O SISTEMA CAPITALISTA NAO SE SUSTENTA SEM O GRANDE TRÁFICO DE DROGAS

 SOBRE A TOTAL INTEGRAÇÃO ENTRE O SISTEMA FINANCEIRO E A LAVAGEM DE DINHEIRO DO TRAFICO DE DROGAS 

ESTULIN

Haiti é o desenho de novas rotas de drogas. 

Há uma guerra para dominar o Haiti, entre grupos concorrentes. Cono funciona o negócio da droga? É simples, quanto mais curta é a rota da droga, da produção às ruas, mais dinheiro se vai ganhar. 

Bill Clinton ganhou a eleição em 1992, contra Bush pai. O primeiro telefonema que Bill deu, logo que sentou na cadeira presidencial, foi para o primeiro-ministro do Canadá. Bill pediu para soltar Carlos Ledder, preso no Canadá. Quem era Carlos Ledder? Um dos homens do negócio das drogas, por trás do Cartel de Medellin. Ledder ficou famoso, foi o cara que desenhou as rotas da droga. A rota da droga ia da Colômbia subindo pela Costa do Pacífico até os EUA. Nesta rota de drogas, em qualquer rota de drogas deve-se pagar a vários bambambãs, ou seja, intermediários, no caminho. Terá de atravessar o Panamá, a América Central toda, e depois ainda tem o México, há várias máfias no caminho. Ora, a rota mais curta da droga que sai da Colômbia, é a que passa pela Ilha Hispaniola, ali está a República Dominicana e o Haiti, e daí vai para Nova Iorque. Naquele momento o presidente do Haiti não permitia que seu país se tornasse uma rota preferencial do tráfico de drogas. Esse presidente foi derrubado e um mais "amistoso" foi colocado em seu lugar. 

Drogas é um negócio criado para ganhar dinheiro, mas o que faz com o dinheiro de papel? É preciso lavar o dinheiro, fazer passar por um banco. Ora, bancos estão sob a vigilância de governos, então estamos falando de um banco que possui contas fantasmas. Se uma empresa do tráfico de drogas consegue, digamos, 40 milhões de dólares, isso será totalmente investido, há mecanismos secretos, criptografados, ocorre no HSBC, no Citybank. Aqueles 40 milhões de dólares podem ser transformados na ciranda financeira, em 400 milhões. Agora pense apenas no mercado que gira em torno daquela substância feita com a folha de coca, o grande tráfico vai movimentar algo como um trilhão de dólares, os blackrocks vão transformar isso daí em 10 trilhões, no cômputo final. Ou seja, em última análise, o sistema bancário, os governos, o sistema de pagamentos dos governos, as campanhas partidárias, as pensões, os fundos de pensões, os pagamentos de dividendos, a valorização de ações, o comércio externo, o lucro de companhias aéreas, a manutenção de segurança policial privada e pública, tudo se interliga, tudo é interdependente. Vc não consegue manter o sistema funcionando sem a droga sendo transportada e consumida nos grandes centros, seja à céu aberto, a droga de pior qualidade, a batizada, ou nas festas privês, nos salões da elite, a droga mais pura e sofisticada do mundo. 

Daí entendemos por que houve graves conflitos no Haiti, para facilitar a distância, a rota, a logística da droga. Iugoslávia? Kosovo, guerra da Sérvia, Bósnia, Croácia? Mesma coisa, país unido e governado dificulta tudo, é mais difícil de fazer a coisa correr. Afeganistão? Os EUA deixaram bilhões em armamentos para o Talibã, o Talibã mandou muitos traficantes de heroína, morfina etc, para o caixão, mas, pergunta caiu o fornecimento de heroína para o Ocidente? 

E agora vemos o Talibã falando em levar seus bilhões em armamentos, deixados pelos EUA, para o Hezbollah. Ora, por que?

Será que os EUA deixaram equipamentos militares no Afeganistão, lá em 2021, avaliados em U$7,12 bilhões para o Talibã ajudar o Hezbollah, lá no Líbano? Alguém sabe? 



