OS CURDOS SE FORTALECEM

Reduzir o uso do dólar no comércio traria riscos econômicos ao Brasil? 

Vamos ver. Um primeiro impacto seria decorrente de desagradar os EUA. 

"Os americanos não sao mais aqueles, mas continuam poderosos e capazes de causar grandes estragos e malefícios mundo afora", afirma Paulo Nogueira Batista Jr., ex-diretor-executivo no FMI e ex-vice-presidente do NBD, o banco do Brics.

Paulo tem sido um dos nomes consultados pelo Brics e pelo governo brasileiro para traçar um caminho que permita o uso de moedas nacionais no comércio, substituindo em parte o dólar.

Em entrevista ao UOL, o economista examinou as ameaças feitas por Donald Trump que anunciou que não iria tolerar se o bloco de emergentes reduzisse o papel do dólar em seu comércio e em suas contas. Trump prometeu aplicar tarifas de 100% contra quem seguir esse caminho.

Para Paulo Nogueira, a reação de Trump é "compreensível e previsível", já que os EUA perdem um "privilégio exorbitante". Sua avaliação é de que a imposição de tarifas é ilegal. Mas alerta que a OMC "está esvaziada e os seus tribunais de arbitragem estão paralisados". "Enfim, estamos no vale tudo", disse.

Em 2025, o Brasil assume a presidência do Brics e tem como um dos itens de sua agenda o avanço do debate do uso de moedas locais para as trocas entre as economias do bloco.

Trump fala em punir quem usar outra moeda. Por qual motivo a preocupação tão grande dos americanos com uma eventual transição para outras moedas? O que eles perdem? 

Perdem um privilégio. A reação dos EUA é compreensível e previsível. A hegemonia do dólar como moeda internacional lhes confere um privilégio importante —e exorbitante, como dizia De Gaulle nos anos 60 do século passado. Graças a ele, os EUA podem emitir moeda, a custo praticamente zero, e com isso financiar os seus déficits externos e fiscais. Dessa maneira, eles se apropriam de recursos reais do resto do mundo.

E o Tesouro americano consegue financiar parte dos seus desequilíbrios com emissão de passivos monetários sobre os quais, por definição, não incidem juros.

Nas regras internacionais do comércio, eles podem aplicar tarifas contra quem não usar sua moeda?

Não podem usar tarifas de importação dessa maneira. Mas respeito a regras internacionais nunca foi o forte dos EUA. Menos ainda no passado recente. A OMC está esvaziada, os seus tribunais de arbitragem estão paralisados. Enfim, é um vale tudo.

Como os americanos têm usado o dólar como um instrumento de poder?

De maneira cada vez mais arbitrária, para punir países pouco cooperativos ou hostis a eles. Por exemplo, congelam ou confiscam reservas oficiais depositadas em dólares. Foi o que ocorreu com a Rússia, em escala sem precedentes, como parte das sanções impostas pela invasão da em 2022. Naturalmente, a confiança no dólar diminuiu muito.

O senhor foi um dos consultores e idealizadores de um projeto de uso de moedas nacionais para o comércio, no Brics. Qual o ganho que os países do bloco teriam?

O uso de moedas nacionais nas transações internacionais é crescente —e não só no Brics. A vantagem é fugir das sanções ocidentais. Além disso, bypassar o dólar [trocar moedas sem passar pelo dólar] reduz custos de transação. Esse é o aspecto da desdolarização que tem avançado mais rapidamente.

Qual o risco de que a hegemonia apenas seja transferida do dólar para o yuan?

Do ponto de vista do Brasil e de outros países, essa transferência de hegemonia seria, em certo sentido, como trocar seis por meia dúzia. Uma outra moeda nacional passaria a desempenhar funções internacionais, o que traria problemas semelhantes aos que experimentamos no sistema atual centrado no dólar. Mas não acredito que esse seja o cenário mais provável.

A China reluta em internacionalizar plenamente a sua moeda. E isso é compreensível. Haveria certos pré-requisitos que a China teria dificuldade de atender. Por exemplo, ela aceitaria dar conversibilidade plena ao renminbi [nome do yuan]? Aceitaria remover os controles de capital que tem aplicado com sucesso? Parece duvidoso. Além disso, o uso mais disseminado da moeda chinesa como moeda internacional acarretaria um aumento na demanda por ela e resultaria, tudo mais constante, em valorização cambial, com potencial prejuízo para as exportações da China e seu dinamismo econômico.

