"EU CONFESSO, SOU INCOMPETENTE E PARCIAL, E CONDENEI LULA ILEGALMENTE"
Eu fui tolo, como muitos outros, mas, como se costuma dizer em certos ambientes que eu evito, tanto neopentecostais quanto neomaçonicos, "eu vi a luz", e compreendi que a "lava-jato" foi uma "lawfare", um esquema de ativismo jurídico para destruir a política brasileira, penalizar a capacidade de Defesa Nacional, e, sobretudo, destruir as maiores empresas brasileiras, o que, em parte, conseguiu.
A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça constatou o óbvio, já há vários anos, Moro, Dallagnol e Gabriela Hardt se juntaram na Lava Jato para representar os interesses financeiros de certos grupos nos EUA, se colocaram ilegalmente como representantes da Petrobrás no Brasil, lesaram nossas empresas, lesaram a Defesa Nacional, a Marinha do Brasil para dizer o mínimo.
Já existe um amplo relatório cujo responsável é o delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva onde se afirma com fartas evidências que o ex-juiz Sergio Moro (do União Brasil), hoje senador, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol e a juíza federal Gabriela Hardt agiram em conluio para desviar R$ 2,5 bilhões dos valores oriundos da “lava jato” para criar uma fundação privada.
No período entre 2016 e 2019, diz o delegado no documento, Moro, Hardt e Dallagnol, além de outros procuradores da autodenominada “força-tarefa”, “atuaram para promover o farto desvio, por meio de um conjunto de ativismos jurídicos, com o amplo auxílio de agentes públicos norte-americanos, além da participação da própria Petrobras, que a força-tarefa investigava. O valor de R$ 2.567.756.592,009 destinados originalmente ao Estado brasileiro foi desviado para a criação de uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados”.
Esta fundação veio a ser suspensa por ordem da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, à época. O delegado afirmou no texto que o desvio se deu por meio de “atos omissivos e comissivos” ao permitir depósitos bilionários em contas judiciais vinculadas a réus colaboradores e empresas que firmaram acordos de leniência. Além disso, de forma ilegal, autoridades dos Estados Unidos fizeram investigações no Brasil, uma vez que tinham interesse nos negócios da Petrobrás também nos EUA.
O relatório alegou que Sérgio Moro agiu de forma criminosa quando instaurou uma "força-tarefa" em função de um processo sigiloso, restrito à Justiça.
A abertura dessa força-tarefa “foi feita para justificar o repasse de valores oriundos de acordos de leniência para a conta da Petrobrás, alimentando a empresa com o dinheiro dos acordos, já cientes e conscientes os atores a respeito das apurações iniciadas pelos Estados Unidos, em 2014, em face da empresa”.
Os participantes do acordo tinham conhecimento de que partes das multas seriam redirecionadas. Os procuradores e o ex-juiz assumiram a posição clandestina de representantes do Estado brasileiro junto à Petrobrás e atuaram em prol dos interesses financeiros do governo dos EUA, diz o relatório.
A Petrobrás recebia repasses de valores em atendimento a interesses claramente privados.
Deltan Dallagnol negou que tenha ocorrido negociação privada com os norte-americanos na “força-tarefa”, as provas de que Deltan mentiu estão largamente mostradas no relatório da PF.
Os prejuízos à economia nacional superam o trilhão de reais, na prática, o Brasil foi forçado a se desindustrializar.
