POR QUE OS EUA ELIMINAM SEUS PRÓPRIOS PRESIDENTES

Os seguranças de Trump não impediram ninguém de atirar, mas mataram rapidamente dois, um num telhado, outro na plateia do comício. Trump teve sua orelha furada, é o que mostram as fotos.

A eleição mais estranha do mundo segue produzindo estranhezas ainda mais estranhas. Ontem abordei a questão da loucura, do risco de se ter um presidente senil. O Trump já ganhou esta eleição, mas precisa chegar vivo à posse! O que se pode prever sobre os EUA é que a cada ano as coisas ficam mais tensas, mais próximo de uma guerra civil, não será a 1ª, mas talvez seja a última. Uma casa dividida contra si mesma é um transtorno, agora imagine um país inteiro. O americano parece que vive numa espécie de deslumbre existencial.

Nos EUA sempre houve miséria, num número pequeno, limitado. Só que agora a miséria aumenta, o número de pobres triplicou, a classe média está endividada, gringo tem 15 cartões de créditos e todos estão estourados, na classe alta, a concentração de renda é uma extravagância, uma concentração que beira a loucura. O vício em fentanil é uma coisa terrível, 150 mil mortos por ano. Os EUA estão numa situação difícil. 

Vladimir Putin disse uma grande verdade: "Acabou o almoço grátis". A Europa está decaindo, Inglaterra está decaindo, a França veio buscar urânio aqui no Brasil (a França foi escorraçada lá da África). EUA gastam 1 trilhão com Defesa, e o contribuinte está arrochado. O meu medo é esses cowboys deslumbrados virem para cima do Brasil.


Ao longo da história dos Estados Unidos, quatro presidentes foram assassinados enquanto estavam no cargo:

Abraham Lincoln (1865)

 * Foi o primeiro presidente a ser assassinado, em 14 de abril de 1865, apenas cinco dias após o fim da Guerra Civil Americana.

 * Foi baleado na nuca por John Wilkes Booth enquanto assistia a uma peça no Teatro Ford em Washington, D.C.

 * Sua morte ocorreu em um momento crucial da história americana, quando o país tentava se reconstruir após a guerra.

James Garfield (1881)

 * Foi baleado em 2 de julho de 1881 por Charles Guiteau, um advogado mentalmente instável.

 * Morreu 12 semanas depois, em 19 de setembro, devido a complicações de feridas e infecções.

 * Seu assassinato gerou debates sobre a segurança presidencial e o papel da mídia na cobertura de eventos políticos.

William McKinley (1901)

 * Foi assassinado em 6 de setembro de 1901 por Leon Czolgosz, um anarquista, durante a Exposição Pan-Americana em Buffalo, Nova York.

 * Morreu no dia seguinte, em 7 de setembro.

 * Sua morte foi um choque para a nação e levou a um aumento da repressão contra anarquistas e outros radicais.

John F. Kennedy (1963)

 * Foi assassinado em 22 de novembro de 1963 por Lee Harvey Oswald enquanto desfilava em um carro aberto em Dallas, Texas.

 * Sua morte é um dos eventos mais marcantes da história americana e ainda é objeto de muitas teorias da conspiração.

Outros presidentes que morreram no cargo

É importante notar que outros presidentes americanos morreram enquanto estavam no cargo, mas não foram assassinados. Entre eles estão:

 * William Henry Harrison (1841): Morreu de pneumonia apenas 31 dias após sua posse.

 * Zachary Taylor (1850): Morreu de cólera apenas 16 meses após sua posse.

 * Warren G. Harding (1923): Morreu de um ataque cardíaco enquanto estava em uma viagem pela Califórnia.

 * Franklin D. Roosevelt (1945): Morreu de uma hemorragia cerebral em Warm Springs, Geórgia.

As mortes desses presidentes tiveram um impacto profundo na história americana e continuam a ser lembradas e estudadas até hoje.


Falar sobre a China. 

