo dentro do ecossistema chinês. Há outra implicação que Yellen ainda não viu, e é a China derrubando a economia dos EUA após a tarifada de Trump, ou seja, as sanções de Trump prejudicarão ainda mais os EUA. 

A China tem 770 bilhões de dólares, dos EUA, na China. Desde 2022 o dolar vem caindo, quanto mais os EUA se separe mais da China.

Os chineses diminuem o seu próprio consumo em dólar, mas se o comércio com os EUA vai colapsar, então não há mais necessidade de financiar o dólar americano, uma vez que os produtos chineses chegarão até os consumidores dos EUA com uma tarifa de 60% ou até 100%


Não sou economista mas no meu entendimento do assunto acho que encarecer bens e produtos feitos na China, nos EUA, significa que o consumidor americano vai pagar mais caro, e não vai ter produtos americanos baratos no lugar disso dai. A natureza não dá saltos.

Vamos perguntar, a China não vai conseguir vender por causa do Swift? Eu não acredito nisso. Mais bancos vão se juntar ao sistema de pagamento da China? É bem provável que sim. Trump realmente pretende começar uma guerra de comércio com a China? Foi o que já dissemos aqui no canal, vai começar pesado em 2025. Nota do BRICS: "Todos os grandes negócios começaram com símbolos"

O presidente russo Vladimir Putin recebeu uma "nota simbólica" do BRICS na recente cúpula do grupo em Kazan, Rússia. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou a nota de um quase-dinheiro, enfatizou que ela simboliza a cooperação mútua dos estados-membros do BRICS. 

O que sabemos sobre esta nota única.

- Cerca 1.000 dessas notas, cada nota vale 100 BRICS, foram impressas na cidade de Kirzhach, na região de Vladimir, Rússia. 

A nota foi feita para a Cúpula do BRICS de 2023, na África do Sul.

- A parte da frente da nota apresenta as bandeiras nacionais e os símbolos mais conhecidos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o verso exibe as bandeiras e os nomes dos novos membros, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos, bem como os potenciais parceiros do grupo. Todos os desenhos são feitos à mão. 

- A impressão foi iniciada por Yevgeny Fyodorov, fundador e proprietário da Kirzhach Typography. A nota foi um presente para a reunião do BRICS, um sinal de "apoio sincero" à cooperação global, defendida pelos membros do BRICS. 

- O arranjo das bandeiras em um círculo na parte frontal da nota simboliza a ideia de igualdade entre os estados-membros do BRICS, disse Fyodorov, apelidando a nota de um esboço de trabalho e um símbolo do mundo multipolar emergente. 

- Fyodorov enfatizou que, como as notas russas típicas, a nota do BRICS é protegida de forma confiável contra falsificações. 

- Yury Yermakov, o autor do esboço da nota, participou do design de mais de 10 moedas para vários países. Na década de 1980, o artista trabalhou em um retrato do ex-presidente do Iraque Saddam Hussein para os dinares iraquianos. Ele também criou um retrato do ex-chefe de estado do Vietnã, Ho Chi Minh, para os vietnamitas. 

O presidente Putin já havia apontado que a questão da criação de uma moeda única do BRICS não está na mesa, enfatizando a importância de pisar com cuidado no assunto.

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