A GUERRA DA UCRÂNIA É O MAIOR NEGOCIO DO MUNDO


**A guerra na Ucrânia está drenando os arsenais da Europa.** Os países europeus correm para substituir as armas que enviam para Kiev e garantir que tenham o mínimo necessário para suas próprias defesas. Mas aqui está o problema: **a Europa não produz nem perto do suficiente**. O que significa que agora, desesperados, **eles estão buscando fornecedores fora do continente**.  

E quem está adiantando o passo? **A Índia.** Nos últimos dois anos, a indústria de defesa indiana cresceu como exportadora de armas para a Europa. Mas não para por aí. A Índia está planejando **fábricas de munição na Polônia, na Eslováquia e na Estônia**. Em outras palavras, a Índia está se consolidando como um novo centro de produção de armas.  

Agora, **olha a ironia**: essa é a estratégia que a própria Europa quer alcançar. Garantir suprimento para a Ucrânia e, ao mesmo tempo, manter estoques para um possível conflito de **30 dias de alta intensidade**. Mas a realidade bate forte.  

**Os números são absurdos.**  

A Ucrânia precisa de **mais de 2 milhões de projéteis por ano**. A Rússia avança em um ritmo de **3 para 1**—e isso sem contar a **grande expansão da produção russa prevista para 2025**. Então, o que a União Europeia faz? Sai às compras.  

**Eles querem comprar:**  

- **500 mil projéteis de 155mm**  

- **300 mil de 122mm**  

- **Tudo isso por 3,2 bilhões de dólares**  

Parece muito? **Não chega nem perto do necessário.**  

E aqui está o ponto crítico: **as fábricas da OTAN não dão conta da demanda.** A Europa **não tem estrutura para fabricar munição** no volume exigido, **nem no preço certo**. Para alcançar um nível minimamente viável de autossuficiência, a Europa teria que **multiplicar esse esforço por 100**—e ainda assumir que a Índia consiga fabricar tudo isso por um terço do custo europeu.  

Só que essa é uma **grande suposição**, e por um motivo simples: a Índia está jogando um jogo duplo.  

A Índia é um dos maiores parceiros da Rússia. Compra **a maior parte do seu petróleo de Moscou**. Recebe **60% de suas armas avançadas da Rússia**. Mas, ao mesmo tempo, **suas munições estão indo parar na Ucrânia**.  

Ano passado, surgiram relatos de que **armas fabricadas na Índia, compradas "oficialmente" pela União Europeia, estavam sendo desviadas para Kiev**. A Índia negou, chamou de especulação. Mas os números não mentem: **as exportações indianas de armamento para a Europa dispararam**.  

E adivinha só? **Moscou percebeu.** A Rússia já fez **reclamações formais** para a Índia—pelo menos duas vezes. **E Nova Déli seguiu em frente do mesmo jeito.**  

Agora, olha a encruzilhada em que a Índia se meteu. **Ela quer crescer como potência armamentista**, vê a guerra na Ucrânia como uma chance de ouro. Mas está pisando em um campo minado diplomático.  

Os números falam por si:  

- De 2018 a 2023, a Índia exportou **3 bilhões de dólares em armas**.  

- Em 2023, só em um ano, já foram **2,5 bilhões**.  

- Meta para 2029? **6 bilhões de dólares.**  

E com a Europa desesperada, os indianos estão aproveitando. **Só que tem um detalhe: a China.**  

A China domina **a exportação global de antimônio**—um material essencial para explosivos de alta potência. E em setembro de 2024, **Pequim decidiu cortar o fornecimento**. Resultado? **Os preços triplicaram.**  

O que isso significa?  

- Os fabricantes de armas da OTAN, que já não conseguiam acompanhar a demanda, agora estão ainda mais ferrados.  

- A produção de artilharia dos EUA tinha a meta de **100 mil projéteis por mês em 2025**. Com a restrição chinesa? **Esquece.**  

**E a Rússia e a China sabem exatamente o que estão fazendo.** Eles dominam **a produção de antimônio**. E se decidirem manter tudo para si, podem sufocar **não só os fabricantes de armas da OTAN, mas até os da Índia**.  

No fim das contas, **a Europa está sem munição, a Índia está jogando dos dois lados, e a China e a Rússia estão puxando as cordas.**  

O que acontece a seguir? Bom… a resposta não está nos discursos, está nos números. **E os números dizem que a guerra da Ucrânia está só começando.** 

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