O aumento das exportações da China em junho aponta para crescimento. O salto nas exportações na Ásia Central reflecte a construção de infra-estruturas do.projeto comercial, Cinturão e Rota da Seda da China, na direção do Sul Global

 As exportações da China em Junho aumentaram 8,6% em termos anuais em dólares americanos e 10,7% em yuan, apontando para um crescimento do PIB superior ao esperado.

 As exportações para o Azerbaijão, Arménia, Cazaquistão e Quirguistão aumentaram mais de 30%, a China expande ferrovias, rodovias, hidrovias e aeroportos para todo o continente euro-asiático. As exportações foram fortes em todos os sentidos, com desempenho muito  forte em Taiwan, Indonésia, Vietname e Filipinas. As exportações para o Brasil e o México, os dois maiores mercados latino-americanos da China, aumentaram 17%.

 Durante os últimos quatro anos, a China duplicou as suas exportações para o Sul Global, enquanto as exportações para os mercados mais desenvolvidos aumentaram menos.

 Parte do crescimento das exportações da China para o Sul Global consiste em bens de capital e componentes a serem fabricados para vendas finais nos Estados Unidos.

 As exportações da China para o Sul Global aumentaram de 60 bilhões de dólares por mês para 140 bilhões de dólares por mês. Ao mesmo tempo, as importações dos EUA provenientes do Sul Global aumentaram de 60 bilhões de dólares por mês para cerca de 90 bilhões de dólares por mês.

 Muitas exportações da China para o Sul Global dependem da procura dos EUA. Os EUA praticam tarifa de 25% sobre a maioria das importações chinesas, então isso reduz muito as exportações diretas da China para os EUA, só que os EUA estão ainda muito dependentes das cadeias de abastecimento chinesas através de outros países, terceiros.

As exportações diretas da China para os EUA aumentaram 7,5% em termos anuais, embora o nível permaneça bem abaixo do pico da Covid.

 O déficit comercial de bens da América situa-se agora num recorde de 1,2 bilhões de dólares por ano, era 800 bilhões de dólares um ano antes da Covid. A administração Biden fomentou a procura de bens de consumo, forneceu muito crédito aos cidadãos, no entanto o investimento na indústria nacional caiu. Há uma tendência de declínio a longo prazo. O excesso de consumo criado pela política fiscal de Biden provocou uma enxurrada de importações, direta ou indiretamente da China. Isso deixa a América num dilema. Tarifas mais elevadas desencorajam as importações chinesas, como propuseram na época do Trump, quer dizer, as coisas da China ficam mais caras para os consumidores americanos. Uma taxação geral aumenta o custo dos bens de capital, desencoraja o investimento, torna a América ainda mais dependente das importações.

Bens de capital são máquinas e equipamentos: como tornos, fresas, impressoras, computadores, etc.

Veículos: como caminhões, ônibus, carros, etc.

Instalações: como fábricas, galpões, escritórios, etc.

Móveis e utensílios: como mesas, cadeiras, ferramentas, etc.

Software: como programas de computador, aplicativos, etc.



Exactamente ao mesmo tempo que a OTAN movia seus pauzinhos em Washington para salvar o jardim das delícias do Éden, Coreia um importante aliança política. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi e o presidente russo, Vladimir Putin, estavam juntos em Moscou, para “acelerar os projetos que vão remodelar o cenário político da Eurásia”, incluindo “a construção de uma nova arquitetura de corredores de transporte estáveis e eficientes, e o desenvolvimento de cadeias de produção e comercialização na Eurásia.” Putin propôs acelerar o desenvolvimento da energia nuclear, que poderá “substituir o petróleo produzido em todo o mundo”.

A cimeira da OTAN em Washington é um esforço para tornar a OTAN um sistema global, globalista, globalizado…. É uma situação perigosa, que contesta diretamente a multipolaridade em ação, do ponto de vista da OTAN não existe opção diplomática, de negociação , existe apenas a política de derrotar a Rússia e a China. Só que tem um detalhe, não é possível derrotar a maior e mais forte potência nuclear da Terra, lembrando a doutrina nuclear russa diz que se a sua existência como Estado estiver ameaçada, eles usarão armas nucleares. Agora, isso significa que a OTAN quer mesmo uma Terceira Guerra Mundial, mas de um modo que não possa ser a causadora do conflito. 

