O JOGO SUJO DE LONDRES CONTRA A PAZ

 O Reino Unido e o Jogo Sujo Contra a “Nova Détente” de Trump 

O Reino Unido está se movendo nos bastidores para sabotar qualquer reaproximação entre Rússia e Estados Unidos? Pois é exatamente isso que o Serviço de Espionagem Estrangeira da Rússia, o SVR, está denunciando. A ideia de uma “Nova Détente” – um alívio nas tensões entre as duas potências – pode estar nos planos de Trump, mas Londres não está nada satisfeita com isso. E por quê? Porque um acordo entre Rússia e EUA desmontaria a estratégia britânica de contenção geopolítica.  

E como os britânicos estariam tentando minar esse processo? Eles estão jogando em duas frentes. A primeira é pura guerra de informação: espalhar narrativas alarmistas sobre os laços de Trump com a Rússia. Já a segunda é mais agressiva: escalar a guerra na Ucrânia a um ponto sem retorno, forçando os EUA a se manterem no jogo.  

O relatório do SVR, na verdade, não traz nenhuma grande bomba – quem acompanha de perto a geopolítica já suspeitava desse movimento. Mas o timing da denúncia é o que chama atenção. França, Alemanha e Polônia estão competindo pelo controle da Europa pós-conflito, enquanto o Reino Unido tenta manter sua velha estratégia de "dividir para governar". Para isso, Londres aposta na Polônia e na Ucrânia como seus peões principais.  

E essa aliança não é de hoje. Em fevereiro de 2022, uma semana antes da Rússia lançar sua operação especial, Reino Unido, Polônia e Ucrânia já haviam firmado uma aliança trilateral informal. Depois disso, os britânicos desempenharam um papel-chave para convencer Zelensky a abandonar as negociações de paz com Moscou. Mas de lá pra cá, as coisas mudaram.  

A Polônia, por razões políticas internas, e os EUA, por estarem de olho na Ásia, endureceram sua posição em relação à Ucrânia. Isso deixou o Reino Unido isolado como o principal patrocinador do governo de Zelensky. Londres sabe que, se a guerra acabar nos termos da Rússia e dos EUA, sua influência na região despenca. Por isso, está fazendo de tudo para evitar essa “Nova Détente” e impedir um acordo sobre a Ucrânia.  

Mas e se falharem? Bem, o plano B britânico seria transferir sua aposta para a Polônia, transformando o país no novo eixo de contenção contra a Rússia. Afinal, a Polônia tem a maior economia da Europa Oriental, o terceiro maior exército da OTAN e um sonho histórico de restaurar sua influência regional. O problema é que os EUA também estão de olho na Polônia. E aí surge um dilema para Londres: aceitar um papel secundário nesse jogo ou tentar competir com Washington pelo controle do leste europeu.  

O detalhe curioso aqui é que o Ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radek Sikorski, é um anglófilo convicto. Ele até tinha cidadania britânica antes de abrir mão dela para entrar no governo polonês. Será que ele pode ser o trunfo de Londres nesse tabuleiro?  

Agora, vamos falar de cenários. O melhor para o Reino Unido seria que a “Nova Détente” fracassasse, que os EUA se sentissem obrigados a retomar o apoio militar massivo à Ucrânia e que Londres emergisse como o verdadeiro líder do "mundo livre", já que sempre manteve uma postura agressiva contra Moscou.  

Mas o pior cenário para os britânicos seria justamente o oposto: Rússia e EUA entram em acordo, a Ucrânia se torna um protetorado informal dessas potências, a Polônia vira o parceiro número um de Washington na Europa e, no fim das contas, os americanos assumem o controle do jogo geopolítico no continente – e não os britânicos.  

Se esse segundo cenário estiver realmente se concretizando, o Reino Unido pode estar prestes a tomar medidas extremas para impedir isso. E é exatamente esse risco que levou o SVR russo a tornar suas suspeitas públicas agora.  

Trump, se realmente quiser reconfigurar a política externa dos EUA, precisa entender que o maior obstáculo pode não ser Moscou, mas sim... Londres.  

E aí, o que você acha? O Reino Unido está jogando pesado para manter seu controle na Europa? Ou é só mais um capítulo da guerra de narrativas? Me conta nos comentários!  


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