POR QUE OS EUA TEM TANTO MEDO DA HUAWEY
Certos tipos de notícias desafiam a sabedoria convencional e levantam certas perguntas sobre oportunidades, desafios e estratégias. No Brasil, a empresa Ford fechou uma fábrica com décadas de atuação aqui no Brasil, a BYD, a fabricante de carros elétricos chineses, comprou a propriedade e está agora construindo carros elétricos lá o de funcionava a Ford.
Great Wall Motors, não confundir com a General Motors, a great wall, outro fabricante de carros chineses, comprou uma fábrica de Mercedes Benz, fechada em 2020 e vai investir uns 2 bilhões de dólares nos próximos 8 anos.
A perguntas é a seguinte, estas fábricas eram mantidas por trabalhadores brasileiros e o serão novamente. Então, não temos aqui um argumento que foque em desigualdade de salário, sempre levantado quando se compara trabalhadores americanos ou europeus com trabalhadores da China. Também não é um problema da cadeia de suplementos ou suprimentos. Sim, as fábricas da China têm grandes vantagens na cadeia de suplementos porque elas têm abundância de suplementos minerais na América do Sul. A Ford e a Mercedes recebiam seus minerais raros da América do Sul para suas fábricas lá, agora serão a como BYD e a Great Wall que terão acesso às terras raras. Então o argumento americano de que eles precisam da cadeia de suplementos e por isso saíram da américa do sul não procede. Não saíram por causa dos salários e não saíram por causa da falta de terras raras. Saíram por outros motivos.
Por que a BYD e a Great Wall vêem grandes oportunidades no Brasil e estão investindo bilhões de dólares lá, enquanto as grandes empresas norte-americanas voltando para casa? Quando a Ford fechou sua fábrica em Camaçari na Bahua isso causou muito preocupação na cidade, muitos empregados se mandaram. Os chineses vieram e a cidade está se recuperando de novo. Detalhe, a Ford enfrentara perdas de 73% em 2020 e passou a importar veículos, o covide afetou seus negócios etc, até fechar as portas em 2021.
E a BYD entrou no mercado brasileiro. O Brasil é o maior mercado de BYD fora dos EUA e da própria China. Nos primeiros nove meses, o BYD vendeu 51 mil carros no Brasil.
A fábrica de Camaçari já custou um bilhão de dólares e a partir de 2025 pretende 150 mil carros, até chegar a 300 mil em 2028. 15 mil brasileiros trabalham na BYD, na Bahia, na época da Ford eram 9 mil brasileiros. A Mercedes fechou sua fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo, em 2020, mandou 370 profissionais brasileiros, a Great Wall chinesa já tem planos de expansão no Brasil e para isso adquiriu a fábrica da Mercedes em Iracemápolis.
O sucesso dos carros chineses no Brasil surpreendeu os chineses, disse Alexandre Baldy, vice-presidente do BYD no Brasil. Os expert também apostaram que os brasileiros não comprariam carros elétricos. O Dolphin da BYD é um dos carros elétricos mais vendidos do mundo, foi dito que o Dolphin não iria vender porque vc tem de carregar o carro, não tem posto de eletricidade, só tem de álcool e gasolina etc. Contudo, o Dolphin é econômico, mais ainda o Dolphin Mini. Todo mundo sabe que gasolina é um negócio bem caro no Brasil, sem dizer que os híbridos também é um mercado que vem crescendo, vc pôe álcool e ele carrega o motor elétrico e faz 35 km com um litro de álcool, nada mal, não? Então a chance dos veículos elétricos, puros ou híbridos está chegando aos brasileiros, daí vc raciocina, ninguém pensou em construir veículos elétricos no Brasil, a BYD e Great Wall pensaram, né? Onde os outros enxergam dificuldades, eles enxergam oportunidades.
O Brasil está sentado em cima das terras raras, é um colosso de terras raras, tão importantes na construção de veículos elétricos, isso é ainda mais promissor se vc considerar o preço exorbitante da gasolina aqui no Brasil. Para construir veículos elétricos, você também precisa de um de lítio, para as baterias, apesar que são feitas de íons de sódio também, mas em se tratando de lítio, o Brasil tem uma imensidão de lítio. Até recentemente, os EUA não ligavam para o lítio, bom agora eles estão bem preocupados.
