OS LATINOS SÃO A SALVAÇÃO DA AMÉRICA

 Hoje, mergulhamos em uma questão essencial, mas frequentemente subestimada: o peso crescente dos latinos na política dos Estados Unidos e o desafio de forjar uma identidade latino-americana autônoma. Com Donald Trump de volta ao poder em 2025, o que isso significa para a América Latina? Preparem-se para uma análise profunda, porque o futuro geopolítico do continente — e do mundo — pode estar nas mãos de uma população que, por séculos, foi silenciada. Vamos aos fatos.

A história da América Latina carrega as marcas de uma linguística colonial e neocolonial, imposta por conquistadores que moldaram uma mentalidade de subordinação. Civilizações milenares, como as maias, olmecas e incas, floresceram em países como México, Peru e Bolívia, oferecendo uma riqueza cultural e histórica que transcende as narrativas de dependência. No entanto, a região ainda luta para se definir a partir de suas próprias raízes. Quem são os latinos — mexicanos, hispanos, latino-americanos? Enquanto essa resposta não emerge de forma autônoma, agendas externas, como o globalismo ou o que o filósofo Alexander Dugin chama de "soroscracia", continuam a dominar muitos governos locais.

Esse vazio identitário contrasta com a força demográfica dos latinos nos Estados Unidos, onde representam um contingente em ascensão exponencial. Nos estados-chave da democracia americana — Texas, Flórida e Califórnia —, o voto latino é um divisor de águas. Na Flórida, majoritariamente cubanos, a preferência por Trump se reflete na escolha de Marco Rubio como Secretário de Estado. No Texas, segundo maior PIB do país, mexicanos alinham-se ao Partido Republicano, guiados por questões econômicas e culturais. Já na Califórnia, reduto democrata, o apoio latino é fragmentado, mas indispensável. Com cerca de 70% dos chamados "hispanos" sendo de origem mexicana, essa comunidade se torna o fiel da balança em um sistema onde o número de votos dita o destino político.

A chegada de Trump à presidência em 2025 intensifica esse jogo de poder. Seu governo projeta um ecossistema geopolítico que se estende da Groenlândia ao Canal do Panamá, com implicações diretas para a América Latina. Entre suas prioridades estão o combate ao narcotráfico e ao narcoterrorismo, desafios crônicos da região. Contudo, a popularidade de Trump por lá é frágil, abalada por um histórico de políticas percebidas como intervencionistas. No Brasil, as eleições locais podem favorecer figuras alinhadas a Jair Bolsonaro, desafiando o atual governo e o domínio globalista. Diante disso, surge a pergunta: a América Latina será apenas um peão nesse tabuleiro ou conseguirá negociar em posição de força?

A fé e a cultura emergem como alicerces para essa transformação. Nos Estados Unidos, o nacionalismo cristão de Trump dialoga com o catolicismo guadalupano dos mexicanos — uma fusão única de elementos indígenas e cristãos — e com o evangelicalismo crescente entre guatemaltecos e hondurenhos. Na América Latina, tradições milenares, da gastronomia à arte, resistem como prova de uma identidade que supera conquistas temporárias. Mas até que ponto esses pilares podem romper com conceitos obsoletos, como a dicotomia esquerda-direita, herança da Revolução Industrial e da Guerra Fria?

Hoje, o embate real se dá entre globalistas, que defendem agendas transnacionais como a Verde, e nacionalistas, que priorizam soberanias locais. Na América Latina, exceções como El Salvador de Nayib Bukele resistem à hegemonia globalista, mas são vozes isoladas. Com os latinos a caminho de se tornarem maioria em uma das três superpotências mundiais, os Estados Unidos, abre-se uma janela histórica. Valorizar sua herança civilizatória e construir uma narrativa própria — livre do soft power de Hollywood ou de interesses externos — é o desafio que definirá se a região será protagonista ou coadjuvante em um mundo em mutação. E você, o que acha: a América Latina está pronta para assumir esse papel?

Agora, um alerta que não podemos ignorar. Em *The Big Take*, David Rogers Webb expõe uma crise financeira que, segundo ele, já está em curso — e pode superar a Grande Depressão. Os sinais são claros: gigantes como JP Morgan e Nvidia perdem valor vertiginosamente, enquanto índices como o Russell 2000, que medem a saúde das pequenas empresas americanas, rompem suportes críticos. Mas o que realmente inquieta é a liquidez, o sangue do sistema financeiro, que está evaporando. Diferente de crises passadas, quando o dinheiro migrava para ativos seguros como títulos do governo, agora até o dólar e esses títulos desvalorizam simultaneamente. Onde está indo esse capital?