Um outro ponto, que focamos na análise de ontem, as instituições de Wall Street, as forças armadas, as corporações do Vale do Silício, a elite financeira assumiu uma vida própria, a Declaração de Independência e a Constituição Americana não é um freio para essa elite, vamos dizer, as bases da formação política e de estado da federação American é algo que pertence ao povo americano, mas não é algo que comove ou influência a elite americana.

 A India está cada vez más proxima da Rússia... e da China! Washington já está perdendo o Indo-Pacífico. Em um giro geopolítico, Rússia e China atraíram um fiel aliado da Casa Blanca às suas filas, a Índia. Os titãs do leste estão redefinindo a balança de poder através de bons acordos comerciais, projetos energéticos e uma diplomacia estratégica que deixa a potência do norte boiando.

Como se dá isso daí? A Índia é um tradicional aliado da Casa Branca, e acaba de estreitar os laços com os países que Washington mais demoniza na vida, a Rússia e a China. Essa mudança se reflete em várias áreas como no comércio, na cooperação militar, na diplomacia, na energia, nos esportes, nas artes, na cultura, na educação etc. Os mandatários russo Vladimir Putin e indiano Narendra Modi têm uma meta ambiciosa, aumentar o seu comércio bilateral para 100 bilhões de dólares em seis anos, não sei dizer como é essa quantia na moeda dos BRICS, o Unit, ou talvez em alguma conversão rublo-rupia. 

Nos primeiros quatro meses de 2023, o comércio entre a Rússia e a Índia superou os 23 bilhões de dólares, segundo dados de aduana, dados aduaneiros, da contabilidade alfandegária, houve uma aceleração nas relações comerciais. A cooperação energética é um pilar central na aliança. A Rússia é rica em recursos energéticos e encontrou na Índia um parceiro que necessita de comércio estável e diversificado, de suas fontes de energia.

A colaboração em projetos de petróleo e gás e a inversão em energia nuclear caracterizam  o acordo. Paralelamente, a China intensificou sua influência através da Organização de Cooperação de Xangai, a OCS, e a Iniciativa do Cinturão e da Rota da Seda.

 A OCS serviu como uma plataforma para aprofundar a cooperação multilateral em segurança, economia e cultura, reforçando a integração destes países em uma rede de alianças capaz de superar a influência anglo-saxã-americana.


A Rússia e Índia também promovem exercícios militares conjuntos e reforçaram seus laços em termos de venda de armas e tecnologia militar, fortalecendo a cooperação inclusive em um contexto de rivalidade com a China, com a qual as potências asiáticas parecem encontrar mais pontos de convergência do que de divergência. Washington tentou consolidar sua influência através da aliança "Quad" e "AUKUS", mas não alcançou os resultados esperados. O "Quad", onde se encontra com a Índia, não é propriamente um sucesso, talvez seja um bloco meio estagnado. 

A AUKUS, por sua vez gerou tensões diplomáticas, particularmente com a França, após o acordo de submarinos, a rasteira que deixou Paris fora do contrato australiano. Esses desacordos internos debilitaram a posição de Washington e despertaram desconfiança em sua intenção de se apresentar como uma Frente Unida.

Enquanto a potência do norte continua sendo uma economia dominante, sua capacidade para ditar termos e exercer pressão está diminuindo. O surgimento de novas potências econômicas e a reconfiguração das alianças globais criaram um entorno mais multipolar. A diplomacia jogou um papel crucial nesse mudança.