Por falar no juiz que virou senador, vejam só as várias coincidências, os vai e vens da, digamos, cultura e credulidade nacionais, Lula, o homem que dá a volta por cima na vida, foi julgado por um juiz incompetente e parcial, incompetente e parcial são termos aqui usados de forma literal e jurídica, senão vejam, vamos ver algumas evidências disso:
1) O Sergio Moro, sabendo que a 13ª Vara Federal de Curitiba era imprópria para o julgamento de Lula, ou seja, não tinha a competência constitucional para julgar, ainda assim, Moro foi o juiz da causa;
2) A 13ª Vara Federal tinha o objetivo de investigar crimes relacionados à Petrobras, e Moro declarou que não havia provas que ligassem Lula a esses crimes ocorridos na Petrobrás;
Palavras do juiz-senador:
“Este juízo jamais afirmou na sentença, ou em lugar algum, que os valores obtidos pela construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente”,
2) As reportagens da Vaza-Jato deixaram claro que o Sergio Moro agiu de forma parcial, e trocou todo tipo informações privilegiadas, sob sigilo de justiça, sobre o processo com os investigadores do caso. Sobre a Vaza-Jato, a Vaza Jato é nome que se deu ao vazamento de conversas realizadas através do aplicativo Telegram entre o então juiz Sergio Moro, o então promotor Deltan Dallagnol e outros integrantes da Operação Lava Jato. A divulgação das conversas foi feita pelo periódico virtual The Intercept Brasil, a partir de 9 de junho de 2019;
3) A condução coercitiva do Lula foi ilegal, isso só poderia ter sido feito se tivesse havido uma recusa sem justificativa a uma intimação, o que não foi o caso;
4) Os 2 processos anulados (o Triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia) geraram a conversa de que Lula não foi absolvido ou inocentado nesses casos, os processos foram anulados então não há absolvição pois não há condenação. Tecnicamente isso é correto, já que não houve julgamento válido, o Sergio Moro foi considerado parcial e incompetente (ele não tinha a competência para julgar). Em última análise, para a Justiça Lula é considerado inocente. Os processos foram considerados lesados, e foram anulados. No regramento jurídico brasileiro vale a presunção da inocência. A Constituição diz, no Artigo 5º, que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Todo mundo é inocente até que se prove o contrário. Lula é inocente, este é o fato jurídico final.
5) Sergio Moro, com a sua condenação a Lula, impediu que ele fosse adversário do Bolsonaro em 2018, as pesquisas apontavam Lula na frente da disputa eleitoral. O que o Moro fez, depois da vitória do Bolsonaro à Presidência, aquele que seria o adversário do petista preso? Se uniu ao governo do capitão deputado que virou presidente;
6) Ao deixar o governo do Bolsonaro, o Sergio Moro foi trabalhar na Alvarez & Marsal, que atua na recuperação judicial de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Ou seja, alguém com informações privilegiadas de um processo foi trabalhar numa empresa que se beneficia com tais informações. Só isso daqui já mereceria um processo penal de umas 3 mil páginas, e uma condenação de uns dez anos, no mínimo;
7) Em pelo menos 3 ocasiões, Sergio Moro confessou sua parcialidade como juiz. Em 5 de Julho de 2020, numa entrevista à GloboNews, disse que tratava Lula como adversário a ser abatido no ringue. Em 29 de dezembro de 2021, em entrevista à Capital FM, disse que a Lava Jato combateu o PT de forma efetiva e eficaz. Em 24 de Janeiro de 2022, no Flow Podcast, ele disse que 𝗰𝗼𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮𝘃𝗮 a Operação Lava Jato, algo que não poderia fazer, por ter que ser isento. O juiz teria que ser neutro, não poderia ser o comandante da força-tarefa, teria que se manter imparcial. Condenou o Lula e confessou que não agiu de forma imparcial.
Veja suas próprias palavras:
"Eu 𝗰𝗼𝗺𝗮𝗻𝗱𝗲𝗶 a Operação Lava Jato. Era juiz e a operação é um marco no Brasil, onde as pessoas roubam e nada acontece. Lia-se o escândalo no jornal, gerava manchete por uma semana ou um pouco mais, e nada acontecia nos tribunais. A lava jato foi uma mudança completa desse padrão", disse Sergio Moro.
8) Os críticos da atuação de Sergio Moro, sempre disseram que ele agiu de modo político na Lava Jato. O que o Sergio Moro fez? Entrou na política e virou senador (Wellington Ricardo)
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