O NARCO-IMPERIALISMO IANQUE SIONISTA
Nos Estados Unidos, documentos relacionados ao assassinato de John F. Kennedy vêm à tona, trazendo à luz indícios da participação de agências como a CIA e o Mossad. Esses registros apontam para um confronto entre o chamado "Estado profundo" — formado por agências de inteligência como a CIA, a DEA, o Departamento de Justiça, entre outros — e o governo atual, liderado pelo presidente Donald Trump. Esse embate ocorre em um contexto bastante peculiar, que nos leva a uma reflexão inevitável: quem, de fato, governa os Estados Unidos? Quem detém o controle real do país? Até que ponto a democracia americana tem peso, se é que existe uma democracia genuína? E quanto à política? Será ela apenas uma fachada, moldada por interesses de mercado?
Quando falamos sobre quem manda nos Estados Unidos, em quem devemos pensar? Quem é a voz principal por trás dessa narrativa, além da imagem idealizada de uma democracia perfeita que se construiu em torno do país?
Tomemos o bárbaro crime sobre Kennedy. Nos Estados Unidos, tentou-se construir uma mitologia que o apresentasse como um mártir, mas a realidade é que ele era uma figura controversa, assim como a família Kennedy, que já carregava uma reputação duvidosa há gerações. Basta olhar, por exemplo, para o sobrinho de Kennedy, Robert F. Kennedy Jr., um personagem amplamente criticado hoje. Diante disso, voltamos à questão: quem controla os Estados Unidos? Estamos falando de um emaranhado plutocrático, militar e de inteligência industrial.
Em outras palavras, não se trata de uma democracia — nunca foi. O que existe é uma plutocracia com interesses bem definidos. Para proteger esses interesses, há uma distinção clara: de um lado, o governo visível, com seus três poderes — o presidente, o Congresso, o Judiciário —; de outro, por trás dessa fachada, opera um complexo sistema de inteligência que, por diversos motivos, eliminou Kennedy. Não foi apenas a CIA ou o Mossad envolvidos nisso. Veja o caso de Trump, por exemplo: ele se posiciona contra o Estado profundo, mas, ao mesmo tempo, fortaleceu laços com o Mossad por meio de sua relação com Benjamin Netanyahu e outros aliados. Kennedy, por sua vez, foi assassinado por razões específicas. Uma delas foi sua intenção de buscar acordos com a União Soviética, especialmente em relação a Cuba. Recordemos a crise dos mísseis de 1962, conhecida no Ocidente como a "Crise dos Mísseis Cubanos", mas que envolveu também mísseis turcos, um detalhe muitas vezes omitido.
Além disso, Kennedy denunciava a existência de um governo nas sombras, algo que presidentes anteriores já haviam sugerido. Isso confere à sua história um certo misticismo, mas a verdade é mais direta: ele foi morto pelos serviços de inteligência americanos. Usaram Lee Harvey Oswald como bode expiatório — um "patsy", como dizem em inglês — e possivelmente outro envolvido, jamais revelado. O assassinato ocorreu porque o Estado profundo, essa plutocracia que domina não apenas os Estados Unidos, mas boa parte do Ocidente, não podia permitir que Kennedy comprometesse seus planos. Entre esses planos estavam a corrida armamentista contra a União Soviética, a questão estratégica de Cuba e a influência de máfias americanas — tanto a ítalo-americana quanto a judaico-americana. Esses são os setores que, em última análise, controlam o país.
Agora, como esses grupos agem no momento atual? No primeiro mandato de Trump, por exemplo, vimos um embate claro entre serviços de inteligência internos, como o FBI e a NSA, e a CIA, que atua mais externamente. Trump é funcional aos interesses americanos; se não fosse, não estaria na presidência. Ele adota uma postura disruptiva, prometendo expor verdades e "limpar o sistema", mas isso é, em grande parte, uma estratégia para agradar seu eleitorado. Há questões que nunca serão plenamente reveladas — pelo menos não agora —, porque expor tudo seria como o governo americano se colocar na forca. Por quê? Porque isso revelaria crimes não apenas contra outros povos, mas também contra os próprios cidadãos americanos.
