A CÚPULA DOS BRICS, EM KAZAN É UM ALVO PARA CERTOS LOUCOS

Um terço do mundo está sendo sancionado pelo governo dos EUA, os EUA impõem mais sanções do que qualquer outro país, nação, império, em qualquer época ou lugar.

As sanções dos EUA são uma ferramenta imperialista que o governo ianque usa para submeter os países que eles querem explorar, de uma forma ou de outro, em geral visa a causar o caos econômico e a convulsão social.  Jeff Stein, um colunista do Washington Post, escreveu que as sanções derrubam indústrias nacionais, erguem fortunas pessoais graças à especulação, derrubam governantes, causam um stress, afundam o balanço de poder político. E sem a necessidade de jogar bombas na população civil como já fizeram tantas vezes.

Bom, isso de ser o líder através de sanções nos leva a um questionamento. Quão eficiente são, de fato, essas sanções? Que efeito elas podem ter, no longo prazo? O modo brutal dos EUA em relação ao mundo beneficia os EUA?

Vamos pensar, veja, as sanções, elas vêm num crescendo, Bill Clinton tinha diminuído as sanções em sua época, época em que a China era um amigo. Já no século XXI, George Bush filho invadiu bestialmente o Iraque, e daí vieram muitas sanções contra o “terrorismo”, contra as “armas de destruição em massa”, contra os direitos civis etc. Obama seguiu aumentando as sanções, a tal ponto que, na época, secretário-geral, Jack Lew, disse que tantas sanções reduziria a capacidade de que essas sanções fosse eficazes.

Daí chegou Trump ao poder, logo se tornou o rei das sanções, mais de 2.000 sanções contra a China, a Rússia, a Venezuela etc. Bom, logo a Venezuela mostrou a Trump que as sanções eram inúteis, vamos analisar daqui a pouco. E daí veio Joe Biden, se Trump era o rei das sanções, Joe Biden deve ser chamado de "o imperador das sanções", passou Trump, e passou à história como o presidente americano que passou a maior quantidade de sanções durante uma presidência, lançou mais de 6.000 sanções em apenas dois anos.

Os presidentes americanos adoram sancionar, consideram mesmo que presidir os EUA significa sancionar os outros países, mas vamos pensar o que acontece quando as sanções não funcionam? Nenhum exemplo melhor pode ser encontrado do que o caso de sanções contra a Venezuela. O objetivo das sanções econômicas era simples, destruir a economia venezuelana, criar o caos social, derrubar o governo e instalar um fantoche, para favorecer os negócios dos Estados Unidos. Só que as sanções falharam para derrotar Maduro, embora destruíssem a economia venezuelana trouxessem grave crise social, pobreza, êxodo, entre 2012 a 2020.

Antes da eleição na Venezuela, recentemente,  John Bolton, conselheiro de segurança de Trump, ele disse ao The Washington Post que as sanções de Trump contra a Venezuela destruiriam a economia venezuelana e forçariam milhões de venezuelanos a imigrar ou fugir. Não há dúvida de que as sanções promoveram a deterioração econômica geral da Venezuela e forçou muitas pessoas a deixarem o país. Do ponto de vista dos EUA foi apenas um jeito de colocar pressão no país, do ponto de vista da Venezuela foi uma tremenda opressão da parte de um sistema abertamente imperialista e tirânico.

Os eleitores em Donald Trump ou Joe Biden sabem que elegem pessoas colocadas no poder para destruirem países? E o que acontece com Trump quando quer o voto de milhões de imigrantes, em 2024?

O ex-embaixador americano Michael McFaul disse que “se houver uma transição pacífica para a democracia na Venezuela, todas as sanções serão levantadas e a sofrimento das pessoas venezuelanas terminará”.

Estes tipos soberbos acham que destruir a economia de um país é uma forma de “democracia”. O embaixador diz claramente que são as sanções estadunidenses e não o governo venezuelano o responsável pelo empobrecimento do país hispânico.

