MICROSOFT AMEAÇA O MUNDO COM A TELA AZUL E A CHINA NADA DE BRAÇADA

Raphael Machado 

Alguns multipolaristas consideram uma presidência Trump vantajosa em comparação a Biden? As eleições estadunidenses se aproximam, veremos uma vitória de Trump ou de algum substituto de Biden. Os candidatos podem ter projetos distintos e é difícil afirmar algo com alguma certeza.

Alguns setores iranianos preferem o Biden, acham que seria mais fácil costurar um novo acordo nuclear iraniano com os democratas, sem dizer que Trump mandou assassinar Qassem Soleimani. Países ibero-americanos preferem Biden a Trump, mas, o mais comum é rechaçar a ambos.  Muitos russos preferem Trump, por causa das promessas de "acabar com a guerra na Ucrânia". Trump tem seus fãs na Coreia do Norte, conseguiu estabelecer um bom diálogo com Kim Jong Un.

Mas existem argumentos para preferir Biden, por exemplo, para quem advoga por Mundo Multipolar, Biden acelera a decadência dos EUA. É a lógica de se preferir que o grande inimigo das soberanias nacionais tenha um líder fraco e senil.

Mas também temos multipolaristas que consideram vantajosa uma vitória de Trump. Não é por acharem que Trump vai dar fim ao conflito ucraniano, algo somente a própria Rússia vai poder fazer. 

Consideremos uma distinção entre imperialismo e globalismo. É uma distinção entre posições geopolíticas em graus diferentes de um mesmo eixo.

Trump é um imperialista, representa interesses de uma parte do grande empresariado estadunidense, defende o "interesse nacional", certamente, às custas de outros países, por exemplo, do Brasil.

Biden, por sua vez, é um globalista, representante político da alta classe cosmopolita, o circuito dos negócios transnacionais, o mundo do financeirismo, das ONGs, do transumanismo e da tecnocracia. 

É possível definir o globalismo a "cosmopolitização" do imperialismo. É o capitalismo pós-burguês, transnacional, anti-soberania nacional. Biden representa as forças que almejam o estabelecimento de um Governo-Mercado mundial, então ele é a força mais nefasta.

As elites globalistas parecem ansiar pelo "fim da História", tentam mesmo "provocar" isso daí, ger situações de "choque", em conformidade com as ideias mundialistas.

É a mesma mentalidade dos arautos do Grande Reset, se vinculam a Biden. 

Esse tipo de mentalidade atlanticista parece insensível em relação à possibilidade de uma guerra nuclear entre grandes potências, e o risco de holocausto nuclear. Uma guerra nuclear, afinal, talvez seja uma "oportunidade" de reorganizar a existência na Terra, um "Grande Reset" nuclear.

Isso explica por que o Ocidente está tão despreocupado a agressividade extrema em relação à Rússia.

Uma presidência Biden, por essa leitura, representa um risco bem maior de holocausto nuclear do que Trump. Isso porque a mentalidade imperialista, trumpista, MAGA, é, por natureza, mais ocupada com ganhos materiais nacionais e imediatos. Não se caracteriza Trump pela magia de construir um "admirável mundo novo".

O problema, a pedra no caminho, uma grande rocha pontuda, é o messianismo sionista, base de apoio tanto de Trump quanto de apoio de Biden. Vamos dizer, a probabilidade de uma guerra nuclear com Trump é menor que com Biden, mas ela também existe, devido ao fator sionista.

Senão vejam, Trump escolhe a China como o alvo principal de uma guerra comercial, só que uma escalada militar é possível no Pacífico, o que também pode levar a uma guerra nuclear. 

Na prática, a sinofobia é uma orientação do Deep State estadunidense, uma prioridade na estratégica de longo prazo para os EUA, e mesmo sob Biden a posição anti-China está bem forte 

Visto a partir da América Ibérica, ambos, Trump ou Biden ou Trump e alguém no lugar de Biden são pouco diferentes, é possível até que Trump seja um tanto mais hostil, exigente e agressivo com a AL do que Biden. 





A China praticamente não foi afetada pelo apagão da internet ocorrido nesta semana que passou. 

China não depende tanto da Microsoft quanto o resto do mundo, empresas domésticas como a Huawei dominam o setor de serviços em nuvem , na China. 

