O CAPITALISMO OCIDENTAL É PRIVADO E EXVLUSIVISTA

Há uma decadência do Império americano, Império americano esse que firmou depois da Primeira Guerra Mundial, quando passa a ser a maior potência do capitalismo, mas principalmente depois da vitória na Segunda Guerra Mundial, quando, a partir dos anos 50, viveu mesmo uma era de ouro de crescimento econômico e, ao mesmo tempo, de expansão militar sem precedentes, espalhando suas centenas de bases militares pelo mundo. Os Estados Unidos, em função de coordenar a própria hegemonia vão se difundindo como a grande potência mundial, e ao mesmo tempo interferindo em todo e qualquer conflito do mundo incluindo neste momento a guerra da Ucrânia, e o genocídio de Israel contra Gaza.

Afinal, existe mesmo um declínio do império americano? 

Bom vamos entrar nessa seara, houve uma ascensão meteórica dos EUA. Foi de colônia da Inglaterra até a maior potência mundial em poucos anos. No início século XX, ele já tinha a alta produção de Aço, Ferrovias, começa a hidrelétrica, o petróleo, já estavam embalados em termos industriais, vimos o surgimento das grandes corporações, e eram corporações diferentes do estilo europeu, né. Quando vem a Primeira Guerra Mundial, Wilson quer sair do hemisfério norte através da Doutrina Monroe, da América para os americanos, ele quer toda a América para os EUA, os 14 pontos de Monroe. 

Contudo , tudo na vida e no mundo é apogeu e queda, exceto talvez o próprio mundo material, este mesmo que estamos nele há tantos milhares de anos. E vieram os anos 2000, 19/09, foram para cima do Oriente Medio e Afeganistão, esqueceram um pouco da China, da Rússia, e a China aproveitou e começou seu crescimento e não parou mais, não para mais. Claro, o dólar ainda é hegemônico, mas perdeu poder, os Estados Unidos se vêem obrigados a pressionar os países do Golfo, a Arábia Saudita, para não ter negócios com a Rússia, pra, eles têm negócios com a Rússia, ora, poder não é apenas o poder de matar e pagar, é também, sobretudo, a capacidade de influenciar, então os EUA continua uma grande potência, tem os meios de destruição, de uso da violência, como poucos, mas ele não é mais o que era antes

A URSS, isso pouco se diz, a URSS estava, lá na década de 80, muito melhor do que a propaganda ocidental pintava. Era a 2ª potência global, então o que aconteceu? O grande erro da URSS foi não ter produzido quadros, não ter se renovado, ter virado uma gerontocracia. Isso está acontecendo com os EUA, seus políticos são idosos, ao ponto da senilidade, então vc tem 800 bases mas não sabe lembra o nome do Loyd Austin, vc diz, "aquele homem negro", o que vai ser das suas 800 bases? Na URSS foi falta de renovação, os EUA estão num processo de falta de renovação. É verdade que o Trump trouxe certas novidades para a direita, mas depois do episódio da Janela só se fala em Kamala, nem no Biden se fala mais. O partido democrata vive a sua crise e é uma crise interna, mas na política externa é ainda pior, os Estados Unidos e os europeus parecem que já não compreendem mais o que é o mundo, o que está acontecendo com o mundo, não é uma questão de QI, de inteligência simplesmente, claro, tem o problema da arrogância, num grau paranóico, penso que quando a soberba atinge um grau excessivo a compreensão para, desaparece, é uma espécie de negação mesmo da realidade, este é o verdadeiro negacionismo. Eles não compreendem que há outros poderes, veja, por exemplo, o Sul Global, era chamado há muito pouco tempo de mundo Colonial. Ora, o Sul Global não está olhando para os EUA, não o quer, não depende tanto assim dos Estados Unidos quantonos EUA gostariam, o Sul Global não vai obedecer suas ordens, os europeus também começam a reagir, ainda timidamente pois sua ligação aos EUA é mais visceral. Daí aparecem analistas dizendo que o Lula é "terceiro-mundista", o 3º mundo é um conceito lá da década de 60, esses analistas são analistas da década de 60, rs, eles não viram mudança, porque, se você olhar, lá no terceiro mundismo, esses países tinham a ideologia nacionalista, mas eles não tinham bala na agulha, tinham de se conformar, ora, hoje eles tem bala na agulha, vc vê, o Irã hoje vende arma para a Rússia, a tecnologia de drones, o Paquistão tem arma nuclear, tem um grande exército, a Coréia do Norte é temível. A Arábia Saudita e a Rússia dominam o petróleo no mundo, fixam o preço do petróleo, os Estados Unidos não conseguem mais fixar o preço do petróleo. Mesmo com uma montanha de boicotes e sanções a Rússia continua de pé, por quê? Porque a Rússia está num outro mundo, na Ásia, na Eurásia, não é o mundo europeu, então, voltando para o Lula, por mais dificuldades que ele tenha ele está muito consciente desses polos, desse confronto de civilizações. O Sul Global tem uns 40% do PIB global, veja sua economia, tecnologia, armas, recursos naturais etc. Então uma Arábia Saudita, um mar de petróleo quer fazer trocas com a China, e em yuan, a Arábia Saudita, hein, um quintal dos Estados Unidos. São coisas que afloraram com a tragédia na Ucrânia e Gaza. Ha um novo tabuleiro, um novo jogo, vem se estruturando aos poucos.