Do ponto de vista da lei internacional, as práticas nocivas do governo estadunidense são completamente ilegais, ele interfere nas leis e nos negócios internos de outros países.

No entanto, vamos lá, se olharmos com cuidado veremos que as sanções costumam falhar em seus objetivos. Em Cuba, as sanções imputadas pelos Estados Unidos há mais de 60 anos falharam para derrotar o governo socialista. Mas quem sofreu mais? Claro, os cidadãos de Cuba, que lutaram muito para prover o que costumavam adquirir sem dificuldades.  

No Irã, as sanções estadunidenses começaram há mais de 50 anos, com o objetivo de, novamente, empurrar o governo fora e forçar as mudanças para beneficiar a indústria petrolífera dos EUA. O governo do Irã não só não mudou como desejava o tubarão americano como se aproximou da Rússia e da China.

Na Síria, o Assad ainda está no poder, apesar de 20 anos de sanções estadunidenses. O país luta bravamente para se reconstruir, muitos sírios precisam da ajuda humanitária do governo para sobreviver.

Mais de 60% de todos os países de baixa renda pelo mundo estão sob alguma forma de pena financeira imposta pelo governo dos Estados Unidos. Isso demonstra por que estamos indo para um mundo rachado. Se países de renda baixa são sancionados e enfrentam uma guerra econômica imposta pelo governo dos Estados Unidos, os países naturalmente procuram outras opções.

É por isso que vemos a China crescer a sua influência em todo o mundo, trazendo mais de 150 países para a sua iniciativa comercial, o cinturão e nova rota da seda. Até paises mais ricos já começam a se interessar pelos BRICS, por exemplo, a Itália, o primeiro-ministro italiano, Meloni, voou para a Beijing para assinar e renovar por mais três anos seus acordos.

A maioria das sanções dos Estados Unidos são contra países de renda baixa e em desenvolvimento, só que o governo dos Estados Unidos está agora começando a boicotar países de alta renda e até mesmo seus próprios aliados. No mês passado, a Bloomberg reportou que a administração Biden vai aplicar severas restrições a japoneses e alemães se eles mantiverem negócios com a China, sobretudo negócios ligados a chips, semicondutores.

Vamos abordar agora, um pouco, essa questão de semicondutores, Eric Schmidt, o ex-CEO do Google, atualmente no Conselho do Departamento de Defesa dos EUA, disse que as sanções contra a Rússia fazem com que os russos tenham celulares chineses em vez de iPhones, e os celulares chineses são bastante bons. No caso dos microchips, o Estado Unidos tem um grande trunfo graças a ASML, a ASML é um monopólio no mercado de chips. A ASML é a única empresa no mundo que fabrica as máquinas necessárias para produzir os mais avançados microchips. Como você pode imaginar, a China também quer ter essas máquinas.

O Eric Schmidt, ele diz que o governo dos Estados Unidos usa essa empresa contra a China. A estratégia da ASML, é que, segundo o Eric, eles botaram a China no seu lugar”.

Bom, então a ASML tem uma monopólio no mercado de microchips e o governo dos Estados Unidos, com muito orgulho, controla isso daí. É por isso que o regime do Biden ameaçou tanto as sanções econômicas contra o Japão e a Holanda, ambos são aliados dos Estados Unidos, e portanto devem servir aos interesses americanos, é assim.

A Bloomberg reportou que os Estados Unidos prepara um projeto de investimento para o Brasil, bom vamos ver isso daí, é o tipo de coisa que do se pode acreditar vendo, parece mais fumaça para conter a aproximação do Brasil com a China, parece mais uma propaganda para tentar colocar o Lula numa saia justa.

Daí, veja como funciona esse negócio de sanção, os governos japoneses e alemães disseram a Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA, para abrir o comércio de chips. Os investidores gostaram da notícia, parece que o estoque da ASML, na quarta-feira cresceu 8% em poucas horas. Isto mostra como as restrições dos EUA podem influenciar e as declarações de autoridades podem mudar a direção dos mercados.