O Brasil está no azul, nós não tínhamos uma indústria processamento de lítio antes de 2020. Agora, somos o 6º do mundo em reservas de lítio, o Brasil pretende processar o lítio e aumentar sua produção em cinco vezes nos próximos quatro anos.
Bom, nós somos o número seis do mundo em termos de reserva de lítio, ou seja, temos grandes possibilidades no que tange à produção. Os custos de produção de lítio estão bem abaixo do preço de outros mercados, no Brasil, uma tonelada de lítio bruto custa 300 dólares por tonelada, preço muito baixo.
O Brasil então tem enormes vantagens em lítio e também em outros componentes do veículo elétrico. Também temos um bom mercado consumidor, de mais de 200 milhões de potenciais usuários. Segundo as regras do Mercosul, os fabricantes de carros que construírem mais de 40% dos seus carros no Brasil poderão exportar para o resto do bloco sem nenhuma tarifa adicional. O Great Wall gostou dessas condições.
Bom, isso tudo nos leva de volta à questão, por que ninguém na Ford ou Mercedes pensou em construir automóveis elétricos no Brasil? Um país que poderia construir automóveis elétricos com preços mais baixos do que em qualquer outro lugar, antes que os chineses decidissem tentar? Por que ninguém tentou vender automóveis elétricos em um país onde um casal gasta 10% do seu orçamento em combustível todo mês?
As sanções internacionais aplicadas pelos EUA a China obrigou p gigante chinês a correr atrS do prejuízo, e não parou mais de correr. Os controles de exportação dificultaram o acesso a equipamentos de semicondutores avançados. Por exemplo, a maior fabricante de chips da China, SMIC, foi incapaz de receber as ferramentas de EUV que pediu, devido aos acordos de controle de exportação, regime imposto pelo Ocidente.
Em resposta, a Huawei, renomada pelos seus smartphones e pela tecnologia 5G, se transformou em um pilar da linha de suplemento de semicondutores. Com forte apoio financeiro do governo chinês, a Huawei recebeu mais de US$ 215 bilhões, dentre os quais US$ 30 bilhões em financiamento das autoridades centrais e locais, desde 2021 para construir fábricas de chips ou apoiar outras empresas. A Huawei não só investiu capital, mas também investiu fortemente em toda a linha de suplemento de semicondutores.
Em 2019, ela estabeleceu o Investimento de Tecnologia do Hubble, que em 2021, sozinho, investiu em 28 negócios relacionados a semicondutores, do design do chip ao equipamento de fabricação. A influência da Huawei agora se espalha pela indústria. Em setembro de 2023, a Huawei lançou o Mate60 Pro, um smartphone visto como um ícone tecnológico.
Este produto usa o chip Kirin9000 produzido domesticamente, com 7 nanômetros de semicondutor. O Kirin9000 integra fios de silicone, um GPU próprio, um modem 5G doméstico e um acelerador de AI, demonstrando os esforços da China na sua própria linha de semicondutores. A Huawei e a fabricante principal de chips da China colaboraram para desenvolver um processador avançado para acelerar a sua linha de smartphones.
A China se viu obrigada a acelerar seus esforços em função das sanções dos Estados Unidos. A Huawei, um ponto focal das restrições de comércio de Washington, enfrentou pressão significativa devido às preocupações de segurança nacional dos EUA. Estes avanços estão ligados à tecnologia de fotolitografia, um campo crítico para a produção de chips.
A China já conseguiu a capacidade de produzir chips em nível de 90 nanômetros, um grande melhoramento, apesar de ainda estar atrás da tecnologia de EUV avançada do Ocidente. Em 2022, a Huawei enviou uma patente para uma potencial fonte de luz de EUV, no desenvolvimento de fotolitografia. Além disso, avançou na automação de design eletrônico, o software EDA.
Isto é considerado um componente fundamental do design de chip, as empresas chinesas estão tentando desenvolver suas próprias versões EDA. Em março de 2023, a Huawei anunciou uma parceria com empresas domésticas para criar o software EDA capaz de desenhar chips de 14 nanômetros. Além disso, grandes empresas tecnológicas chinesas, como a Alibaba e a Tencent, estão desenvolvendo a arquitetura do chip RISC-V.