 Todo o capitalismo ocidental, desde, seguramente, a instituição dos bancos centrais (são PRIVADOS), do século XIX em diante, consiste em transferir renda das classes mais baixas e trabalhadoras para uma pequena e reduzida elite, por trás deste sistema, desta estrutura coercitiva. Não há controle da inflação, taxa de juros, controle fiscal etc, que conserte isso, pois a base, a estrutura está errada, toda ela é baseada em dívida e 'austeridade'. 

As classes médias, que deveriam ser a maioria de uma nação e deveriam ser PRÓSPERAS estão decaindo. Eu talvez não viva para ver, mas prevejo que até 2050 o Ocidente vai desabar, todo

O sistema capitalista ocidental não está podre ou corrompido não, ele é o que ele tem de ser, patrimonialista e hereditário. Sua base pode ser dita judaico-anglo-saxã e protestante, calcada em usura, dominação militar, supremacia religiosa e privilégio social. Os choques que enfrentou, as guerras religiosas, a revolução francesa, o comunismo, as guerras mundiais etc, longe de mudar sua mentalidade eurocêntrica, imperialista e colonialista atávica, tornou-o ainda mais fanático, ao ponto de gerar a convicção, da parte de uma reduzida elite, de que a humanidade deve ser destruída ou substituída. Vai fracassar.



Em Março de 2020, durante os primeiros dias da pandemia da COVID-19, o governador democrata de Nova Iorque, Andrew Cuomo, anunciou o plano para reduzir as despesas do Medicaid para hospitais em 400 milhões de dólares, como parte do seu orçamento. Ou seja, no limiar de uma pandemia, um dos políticos mais destacados dos EUA informava ao público que pagaria menos aos hospitais que cuidam dos mais pobres e vulneráveis de Nova Iorque. "Não podemos gastar o que não temos", explicou Cuomo, encolhendo os ombros, numa conferência de imprensa. Era provável que esses cortes fossem ainda mais profundos nos anos seguintes, com cortes semelhantes também para as escolas públicas do estado. 

Em Outubro de 2019, foi anunciado um aumento no preço do ticket do metrô para os cidadãos de Santiago, Chile. Os chilenos foram às ruas em protesto, não só por causa do transporte público, mas em resposta ao tributo público acumulado de cinquenta anos de privatizações, repressão salarial, cortes nos serviços públicos e marginalização do trabalho organizado que prejudicaram fundamentalmente a vida e a sociedade de milhões de chilenos. Com centenas de milhares de pessoas manifestando-se nas ruas, o governo do Chile respondeu com brutalidade marcial, extrema, bem ao estilo da ditadura, o governo "baixou o sarrafo", como se diz, demonstrando o quão brutal a força policial pode ser quando se trata de garantir a continuidade do sistema privatista e neoliberal. Os protestos duraram semanas. 

