MOSCOU ATRAI JOVENS DO MUNDO TODO, OTAN ATRAI MERCENÁRIOS

 Começando com um cenário incomparável – o parque Olímpico de ciência e arte, encrustado em meio a montanhas nevadas e o Mar Negro, mais de 20.000 jovens de mais de 180 países, russos, asiáticos, africanos e latino-americanos. Entre eles, dezenas de educadores, PhDs, militantes do setor público e da cultura, voluntários em obras beneficentes, atletas, jovens empreendedores, cientistas, jornalistas cidadãos, além de muitos adolescentes entre 14 e 17 anos, pela primeira vez foram o foco de um programa especial, intitulado "Juntos rumo ao Futuro". Essas são as gerações que irão construir um futuro em comum.

O Presidente Vladimir Putin foi direto ao ponto, ressaltou que há uma clara distinção entre os cidadãos do mundo – incluindo os do Norte Global – e a intolerante e extremamente agressiva plutocracia ocidental. A Rússia, um estado-civilização multinacional e multicultural, por princípio acolhe todos os cidadãos do mundo.

O "Festival Mundial da Juventude", de 2024, realizado vários anos após sua última reunião, renova uma tradição que remonta ao Festival Mundial de Jovens e Estudantes de 1957, quando a União Soviética deu boas-vindas a jovens de ambos os lados da Cortina de Ferro durante a Guerra Fria.

A ideia de uma plataforma aberta de pessoas jovens, engajadas e organizadas, atraídas pelos valores conservadores e familiares da cultura russa, permeia todo o festival – um forte contraste com a propaganda de relações públicas artificial e obcecada com a cultura do cancelamento da "sociedade aberta", incessantemente vendida pelas fundações hegemônicas de sempre.

Cada dia do festival é dedicado a um tema principal. Por exemplo, 2 de março foi sobre "a responsabilidade pelo destino do mundo"; 3 de março, sobre "unidade e cooperação entre as nações", 4 de março, sobre "um mundo de oportunidades para todos".

Nada menos que 300.000 jovens de todo o mundo concorreram às vagas de participação no festival. Selecionar 20.000 participantes foi uma tarefa complexa. Depois do festival, 2.000 participantes estrangeiros visitarão trinta cidades russas, em um programa de intercâmbio cultural. O camarada Xi Jinping descreveu o intercâmbio como "trocas de povo a povo".

Não é de admirar que a organizadora do festival, a Rosmolodezh, órgão do governo federal russo para assuntos da juventude, o tenha chamado de "o maior evento de jovens de todo o mundo". Sua diretora, Ksenia Razuvaeva, observou que "estamos demolindo o mito de que a Rússia é isolada".

O objetivo do festival é a formação de redes de contato entre grupos de jovens e de vínculos comerciais e interculturais, indo desde o nível comunitário sustentável até o nível geopolítico mais amplo.

O jornalista brasileiro Pepe Escobar participou do evento no pavilhão do oblast de Belgorod, lado a lado com um consultor de Hyderabad, Índia.

Pepe citou participações de representantes do Irã à Sérvia, do Brasil à Índia, da Palestina ao Donbass. Um verdadeiro microcosmos do Jovem Sul Global, ávido por saber mais sobre o Grande Jogo geopolítico, e também sobre como os governos nacionais podem facilitar a cooperação cultural e científica internacional entre jovens.

O Clube Valdai vem apresentando um programa diário de particular interesse no fórum, O Mundo em 2040.

Uma oficina realizada no domingo, por exemplo, focou "O Futuro de um Mundo Multipolar", conduzida por Andrey Sushentsov, reitor da Escola de Relações Internacionais de Moscou, talvez a melhor escola de relações internacionais do planeta, hoje.

A discussão sobre a "multipolaridade assincrônica" foi particularmente útil para a plateia (que contou com uma sólida presença chinesa, em sua maioria PhDs), suscitando perguntas inteligentes colocadas por pesquisadores da Sérvia, da Ossetia do Sul, da Transnistria e, é claro, da China.

Srikanth Kondapalli, professor de estudos chineses da Universidade Jawaharlal Nehru, desenvolveu o conceito de "multipolaridade asiática" – as muitas Ásias dentro da Ásia, algo que deixa totalmente perplexas as simplistas categorizações ocidentais.

Pessoas de países tão diversos quanto Sudão, Equador, Nova Guiné, Indonésia, brasileiros e até mesmo norte-americanos.

Segundo as palavras de Pepe, ele diz: "é a oportunidade de imergir em um ritual do chá de Yamal, de receber informações em primeira mão sobre a Região Autônoma de Nenets e discutir o procedimento de embarcar em uma viagem em um quebra-gelo nuclear na Rota do Mar do Norte – ou na Rota da Seda Ártica, o canal de conectividade com o futuro. Mais uma vez: a Rússia Multipolar em ação".