Quais riscos o Brasil corre se reduzir o dólar em seu comércio?

Do ponto de vista econômico, nenhum. Reduziria exposição a sanções secundárias impostas pelos EUA, que dificultam o nosso comércio com países sancionados. Diminuiria custos de transação, ao dispensar a conversão intermediária para o dólar. O risco seria eminentemente político: o de desagradar aos EUA. Eles estão em decadência, mas continuam poderosos e capazes de fazer os seus estragos mundos a fora.

O NBD pode ser a chave de uma transição para um mundo com um papel menor para o dólar?

Há quem pense que sim. Eu tenho minhas dúvidas. Primeiro, o NBD é um banco multilateral de desenvolvimento e não uma instituição monetária. Segundo ele tem tido dificuldades de cumprir a sua função precípua de financiar em condições atraentes investimentos em infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Assim, creio que o banco poderia ter um papel acessório, promovendo estudos sobre o tema e desdolarizando as suas operações ativas e passivas.



 Por QUE o Assad não vai cair? 

Uma análise baseada em fatos poderia concluir que Assad não vai cair. Uma das grandes causas é que tanto a Rússia o Irã não podem perder a Síria. 

Bom, vamos analisar o assunto, vejam, o Assad tem boas relações com os países árabes, tem apoio do Egito, boas relações com sissi, líder egípcio

 o Assad tem boas relações com os Emirados Árabes, os Emirados Árabes já declararam apoio ao Assad

 provavelmente a Arábia Saudita também apoia o Assad, a Arábia Saudita ela vê o Irã como como uma ameaça mas também vê a Turquia como uma ameaça

a Arábia Saudita usava grupos Rebeldes salafistas e jihadistas, esses mesmos grupos salafistas jihadistas estavam tentando derrubar o Assad também e

planejavam derrubar o próprio governo Saudita porque a Arábia Saudita é um reino que tentou ficar mais secularizada, mais aberta, mais moderna

 os mesmos grupos jihadistas que a Arábia Saudita apoiou, pois que a Arábia Saudita, a família Saudita era uma família salafista, na época da União Soviética eles apoiaram grupos salafistas jihadistas

 para quem não sabe, salafista ou arabista, outro nome que eles usam, é uma parte do ramo sunita, que prega um Islã mais militante mais bélico

a Arábia Saudita desde a época do império otomano, a família Saud se levantou contra o império otomano, eles achavam que o império otomano não seguia um Islã puro

  então, os países árabes hoje tem apoiado o Assad e o Assad tem se aproximado bem dos países de maioria árabe

 existem alguns países árabes que tem minorias étnicas, e um dos motivos pelos quais o Assad tem se aproximado dos países árabes é por questões de negócios, porque a Síria tá quebrada a Síria, precisa de dinheiro, de investimento. Pode-se dizer que foi falha da Rússia ou China. Bom, a Rússia tá com o problemão da Ucrânia

Por outro lado, os Aliados da Síria não conseguiram reconstruir a Síria, não investiram na Síria o suficiente, daí ocorrer esse problema, porque a Síria tem problemas financeiros graves

É complicado investir num país em guerra civil, esses rebeldes, esses grupos que tomaram alepo são apoiados pela Turquia, a Turquia é patrocinadora desses caras, só que muitos sírios que poderiam ajudar o Assad, que poderiam lutar pela Síria, não tem mais vontade de fazer isso. O indivíduo pensa assim, poxa, meu país está quebrado, corrupto, não tô vivendo bem, por que eu vou eu vou sangrar por esse país? Bom, então o Assad precisa de dinheiro e se aproxima dos países árabes. Isso fez com que ele se distanciasse um pouco do Irã, porque a Arábia Saudita não investiria na Siria se o Assad estivesse indo para o lado do irã Diferentemente do Iraque que é um país de maioria xiita, a Síria é um país de maioria sunita, então ele não pode ser uma província iraniana, ele não pode ter uma uma grande milícia Xiita, como, por exemplo, o Hezbollah, no Líbano, o Assad não pode contar com o Irã porque a Síria não tem uma comunidade Xiita significativa. O Irã é uma grande maioria xiita.

