TRUMP LUTA PARA AFASTAR BRASIL DA CHINA

 Proximidade da China com o Brasil e o Medo de Trump: O Que Está em Jogo?

Vamos lá: tem um fantasma rondando Washington, e ele atende pelo nome de China. E, dessa vez, o medo não é sobre Taiwan, nem sobre a disputa pelo Pacífico. O foco está bem mais perto—na relação entre China e Brasil.

O governo de Donald Trump está cada vez mais preocupado com o avanço chinês na América Latina, e isso pode respingar diretamente no Brasil. O motivo? Bom, tem um monte. Mas, agora, a treta gira em torno do aço e das tarifas comerciais que os EUA querem impor.

No dia 12, entram em vigor as novas tarifas norte-americanas sobre o aço. E quem vai sentir o impacto? O Brasil. Por quê? Porque os EUA dizem que a China usa o Brasil como "atalho" para vender aço para o mercado americano. Essa estratégia, conhecida como triangulação, permitiria à China driblar barreiras comerciais. A resposta de Trump? Um tarifaço de 25% para evitar que o Brasil sirva de trampolim para o aço chinês.

Só que o Brasil nega essa acusação. E com razão. Segundo um estudo da Amcham (a Câmara de Comércio Brasil-EUA), o Brasil é um dos maiores produtores de aço do mundo e tem um histórico sólido de combate a práticas desleais. Aliás, já existem 27 medidas brasileiras contra o aço chinês. Ou seja, o argumento de Washington não se sustenta tão facilmente.

Mas a preocupação dos EUA com a China no Brasil vai além do comércio. Não é de hoje que Washington vê com maus olhos os investimentos chineses em infraestrutura, especialmente em portos e setores estratégicos. O exemplo mais recente é o Porto de Chancay, no Peru, que virou um dos principais pontos de presença da China na América Latina. Para os americanos, isso não é só economia—é geopolítica pura.

Agora, vamos ligar os pontos: os EUA não querem apenas conter a China no comércio de aço. Eles estão de olho em algo maior, como o papel do Brasil no BRICS e a discussão sobre desdolarização, que reduziria a influência do dólar no comércio internacional. Para Washington, esse é um jogo perigoso, porque fortalece a posição da China e pode mudar o equilíbrio global.

E aí vem a grande questão: como o Brasil se posiciona no meio dessa disputa? O governo Lula tenta argumentar que manter boas relações com China e EUA ao mesmo tempo não é uma contradição. Mas será que Washington está disposto a aceitar isso?

A tensão está no ar. O setor privado brasileiro já começou a se movimentar para tentar reverter essas tarifas, mas há um receio grande de que, no fim das contas, os EUA usem as taxas como moeda de troca para forçar o Brasil a se afastar da China.

E agora? Será que o Brasil consegue manter o equilíbrio entre essas duas potências sem sofrer represálias? Ou vamos ver mais pressão dos EUA para limitar a influência chinesa por aqui?

O jogo da geopolítica está em pleno andamento, e as próximas semanas podem ser decisivas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Covideiros de plantão

O novo tirano

EUA QUER ESCALAR A GUERRA NO ORIENTE MÉDIO