A Índia seguiu uma política exterior pragmática e não alinhada, procurando maximizar seus benefícios através de uma rede de alianças diversas. Essa estratégia permitiu à Nova Délhi manter relações positivas tanto com o Ocidente como com o Oriente. Ainda mais, a relação Rússia-Índia remonta à Guerra Fria, quando a União Soviética era um dos principais aliados da Índia. Embora houvesse um período de enfrentamento após a dissolução da URSS, as relações se revitalizaram nos últimos anos, e, particularmente neste momento. 

Com relação à relação China-Índia, apesar de existirem conflitos nas fronteiras, há diversas áreas de cooperação multilaterais como os BRICS e a OCS. A cooperação diplomática entre a Rússia e a Índia tem sido contínua em vários fóruns internacionais.

Moscou continua sendo um dos principais provedores de armamento para Nova Délhi, incluindo sistemas avançados de defesa aérea, aviões de combate e submarinos. Os exercícios militares conjuntos significam uma associação estratégica. O Kremlin foi um sócio-chave para o subcontinente indiano em sua busca de diversificação de suas fontes energéticas.

Os projetos de gás e petróleo, assim como a cooperação em energia nuclear, asseguram  uma boa demanda energética aos indianos. O comércio bilateral cresce, há diversificação de produtos e serviços. Este crescimento fortalece as economias dos países, e envia um claro sinal de firmeza da aliança. Além disso, a influência da China na região, através do cinturão e rota da seda, mudou o panorama econômico e estratégico da Ásia. Os investimentos em infraestrutura e a criação de rotas comerciais permitem a Pequim consolidar sua presença e estabelecer muitos vínculos com muitos países. A Organização de Cooperação de Xangai fortalece as alianças entre China, Rússia e a Índia, facilita a coordenação em temas de segurança e promove a paz e a estabilidade na Ásia Central

A Aliança BRICS tem permitido avançar na cooperação em áreas como o comércio, a inversão energética e a reforma das instituições financeiras internacionais, trabalhando na criação de um sistema financeiro alternativo que reduza a dependência do dólar, assunto do vídeo de ontem. Rússia e Índia avançam também em áreas como a exploração espacial, a biotecnologia e a inteligência artificial. 

O surgimento de uma ordem multipolar está surgindo no horizonte, já não está tão distante, a cada ano que passa. A capacidade de países como Rússia, China e Índia manterem alianças estratégicas que desafiam a hegemonia excepcionalista da potência ianque do norte é um testemunho da mudança nas dinâmicas de poder, isso vai além do Indo-Pacífico, incentivando países na África, na América Latina e no Oriente Médio a reconsiderarem suas alianças e a buscarem diversificação em suas relações internacionais.

A cooperação militar envia uma mensagem clara sobre a sua disposição em proteger seus interesses. O comércio continua sendo o motor fundamental das relações internacionais. A meta de alcançar 100 bilhões em comércio bilateral entre Rússia e Índia é ambiciosa, mas realizável, dado o ritmo atual de crescimento e diversificação de produtos e serviços.

Em conclusão, a perda de influência de Washington no Indo-Pacífico é parte de um reequilíbrio global mais amplo. A crescente influência de Rússia e China, facilitada por alianças como o BRICS e a OCS, alimenta um entorno mais competitivo e complexo. 


E o Brasil? O Brasil deve enviar convites para participar da cúpula do G20 a chefes de estado, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, segundo Joel Souza Pinto Sampaio, chefe do departamento de comunicação social do Itamaraty.

 O Brasil ocupa a presidência do G20 desde 1º de dezembro de 2023. A cúpula final no Rio de Janeiro será realizada de 18 a 19 de novembro.

O jornal Folha de S.Paulo noticiou que o governo brasileiro trabalha para tornar possível a visita do presidente Putin à cúpula do G20 no Rio de Janeiro. A presença do líder russo é pouco provável uma vez que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandato de prisão para Putin, acusado de "raptar crianças ucranianas". Saiu uma notícia há algumas semanas dizendo que as supostas crianças raptadas por Putin foram, na realidade, enviadas a Alemanha pelo próprio governo da Ucrânia, o qual costuma enviar crianças para adoção. 


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