Os alauítas, ramo do Assad, eles vieram do xiismo, são cerca de 13 ou 14% da população Síria, aumentou um pouco porque muitos sunitas saíram do país, só que os alauítas não tem o perfil de se tornar tipo de hezbollah, a comunidade alauíta é muito secularizada, então a Síria não pode estar muito próxima do Irã. O Líbano é diferente porque o Líbano, 1/3 ou uns 25% é xiita, então a aproximação com o irã é mais natural, países como Líbano, Iraque têm milícias fortes e numerosas. A milícia xiita, no caso do Líbano, é o Hezbollah, e no caso do Iraque são várias organizaçõe xiiitas, que agora estão na Síria para ajudar o Assad.

Então, resumindo, vejam, o Assad tem boas relações com o mundo árabe. Ponto número dois, o Assad não cai porque os inimigos da Síria estão desunidos. A Síria, vamos dizer, tem duas grandes ameaças, primeira grande ameaça da Síria é a Turquia, número dois, Israel e Estados Unidos, juntinhos, para variar. Os Estados Unidos e Israel veem os curdos como aliados de Israel, e chamam os grupos apoiados pelos turcos como terroristas. Então, vamos falar da Turquia, porque a Turquia representa uma ameaça para a Síria, a política do Erdogan é o neo-otomanismo, eles querem recriar o império otomano, e não existe recriação do império otomano sem

Damasco. A Turquia virou o grande líder do mundo muçulmano quando conquistaram a Síria, quando venceram os mamelucos do Egito, tomaram o Egito, tomaram uma parte do Oriente Médio, incluindo a Síria e toda a região. Se tornaram protetores do Islã, se tornaram a hegemonia do mundo sunita da época. Marrocos resistiu ao império otomano, eles não conseguiram conquistar Marrocos. O império otomano foi o grande protetor e representante do mundo sunita, então a Turquia tem esse projeto neo-otomista, querem derrubar o o Assad, querem implantar colocar um regime sunita na Síria, e também tem o nacionalismo turco, o nacionalismo turco trabalha junto com o islamismo, daí a ideia do Turquestão, dos países de fala turca como no caso do Azerbaijão, Uzbequistão, quirquistão Cazaquistão, são todos países de origens turcas, e até na Rússia com os tártaros. A Rússia tem vários povos de origem turca, então a Turquia tem esse objetivo, geopolítico, histórico, nacionalista, daí que os nacionalistas turcos não vão aceitar um curdistão, dos cursos, porque os curdos não são inimigos do Assad, não querem derrubar o Assad. Os turcos querem o estado deles, para o nacionalismo turco, daí que a Turquia e Israel e os Estados Unidos vão ter problemas na Síria e a tendência é piorar. É difícil saber se os turcos vão conseguir dominar os os curdos, no norte da Síria. Então teremos uma região convulsionada pelos Estados Unidos, teremos Irã e Rússia contra a Turquia, os curdos estão bem armados. Então, os turcos eles têm muitos inimigos na Síria, esses grupos rebeldes, terroristas armados pelos EUA e Israel, que tomaram a antiquíssima cidade de alepo, estão sozinhos ou só contam com a Turquia. Vai ser difícil a Turquia sustentar um conflito de longo prazo. Israel bombardeou alvos iranianos dentro da Síria, mas os israelenses não são contra o Assad, e Israel também não vê com bons olhos esses rebeldes jihadistas, entao veja, eles ajudaram a criar esses rebeldes mas para Israel o importante é fomentar a briga entre grupos sunitas e chiitas. Esse é o objetivo de Israel, não é contra Assad, mas a favor do conflito entre os dois lados, veja, se ficam ocupados brigando, Israel ganha tempo de fortalecendo.

Outro ponto muito importante, talvez o mais importante, a desestabilização da Síria não é bom para os BRICS, não é bom para o Cinturão e Rota da Seda, ou seja, para o comércio, daí que os EUA tem tanto interesse em fomentar brigas, conflitos e guerras na região.

Eu duvido que Trump seja um pacifista na região, pois Trump se mostrou como um inimigo do crescimento comercial da China.

