COMO SERÁ O MUNDO TRIPOLAR
O triunfo eleitoral de Donald Trump já causou a renúncia da embaixadora estadunidense em Brasília, Elizabeth Bagley, que segue a tradição dos representantes diplomáticos de colocarem o cargo à disposição com o advento de um novo governo em Washington. Ela deixará o posto antes da posse de Trump, em 20 de janeiro de 2025.
A saída de Bagley não é exatamente o pior dos mundos para o Brasil mas exatamente o contrário, ela atua na área da política ambiental, é uma espécie de “consultora” do governo Lula para a delirante agenda “verde”, esquema globalista bilionário dedicado a impedir que o nosso Brasil explore a energia em nossos próprios biomas nacionais.
Bagley costuma apontar para as mudanças climáticas, quer reduzir radicalmente o desmatamento, quer proteger os "defensores da floresta" e punir exemplarmente os discordantes.
Ela acusou o então presidente Jair Bolsonaro de não levar a sério a conferência climática COP-26 (Glasgow), também criticou o sistema eleitoral brasileiro.
Bagley é empresária no Arizona, herdeira da gigante R.J. Reynolds Tobacco Company e arrecadadora do Partido Democrata, amiga íntima dos Clinton, Biden e Obama. Veterana de mais de três décadas de atuação no Instituto Nacional Democrata para Assuntos Internacionais (NDI), um dos órgãos integrantes da poderosa Fundação Nacional para a Democracia (NED), criada em 1983 para jogar o esporte favorito do stablishment estadunidense, ao lado da CIA: intervenções na política interna de países-alvos da agenda hegemônica de Washington. Opera em mais de 100 países, comprando, intervendo ou cooptando sindicatos, empresários, o “terceiro setor”, comércio e serviços, sempre com aagenda de promover “quinta-colunas” locais para trabalharem para Washington.
Em suma, esperemos que Bagley volte para o seu Arizona, e fume uns bons maços de Camel e Winston e seja feliz.
O canal Nova Resistência, liderado pela excelente fonte, Raphael Machado, canal que recomendamos, apresentou algumas ideias interessantes recentemente sobre o PT.
Vou abordar algumas dessas ideias aqui na Luz no Fim do Túnel.
Vejam, as eleições municipais de 2024 confirmaram tendências já presentes nas eleições gerais de 2022 e nas eleições municipais de 2020.
Aqui se pode falar em uma consolidação do Centro como o principal campo político brasileiro. PSD, MDB e PP, partidos de centro, vão comandar umas 40% das prefeituras brasileiras, se somarmos aos outros partidos do Centrão, dá mais de 50% das prefeituras.
Em boa parte dos municípios nos quais o Centrão dominou temos uma mistura com o bolsonarismo mais radical . Após perder a eleição para Lula, o bolsonarismo parece se ter dividido em pelo duas alas principais, o que podemos chamar de bolsolavismo, mais próximo do olavismo mesmo, ao mundo dos maiores radicalismos ideológicos próprios do mundo cibernético, aberrações individualistas como ancaps, coaches, o qual foram estropiados nas eleições, e o bolsonarismo de resultados ou pragmático, disposto a se adaptar, ou seja, dialogar com o Centrão e, até mesmo com a esquerda a fim de poder avançar no labirinto do poder.
Um exemplo foi o resultado de Nunes no 1º turno, fruto de uma aproximação entre o Centrão e o bolsonarismo. Em boa parte do Brasil, a disputa eleitoral se deu entre diferentes setores do Centrão e da direita, raramente algum representante da esquerda.
Essa tendência já estava presente nas eleições gerais de 2022, ou seja, um enfraquecimento da esquerda. Lula costurou uma aliança com todas as esquerdas, boa parte do Centrão, bem como com a direita liberal e até mesmo alguns bolsonaristas pragmáticos. Elementos ligados ao aparato judicial sustentam o poder político de Lula, além de, majoritariamente, elementos do Centrão e da direita liberal.
