RUSSIA TEM TERRAS RARAS, UCRÂNIA NAO TEM
1. Comparação com o Afeganistão
- A narrativa sobre reservas minerais estratégicas na Ucrânia lembra o caso do Afeganistão.
- No Afeganistão, alegações sobre trilhões de dólares em minerais foram usadas para justificar a continuidade da presença militar dos EUA.
- As promessas não se concretizaram, e a China, que inicialmente se interessou, desistiu devido à instabilidade e corrupção.
2. A suposta riqueza mineral da Ucrânia
- Surgiu a ideia de que a Ucrânia teria grandes reservas de metais de terras raras.
- Relatórios ucranianos exageraram a importância e o volume desses minerais.
- O próprio relatório geológico da Ucrânia mostra apenas 15 mil toneladas de reservas provadas de terras raras, um número irrelevante globalmente.
- Nenhuma empresa de mineração ocidental leva essa estimativa a sério.
3. O papel dos EUA e da NATO
- Um relatório foi apresentado como um estudo da NATO, mas não era oficial.
- O documento promovia a Ucrânia como um fornecedor potencial de minerais críticos, mas sem base concreta.
- Bloomberg criticou essa abordagem como sendo propaganda política e diplomacia questionável.
4. A realidade da produção de terras raras
- Os EUA produzem 45 mil toneladas anuais, mas a China domina com 270 mil toneladas.
- A Ucrânia não aparece na lista de países com produção significativa.
- Mesmo que a Ucrânia tivesse uma produção relevante, levaria mais de 166 anos para gerar os supostos US$ 500 bilhões mencionados.
5. Interesses e viabilidade econômica
- A extração mineral na Ucrânia exigiria investimentos altíssimos, tornando-a inviável.
- Os depósitos conhecidos foram descobertos na era soviética, mas nunca explorados devido ao alto custo.
- Mineradoras chinesas e ocidentais preferem fontes mais confiáveis e lucrativas, como América do Sul e Mongólia.
6. Conclusão
- O discurso sobre riquezas minerais na Ucrânia é um pretexto para justificar apoio econômico e militar.
- A história segue um padrão similar ao do Afeganistão, onde falsas promessas de riqueza mineral foram usadas para sustentar a guerra.
- Se a Ucrânia realmente tivesse grandes depósitos viáveis, eles já estariam em exploração comercial.
Podcast: O Jogo das Restrições – Como os EUA Impulsionaram a Ciência Chinesa
Introdução
As restrições dos EUA à China tinham um objetivo claro: limitar seu avanço tecnológico e sua capacidade de inovação. Mas será que funcionaram? Hoje, vamos falar sobre como essas sanções impulsionaram a China a criar sua própria estação espacial, desenvolver novos materiais revolucionários e reforçar sua posição global na corrida tecnológica.
O Banimento da China da ISS e a Ascensão do Tiangong
Em 2011, a China foi oficialmente banida do projeto da Estação Espacial Internacional (ISS), uma colaboração entre várias nações, incluindo a Rússia. A justificativa inicial era a falta de experiência da China, mas logo as preocupações com propriedade intelectual e segurança nacional entraram em jogo. Com isso, o Congresso americano aprovou uma lei que impediu qualquer cooperação da NASA com a China.
Sem escolha, a China construiu sua própria estação espacial: o Tiangong. E foi lá que um experimento aparentemente banal mudou o jogo.
A Revolução do Nióbio no Espaço
Astronautas chineses, em microgravidade, dispararam lasers em partículas de uma liga metálica e perceberam algo surpreendente. Cientistas em solo transformaram essa descoberta em um novo amálgama de silício e nióbio, mais leve que o titânio e três vezes mais resistente a altas temperaturas. Esse material tem potencial para turbinar motores aéreos, tornando-os mais rápidos e eficientes.
Mas havia um problema: o processo inicial era demorado e resultava em materiais frágeis. Foi aí que pesquisadores da Universidade Politécnica do Nordeste—que também está sob sanções dos EUA por suas pesquisas em aviação hipersônica—resolveram a questão com um método de aquecimento rápido. A China, percebendo a importância disso, investiu ainda mais na universidade e garantiu acesso direto aos astronautas no Tiangong para continuar os experimentos.
O Papel do Brasil e a Corrida pelo Nióbio
Aqui entra um detalhe crucial: o Brasil detém mais de 80% das reservas mundiais de nióbio. Os EUA não produzem esse metal desde 1959 e são totalmente dependentes de importações, movimentando mais de 400 milhões de dólares por ano. Mas a China acabou de relatar uma nova descoberta de nióbio na Mongólia Interior, fortalecendo ainda mais sua independência nesse setor estratégico.
Conclusão – O Tiro Saiu Pela Culatra?
As restrições dos EUA forçaram a China a se tornar autossuficiente e a buscar novos parceiros, como o Brasil. O resultado? A China agora tem sua própria estação espacial, está desenvolvendo materiais revolucionários e ampliando seu domínio sobre recursos essenciais. Enquanto isso, diplomatas chineses seguem investindo no BRICS e garantindo acesso às reservas globais de metais raros.
Será que as sanções realmente frearam a China ou apenas aceleraram sua ascensão? Fica a reflexão.
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