A CHINA PROMOVE A PAZ - A OTAN CRITICA A CHINA

 Dennis Small (EIRNS) – 24 de julho de 2024

 A China desempenha um papel desproporcional no atual esforço diplomático para trazer a paz aos vários teatros de guerra, cada um dos quais pode evoluir para um confronto termonuclear muito rapidamente.

 Após três dias de intensas conversações em Pequim com 14 facções da Resistência Palestina, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi chegou a um acordo para trazer paz à região e avançar para a criação de um Estado Palestino. A esperança é forjar um acordo de paz com Israel e os seus patrocinadores para a região do Sudoeste Asiático.

Wang reuniu-se em Guangzhou com o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba. “A Ucrânia parece pronta para iniciar um diálogo com a Rússia… visando alcançar uma paz justa e duradoura”.  Kuleba diz que a Ucrânia “estudou o acordo” proposto pela China e pelo Brasil sobre uma solução política para a guerra ucraniana. Ao mesmo tempo, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, esteve em Kiev, onde se encontrou com o líder ucraniano Zelenskyy, que afirmou: “Acho que todos entendemos que temos que terminar a guerra o mais rápido possível, e não  perder a vida das pessoas.”

 Wang mostrou-se cautelosamente otimista em relação a estas intenções da parte da Ucrânia e da Rússia no sentido de negociar”.

 E em Gaza? Se quisermos alguma paz para a torturada Gaza, é necessária a reconstrução e o desenvolvimento da região. Mais uma vez, a China e os seus aliados, nos BRICS, estão em condições de lançar um projeto de desenvolvimento.

A reconstrução de uma Ucrânia neutra e desnazificada – que já perdeu mais de meio milhão de pessoas, incluindo a flor da sua juventude, para uma guerra terrível da OTAN contra a Rússia – também necessitará de muitos recursos energéticos, transportes e infra-estruturas, como parte da  Iniciativa do Cinturão e Rota da China.

 O colapso do sistema financeiro transatlântico em curso está por trás do impulso do Ocidente para a guerra. Fazer a paz e trazer a esperança é o começo do grande desafio. A recém-concluída Terceira Sessão Plenária do Partido Comunista da China adotou um enfoque de cima para baixo na inovação científica e tecnológica como base do crescimento econômico, não só para a China, mas também para os seus parceiros internacionais.  Esta política reflete-se no compromisso da China de desenvolver o primeiro protótipo industrial de reator de fusão até 2035, com o objectivo de produção comercial em larga escala de energia de fusão até 2050.

 É um objectivo que os Estados Unidos poderiam ter alcançado, se tivessem adotado um compromisso ao estilo do Projecto Manhattan. Lyndon LaRouche insistiu durante mais de 50 anos que era essencial desenvolver a “energia de fusão”, quando estabeleceu a Fusion Energy Foundation em 1974.

O caos político, eleitoral, económico e institucional que varre o Ocidente como uma onda gigante, tambem abre oportunidades para se fazer mudanças estruturais fundamentais.

A paz na Ucrânia e a criação da Palestina são possíveis com a mediação da China. A missão diplomática do Primeiro-Ministro Viktor Orbán da Hungria” na viagem a Kiev, Moscovo, Pequim e Mar-a-Lago no início deste mês foi um incentivo para acabar com a guerra.”

 As pessoas enlouquecidas da União Europeia – como Ursula von der Leyen, que tenta punir Orbán pela tentativa de paz, estão em certas posições de poder exatamente porque refletem a gana destrutiva e decadente do Ocidente. Este tipo de pessoa é um dos empecilhos que a China, mediadora da paz, não deve subestimar.

O papel da China é, excepcional, extremamente notável e positivo, e isso mostra mais uma vez quão absolutamente errada foi a declaração da NATO na recente cimeira da NATO em Washington, que descreveu a China como um "desafio  à ordem de segurança euro-atlântica. A OTAN é a grande ameaça à paz mundial, esta é a realidade. A China está costurando algo importante e positivo em várias partes do mundo e a NATO está justamente fazendo o inverso, está no caminho errado tentando impedir o caminho certo, naturalmente a OTAN vai se perder no caminho.  Washington, Israel, OTAN e cia crêem que a paz se faz com 3ª guerra mundial nuclear. Isso não é verdade, a diplomacia e as negociações são o único caminho a seguir. Há pessoas sensatas tentando evitar a guerra termonuclear da OTAN e EUA. 