Em geral, as restrições dos EUA causam efeitos bastante nocivos aos mercados, veja, por exemplo, a UE está muito preocupada com o anúncio de Xi Jinping de que vai fomentar os investimentos privados na China. Daí os EUA e a EU emitiram um plano para impedir o investimento privado na China, bom, vamos ver como vai ficar isso daí. Os EUA disseram a EU que ela não pode investir lá na China. E assim os EUA forçam seus aliados a fecharem os olhos para os negócios mais lucrativos da face da Terra. Os países da EU reclamaram e disseram que precisam fortalecer sua economia, garantir novos empregos, promover a prosperidade etc. Pelo menos a EU começou a admitir que gostaria de trilhar seu próprio caminho, contornar as restrições dos EUA, e, quem sabe, finalmente se libertar do plano Marshall.

As restrições dos EUA alteraram como os países do mundo funcionam e influenciaram as indústrias a se adaptarem e mudarem. O real sentido das restrições é a desindustrialização, é impedir que as nações criem infraestrutura e desenvolvimento.

Vamos falar sobre drones aqui, uma fonte relatou que foi piloto de drones, por muitos anos, viveu na China, conheceu a DGI, a maior empresa de drones do mundo.

As empresas chinesas controlam uns 70% do mercado de drones, uns 85% dos componentes de drones são fabricados lá na China.

Daí os EUA estão muito interessados em entrar com os dois pés nesse cenário. Querem diversificar seus fornecedores e fazer crescer o mercado de drones domésticos, nos Estados Unidos.

A Unusual Machines, a FPV, fábrica os drones mais avancados, de uso militar. Quando um governo quer fomentar uma indústria, ele vai  precisar mexer em impostos e leis para fazer avançar o negócio. Isso é o que a China faz o tempo todo, não é? O governo chinês fomentou o mercado de drones, e em 20 anos se tornou a maior produtora de drones do mundo.

Daí, preocupado, o governo americano lançou o seu Acordo de Drones para a Segurança Americana, uma sanção, significa que nenhuma agência do governo americano poderá comprar drones feitos na China. 

É uma sanção, uma restrição, um boicote econômico, protecionista, antiliberal, antimercado-livre, etc mas é assim. 

 O tal Acordo de Drones quer, especificamente, atingir o DGI, lá de GuangDong.

Uma finalidade desta sanção é fomentar as empresas de drones dentro dos Estados Unidos.

O mercado de drones FPV já gerou uns 4,3 milhões de dólares de renda em 2023, cresceu uns 37%. A empresa opera com o plano de crescimento de 30% ao ano, a empresa quer fornecer os componentes para os consumidores montarem seus drones FPV, e sem comprar da China.  A empresa fabrica agora o primeiro controle de voo feito pelos Estados Unidos para drones FPV. O foco é que o consumidor compra e faz ele mesmo, ele monta o aviãozinho. A fábrica fica em Orlando, na Flórida, e a empresa promete vender no mesmo preço que os fabricantes chineses na China. Isso surpreendeu muitos analistas pois em geral a China mantém uma vantagem de preço muito grande para quase todos os produtos e indústrias. Tanto é assim que muitas empresas vão para a China para fabricar seus produtos lá.  

Mas agora estamos na era das máquinas, dos robôs, o processo de fabricação pode prescindir de mão de obra humana, é um mofo de reduzir os custos. Uma boa planta industrial robótica pode fabricar muitos componentes básicos e fornecer para outras  empresas que fabricam drones para o governo, ou vendem diretamente os próprios drones para outras empresas de drones.

Bom, a guerra na Ucrânia criou uma grande demanda por drones, é uma guerra que não para, e, portanto, nada poderá impedir o crescimento da indústria de drones

A Ucrânia recebe ou fabrica algo como um milhão de drones por ano, bom, veja, a Rússia tem fabricado ou recebido algo como 300 mil drones POR MÊS. É uma indústria extremamente pujante, o mercado global de drones deve crescer aí por volta de $55 bilhões até 2030.