Compare agora todo esse encontro pacífico e multipolar, focado em programas comunitários sustentáveis, cheios de vida, de de esperança e de sonhos, com o lançamento pela OTAN de um maciço exercício bélico de duas semanas de duração apelidado de "Resposta Nórdica 2024", realizado pela Finlândia, Noruega e a novat

a Suécia, a menos de 500 quilômetros das fronteiras russas.



A desgraça permanente do Haiti deve muito ao papel dos Clinton. Os haitianos não confiam nos estadunidenses, mas em relação a  por Hillary e Bill Clinton nutrem um verdadeiro ódio

O caso mais chocante envolvendo a interferência dos Clinton no Haiti está ligado ao chamado "Pizzagate". O Pizzagate não nasce de uma teoria da conspiração em cima de e-mails vazados pelo Wikileaks, mas de um caso real que se deu no Haiti.

2 semanas após o devastador terremoto de 2010, missionários dos EUA foram presos tentando sair do Haiti, na calada da noite, levando consigo 33 crianças haitianas. A líder desses missionários era Laura Silsby, seu nome apareceu em e-mails do Departamento de Estado dos EUA solicitando financiamento.

Silsby já havia sido interceptada tentando tirar 40 crianças haitianas do país, algumas semanas antes, mas não foi presa.

Os missionários alegaram que se tratava de crianças órfãs, no entanto foi noticiado que nenhuma das crianças era órfã, o que fortaleceu a tese do roubo e "tráfico de crianças"

Dias depois, Bill Clinton chega ao Haiti como enviado da ONU, mas, logo fica patente que estava lá para livrar os traficantes de crianças haitianas e não as próprias crianças. Graças a seu poder financeiro consegue a soltura de todos os traficantes, excetuando a líder, mas consegue suavizar as acusações contra ela, através de um acordo.

O problema é que o advogado dos traficantes, um dominicano-americano chamado Jorge Puello, foi preso e condenado, meses depois, por tráfico de seres humanos na República Dominicana. Já havia contra ele um mandado de prisão aberto em El Salvador por pedofilia e tráfico de crianças.

Não se sabe quem contratou esse advogado ou quem o indicou, ainda que algumas fontes digam que ele foi indicado pela própria Fundação Clinton.

Silsby, a líder, foi trabalhar em uma agência que atua com "alertas sobre crianças desaparecidas", nos EUA, o que é algo espantoso.

Eis aí a ponta do iceberg, porque foi um caso em que os responsáveis foram pegos. Há inúmeras denúncias sobre ONGs ocidentais que atuam junto a orfanatos envolvidas em comércio de crianças para adoção no exterior.

Deste caso veio o sentimento anti-Clinton no Haiti. 

Por que o Haiti nunca dá certo? Porque é gerida por neoliberais ligados EUA, senão, vejam, entre 2010 e 2012, levantou-se 9 bilhões de dólares para o Haiti. Desse dinheiro, apenas 10% foi de fato para o governo do Haiti ou organizações locais, um desvio de 90%, que foi parar nas mãos de ONGs, Fundações e instituições estrangeiras, organizações que utilizam o dinheiro "em benefício do Haiti". Até mesmo o Pentágono recebeu parte desse dinheiro para pagar pela distribuição de garrafas de água para a população por soldados estadunidenses.

Quem coordenou essa "ajuda" ao Haiti?  Já sabemos, Bill Clinton, copresidente da "Comissão para Recuperação do Haiti", com auxílio do Departamento de Estado dos EUA e da própria Fundação Clinton, como sabemos, os EUA é uma nação movida por loobies.

Ao longo dos últimos anos, vários empresários tiraram proveito do terremoto no Haiti para vender serviços e conseguir uma fatia do bolo da "ajuda humanitária para o Haiti". Os e-mails vazados pelo Wikileaks mostra que o Departamento de Estado dava um tratamento especial para os "FOB" ("friends of Bill"), gente que já tinha relações históricas com a família Clinton e cujas ONGs recebiam uma grande fatia da recuperação do Haiti.

Outro escândalo envolveu um acordo entre a Fundação Clinton e o governo haitiano para a construção de uma fábrica de roupas. A construção foi subsidiada pelo Departamento de Estado e causou a exclusão de centenas de famílias de pequenos agricultores haitianos, para usar suas terras. 

O projeto levaria à criação de 8 mil empregos mal pagos, Clinton havia prometido 100 mil, a área desapropriada foi de mais de 2km quadrados. No final, os Clinton encheram o bolso e não ajudaram o Haiti em nada. Ao contrário, sugaram o dinheiro da ajuda internacional para os seus amigos; isso sem nem mencionar o possível envolvimento com esquema de tráfico de crianças (Machado)





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