Em 5 de julho de 2015, 61% dos eleitores na Grécia aprovaram um referendo em oposição ao proposto pelo Fundo Monetário Internacional e União Europeia para resolver a crise da dívida da Grécia. Oito dias depois, e apesar do referendo público, o governo grego assinou um acordo, um empréstimo por três anos que limitava a forma como o país poderia gastar dinheiro com o seu proprio povo: a Grécia impôs reduções nas pensões, aumenta impostos sobre o consumo, privatizou serviços e indústrias, e implementou cortes salariais para os funcionários públicos do país. Dois anos depois, o governo grego privatizou os dez principais portos do país e colocou à venda muitas das suas ilhas.

É agora é uma norma da vida dos séculos XX e XXI que os governos com défices financeiros cortem primeiro e antes de tudo os serviços que prestam ou prestavam aos seus cidadãos. 

Instâncias como essas três acima são inúmeras, ou melhor, abrangem TODOS os países do mundo, com exceção talvez, da China, da Rússia e do Irã. Quando isto acontece, os efeitos são previsíveis e devastadores nas sociedades. Isso é chamado agora de austeridade. O empobrecimento das classes médias e a marginalização das classes baixas caracterizam as nações e estados que cortam benefícios públicos em nome da solvência económica e dos interesses da indústria e financeirização privada. Embora as políticas de austeridade não possam ser identificadas por este nome, elas determinam a política contemporânea: cortes orçamentais (especialmente nas despesas sociais, como educação pública, cuidados de saúde, habitação e subsídios de desemprego), tributação regressiva, deflação, privatização, redução salarial repressão e desregulamentação do emprego. Tomados em conjunto, este conjunto de políticas consolida a riqueza existente e a primazia do setor privado, ambos os quais tendem a ser considerados chaves económicas que guiarão as nações para dias melhores.

Pela primeira vez na história, as 400 famílias mais ricas do país pagam uma taxa de imposto global mais baixa do que qualquer outro grupo de rendimentos.

A austeridade não é nova, nem é um produto da chamada e Era Neoliberal, que começou no final da década de 1970.

Fora das três décadas de expansão que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, a austeridade tem sido um dos pilares do capitalismo moderno. Tem sido

verdade ao longo da história que onde existe o capitalismo, segue-se a crise. Onde a austeridade se revelou

extremamente eficaz foi no isolamento das hierarquias capitalistas contra danos durante momentos de pretensas mudanças sociais. A austeridade é a protetora do capitalismo, popular entre os Estados pela sua eficácia e anunciada como um meio de “consertar” as economias, aumentando a sua “eficiência” – reajustamentos de curtos razo para ganhos de longo prazo.


Para onde a Alemanha for, a Europa seguirá, e a Alemanha não tem por hábito ir para o lugar certo. 

A Rússia vence o conflito na Ucrânia, levando o Ocidente à beira do colapso - diz Emmanuel Todd. Já trouxemos artigos de Todd algumas vezes aqui no canal.

Emmanuel Todd, o mais famoso historiador francês que previu o colapso da URSS, está agora alertando a UE sobre a realidade de uma perspectiva semelhante, afirma (berliner-zeitung.de/politik-gesell…) o Berliner Zeitung alemão

” Nós, o Ocidente, estamos travando uma guerra direta com a Rússia, principalmente econômica, que prejudica mais a Europa do que a Rússia. Por trás do conflito estão os Estados Unidos, que buscam afastar a Alemanha da Rússia. Finalmente conseguiram. A explosão do Nord Stream foi a cereja do bolo, disse Emmanuel Todd

A Ucrânia já perdeu no atual conflito militar. Além disso, a Rússia receberá ainda mais territórios. Para a Rússia, o fim do conflito só é possível se ela estiver confiante em sua segurança contínua. É possível que a liderança na Ucrânia seja substituída por outra leal à Rússia

Essa paz na Ucrânia é um desastre para os Estados Unidos, uma derrota pública aos olhos do mundo inteiro. Isso poderia ser seguido pelo colapso de toda a ordem mundial liderada pelos EUA.

Nessa situação, muito depende do caminho que a Europa escolher. E isso, por sua vez, depende da posição da Alemanha. “É a Alemanha que decidirá se o conflito militar interminável continuará ou se a paz voltará.”