* Energia de Fusão: A chamada energia de fusão é um fenômeno que ocorre quando dois núcleos atômicos leves se combinam para formar somente um núcleo, que é mais pesado. No decorrer desta fusão existe a liberação de de energia. A energia que é liberada resulta da diferença de massa entre os núcleos iniciais e o núcleo final. Segundo a ciência atual o sol gera energia através da fusão nuclear, combinando átomos de hidrogênio para formar o hélio. As bombas de hidrogênio utilizam a fusão nuclear. Cientistas nucleares trabalham para desenvolver reatores que utilizem a fusão nuclear de uma forma controlada para gerar energia elétrica. A fusão nuclear não produz gases do efeito estufa, como o CO², o dióxido de carbono, é uma fonte de energia limpa e sustentável. O combustível usado para gerar a fusão, como o deutério e o trítio, é abundante na natureza, o que garante um suprimento praticamente inesgotável. Para que a fusão ocorra, é necessário criar temperaturas altas, semelhantes às encontradas no interior das estrelas. Plasma é o estado da matéria presente na fusão, e precisa estar confinado a um espaço muito pequeno para que as reações ocorram, ou seja, é difícil de fazer. Em resumo: a energia de fusão é uma fonte de energia promissora, capaz de suprir as necessidades energéticas da humanidade por milênios. 






O Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que reporta à ONU – ao contrário do Tribunal Penal Internacional Ocidental – declarou ilegal a ocupação dos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém. 

 As anexações unilaterais de Israel são ilegais: a ocupação é o principal pilar do sistema de apartheid que Israel utiliza para dominar e oprimir os palestinos.

 Segundo a Amnistia Internacional, trata-se de uma “reivindicação histórica dos direitos palestinos”.

 A Autoridade Nacional Palestina, com sede em Ramallah (Cisjordânia), celebrou a opinião da CIJ como histórica, enquanto o irredentista, o primeiro-ministro Netanyahu foi à jugular da CIJ para distorcer a história e a realidade à vontade: o "povo judeu" não é ocupante de sua própria terra, incluindo nossa capital eterna, Jerusalém, nem na Judéia e Samaria.

 O khazar, Netanyahu deveria ler o aclamado livro "A Invenção do Povo Judeu", de Shlomo Sand, historiador emérito da Universidade de Tel Aviv, que desmonta todas as falsidades sepulcrais do sionismo. O próprio Netanyahu ignora sua própria origem, cujo verdadeiro apelido polaco é Milei-kowsky. O Milei da Argentina seria uma mera coincidência? Duvido!

 Como podem os khazares manipular a verdade, quando nunca antes estiveram em Israel, na Palestina, na Judeia e Samaria? 

 O mesmo se aplica a Abraham, um respeitável migrante de origem iraquiana (Abraão era originário da cidade de Ur,dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia, essa região corresponde, precisamente, ao atual Iraque).

Durante quanto tempo poderá Netanyahu, com a cumplicidade do presidente senil dos EUA, continuar a atropelar as leis internacionais de maneira impune?

 A CIJ legaliza o caráter de Israel como um Estado pária que pratica o genocídio sem a menor modéstia, sem.nenhum pudor, sem mais, em pleno século XXI.

 Dois dias depois, numa das sete frentes de Israel, os guerrilheiros Ansaralá (Apoiadores de Deus) do Iémen (o país mais pobre do mundo árabe), através do lançamento de um drone de uma distância de 1.800 quilómetros, penetrou as defesas aéreas de Israel – e ridicularizou a sua inexpugnável Cúpula de Ferro, o Iron Dome – atingiu Tel Aviv, ceifando a vida de um cidadão israelita e ferindo outros. O porta-voz da guerrilha iemenita declarou a sua solidariedade intransigente com os palestinos de Gaza que sofrem as atrocidades extravagantes do exército israelense 

No dia seguinte, Israel retaliou com a sua força aérea onipotente, bombardeou o porto iemenita de Hodeidah (no Mar Vermelho), tendo como alvo as instalações petrolíferas e a central elétrica, matando seis pessoas e ferindo 80 civis. Israel é muito propenso a punir a infra-estrutura vital dos seus inimigos e a decapitar os seus líderes. Netanyahu acusou o Irã de usar o porto de Hodeidah, para introduzir armas letais aos Houthis iemenitas.

 Para além da cacofonia prolixa de disputas, o que é relevante de um ponto de vista estratégico é que Israel perde agora a sua dissuasão contra alguns guerrilheiros do Paleolítico inferior, equipados com drones fabricados no Irã. A outrora lendária dissuasão israelita já tinha sido perdida com a penetração de nove mísseis hipersônicos iranianos em duas bases militares muito próximas da sua central nuclear de Dimona, onde possui clandestinamente mais de 300 bombas nucleares. Para além de Gaza, a realidade é que a guerra de Israel contra o Hamas expandiu-se para sete frentes. O Irã condenou o ataque e alertou para “uma escalada e expansão da guerra como resultado das perigosas aventuras expansionistas e colonialista israelitas.

Nada nem ninguém impede Netanyahu, hoje em turismo e digressão pelos EUA, onde planeja tornar-se o rei criador do seu próximo líder, e pretende obter luz verde para liquidar o Irã. Vamos ver. 







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