IMPÉRIO FAZ DAS TRIPAS CORAÇÃO A FIM DE CONTER OS BRICS

 John Mearsheimer, destacado analista de EE.UU," 

A OTAN vem se expandindo agressivamente desde 1990, já analisei ontem o imenso papel que militares nazistas desempenharam na criação e no desenvolvimento da OTAN, e o seu papel no atual conflito entre a Rússia e a o Ocidente na Ucrânia. 

A expansão da NATO foi realizada sob a alegação de que se deveria alargar a "zona de paz" da Europa, a Rússia, obviamente, contestou a expansão. A OTAN ignorou completamente os protestos da Rússia, o que levou à guerra na Geórgia em 2008. 

Após insuflar a Ucrânia contra a Rússia, usando guerra hibrida propaganda massiva, desde 2014, a OTAN e os Estados Unidos estão agora numa posição delicada, provavelmente perderão a guerra e a Ucrânia não recuperará nenhum território perdido. 

A decisão de expandir-se para a Ásia foi um grave erro da OTAN, apesar de ser algo atávico no imperialismo e no colonialismo ocidental.

A Ucrânia já está se tornando um estado falido, ao mesmo tempo, um homem idoso em avançado estado de senilidade vai concorrer de novo à presidência dos EUA. 

Alargamento dos BRICS: trampolins para a liderança económica

 O grupo BRICS pressionou 'pausa' no alargamento adicional, a fim de integrar os membros recém-ingressados, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em 25 de junho. pedras para a adesão plena.' 

Os novos membros apresentam potencial para expandir a presença dos BRICS em África, no Médio Oriente e no Golfo Pérsico. 

No geral, o grupo expandido tem uma população combinada de cerca de 3,5 mil milhões, ou 45% dos habitantes do mundo. A população total dos cinco países é superior a 300 milhões. 

O BRICS+, como tem sido chamado informalmente desde a sua expansão, aumentou a sua participação na economia global para cerca de 37% do PIB mundial, ultrapassando o G7 (30,3%) e a UE (14,5%). 

A riqueza total investível atualmente detida no bloco BRICS ascende a 45 biliões de dólares, de acordo com o Relatório de Riqueza do BRICS divulgado em janeiro de 2024. 

Os países BRICS produzem agora cerca de 44% do petróleo bruto mundial. 

Cerca de 30 países expressaram o desejo de aderir ao BRICS, seja como membro pleno ou como país parceiro. De acordo com fontes diplomáticas citadas pela mídia russa, incluem:  Azerbaijão, Argélia, Bangladesh, Bahrein, Bielorrússia, Bolívia, Venezuela, Vietname, Honduras, Zimbabué, Indonésia, Cazaquistão, Cuba, Kuwait, Marrocos, Nigéria, Nicarágua, Palestina (como Estado observador ou parceiro de diálogo), Paquistão, Senegal, Síria , Tailândia, Turquia, Uganda, Chade, Sri Lanka, Guiné Equatorial, Eritreia e Sudão do Sul. 

 O BRICS foi criado em 2009 como uma plataforma de cooperação para as maiores economias emergentes, unindo Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul juntou-se ao grupo em 2010. 

 Cinco novos membros aderiram a partir de 1º de janeiro de 2024: Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita não formalizou a sua participação, mas tem participado nas reuniões do BRICS.

BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) considera a possibilidade de abandonar o uso do dólar norte-americano em suas transações e substituí-lo por moedas locais. O plano inclui a implantação do sistema de pagamentos, denominado “Unit”, para substituir o Swift, que é controlado pelos Estados Unidos. Os países BRICS já fizeram progressos significativos rumo a este objectivo, a China e a Rússia já realizam 95% do seu comércio em moedas nacionais, a Arábia Saudita a anunciou a intenção de vender petróleo em outras moedas que não o dólar. Esta tendência indica que os países procuram alternativas à utilização do dólar. Os BRICS também fizeram progressos na integração dos seus sistemas de pagamentos, com o sistema Mir da Rússia e o sistema Setab do Irão. O presidente do Banco Central do Irão, Abdolnaser Hemmati, anunciou recentemente a conclusão do projecto de integração destes sistemas.

Uma maior integração dos BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) significa uma maior independência da camisa-de-força do dólar americano nas transações internacionais. A Rússia e o Irão são dois grandes países produtores de petróleo e vão integrar os seus sistemas nacionais de pagamentos, sinalizando uma coligação intermediária, ao lado da China. Esta integração é crucial para superar a necessidade de utilização do dólar e é um processo gradual e fortemente combatido pela propaganda ianque. Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Etiópia são países em processo de adesão ao grupo. Outro ponto, as eleições para o Parlamento do Reino Unido, onde o Partido Trabalhista regressou ao poder, alguns consideraram isso daí um sinal de força para a esquerda democrática contrariar a ascensão da direita. No entanto, é importante dizer, o Partido Trabalhista no Reino Unido vem se deslocando para a direita já há alguns anos, seu atual líder, Keir Starmer, afastou Jeremy Corbyn, de tendência esquerdista, do partido.

Neste momento, Volodymyr Zelensky, líder da Ucrânia, recebe armas, munições e dinheiro do Reino Unido. Há um aceno no Reino Unido para a nacionalização das linhas ferroviárias na Inglaterra. Pode-se dizer que o atual Partido Trabalhista, agora no poder no Reino Unido, é ainda mais reaccionário do que aquele que governou entre 1997 e 2010, tem figuras-chave que apoiaram a Guerra do Iraque, o que resultou na morte de centenas de milhares de civis. A eleição desse governo trabalhista não é uma diminuição do imperialismo, mas, exatamente, sua continuação. As questões internas no Reino Unido, como habitação, segurança, transporte etc, podem proporcionar algum fôlego aos apoiadores dos trabalhistas, mas não vai haver alterações significativas. O rótulo autoproclamado "de esquerda" do Partido Trabalhista é mais balela, jargão, confusão ideológica, dizer "de esquerda", "de direita", na Europa, e por que não dizer, no mundo todo, não tem mais significado prático e definido.  

Vejam outros pontos, o Partido Trabalhista não se coloca contra os imigrantes, como fazem os Conservadores, e os conservadores perder mais de 100 assentos no Parlamento. 

Na França, o atual presidente, Emmanuel Macron, sofreu a maior perda. O bloco de apoio a Macron perdeu mais de 80 assentos, enquanto o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen ganhou 55 novos assentos; a Nova Frente Popular, considerada de esquerda, também ganhou assentos. Jean-Luc Mélenchon, político francês de esquerda, tem um discurso de defesa da classe trabalhadora e anti-imperialista. Mélenchon critica o aumento do tempo de serviço obrigatório na França. Ele se opôs uma vez, às reformas neoliberais de Michel Temer no Brasil. O Partido Socialista faz parte da coligação de Mélenchon e apoia Zelenski, na Ucrânia, o que cria uma divisão dentro da aliança. Mélenchon defende o reconhecimento de um Estado Palestino, pede a demissão do primeiro-ministro francês e a nomeação de um novo primeiro-ministro. Também pretende aumentar o salário mínimo. Fala-se em vitória histórica da esquerda francesa, o que a nosso ver é um pouco exagerado. Contudo, Marine Le Pen acabou em segundo lugar. Não foi uma derrota completa para a direita, uma vez que aumentaram o seu número de assentos nas eleições, no entanto, a campanha da esquerda em França foi capaz de expor as opiniões xenófobas da extrema-direita, que repercutiram na população cada vez mais diversificada de França. Este sentimento anti-imigrantes foi um fator significativo na derrota parcial da direita nas eleições.




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