Os EUA quer entrar com os dois pés neste mercado, veja, o ano fiscal do governo americano terminou em 30 de setembro, e todos os preços de equipamentos de defesa são submetidos antes deste dia. Bom vamos ver o quanto as agências armamentistas ligadas aí ao Pentágono precisam obedecer o ano fiscal do governo norte-americano.



Londres e Washington podem muito bem liberar Israel para bombardear o Irã, isso pode ser antes ou depois das eleições dos EUA, depende. O local visado seria a Cúpula do BRICS de 22 a 24 de outubro em Kazan, Rússia.

O Irã é um dos quatro novos membros do BRICS desde 1º de janeiro de 2024. 

A Cúpula dos BRICS vai deliberar sobre a questão de como substituir o atual sistema porqueira e falido baseado em imprimir montanhas de dólar e sancionar o Sul Global. O sistema do dólar é um sistema mastodôntico — inchado além de toda esperança de recuperação, com mais de US$ 2 quatrilhões em derivativos e ativos especulativos. Os BRICs pretendem criar  uma nova arquitetura financeira e internacional centrada no desenvolvimento dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, bom, pelo menos é o que parecia ser, no começo. 

Vamos lembrar, quando o governo Obama invadiu a Líbia e assassinou o presidente Muammar Gaddafi a sangue frio, em outubro de 2011, a secretária de Estado Hillary Clinton ria incontrolavelmente, "Nós viemos, nós vimos, e ele morreu", para usar o Vini, vidi, vici, de Júlio Cesar, eu vim, vi e venci.

O objetivo estratégico do crime de guerra era desencadear guerras em expansão contra a Síria e o Irã, e depois contra a Rússia e a China. 

O objetivo estratégico real era destruir qualquer alternativa ao sistema em colapso da City of London/Wall Street .

Ora, esta alternativa é precisamente o que está surgindo agora em torno dos BRICS.



Aeronaves e bombas convencionais de Israel não poderiam destruir as instalações nucleares do Irã, que supostamente estão no subsolo, além do alcance até mesmo de enormes bombas destruidoras de bunkers, mas isso não impedirá o ataque israelense, Israel, na pessoa do zion Netanyahu usará as armas nucleares de Israel contra as instalações nucleares do Irã. Ou poderiam lançar um ataque massivo, convencional, na expectativa de que isso provocaria uma resposta iraniana suficiente para arrastar os EUA no envolvimento direto contra o Irã.

O Irã e a Rússia parecem estarem chegando a um amplo acordo de segurança e cooperação, a ser assinado na cúpula dos BRICS.

O vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergey Ryabkov emitiu um aviso a Israel, ontem, ele diz, "Nós alertamos e continuamos a alertar, para advertir contra até mesmo a hipótese de considerar a possibilidade de um ataque a instalações nucleares e infraestrutura nuclear." 

Ele considerou um ataque nuclear como "um desenvolvimento catastrófico e uma negação completa dos princípios básicos da segurança nuclear."

Enquanto isso, a CNN está relatando que "o plano de Israel para responder ao ataque [retaliatório] do Irã em 1º de outubro está pronto", e que "autoridades americanas esperam que Israel retalie o ataque iraniano deste mês, antes de 5 de novembro". 

Ao mesmo tempo, o cada vez mais frenético Volodymyr Zelensky disse em uma reunião da OTAN em Bruxelas que ou a Ucrânia deve ser imediatamente admitida na OTAN, ou então a Ucrânia precisará de ter suas próprias armas nucleares. 

Entao, o perigo de uma guerra nuclear está à espreita em cada esquina, continuará até que o sistema satanista que gerou esse perigo seja substituído por uma nova arquitetura internacional de segurança e desenvolvimento, construída na ciência e em uma compreensão muito mais profunda da autêntica cultura tradicional e clássica.










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