A iniciativa RISC-V foi lançada em 2019 pela Academia de Ciências Chinesas. Estes avanços trazem desafios até mesmo para as empresas tops do setor, como a ASML. Se a China conseguir desenvolver sua própria tecnologia de EDA, será um problema para o monopólio da ASML no mercado.
A ASML continua comprometida com a inovação e mantém a sua posição de liderança, contudo, os desenvolvimentos recentes da China criam dificuldades à hegemonia da ASML, ao aumentar o escopo da fronteira competitiva.
As empresas internacionais operando na China também enfrentam riscos por causa das transferências tecnológicas e do acesso ao mercado. Para os governos ocidentais, determinar o progresso tecnológico da China é um desafio, os Estados Unidos e seus os aliados, como a Inglaterra, estão dificultando os controles de exportação.
Em março de 2023, o governo alemão implementou novas restrições sobre as exportações de equipamentos de produção de chips, segundo diz, para proteger a segurança nacional. Os bloqueios de exportação tiveram efeito em setembro de 2023 e foram ampliados em janeiro de 2024, e continuam a limitar o acesso da China a equipamentos avançados da ASML. Estas medidas não apenas servem para escalar as tensões do comércio mas também promovem uma espécie de competição racial e geopolítica intensa entre os poderes mundiais.
A resposta da China ao acesso ao mercado da ASML está atrai a atenção dos experts. De acordo com o Global Times, a ASML é considerada um ponto de inflexão sobre a posição do governo chinês. Se a ASML perder o mercado chinês, a empresa enfrentará perdas econômicas severas.
Já estudam meios de minimizar estas perdas da ASML ao perder o mercado chinês. Contra essa barreira ocidental, a China acelerou seus investimentos na fabricação de semicondutores domésticos. Beijing investe bilhões de dólares, focando na pesquisa e no desenvolvimento de toda a cadeia de chips, da extração mineral até a loja de celular, passando pela máquina própria de litografia.
De acordo com as melhores estimativas, o mercado de lithografia é projetado para crescer de R$ 8,78 bilhões em 2024 para R$ 17,35 bilhões em 2030, um crescimento anual de 11,7%. Isso representa uma oportunidade que a China deseja liderar, mas é um desafio considerável.
O ex-CEO da ASML, Peter Wenink, disse que não é impossível a China conseguir, porque as leis da física são as mesmas na China como no Ocidente. Mas é uma tarefa difícil, os relatórios indicam que as tecnologias da Huawei chegaram num ponto em que avançar mais depende de ter acesso aos maiores cérebros do setor, cientistas no topo da cadeia alimentar, na prática, significa a capacidade de produzir máquinas de lithografia ultravioleta extrema, máquinas do EUV.
De acordo com a Bloomberg, a Huawei registrou uma patente de uma máquina que usa uma técnica de quatro camadas, ela é capaz de criar transistores de silicone, não se trata da máquina de litografia extrema da Alemanha e Holanda, é uma outra máquina, que usa uma outra tecnologia. Isso poderia desafiar a dominância da ASML no mercado do EUV, e fornecer um aumento significativo para as ambições de semicondutores da China. O Global Times afirma que as empresas que seguirem as sanções dos EUA, e que boicotam as exportações para a China entrarão numa cilada comercial se a máquina chinesa vingar.
Outro ponto, mesmo que a China fique atrás na tecnologia do chip, ela não vai parar de investir. Até o final de 2023, a Huawei já tinha recrutado aproximadamente 114 mil funcionários de P&D. Os resultados destes esforços são visíveis. Em 2023, a Huawei possuía mais de 140 mil patentes válidos globalmente. Segundo a Organização Internacional de Propriedades Inteligentes do Mundo, a Huawei registrou 6.494 patentes internacionais em 2023, mantendo a sua liderança global por sete anos consecutivos.
A Huawei não é a única empresa chinesa fazendo esforços nesta área. O SMIC de Shanghai, com o apoio do governo chinês, também faz progressos nos chips. A companhia enviou várias patentes relacionadas ao EUV nos últimos anos, demonstrando a determinação da China em estabelecer capacidades de lithografia avançada doméstica.