Nós não sabemos ainda como Trump poderá influenciar.

Um segundo motivo pelo qual o Assad não deve cair é que os inimigos da Síria estão desunidos. Isso é bom para a estabilidade do Assad, se o Assad cair o caos estará instalado. A Síria é um país que já está fragmentado, enfraquecido, além disso, existe a pressão dos curdos. Um estado curdo é tudo o que a Turquia não quer nesta região. O maior inimigo da Síria hoje deve ser mesmo a Turquia. É possível que os estadunidenses desejem uma entidade curda no norte da Síria, vamos ver. A Turquia, desde o império otomano, sempre usaram uma potência ocidental contra outra potência ocidental, eles se aliavam a um lado, atacavam o outro, se aliavam com a França para atacar a Áustria, e depois se aliavam à Inglaterra contra a Rússia na Crimeia. Os turcos sempre usaram uma potência cristã ocidental contra a outra, aliás todos os impérios fazem isso daí.

Então veja, a Rússia sempre parte do mundo cristão, desde sua origem, origens bizantinas, lá no século X, XI, então a relação dos russos com os turcos sempre fetam dúbias, aliás tudo é dúbio quando se trata da Turquia.

Quando a Turquia começou a tomar terra recentemente dos armênios, país que já sofreu medonhos ataques da parte dos turcos, a Rússia estava e está ainda muito ocupada na Ucrânia, daí a armênia se ferrou.

Hoje em dia, os Estados Unidos e a Rússia tem boas relações com a Turquia, e a Turquia sabe que não espaço para manobra então a situação da Síria é uma incógnita.

Ao que tudo indica, o Trump vai ter uma política de menos confronto com a Rússia, não deve seguet escalando loucamente na Ucrânia, que era a política do senil biden.

Trump tem bom diálogo com Putin, pelo menos, ele tinha. É possível que haja um diálogo em relação à Ucrânia, em relação à Síria, em relação ao Irã, veja, existe aí neste diálogo a questão da desdolarização da economia mundial. A Rússia e a China pretendem se libertar do dólar, então Washington precisa parar de hostilizar a Rússia pois mais países estão ficando desconfiados das políticas financeiras e sancionistas dos EUA.

Bom, mas voltando à Turquia, a Turquia não é um país confiável, não é questão do povo turco, os turcos é um povo sui generis, gente extremamente amigável, inteligente etc, o problema é o mesmo de sempre, o governo, os líderes, os poderosos, sempre foram traíras, ao longo da história. O Putin aceita muita coisa, por exemplo, aceitou a posição covarde do Brasil em relação a Venezuela nos BRICS, mas o que Putin não perdoa é a traição. Foi o que aconteceu quando o Irã estava ocupado com Israel, a Rússia estava ocupada com a Ucrânia, daí a Turquia arma esses mercenários assassinos, chamados pela porca mídia de “rebeldes sírios”, daí, esses terroristas tomam alepo e ameaçam Damasco e derrubar Assad. No meio dessa meleca tem a criação do estado curdo na Síria.

Os curdos tem muita afinidade com os persas, são primos, seus idiomas são parecidos. Muitos curdos, graças à influência do Irã, se converteram ao xiismo. Os curdos já estão no norte do Iraque, e já são, até certo ponto, independentes no norte da Síria, daí seu desejo de criarem o seu estado curdo. A Turquia quer impedi-los.

Então, em síntese, a Síria tem boas relações com o mundo árabe, os inimigos da Síria estão desunidos, e os amigos da Síria são fortes. A Rússia está bombardeando as posições dos grupos da CIA, do MI-6 e do Mossad, grupos hostis a Síria e à Rússia. Então, a Rússia está fazendo o possível, na época da 1ª guerra na Síria, a Rússia enfraqueceu muito os rebeldes da AlQaeda, do Isis, do Daesh, lá nos anos de 2015, 2016, Naquela época, a entrada da Rússia foi crucial para manter o governo Assad. Foi um primeiros momentos de grande ousadia de Putin. A outra grande ousadia da Rússia foi a operação especial na Ucrânia. Na Síria, a Rússia está bombardeando, os terroristas rebeldes estão sofrendo baixas, a Turquia está numa posição complicada. Várias milícias chiitas do Iraque já estão se juntando ao conflito, e veja, o Iraque, por incrível que pareça, e veja como a geopolítica do Oriente Medio é complexa, o Iraque tem boas relações com os Estados Unidos, neste momento. Israel está mais preocupado com o Hezbollah e grupos iranianos na Síria. Israel não deve bombardear grupos xiitas iraquianos neste momento porque o Iraque tem boas relações com os Estados Unidos. Foram as milícias chiitas que derrotaram o Isis, no Iraque, quando o estado islâmico estava invadindo Bagdá. Quem impediu a conquista de Bagdá não foi o exército iraquiano, foram as milícias xiitas apoiadas pelo Irã, essas mesmas milícias xiitas estão indo agora para a Síria. Sites de notícias dizem que as milícias estão avançando e Assad está começando a contra-atacar, mas obviamente não se pode afirmar nem prever coisa alguns neste momento.