Um exemplo disso, bem atual, é o papel da CIA no narcoparamilitarismo. A agência esteve envolvida na distribuição de drogas em comunidades afro-americanas e hispânicas nos Estados Unidos, no tráfico de entorpecentes no Sudeste Asiático e em experimentos psíquicos com militares. A lista de ações é extensa. Trump, para atender às expectativas de seus apoiadores — que não são exatamente especialistas em nuances políticas —, tem liberado documentos e informações, como os relacionados a Kennedy. No entanto, o que vemos é apenas uma fração da verdade, nunca o quadro completo. Em seu primeiro mandato, ele prometeu abrir os arquivos de Kennedy e até tocar em temas mais excêntricos, como ufologia, sabendo que isso ressoa com sua base. Agora, com figuras como Robert F. Kennedy Jr. em seu entorno, essa narrativa ganha ainda mais força.
E como as elites estão se posicionando? Há o Estado profundo, mas também os outsiders, como Trump foi inicialmente retratado: um outsider, um transgressor. No entanto, ele faz parte do mesmo sistema bipartidário, que é apenas uma vitrine. Por trás disso, estão o poder midiático, o poder digital e figuras como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, que orbitam esse universo. Isso nos leva a outra questão: a CIA trabalha para o governo dos Estados Unidos ou para as corporações? Quando ela age contra um presidente, como no caso de Kennedy, estamos falando de um golpe de Estado. Isso sugere que a CIA não serve ao governo como o entendemos em outros países, mas sim ao poder econômico e militar. Se ela eliminou Kennedy, imagine o que fez contra governos estrangeiros — como os golpes na América Latina, incluindo o apoio a ditaduras, ou no México, onde ex-presidentes como Echeverría, Díaz Ordaz e López Mateos foram ligados à CIA.
É o imperialismo americano, estadunidense que promove o narco-imperialismo, existe um narco-imperialismo que remonta ao século XIX e está intrinsecamente ligado ao capitalismo e ao expansionismo americano. Veja o discurso de Trump em seu segundo mandato, apontando México e China como responsáveis pelo tráfico de fentanil. Mas o narcotráfico não é apenas um crime; é funcional ao sistema. No século XIX, as guerras do ópio contra a China, lideradas pelos britânicos com apoio americano, tinham o objetivo de lucrar e enfraquecer sociedades. Hoje, a CIA segue esse padrão, controlando cartéis e distribuindo drogas para desestabilizar comunidades — nos Estados Unidos e além.
E o que os países sob influência americana podem fazer? No caso do México, por exemplo, a pressão dos EUA — via tratados comerciais ou dívida — limita a margem de manobra. Quando o México resiste, como na guerra tarifária recente, o narcotráfico é usado como arma de pressão. Os cartéis atuais, como o de Jalisco Nova Geração, exibem uma brutalidade comparável à de grupos como o Estado Islâmico, treinados pelos mesmos atores: serviços de inteligência ocidentais. Essa barbárie desestrutura sociedades, cria ingovernabilidade e justifica intervenções. É o mesmo padrão visto na Síria ou na Palestina: acusam os governos locais de incompetência, mas são os próprios EUA que alimentam o caos.
Por fim, por que essa violência está tão visível agora? Porque serve para pintar essas nações como ingovernáveis, legitimando a intervenção americana. O México, assim como outros países, enfrenta um narco que não é apenas local, mas uma ferramenta do imperialismo. A única saída seria um governo com forte apoio popular, algo que o atual governo mexicano tenta, ainda que de forma limitada. Enquanto isso, os Estados Unidos seguem operando — com militares e inteligência já presentes no México há décadas.