” A Alemanha deve assumir a responsabilidade como a principal potência da Europa. Todos nós na Europa estamos esperando que a Alemanha encerre o conflito militar na Ucrânia. Isso também deve ser feito porque o Ocidente como um todo está à beira do colapso e tem problemas mais importantes, como a demografia e a destruição da sociedade devido ao neoliberalismo e ao niilismo”, enfatiza Emmanuel Todd na conclusão. 




Bom, mas por que então ninguém consegue conter o poder genocida do Estado de Israel contra o povo da Palestina?

 Vamos analisar isso daí, Israel, não é segredo para ninguém, é sustentado pelos Estados Unidos, os Estados Unidos enviam armas, bilhões de dólares, mídia etc. O Washington Post fez uma matéria, os EUA fizeram 10 grandes remessas de armas e munições para Israel de outubro até hoje, há uma sustentação do conflito da parte dos Estados Unidos, em primeiro lugar, e dos europeus em segundo lugar. Do outro lado não há sustentação material, a Rússia, a China, os poderes regionais não estão dando armas para o Hamas, ou para o Hezbollah, não de migo visível, o Hamas, o Hezbollah sobretudo, eles produzem boa parte daquilo que eles possuem. Então, você tem uma situação tal que se há uma arma iraniana com o Hezbollah, chegou até lá passando pelo mundo ocidental, de modo clandestino, é proibido. A Coreia vai mandar munição para a Rússia

 Daí os EUA dizem, "isso não pode", e no entanto ele, Estados Unidos manda arma para meio mundo, então ele não tem moral, ética, virtude nenhuma, não tem como convencer ninguém de que as armas dele são do bem e as dos outros são do mal. 

Voltando à tragédia de Gaza, vamos analisar. Israel se relaciona ou se relacionava bem com a Rússia, bem com a China, tinha boas relações comerciais etc, mas o que se verifica? A China parece se afastar de Israel, recebeu o Hamas, a Rússia também, defendem dois estados etc. Mesmo os árabes, eles tinham um bom relacionamento com Israel, inclusive ainda  não romperam com Israel, mas também não estão apoiando. É um momento de transição, né? É política regional, multipolar, a mudança vai vir, mais à frente. A luta de Israel contra os palestinos tem um custo muito alto, e há muitos interesses financeiros em jogo, Israel conta com muito apoio, do establishment, dos EUA, do lobbie sionista, até mesmo da elite árabe, sim, a elite árabe não apoia a Palestina, nunca apoiou a Palestina. Então não é simplesmente, judeus contra árabes, não é simplesmente uma questão do sionismo contr o Hamas, Israel é um instrumento do imperialismo ocidental, Israel usa os EUA e os EUA usam Israel, Israel é um porta-aviões dos EUA no Oriente Médio, os EUA não podem deixar afundar, só que a crise não para e não vai parar, então temos um EUA com um imenso poder militar promovendo um genocídio porque não podem perder seu porta-aviões imperialista no OM. A Palestina é um povo que luta para se libertar de um.prohwro expansionista e colonialista de Israel, brutal, é uma libertação colonial ou neocolonial, a Namíbia passou por isso quando sofreu um terrível genocídio perpetrador pela Alemanha, no início do século XX, no contexto prévio da 1ª GM, daí outros países começaram o processo de libertação colonial. Tem várias pessoas conscientes no mundo denunciando o sionismo como um medonho imperialismo, no fim das contas é uma barbárie. O sionismo enquanto ideologia foi essencial para a criação do Estado de Israel, mas há um ponto, as elites  americana, inglesa, alemã, árabe não apoiam Israel por causa do sionismo, o sionismo é uma ideologia que funciona, ideologicamente, para os israelenses. Chomsky escreveu a respeito disso, o lobbie sionista é mais do que um lobbies sionista, é um envolvimento da classe mais rica, da classe dominante, da Elite bilionária. Veja, até 1979 os Estados Unidos apoiavam o Irã, e não existe um  lobby iraniano. O Chomsky diz o seguinte, na década de 50, o sionismo teve um papel fundamental para lutar contra o nacionalismo árabe e o upar um espaço no OM, os Estados Unidos usou Israel para destruir o nacionalismo árabe, não exatamente sionismo, os Estados Unidos usaram o sionismo, do mesmo modo que o sionismo usam o nome "judeu". É um instrumento de poder, na hora que afundar terão de inventar outra coisa.