Leonardo Russo afirma que mesmo que os rebeldes tenham sucesso e mantenham a posição em Alepo, isso vai gerar um gasto considerável para a Turquia, que já não está bem das pernas na economia. Assad tem chances de manter o governo, talvez uns 60% de chances. Sei exército acabou, o nacionalismo árabe morreu, mas é um jogo onde entra Rússia, Irã, os curdos e, bom, se a China entrar neste jogo, veremos a 1ª guerra dos BRICS, sim, por que o grande interesse do imperialismo na Síria, além do gasoduto para a Europa, além de dar uma rasteira no porto de Ormuz, além de roubar o petróleo da Síria, seu grande objetivo é melar o projeto comercial da China região, o Cinturão e Rota, que quer levar desenvolvimento e paz à região. Vamos ver.

Um seguidor perguntou de onde vem os rebeldes. Eles vem do mundo todo, sobretudo da Ásia Central, da África, da Rússia, até mesmo da África e da América Latina. Existem sites na deep web especializados em arregimentar mercenários e desocupados à cata de aventuras e loucuras.

Outra pergunta, qual o interesse da Rússia? É importante para Rússia manter o seu porto na Síria. A Rússia faz vista grossa quando os Estados Unidos roubam petróleo da Síria, desde que ela possa manter o seu porto em águas quentes. A Rússia também tem um sonho, ela sempre quis conquistar Constantinopla, converter Sofia ao cristianismo ortodoxo. Se a Rússia conquistasse Istambul, o que é muito difícil no atual contexto, ela controlaria o Mar Negro e teria espaço no mar Mediterrâneo, daí que essa base na Síria é muito importante. Tem quem diga que a Rússia não liga o Assad, mas para o seu o porto em Tartús. Isso é contra-informação pois Assad significa estabilidade na região, ou estabilidade possível.

Na época da guerra civil na Síria, em 2011 até 2020 os imperialistas pretendiam criar um gasoduto que que ligava o Qatar, a Arábia Saudita, a Turquia, ou seja, era para exportar gás da região do Golfo para a Europa, então eles iam competir com a Rússia. A Rússia ela ia perder o seu monopólio sobre a Europa, e acabou perdendo parcialmente por causa da OME na Ucrânia. A Europa está comprando gás americano mais caro e já dá sinais de fadiga econômica

A Rússia e o Irã farão o possível para o Assad não cair por mais ocupados estejam. A situação é complexa, a Rússia não impede os bombardeios israelenses, porque Israel e Rússia sempre boas relações, tem muitos judeus russos tanto em Israel quanto na Rússia, só que essas relações só pioram. Os neocons, os jázaros do deep state, tem sido muito hostis com a Rússia. Então a tendência é a Rússia se aproximar do Irã e se distanciar de Israel. Vejam que a Rússia não se meteu no conflito entre israelenses e iranianos, a Rússia quer se manter longe disso, vamos ver até quando.

Para terminar, teve mais uma questão, veja, sobre a identidade árabe. Veja, o iraquiano é árabe, ele era babilônio, norte do Iraque era assírio, a Síria tem ligações com a Assíria. Existiu um reino Sírio no que hoje é a Síria, só que eles foram arabizados. Bom, seria muito legal uma live com Leonardo Russo, Linequer, o Mansur Peixoto, o Salem Nasser e o comandante Farinazzo de mediador, isso seria absolutamente fantástico.


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