O PT de 2022 já havia se tornado um partido sem a capacidade de mobilização popular. A aversão criada pelo lawfare lava-jato condenou essa outrora grande capacidade.
O PT ganhou prefeituras em 2024 mas o suficiente para compensar a quantidade que perdeu em 2016 e 2020
O crescimento do PT em 2024 foi possível até por causa do colapso do resto da esquerda, que acabou absorvida pelo PT. O PDT foi esvaziado, perdeu metade de seus prefeitos e vereadores. O PCdoB foi queda livre, tende a chegar ao seu término eleitoral. E o PSOL regrediu para os patamares de 2016.
O PT não é mais capaz de crescer organicamente, ele bóia, ou não afunda graças a sua capacidade de agregar, podemos usar este termo, agregar, ou aderir a qualquer legenda que possa ser usada, num total fisiologismo eleitoral.
O partido está chegando ao fim, mesmo que esteja ainda sob a liderança do personagem político mais carismático dos últimos 50 anos, e, sem dúvida, o maior político brasileiro do século XXI. Após Lula deixar a cena, o que será do PT? O PT se parece hoje com o PSDB de ontem, um liberal-democrata da Nova República. Nós temos no Brasil um declínio da esquerda e um declínio da direita radical.
2ª parte
A vitória de Trump lança uma pá de cal no ciclo social-democrata, neste momento associar a própria imagem à figuras políticas tradicionais da esquerda, incapazes de mobilização, é suicídio político. Vários nomes importantes que se posicionaram como nacionalistas ao longo dos últimos anos, tiveram suas carreiras políticas minguadas pelo erro de apoiar o PT ou pela incapacidade de se descolar das pautas liberal-esquerdistas, sobretudo a cultura woke, o progressismo identitária, as pautas ambientalistas das ONGs, a ESG, o DEI etc.
Hoje, para exercer o poder no Brasil é preciso estar no Centrão e dialogar com o bolsonarismo pragmático.
Nossa época vai requerer um posicionamento frente ao processo da regionalização em curso. O poderoso general Mark Milley admitiu publicamente que o mundo já é tripolar, EUA, China a Rússia. Podemos prever que a era Trump vai tentar atrair a Rússia e isolar a China. O Brasil deveria se manter neutro neste embate político mas nunca ser neutro como membro fundador dos BRICS, neste caso o Brasil terá de ser pragmático, se libertar do bolsolavismo e buscar liderar as necessidades do Sul Global, as quais estão muito mais distantes das necessidades dos EUA.
Donald Trump é o 47ª presidente dos Estados Unidos. Uma primeira impressão dessa reeleição, bom, vamos falar sobre isso daí, parte das fontes de hoje devemos a Alfredo jalife, ele fez longas análises sobre o assunto, algumas com mais de 4 horas de duração. Apesar de haver quem diga que do ponto de vista econômico, a era biden não foi das piores, que os eua cresceram 2,8%, há pleno emprego, , o desemprego deve estar aí em torno de uns 5% da população, contudo, a classe media americana esta endividada, o preço dos alugueis só aumenta, há insegurança e um clima generalizado quase que de medo e apreensão com as politicas do Partido Democrata, o partido democrata se tornou um partido plutocrático, por excelência, ele já não representa a classe das pessoas que trabalham nos eua. A classe trabalhadora votou em Trump.