Enquanto boa parte do mundo ficou congelada numa temida tela azul , na sexta-feira (19), a China.navegou tranquilamente no mar da internet e dos bancos de dados e nuvens de informação.

A razão é bastante simples: o CrowdStrike é pouco utilizado na China. As empresas americanas tem sido bastante críticas em relação à Pequim. Então a China de hoje depende menos da Microsoft do que o resto do mundo. Empresas domésticas como Alibaba, Tencent e Huawei dominam o setor de serviços em nuvem.

Relatos de interrupções na China foram principalmente de empresas ou organizações estrangeiras. Sites de mídia social chineses, por exemplo, alguns usuários reclamaram que não conseguiam fazer check-in em cadeias internacionais de hotéis como Sheraton, Marriott e Hyatt nas cidades chinesas.

Nos últimos anos, organizações governamentais, empresas e operadores de infraestrutura têm substituído cada vez mais os sistemas de TI estrangeiros por sistemas próprios, nacionais. Alguns analistas chamam essa rede paralela de "splinternet".

"É um testemunho da estratégia da China no gerenciamento das operações tecnológicas estrangeiras," afirma Josh Kennedy White, um especialista em cibersegurança baseado em Singapura.

"A Microsoft opera na China através de um parceiro local, a 21Vianet, que gerencia seus serviços de forma independente da sua infraestrutura global. Esse arranjo isola os serviços essenciais da China —como bancos e aviação— de interrupções globais."

Pequim vê a redução da dependência de sistemas estrangeiros como uma forma de fortalecer a segurança nacional.

Isso é semelhante à maneira como alguns países ocidentais baniram a tecnologia da empresa chinesa Huawei em 2019, ou a decisão do Reino Unido de proibir o uso do TikTok, de propriedade chinesa, em dispositivos governamentais em 2023.

Desde então, os Estados Unidos lançaram um esforço para proibir a venda de tecnologias avançadas de chips semicondutores para a China, além de tentar impedir que empresas americanas invistam em tecnologia chinesa.

O governo dos EUA afirma que todas essas restrições são motivadas por questões de segurança nacional.

Um editorial publicado no sábado pelo jornal estatal Global Times fez uma referência velada às restrições impostas à tecnologia chinesa.

"Alguns países falam constantemente sobre segurança, generalizam o conceito de segurança, mas ignoram a verdadeira segurança; isso é irônico", afirmou o editorial.

O argumento é que os EUA tentam ditar as regras sobre quem pode usar a tecnologia global e como ela deve ser usada, enquanto uma de suas próprias empresas causou um caos global devido à falta de cuidado.

O Global Times também criticou os gigantes da internet que "monopolizam" a indústria: "Confiar exclusivamente nas principais empresas para liderar os esforços de segurança na rede, como alguns países defendem, pode não apenas prejudicar o compartilhamento inclusivo dos resultados de governança, mas também introduzir novos riscos de segurança."

A referência ao "compartilhamento" provavelmente alude ao debate sobre propriedade intelectual, já que a China é frequentemente acusada de copiar ou roubar tecnologia ocidental. Pequim insiste que isso não é o caso e defende um mercado global de tecnologia aberto, embora mantenha um controle rigoroso sobre o cenário doméstico.

No entanto, nem tudo na China ficou totalmente imune. Um pequeno número de trabalhadores expressou agradecimento a um gigante do software americano por encerrar sua semana de trabalho mais cedo.

"Obrigado, Microsoft, por uma férias antecipada" foi tendência na rede social Weibo na sexta-feira, com usuários postando fotos de telas de erro azul.





Marcia Merry Baker (EIRNS) — 20 de julho de 2024

 O EIR publica um artigo de Harley Schlangerdo do Instituto Schiller, , sobre as atuais ameaças mundiais de caos e guerra.  

Ele diz: “Quando o ex-presidente Donald Trump aceitou a nomeação republicana para presidente, seis dias após ser atingido na orelha por uma bala assassina - um frágil presidente Joe Biden estava isolado, diagnosticado com COVID-19 e sob enorme pressão para encerrar a sua campanha à reeleição. Perdidos no meio deste drama estão os soldados ucranianos mortos diariamente em grande número na guerra por procuração da OTAN contra a Rússia, e crianças continuam a ser massacradas pelas Forças de Defesa de Israel utilizando armas dos EUA em Gaza e Cisjordânia, a OTAN avança com o plano de “OTAN Global” delineado na sua cimeira em Washington, comprometida com um confronto com a China num futuro não muito distante. Todos os dias, as forças da OTAN estão à beira de cruzar as “linhas vermelhas”, fornecendo às destroçadas forças armadas da Ucrânia mísseis mais poderosos e de maior alcance para atingir a Rússia, correndo o risco de que um “acidente” possa levar a uma escalada, ao uso de armas nucleares."

