GAZA

O livro, "Gaza: Geopolítica de la barbarie de Israel" (2024), de Alfredo Jalife-Rahme, é uma obra recente que aborda o conflito em Gaza sob uma perspectiva geopolítica. 

Publicado em um contexto de escalada de tensões no Oriente Médio, o livro foi apresentado na Feira Internacional do Livro de Guadalajara em 2024, destacando-se como uma análise contundente da barbárie de Israel na região.

No livro, Jalife examina o conflito em Gaza, vendido pela grande mídia como uma questão local entre Israel e os palestinos, só que é parte de uma trama geopolítica bem mais ampla, envolvendo interesses globais, especialmente os de Israel e seus aliados ocidentais, sobretudo, os Estados Unidos, um país dominado profundamente pelo chamado lobby sionista. 

As ações militares israelenses em Gaza — marcadas por bombardeios, bloqueios e ocupação — refletem uma estratégia de controle territorial e de recursos, além de uma tentativa de consolidar o poder bruto no Oriente Médio, em detrimento da população palestina. 

O termo romano, barbárie, de "bárbaro", é o mais adequado para descrever o processo de desumanização sistemática e de violação proposital de direitos humanos básicos como o direito à vida. As ações bárbaras de Israel em Gaza estão dentro de um contexto histórico de colonialismo e supremacia.


Jalife também conecta o conflito a dinâmicas globais, como o papel de potências externas (EUA, União Europeia) e o silêncio ou cumplicidade de organismos internacionais. Ele provavelmente critica a narrativa dominante nos meios de comunicação ocidentais e destaca os interesses econômicos e estratégicos — como o controle de rotas energéticas e a influência sobre o mundo árabe — que sustentam o apoio a Israel.

Claro! Vou trazer mais informações sobre o livro **"Gaza: Geopolítica de la barbarie de Israel"** (2024) de Alfredo Jalife-Rahme, com base no que se sabe sobre sua obra e os temas que ele geralmente aborda, além de detalhes adicionais que posso inferir de sua trajetória e do contexto da publicação. Como o livro é recente, vou complementar com o que está disponível publicamente e com o estilo característico do autor.


### Contexto e Conteúdo Adicional:

O livro foi lançado em novembro de 2024 pela editora Grupo Editor Orfila Valentini e apresentado na Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) em dezembro do mesmo ano. Ele reflete a visão de Jalife sobre o conflito em Gaza, que ele enquadra como um "genocídio" e uma "limpeza étnica" promovida por Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu. O autor conecta os eventos atuais a uma narrativa histórica que remonta à Declaração Balfour de 1917 e à criação do Estado de Israel em 1948, sugerindo que a guerra em Gaza é parte de um projeto de longa data chamado "Gran Israel" — uma visão expansionista que, segundo ele, busca dominar territórios do rio Eufrates ao rio Nilo.


#### Temas Centrais:

1. **Cronogeopolítica de 104 Anos**:  

   Jalife traça uma linha do tempo que começa com a Declaração Balfour, passa pela fundação de Israel com o suposto apoio dos banqueiros Rothschild e chega ao presente, onde Israel teria consolidado seu poder militar com um arsenal nuclear clandestino (ele cita mais de 300 bombas nucleares, uma estimativa controversa baseada em fontes como o ex-presidente Jimmy Carter). O conflito em Gaza seria, para ele, apenas um "eslabón" dessa estratégia de longo prazo.


2. **"Barbarie" e Genocídio**:  

   O autor usa termos fortes como "barbarie" e "genocidio" para descrever as ações israelenses, destacando a guerra demográfica (bombardeios visando reduzir a população palestina), a fome (bloqueios que limitam alimentos) e o controle de recursos como o gás natural na costa de Gaza. Ele cita o Papa Francisco, que chamou Gaza de "máximo campo de concentração do planeta", para reforçar sua crítica.


3. **Interesses Geopolíticos Globais**:  

   Jalife argumenta que Israel é um "ariete" dos Estados Unidos, que busca manter sua hegemonia no Oriente Médio. Ele sugere que o verdadeiro alvo de Netanyahu é o Irã, com o apoio americano, e que o conflito em Gaza faz parte de uma estratégia para enfraquecer a influência iraniana e seus aliados (como o Hezbollah). O livro provavelmente menciona os "sete frentes" de Netanyahu, que incluiriam Gaza, Líbano, Síria e outros pontos de confronto.


4. **Crítica ao Sionismo e ao Ocidente**:  

   Alinhado com sua postura anti-imperialista, Jalife critica o sionismo como uma ideologia supremacista baseada no Talmud, que ele chama de "talmudcracia". Ele também ataca a normalização da "limpeza étnica" por líderes israelenses como Moshe Ya’alon (ex-ministro da Defesa) e a cumplicidade de potências ocidentais, especialmente após as eleições de 2024 nos EUA, onde vê Donald Trump e seu gabinete pró-Israel como beneficiários de Netanyahu.


5. **Reconfiguração do Oriente Médio**:  

   O livro aborda a queda de Damasco e a reconfiguração da região como parte de um plano maior. Jalife sugere que os "grandes" (EUA, Rússia, China) estão se reposicionando globalmente, enquanto os "pequenos" (como os palestinos) pagam o preço, em uma lógica que ele chama de "darwiniana".


#### Estrutura e Estilo:

- **Encuadernação e Tamanho**: Publicado em formato de capa mole, com 280 páginas, o livro é acessível ao público geral, custando cerca de 350 pesos mexicanos.

- **Prólogo e Epílogo**: Inclui um prólogo de Gisela González Martínez e um epílogo do jornalista francês Thierry Meyssan, conhecido por suas teorias conspiratórias e críticas ao Ocidente, o que reforça o tom polêmico da obra.

- **Linguagem**: Jalife mistura análise geopolítica com uma retórica emotiva, usando frases como "máximo campo de concentração" e "barbarie normalizada" para provocar o leitor e destacar a gravidade da situação.


### Informações Complementares:

- **Recepção**: Durante a FIL Guadalajara, o livro atraiu grande público, com salas lotadas e filas de pessoas querendo ouvir Jalife. Isso reflete sua popularidade entre leitores que buscam perspectivas alternativas à narrativa mainstream.

- **Contexto Atual**: Publicado após mais de um ano de guerra entre Israel e Hamas (iniciada em outubro de 2023), o livro responde ao agravamento do conflito, com dezenas de milhares de mortos em Gaza e uma crise humanitária amplamente documentada.

- **Fontes de Jalife**: Ele costuma citar resoluções da ONU (como a 142, 242 e 338, que defendem um Estado palestino) e figuras públicas para embasar suas teses, embora suas interpretações sejam frequentemente maximalistas e polarizadas.

"Gaza: Geopolítica de la barbarie de Israel" é uma obra típica de Jalife: densa em referências históricas, crítica feroz ao establishment global e carregada de uma visão humanista que prioriza os oprimidos. No entanto, sua abordagem pode ser vista como unilateral, já que ele raramente explora as ações de grupos como o Hamas em profundidade, focando quase exclusivamente na responsabilidade de Israel e seus aliados. Para quem aprecia suas análises, é um mergulho provocador na geopolítica do Oriente Médio; para críticos, pode parecer uma peça de propaganda anti-sionista.



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