Segundo a McKinsey & Co., o mercado de semicondutores global de 450 bilhões de dólares em 2020 será superior a 1 trilhão de dólares em 2030, por causa do aumento de A.I., 5G e Internet of Things.
Para a Huawei e outras empresas chinesas desenvolver tecnologia de EUV é importante para concorrer nesse mercado rarefeito, que está crescendo rapidamente.
Segundo a Boston Consulting Group, o mercado de semicondutores global da China vai aumentar de 10% em 2020 para 25% em 2030, se o país desenvolver toda a cadeia de produção de chips avançados.
Muito produtos, todos os dias, carregam o slogan que os EUA mais tem, o “Made in China”. Seja elástico refinado, cimento, concreto, panelas de alumínio ou ferro, a China lidera muitas indústrias. Até mesmo produtos de grandes empresas como Apple, Samsung, Nike e Adidas são frequentemente fabricados na China.
Como este país se tornou uma fábrica de poder global? Em 1978, o PIB da China era de apenas 200 bilhões de dólares, uns 4% do mundo. Hoje, o PIB é 18 trilhões de dólares, equivale a 18% da economia global, um aumento de mais de 8000%. Muito disso vem do setor de fabricação.
A China desenvolveu um ecossistema de fabricação eficiente, com a integração de fornecedores, fabricantes e serviços de logística localizados perto um do outro. Isso permite a rápida produção e a distribuição dos produtos, especialmente em indústrias eletrônicas e têxteis. As empresas podem acessar materiais mais raros, de modo mais ágil pois precisa de todos os ingredientes à mão.
No início, o grande atrativo foi o custo de trabalho baixo, isso atraiu as grandes empresas estrangeiras, de acordo com Tim Cook, CEO da Apple, hoje, o que mantém estas empresas por lá são as habilidades superiores, o enorme número de trabalhadores com habilidades altas, ou seja, mão de obra qualificada, e não apenas nos grandes centros mas tem nas cidades de médio porte e até menores.
A China já não é um país de trabalho de baixo custo, isso se desloca para a Índia, Paquistão, Indonesia etc.
O desenvolvimento do setor de fabricação chinês veio das políticas de reforma e abertura introduzidas em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping. Durante esse período, a China transitou de uma economia centralmente planejada para um sistema orientado ao mercado, atraindo investimentos estrangeiros. Muitas empresas estrangeiras colocaram grandes plantas industriais na China, até que ela se tornou o maior centro de fabricação.
Um exemplo principal é a Voith, uma fabricante alemã de maquinaria e equipamentos de engenharia. A empresa entrou no mercado chinês nos anos 1970, estabeleceu sua primeira joint-venture ou sociedade em Kunshan, em 1994. A Voith se tornou a maior e mais avançada fabricante de máquinas de papel do mundo, transferiu toda a sua tecnologia da Alemanha para a China.
As máquinas gigantes produzidas nesta fábrica tem o tamanho de um prédio de três andares, fabricam centenas de tipos de papéis, usados diariamente no mundo inteiro. Não apenas as empresas estrangeiras se beneficiam ao fabricar na China, o governo chinês também tem um papel crucial ao apoiar os negócios domésticos, especialmente em indústrias estratégicas como a eletrônica.
O governo tem estabelecido parques de alta tecnologia e zonas industriais em todo o país, juntando universidades, institutos de pesquisa, startups e grandes empresas para dirigir a inovação e a fabricação de alta tecnologia. Nos últimos anos, a China tem estabelecido mais de 1.000 centros de inovação e tecnologia no país, que absorve em torno de 12% a 15% do PIB do país. Os parques de alta tecnologia não são apenas centros de pesquisa, desenvolvimento, fabricação avançada e comercialização de novas tecnologias, mas também são os principais motores de emprego e crescimento econômico.
É estimado que esses parques criam milhões de trabalhos anualmente, especialmente em engenharia, P&D e fabricação avançada. Esses trabalhos geralmente oferecem salários mais altos e requerem habilidades superiores. Além disso, a distribuição estratégica desses parques ao redor do país estimulam o crescimento econômico de inúmeras cidades e localidades mais distantes (a China é um país grande).
