O URÂNIO É NOSSO

 A troco de que o Lula se comprometeu a entregar o urânio brasileiro para a França? 

De submarino nuclear? Ora, o Prosub existe desde 2008, e o Brasil já faz pesquisa neste ramo desde os anos 70 - cabe perguntar se em em que medida o Prosub enterrou a possibilidade de desenvolvimento de uma tecnologia própria, que não fosse grampeada por outros países. 

De biotecnologia? Mas que tecnologia para exploração amazônica a França tem que o Brasil já não tenha, ou que a França se disponha a compartilhar que já não compartilhe com o Brasil? Depois dos EUA, a França é o país com quem a Embrapa mais tem acordos, e muitos desses acordos permitem outros países acessarem nossos processos tecnológicos. 

"Transferência de tecnologia" não é um valor em si mesmo, precisa ser ponderada dentro de uma relação custo/benefício. Até o momento não se conhece exatamente os termos de tais transferências, mas, pelo que foi noticiado, o cenário que se desenha é o Brasil se privando de urânio, matéria-prima para o nosso próprio programa nuclear, em troca da França manter as parcerias que já existem. Na prática, a troco de nada. 

Pior ainda: abastecendo a indústria militar de um país que é central na OTAN e que, assim como a OTAN, ameaça sistematicamente a integridade territorial brasileira.

 O INB nunca se coçou para extrair urânio em terras ricas deste minério no Ceará e na Bahia. O acordo com a França pode ser uma boa neste sentido. Quanto ao submarino nuclear, apenas o casco é francês. A propulsão nuclear é projeto nosso, que vem sendo boicotado pelo EUA.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é um projeto estratégico de grande importância para o Brasil, com impactos que se estendem além da esfera militar. Iniciado em 2008, o programa visa à construção de quatro submarinos convencionais e um submarino de propulsão nuclear (SN), o Álvaro Alberto (SN-BR), que está em fase final de construção.

A construção de submarinos de última geração garante a capacidade de defesa do país, protegendo seus recursos e interesses marítimos.

O PROSUB inclui a transferência de tecnologia da França para o Brasil, permitindo a criação de um polo tecnológico naval no país.

O programa impulsiona a indústria naval brasileira, gerando milhares de empregos e impulsionando a economia local.

A capacidade de projetar e construir submarinos nucleares coloca o Brasil em um seleto grupo de países e reforça sua autonomia estratégica.

A construção de submarinos nucleares gera preocupações com o impacto ambiental, sobretudo o descarte de rejeitos radioativos.

O PROSUB é um programa com potencial para beneficiar o Brasil em diversas áreas. 

O urânio é um elemento químico com símbolo U e número atômico 92. É um metal prateado, radioativo, denso, flexível e maleável. O elemento químico urânio (número atômico 92) possui três isótopos principais – urânio 234; urânio 235 (físsil, usado como combustível nuclear) e urânio 238.

O urânio é um metal sólido, duro e denso, com um ponto de fusão alto.

O urânio é um elemento naturalmente radioativo, o que significa que seus átomos se desintegram espontaneamente em outros elementos, emitindo radiação.

O isótopo U-235 é físsil, o que significa que pode ser dividido em átomos menores, liberando grande quantidade de energia. O uso mais importante do urânio é como combustível nuclear. O U-235 é usado em usinas nucleares para gerar energia através da fissão nuclear.O urânio é usado em alguns procedimentos médicos, como radioterapia para o tratamento de câncer.

O U-235 também pode ser usado para produzir armas nucleares. A radiação emitida pelo urânio pode ser prejudicial à saúde humana. É importante manusear o urânio com cuidado e seguir as normas de segurança. O urânio é um elemento relativamente abundante na crosta terrestre, mais abundante que a prata.

O urânio é encontrado em minerais como a uraninita e a carnotita. O urânio é extraído da terra por meio da mineração.

O minério de urânio é então processado para produzir o concentrado de urânio (yellowcake).