"Hoje vamos falar de um capítulo curioso e pouco explorado da relação entre Donald Trump e o México. Muito além da guerra tarifária que o ex-presidente prometeu travar contra países com os quais os Estados Unidos têm déficits comerciais, o embate de Trump com o México carrega uma história pessoal — e imobiliária — que ajuda a entender um pouco mais sua animosidade. Vamos voltar no tempo, antes mesmo da crise de 2008, para um projeto que mistura ambição, fracasso e um toque de drama.
Em 2006 e 2007, Trump, ainda um magnata do setor imobiliário e estrela do programa *O Aprendiz*, estava encantado com a península da Baixa Califórnia, no México. Ele, junto com seus filhos Donald Jr. e Ivanka, através da Trump Organization, colocou seu nome em um empreendimento ambicioso: o Trump Ocean Resort Baja, em Tijuana. A ideia era construir três torres com 526 unidades de luxo, em um trecho de 16 quilômetros à beira-mar, na região de Punta Bandera. O projeto, tocado pela Irongate Wilshire LLC, uma empresa de Los Angeles conhecida por seus sucessos em Los Cabos, atraiu entre 200 e 500 investidores. Esses aportaram cerca de 20 milhões de dólares, com unidades vendidas a 160 mil dólares cada — 132 delas já negociadas.
Tudo parecia promissor, especialmente em meio ao *boom* imobiliário que tomava conta dos dois lados da fronteira. Trump, por sinal, não investiu diretamente: ele licenciou seu nome por 4 milhões de dólares e uma fatia dos lucros, uma jogada típica do então empresário. Mas aí veio o desastre. Em 2008, a crise imobiliária nos Estados Unidos, desencadeada pela falência do Lehman Brothers, abalou o mundo. O mercado colapsou, e o Trump Ocean Resort Baja nunca saiu do papel. Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro americano, já revelou como esse colapso quase levou gigantes como o Citigroup à lona. Imagina o impacto em um projeto como esse no México.
O que sobrou foi incerteza. Muitos investidores processaram a Irongate, que acabou compensando alguns em dólares. Trump, por sua vez, fechou um acordo privado e confidencial — daqueles que, por definição, ninguém sabe os detalhes. Mas o fiasco deixou marcas. Em 2015, durante o Oscar, quando o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu levou a estatueta, Trump não se conteve. Tuitou, amargo: 'Tenho um processo que ganhei no México e não consigo cobrar por causa do sistema corrupto. Não façam negócios no México!' Um recado que já dava pistas de sua visão sobre o vizinho do sul.
E o drama não parou por aí. O fracasso em Tijuana respingou em outro plano da família Trump: o Punta Arrecifes Resort, em Cozumel, no estado mexicano de Quintana Roo. Esse projeto, que também ficou só no papel, enfrentou protestos ambientais e nunca decolou. Quem apresentou a ideia a Trump foi Pedro Rodríguez Sierra, um empresário ligado à política mexicana Alejandra Barrales, hoje uma figura controversa. E tem mais: Trump acabou entrando em litígio em Nova York contra outro mexicano, Rodolfo Rosas Moya, parceiro de Rodríguez Sierra. Rosas, um empresário de Yucatán, tinha dado propriedades em Quintana Roo como garantia em negócios com Trump — e a briga judicial só aumentou o caldo de tensões.
Rodolfo Rosas Moya, aliás, é uma figura interessante. Ele já esteve envolvido em disputas pelos hotéis Mayaland e The Lodge, em Chichén Itzá, o que só reforça seu perfil polêmico. E assim, entre projetos naufragados, processos e frustrações, a experiência de Trump com o México — especialmente na Baixa Califórnia e em Quintana Roo — foi tudo, menos amigável.
É difícil não conectar esses episódios à postura dura que Trump adotou depois, já como presidente. A guerra tarifária e o discurso contra o México parecem carregar um pouco desse rancor pessoal, misturado a cálculos econômicos e políticos. Um caso em que negócios mal resolvidos e geopolítica se cruzam de forma quase novelesca.
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