A DESMORALIZAÇÃO CRESCENTE DOS EUA

 KAMALA HARRIS 

poderia ganhar a nomeação democrata e derrotar o presidente Trump. Tem o apoio de grandes veículos de comunicação, doadores e a formidável máquina democrata, mas está máquina, ou boa parte dela não está com ela. 

 O status histórico de Harris como a primeira mulher, a primeira pessoa negra e sul-asiática a ser indicada a vice-presidente de um grande partido é reconhecido, mas suas qualificações e seu histórico político não significa preparo, qualificação, habilidade política. Aliás é fato sabido que os EUA não tem mais quadros preparados para o mundo multipolar mas candidatos-bonecos do Estado Profundo, do complexo militar-financeiro que governam os EUA.  Um.ponto importante, o apagão da tela azul da morte, há uma semana, tudo indica que foi uma ação conjunta do fbi e do partido democrata, seja para esconder vazamentos ligados ao atentado falhado contra Trump, seja para esconder fatos sobre o próprio Joe Biden. 

O pensamento maniqueísta, que coloca o bem contra o mal, é extremamente danoso e perigoso, levando invariavelmente a conflitos destrutivos. 

No que tange a Kamala Harris, a hipotética candidata não apresenta diferenças políticas com Joe Biden no que tange a Gaza, Rússia, China e à Califórnia. 

A posição de Harris sobre a Rússia é menos evidente, sua posição com relação ao Irã é uma incógnita.

Importante dizer que um conflito sério dos EUA contra o Irã tem o potencial para uma terceira guerra mundial .

O discurso maniqueísta de Netanyahu, do nos x eles, bem x mal, no Congresso dos EUA, é extremamente nefasto para o mundo.

Uma boa obra para se conhecer os males do.naniqueismo é o livro "O Jardim das Luzes", de Amin Maalouf "

A visão de mundo fundamentalista, de um mundo maniqueísta, que coloca o bem contra o mal, só presta para gerar guerras e suprimir vozes dissidentes. O uso do pensamento maniqueísta se tornou preponderante nos EUA, fortemente influenciado pela soberba religiosa, isso para não mencionar a queda do QI e a crescente falta de compreensao da realidade. 

As políticas de Trump em relação aos migrantes centro-americanos e mexicanos pode ser negativa para ele na Califórnia e no Texas. Robert Kennedy Jr. é uma 3ª via interessante, fora do eixo de poder de George Soros, magnata democrata, Kamala, provável candidata democrata, Netanyahu, líder do lobbie sionista e promotor do genocídio da palestina, e Trump, outsider com discurso anti-imigração e anti-China.



A estabilidade económica do poderoso Estados Unidos não é mais o que costumava ser. Isso se acentuou após a crise imobiliária de 2008. Desde então e sobretudo agora, os investidores chineses começaram a vender títulos, obrigações e ações americanas em suas mãos. Esse processo já está gerando uma era de incerteza financeira para Washington.  

A economia dos Estados Unidos enfrenta uma crescente desconfiança, os mercados reagem nervosamente com a sanção do dinheiro russo nos bancos ocidentais. 

A queda dos títulos americanos será, provavelmente , o prelúdio para uma crise maior. 

Em maio, para se ter uma ideia, foi um dumping de 42,6 bilhões de dólares em títulos de longo prazo, incluindo obrigações do tesouro dos EUA, obrigações empresariais e acções. O impacto já repercute nos mercados financeiros. Detalhe, dumping é vender abaixo do preço do concorrente, praticamente só a China consegue fazer isso daí. 

As eleições presidenciais dos EUA trazem ainda mais instabilidade à volatilidade do dólar nos mercados internacionais.

Vamos tentar entender este jogo, se a China vende muitos títulos de dólar, isso desencadeia uma perda para o Tesouro dos EUA, é uma desvalorização em cadeia.   

A diversificação dos investimentos chineses para outras moedas se deve a sobrevalorização artificial do dólar americano, às valorizações encarecidas das ações dos EUA em relação às chinesas, e à maior necessidade de liquidez inclusive devido à volatilidade política nos Estados Unidos.  

Como funcionam os títulos do tesouro? Os títulos do Tesouro são instrumentos de dívida emitidos pelo governo dos EUA para financiar as suas próprias despesas. Quando os investidores compram estas obrigações, estão, na realidade, emprestando dinheiro ao governo dos EUA em troca de pagamentos regulares de juros. A venda destas obrigações a terceiros faz aumentar os próprios rendimentos, isso aumenta os custos de financiamento do governo dos EUA e traz desafios a suas dívidas.

 Desde o final de 2017, as participações da China em títulos e notas do tesouro dos EUA diminuíram em 440 bilhões de dólares. 

 Uma fraquejada do dólar torna mais atraente o investimento em ações chinesas. Números recentes do Departamento do Tesouro dos EUA mostram que as vendas chinesas nos primeiros 5 meses do atual ano totalizaram 9,7 bilhões de dólares, recorde histórico. Estes números refletem não só a desconfiança na estabilidade económica e política dos Estados Unidos, mas também uma estratégia deliberada de Pequim para mitigar riscos e procurar alternativas mais seguras e lucrativas.  

O declínio das participações chinesas em títulos do Tesouro dos EUA não é apenas um reflexo da desconfiança na economia dos EUA, mas também um sinal de mudanças nas relações geopolíticas. À medida que aumentam as tensões entre as duas superpotências, as decisões económicas da China servem como um termômetro, um barômetro de futuros confrontos e colaborações.  

Para o cidadão médio, estes movimentos nos mercados financeiros podem parecer distantes, mas os seus efeitos são tangíveis. A liquidação dos títulos do Tesouro pode resultar em taxas de juros mais altas, encarecendo os empréstimos para habitação, automóveis e empresas.  

Uma economia dos EUA em dificuldades tem repercussões globais, afeta o comércio e o investimento globais. Neste panorama, intensificam-se as críticas à economia norte-americana. A dependência do financiamento externo para manter a sua dívida e financiar os seus défices é um calcanhar de Aquiles do qual a China tem conseguido tirar partido.  

A diversificação das suas reservas e a redução da sua exposição aos activos dos EUA indicam uma estratégia de longo prazo para reduzir a sua vulnerabilidade às políticas e flutuações do dólar, da parte da China.

 A China trabalha para reforçar sua posição, diversificar os seus investimentos e consolidar a sua influência na economia global.  

Em suma, a venda de obrigações e acções americanas por investidores chineses é mais do que apenas uma transacção financeira, é uma declaração de independência económica e um sinal das profundas divisões geopolíticas que marcarão o futuro das relações internacionais.  

À medida que avançamos nesta nova ordem mundial, a capacidade de adaptação e resposta a estas mudanças será crucial para as economias e os governos de todo o planeta.  

Os EUA já anda preocupado com sua crescente desmoralizacão inclusive na América Latina. A venda generalizada de obrigações e acções americanas pela China não só desestabiliza a hegemonia, mas abre novas oportunidades para a nossa região. Com a economia dos EUA em crise, os países latino-americanos podem diversificar os seus mercados, fortalecer os seus laços comerciais com a Ásia e a Europa e atrair investimentos que antes eram direcionados exclusivamente para o poder da América do Norte. Esta situação é um apelo à unidade e à inovação. É tempo de promover a cooperação regional, melhorar as nossas indústrias e recursos naturais e estabelecer uma economia mais resiliente e auto-suficiente. À medida que a velha ordem desmorona, a América Latina prepara-se para emergir mais forte e mais próspera nesta nova era.


 

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