Há uma nova guerra de drones entre a Ucrânia e a Rússia, e ataques ferozes das Forças de Defesa de Israel em vários locais em Gaza. Além disso, Israel conduziu nesta semana vários ataques aéreos no Iêmen, atingiu um parque de tanques de armazenamento de petróleo e uma central elétrica perto do porto de Hodeidah, com muitas mortes. Ontem, um drone do Iêmen atacou Tel Aviv, matando uma pessoa e ferindo outras 10.

 Contudo, ao mesmo tempo que essas ações trágicas se sucedem, existem iniciativas para, pelo menos se falar em paz e entendimento.




Ontem no Brasil, o presidente Lula da Silva anunciou intenções do Brasil aderir à Iniciativa Cinturão e Rota. Num evento sobre projetos rodoviários, Lula destacou a construção de infraestrutura na América do Sul. Lula colabora com a China para a paz na Ucrânia e em Gaza.



Na Alemanha, cartazes foram afixados em toda Leipzig, declarando a “Cooperação com os BRICS, votem contra os belicistas!” São para as eleições de 1º de setembro para o parlamento estadual na Saxônia, o seu programa, “Paz através do Desenvolvimento”, define políticas em todas as áreas, do âmbito local ao internacional. “Precisamos de soluções negociadas a um nível mais elevado para acabar com as guerras na Ucrânia e em Israel/Palestina.”

 No Vaticano foi relatado que o Papa Francisco enviou o Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, à Ucrânia numa missão de paz. Ele chegou a Lviv em 19 de julho e ficará até 24 de julho.

 Na Rússia, vários meios de comunicação divulgaram o artigo do EIR, da parte do Embaixador da Federação Russa nos Estados Unidos, Anatoly Antonov. O título do artigo é “Sobre a Questão da Luta contra as Práticas Neocoloniais”, é um incentivo para se criar um movimento anticolonial internacional. Tratar-se de promover a emancipação do Sul Global, sua industrialização, seu papel histórico para a paz e para a criação de um novo conceito de segurança global e desenvolvimento econômico.

Estas acções positivas ocorrem num cenário mundial em que a OTAN Global está num esforço de dominação e destruição de soberanias, arriscando a própria existência da civilização.

 É preciso mobilizar todos os povos possíveis, em todos os países, para se unirem e impedirem o jogo final da NATO Global. O veículo de ação conjunta é a Coligação Internacional para a Paz.

 A situação nos Estados Unidos é extremamente tensa. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, chega a Washington, D.C., o número oficial de mortos em Gaza se aproxima agora da marca dos 40.000, o número real pode ser 3 vezes maior. Benjamin não aceita a decisão do Tribunal Internacional de Justiça da ONU de que as ações de Israel são ilegais nos territórios palestinos, durante anos, chamando-a de “uma opinião absurda”. Em 24 de julho, Netanyahu discursará numa sessão conjunta do Congresso Americano. Centenas de funcionários dos gabinetes de mais de 140 deputados eleitos exigem um boicote a Netanyahu. O presidente da Câmara, Mike Johnson (R-LA), alerta que pode ordenar prisões de dissidentes contra a política israelense. Protestos de rua contra Netanyahu estão planejados por dezenas de grupos esta semana.

 O anfitrião de Netanyahu, o presidente Joe Biden, permanece confinado pela COVID-19 em sua casa de praia na Costa Atlântica, o ancião senil deve se encontrar com Netanyahu. Na segunda-feira, 22 de julho, haverá uma audiência sobre a tentativa de assassinato de Trump no Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes, a primeira de muitas, organizadas por quatro comissões diferentes do Congresso, agora procuram "quem é o responsável pelo ataque".  

Pode ser dito que o crime resultou da incompetência do Serviço Secreto, incompetência PROPOSITAL, ou seja, foi um ato deliberado do “governo invisível”.




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