Webb sugere uma teoria provocadora: essa escassez não é acidental, mas parte de um reset financeiro orquestrado. Desde a criação do Federal Reserve em 1913, o mundo opera sobre moedas fiduciárias sem lastro, derivativos e alavancagem desenfreada — um castelo de cartas prestes a desmoronar. A centralização de produtos financeiros como renda fixa, câmbio e commodities amplifica o risco, ecoando 1929 e 2008. Diante disso, figuras como Trump e Scott Bessent defendem uma transição para algo sólido — ouro, commodities, talvez criptomoedas. Mas será ordenada ou caótica? Por que o silêncio da mídia e dos políticos? Fica a questão: estamos preparados para o que vem pela frente?


A guerra na Ucrânia não é apenas um conflito regional para a Rússia; é, nas palavras da inteligência dos Estados Unidos, uma batalha por procuração contra o Ocidente. Vladimir Putin encara o confronto como um marco histórico — um teste para restaurar a segurança e o prestígio russos frente ao que ele percebe como uma invasão dos interesses americanos e europeus em seu entorno. Esse embate, segundo o relatório oficial da comunidade de inteligência americana, eleva o risco de uma escalada não intencional com a OTAN, ampliando as tensões político-militares entre Moscou e Washington. Diante de um cenário prolongado, agravado pela confiança russa em sua superioridade militar e industrial, paira uma questão inquietante: estaria o mundo à beira de um conflito nuclear?

Apesar dos custos colossais em vidas, recursos e sanções impostas pelo Ocidente, a Rússia demonstra uma resiliência surpreendente. O documento destaca que Moscou, apoiada por China, Irã e Coreia do Norte, adapta-se às pressões econômicas com soluções financeiras criativas, como a substituição de importações e o redirecionamento de mercados energéticos. A economia russa, quarta maior do mundo em paridade de poder de compra, mantém uma dívida baixa e investimentos robustos em sua base industrial de defesa. Isolada das cadeias de suprimentos ocidentais, ela aprofunda laços técnicos com parceiros internacionais, especialmente em áreas como inteligência artificial e semicondutores. Como explicar tamanha capacidade de resistência?

A resposta, segundo os analistas americanos, reside em parte na determinação de Putin. Ele parece disposto a pagar um preço elevado para prevalecer, enxergando a guerra como um momento decisivo em sua competição estratégica com os Estados Unidos — e em seu legado pessoal. Internamente, a passividade da maioria dos russos diante do conflito e a ausência de uma alternativa viável ao seu governo, que já dura um quarto de século, consolidam seu poder. Mas o que realmente alarma Washington vai além das fronteiras russas: é a aliança de Moscou com o BRICS e o uso desse bloco como ferramenta para desafiar a hegemonia americana.

A inteligência dos EUA aponta que os esforços ocidentais para isolar a Rússia aceleraram sua busca por parcerias alternativas, com o BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — no centro dessa estratégia. O bloco emerge como um contrapeso global, pressionando por políticas que minam o domínio do dólar no comércio internacional. A relação com a China, em particular, é um pilar dessa resistência: Pequim ajuda Moscou a contornar sanções, mantém um mercado sólido para seus produtos energéticos e amplia a cooperação tecnológica, ainda que isso torne a Rússia mais vulnerável à influência chinesa. Enquanto isso, Moscou assume o papel de "estraga-prazeres" em fóruns como a ONU, usando o BRICS para amplificar sua voz e suas ambições.

A desdolarização, segundo o relatório, não é apenas uma questão econômica, mas uma arma geopolítica. Para os Estados Unidos, o dólar é mais que uma moeda: é a espinha dorsal de sua influência global. Donald Trump, desde sua vitória em 2024, não mediu palavras ao atacar os planos do BRICS de priorizar moedas locais, ameaçando impor tarifas de 100% sobre produtos do bloco caso sigam adiante. Já o Brasil, que assume a presidência do BRICS em 2025 sob o governo Lula, sinaliza manter o debate na agenda, mas com uma abordagem técnica, evitando confronto ideológico direto com Washington. Surge, então, a dúvida: até onde o bloco está disposto a ir?

O alerta americano é claro: independentemente do desfecho da guerra na Ucrânia, as tendências atuais — geopolíticas, econômicas e militares — reforçam a Rússia como uma ameaça duradoura aos interesses dos EUA. Sua capacidade de enfrentar inflação, juros altos e sanções, aliada ao apoio do BRICS, sugere que Moscou não apenas sobrevive, mas projeta um futuro em que o poder ocidental pode ser eclipsado. E você, o que pensa: a desdolarização é o fim do reinado do dólar ou apenas mais um capítulo na guerra fria do século XXI?


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