OS EUA A CADA 80 ANOS

 O capitalismo tal como o conhecemos está morrendo, será substituído, estão cavando uma guerra, e já faz tempo, Israel x Irã. Se Israel parasse agora mesmo, talvez tivesse uma chance futura de existência, mas no andar da carruagem ela não tem futuro, em alguns meses ou anos, ela vai desaparecer. Os aeroportos de Israel estão lotados, os israelenses querem ir embora. 

Os EUA? Vamos falar dos EUA. O EUA pode. ser entendido dentro de um conceito cíclico. Todo e cada país e nação do mundo pode ser entendida em ciclos. Por exemplo, a Rússia, dentro de um ciclo maior, ela tem 600 anos, dentro de um ciclo menor, ela tem 60 anos como soviética, e começou outro ciclo no pós 1991. Tem uma nova Rússia surgindo, uma Rússia que entendeu que há um conceito acima da ideologia, e é a religião. 

Mas e os EUA? Os EUA obedecem a um ciclo de 80, 85 anos em média. Sua primeira grande jogada como país se deu lá na independência 1776, 80 anos depois, foi a guerra revolucionária, a guerra de secessão. Mais 80 anos e estamos em 1945, o início da era nuclear, e os EUA dão as cartas no mundo, e querem o mundo unipolar, o mundo a seus pés, trabalhando para ele. 

E agora? No pós-covide? Os EUA enfrentarão, 80 anos depois de 1945, a maior crise de sua história. Ou virá a guerra civil ou o país vai se fechar sobre si mesmo se quiser sobreviver. O Trump vai fazer a América Great Again? Vamos aguardar. 


"Prof. John Mearsheimer

Mearsheimer discute as implicações geopolíticas do conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia, bem como os desafios de Israel por parte de seus adversários. 

 Em relação à Ucrânia, Mearsheimer afirma  que os EUA estão obviamente envolvidos, citando o fornecimento de inteligência e de armas.  Ele prevê um potencial cessar-fogo por volta de 2025, levando a um conflito congelado.  

No contexto sionista, Mearsheimer destaca a dependência de Netanyahu da força militar para lidar com o Hamas, o Hezbollah e a potencial ameaça nuclear iraniana.  Aponta os conflitos internos em Israel, incluindo a insatisfação militar com a liderança política e a recusa dos reservistas em serem convocados para o serviço ativo.  Mearsheimer é cético sobre a probabilidade de uma Terceira Guerra Mundial devido ao problema nuclear, que, caso desencadeado, levaria a uma rápida resolução do conflito.

 O papel da NATO é tal que a Ucrânia nunca deveria aderir. Permitir a entrada de empreiteiros (Biden disse) americanos na Ucrânia, armados e camuflados, só poderá agravar a situação e resultar em baixas americanas.  Os russos já deixaram claro que consideram estes empreiteiros alvos legítimos.

 Em relação a Israel e Gaza, Sheldon Adelson, um doador da campanha de Trump, diz que a Cisjordânia é de Israel, se Trump ganhar a presidência. O chefão da política belicista de Israel, o sionista Netanyahu, diz que Israel enfrenta várias ameaças, ele crê que o Irão "quer conquistar o Médio Oriente e a Arábia Saudita". Netanyahu crê, é um homem de fé, que basta afirma isso daí para que isso seja verdadeiro, o fato é que não há prova alguma de que o Irã pretenda conquistar a Arábia Saudita. Grande parte dos problemas de Israel são causados pelas políticas adoidadas e brutais de Netanyahu e seus antecessores, mas parece que o israelense gosta deste tipo de líder. 

O fato é que Netanyahu confia plenamente no constante apoio dos Estados Unidos, não importando o fato de que não foi capaz de derrotar o Hamas ou o Hezbollah. Sempre se pode contar com o poderoso lobbie sionista dos EUA.

Contudo, cresce a insatisfação de certas alas militares com a liderança política de Bibi.  A esposa de Bibi acusou as IDF de "tentarem um golpe de estado contra o seu marido". Outro problema, muitos reservistas se recusam a assumir o serviço ativo, basicamente, abater famílias palestinas inofensivas.  




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

IA determina a destruição em Gaza

O 404 e a Guerra Mundial