O domínio da China em fabricação não se baseia somente em parques de alta tecnologia e mão de obra altamente qualificada, mas também em na liderança na produção de materiais raros, um fator essencial. Por exemplo, a China atualmente produz mais de 50% do ferro do mundo, com maior produção do que a soma dos mais próximos dez países na produção de ferro. O país também lidera na produção de alumínio, contando com mais de metade do desempenho global, e distribui materiais críticos para muitas indústria em outros países.
A colaboração com os demais países é vista com bons olhos, muitas empresas domésticas e internacionais se juntaram a este verdadeiro ecossistema de inovação e trabalho, focado em melhorar produtos e serviços, acelerar a inovação, reduzir os custos e levar produtos para o mercado do modo mais rápido.
Indústrias como o ferro e a energia solar também lideram. O país produz 80% dos painéis solares do mundo, líder no setor de energia limpa. Cimento? O país produz 50% da produção.
Esse sucesso todo, e isso parece que muitos países do ocidente ainda não entenderam, não é possível sem o apoio do governo, e também sobre a qualidade e o foco desse governo. O governo implementou uma série de políticas para o desenvolvimento de indústrias domésticas, de pequeno e médio porte.
Um “segredo” foi o estabelecimento de zonas econômicas especiais, parques de alta tecnologia, ligados a políticas de apoio direto, como subvenções, reduções de imposto e vários incentivos. O governo investiu mais em setores estratégicos como tecnologia, energia renovável e fabricação. Além do apoio financeiro, foi criado um ambiente que encoraja a colaboração e a inovação entre empresas domésticas e internacionais.
A cooperação parece ser um modo de ser no modo chinês, há um compartilhamento do conhecimento. Isso cria um ciclo de inovação e crescimento. Quando a China se uniu à Organização Internacional de Comércio, OMC, no final de 2001, isso marcou um ponto de virada na história do comércio internacional. Compare, nesta mesma época, o grande objetivo dos Estados Unidos era atirar em membros do Talibã, no Afeganistão. A China não atirava em afegãos não, ela estudou as regras da OMC, de modo discreto, sem ser notada.
A aceitação da China, um país com 1,4 bilhão de habitantes, como um membro oficial da maior organização econômica do mundo, colocou Beijing no centro do sistema de comércio internacional.
A partir desse momento, o comércio global foi mudando gradualmente em favor da China, transformando o país em um parceiro de comércio através da Ásia, da África, da Europa e da América do Sul. O rápido desenvolvimento do setor de fabricação da China a posicionou no centro da linha de suplemento global.
Graças a OMC a China teve um acesso mais fácil aos mercados internacionais, reduziu as barreiras de comércio e as tarifas alfandegárias, os fabricantes domésticos passaram a exportar produtos com custos cada vez mais competitivos. Isso também provocou um crescimento dos investimentos estrangeiros. A estabilidade econômica e o potencial de crescimento foram um chamariz. As exigências da OMC forçaram a China a implementar reformas domésticas, incluindo a proteção da propriedade intelectual, a redução de subsídios de Estado, até para facilitar a operação das empresas estrangeiras e etc. Essas reformas criaram um ambiente de negócio atrativo, encorajando ainda mais o investimento estrangeiro. Além disso, para coroar o avanço, o dragão fez enormes investimentos em infraestrutura de transporte, portos, ferrovias, aeroportos etc, tudo para garantir excelência de sua vocação que é, sem dúvida nenhuma, o comércio.
Os recursos naturais do país, como as terras raras, cobre, ferro e ouro, minerais etc, ajudaram a manter os custos de produção mais baixos do que os EUA e Europa, e reduziu a dependencia de materiais importados.
Resumindo, a combinação de membro da OMC, as reformas domésticas, os investimentos em infraestrutura, os custos de matéria prima e de trabalho a custos baixos transformaram a China no grande centro de fabricação do mundo.
Richard Baldwin, professor de economia internacional no Instituto de Genova, disse que o processo de industrialização da China é sem precedentes. Ele comparou com os EUA que superou o Reino Unido antes da I Guerra Mundial. Os EUA levou um século para alcançar sua posição de liderança, só que a China já desafia os U.S.A. em apenas 20 anos de crescimento contínuo. Baldwin concluiu que o desenvolvimento industrial da China é um fenômeno sem paralelo na história.
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