O yellowcake é então convertido em hexafluoreto de urânio (UF6).

O UF6 é enriquecido para aumentar a concentração de U-235.

O UF6 enriquecido é usado para fabricar os elementos combustíveis das usinas nucleares.

A INB e a Extração de Urânio no Brasil.

Em 1988, a Nuclebrás foi dividida em diversas empresas, cada uma com foco em um segmento específico do programa nuclear brasileiro. Entre as principais empresas que resultaram da divisão da Nuclebrás estão:

Indústrias Nucleares do Brasil (INB): Responsável pela mineração e beneficiamento de urânio, produção de combustíveis nucleares e reprocessamento de combustíveis irradiados.

Eletronuclear: Responsável pela geração de energia nuclear, operação das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 e construção da usina nuclear de Angra 3.

Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep): Responsável pela fabricação de componentes para usinas nucleares e outras indústrias.

Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD): Responsável por pesquisas e serviços em radioproteção e dosimetria.

Indústrias Nucleares do Brasil (INB)** é uma empresa estatal brasileira responsável por todo o ciclo do combustível nuclear no país, desde a pesquisa e exploração do urânio até o enriquecimento e a fabricação de elementos combustíveis para as usinas nucleares.

A INB é a única empresa autorizada a extrair e processar urânio no Brasil.

A principal mina de urânio em operação está localizada em Caetité, na Bahia.

A produção anual de concentrado de urânio (yellowcake) é de cerca de 400 toneladas.

O urânio extraído no Brasil é utilizado para abastecer as usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2, que geram cerca de 3% da energia elétrica do país.

O Brasil possui a 7ª maior reserva de urânio do mundo, com cerca de 312 mil toneladas de U3O8.

A INB detém os direitos de exploração de cerca de 80% das reservas brasileiras de urânio.

Novas áreas com potencial para a exploração de urânio estão sendo pesquisadas em diversas regiões do país.

A mineração de urânio no Brasil é feita por meio da mineração a céu aberto.

O minério de urânio é então beneficiado para a produção do yellowcake.

* O yellowcake é posteriormente convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) para ser enriquecido.

O UF6 enriquecido é usado para fabricar os elementos combustíveis das usinas nucleares.

A INB enfrenta desafios como a necessidade de aumentar a produção de urânio para atender à demanda crescente do país, a necessidade de investir em novas tecnologias de mineração e beneficiamento e a necessidade de lidar com os impactos sociais e ambientais da mineração de urânio.

Apesar dos desafios, a INB tem planos de expandir a produção de urânio no Brasil e de se tornar um player global no mercado de energia nuclear.




Políticas sociais viram águas turvas quando começam a subsidiar classes favorecidas, isso mina qualquer possibilidade de desenvolvimento. Um país só vai bem se o crescimento do PIB, da produção, o superávit fiscal, o equilíbrio das contas, o comércio externo pujante etc, beneficiam a maioria da população, sobretudo das classes baixas e da classe média, nessa ordem, até porque na AL, classe baixa é a maioria, é quem recolhe o lixo, fica na guarita, limpa os banheiros, toma as conduções para as periferias, troca pneus, carrega os tijolos etc.  

A Argentina é um exemplo de país que se estourou por subsidiar ricos, que não precisavam de subsídios. A Venezuela é outro caso, se estourou por depender só de petróleo e do humor maquiavélico dos EUA. 

E o Brasil? A fase neoliberal, presente mais na cultura política vigente do que propriamente no pragmatismo econômico, não fará grande mal ao Brasil. Não acredito num aumento significativo da pobreza no Brasil, isso porque nossa política é muito mais complexa que a da Argentina, para não dizer que é muito mais confusa. Vc não vai ter um Millei no Brasil, e a fase Lula ainda tem algum fôlego pela frente. Você não vai desmontar o estado e as políticas públicas e sociais a toque de caixa, como se dá na Argentina. O que quer que aconteça no Brasil, não acredito em grandes mudanças ou grandes reformas.



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