O genocídio é evidente, Biden já está fora, Trump ou Kamala são gente da Elite, do próprio lobbie sionista, que não é simplesmente sionista, mas são bilionários. Concluindo, não é simplesmente um lobby, tem coisa muito grande envolvida, complexo militar-industrial, exploração de gás etc. 

Pense no seguinte, a reitora de Harvard foi retirada por nao punir dois alunos que criticaram Israel. Isso daí são laços acima da meta política ou ideologia, são laços culturais, centenários, estão por toda a alta sociedade, não se trata de uma identificação com o sionismo apenas, sim, é uma ideologia forte, que fundou Israel, que fez a expansão e tudo mais, mas é algo de família, patriarcal, é o filho casado com ashkenazi, é a neta casada com israelense, é o tio general das IDF etc, etc.  Outro ponto, o sionismo na Alemanha é um negócio brutal, conseguiram criar uma ferida purulenta no coração do alemão, ele não consegue pensar em "povo judeu" sem se sentir profundamente culpado, por conta do holocausto. Daí a incapacidade da Alemanha  se posicionar contra o massacre de Gaza. É inacreditável o grau de alienação e auto-engano por trás disso dai. Por exemplo, o nazismo, quase todo mundo na alemanha teve alguma simpatia pelo nazismo, para dizer o mínimo, em algum momento. Mas, se perguntar lá, todo mundo vai negar, vai ficar em silêncio. Tem muito esse peso na consciência, daí uma policial alemã prende um adolescente de 15 porque ele tem uma bandeira da Palestina. Isso significa alienação, para não dizer paranóia. Felizmente ainda tem jovens com a bandeira da Palestina. 

Na Inglaterra, o primeiro-ministro tratou de defender o zelenski, daí então um belga disse que Israel é um "projeto do ocidente", se Israel for destruído, é o Ocidente que vai ser destruído, ou seja, é toda uma cosmo-visão que será superada. Israel cumpriu a função de conter o nacionalismo árabe, e também serviu para impedir o comunismo no Oriente Médio, combateu a esquerda comunista. Quando houve a guerra civil no Líbano, em meados dos anos 80, os palestinos e a esquerda libanesa poderiam tomar o poder, então Israel invadiu o Líbano, Um elemento importante é que Israel se conectou muito com o mundo, tem relação com a Rússia, com a China, com a Índia, vende armas, tecnologia, aparelhos de vigilância, drones de identificação etc. Israel soube se vender para o mundo. E daí inventam o Hamas, o 08 de outubro, a diretiva Hannibal, recebem o golpe, sabiam do golpe. E decidem destruir Gaza e seus habitantes, uma região do tamanho de Parelheiros,  com 2 milhões de habitantes, cercado por mar, terra e ar. E o Hamas está lá faz 9 meses, não entrega os reféns e não se entrega. Não tem para onde ir, está totalmente cercado. Sim, tem os túneis. Mas o que significa isso, o que significa a mortandade, o genocídio, a tragédia dantesca, em última análise? Ora, significa que o Hamás está vencendo, mesmo em meio a maior das adversidades, 2/3 do mundo ou mais estão com os palestinos. tão, ou seja, isso também é demonstração. Já aconteceu antes, na guerra do Vietnã, os Estados Unidos provaram ali no Vietnã que podiam explodir e destruir, mas acabou expulso do Vietnã, sua presença ali era uma vergonha, para si mesmo, uma total visão ridícula, de si mesmo, ele não suportou.

O que Israel faz, anunciar que vai derrotar o ramaz e trazer os reféns e o ramas está lá com  os reféns, é uma vergonha, é como um gato preso numa ratoeira com o queijo ma boca. 

Há generais israelenses dizendo que Israel está perdendo. Guerra não é matar um monte de gente e cantar vitória. Guerra é política, é opinião pública, é estar do lado da humanidade, dos que querem viver, estar vivos, poderem sorrir e cantar 

 Então, esses paradoxos deste guerra absurda, kafkiana, surreal, brutal. Para Israel e os EUA é só desgaste e perda da moral, ou como se diz na China, a perda do Mandato Celestial. 






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