E o grande vencedor da reeleição de Trump é Elon Musk, bom, eu falei bastante sobre musk e peter thiel nos dois últimos vídeos, mas a grande pergunta é, o que realmente motivou o povo estadunidense e os colégios eleitorais? Vamos ver, em alguns estados, a eleição foi rápida, a grande surpresa foi Pensilvânia e Michigan. Em Michigan temos o efeito Gaza, a faixa de gaza, onde os sionistas se tornaram sicários e matadores de mulheres e crianças a sangue-frio, acontece que há 300 mil árabes em Michigan, que é um feudo democrata, mas não perdoaram Kamala Harris e Biden por promoverem o genocídio de Israel em Gaza. Essa é a primeira leitura. Uma segunda leitura é a inflação, não a inflação informada pelo governo do Biden, mas a verdadeira inflação, aquela que vc vê no preço dos alimentos, no aumento do preço da gasolina, isso tirou muitos votos dos democratas, até mesmo sindicatos e associações fiéis aos democratas se diziam neutras ultimamente, acho é que votaram no Trump. Trump arrebanhou mais de 300 delegados, quase 100 a mais do que kamala. Um ponto que chamou a atenção foi uma fala do Conselho de Segurança da Rússia, que é Dmitry Medvedev, que já foi presidente da Rússia, ele diz que os eua podem ter de enfrentar um cenário a la tipo JFK. Vcs sabem do que se trata!
Há um think tank muito poderoso nos EUA, a Rand Corporation, é uma ONG, financiada diretamente pelo Pentágono, eles dizem que, a partir do final da campanha eleitoral, haverá 75 dias de suspense, até o julgamento do novo presidente, no dia 20 de janeiro. Então, vamos ter que ver a situação, os mercados estarão, decerto se comportando bem? O bitcoin, com a vitória de Trump, foi às nuvens, quebrou o seu recorde, o México, veja o efeito Trump, teve uma desvalorização abrupta do peso, a relação da presidenta mexicana vai ser tensa, para não dizer hostil, Kamala Harris e a presidenta de México compartilhavam a mesma hipócrita agenda ambientalista, antipetróleo, agenda verde etc. Trump é petroleiro, então teremos o retorno da política petroleira, e isso vai beneficiar a Venezuela, a maior potência petroleira do planeta, quando se adicionam as reservas de petróleo convencional com o não convencional, que é o petróleo pesado, então, para o grupo petroleiro, vai ser uma boa notícia. O México terá que mudar necessariamente sua política energética, uma mudança substancial, ao nível da geopolítica internacional, a aproximação de Trump com Putin já se comenta. Com a China, começa um meio jogo denso, tenso, abre-se um compasso de espera também porque a Rússia não vai simplesmente se afastar da China em troca de paz na Ucrânia. Trump e Vance já falam abertamente nos gastos militaristas de Biden e Kamala na Ucrânia. A Rússia não vai deixar a China de lado, muito menos o BRICS. Do mesmo modo, o Irã. Trump vai tentar realizar mudanças, mas não vamos confundir nunca o discurso do candidato e o governo real. Posturas meramente eleitorais, onde se diz que vai negociar com o Irã, não vai promover mudança de regime etc, desde que o Irã não seja uma potência nuclear etc, bom, declarações eleitorais podem virar no oposto quando chega a hora da verdade. Trump é uma pessoa de transação, de negociação, de negócio, de mente empresarial. É de se esperar uma política sob a influência deRobert Kennedy Jr., crítico às empresas farmacológicas dos Estados Unidos, Elon Musk vai ser um personagem chave, desde a vitória é visto com Trump na mansão deste em Mar-al-Lago.
Com relação à América Latina, já mencionamos a difícil relação com o México, Lula é um perdedor, apostou aberta e tolamente em Kamala Harris, cada país da AL terá seus desafios e mudanças em 2025.
Netanyahu parecia feliz num primeiro momento mas provavelmente deve estar vendo as coisas meio escuras neste momento, Israel tem cometido uma sucessão extravagante de erros.
Os democratas terão 4 anos para meditar por que a classe trabalhadora, inclusive a imigrante, preferiu Trump. Há pouco vimos o episódio de um imigrante peruano, trumpista, dizendo que não se deve mais abrir os EUA para imigrantes. Então chega aquela hora em que imigrante não quer mais imigrantes.
A entrevista de Trump com o renomado apresentador Tucker Carlson, 5 dias antes da eleição, aborda 2 questões nodais para o destino estratégico dos EUA.
O bilionário khazar e firme defensor de Kamala, Michael Bloomberg, aceitou a “vitoria tripla” de Trump na presidência, no Senado e na Câmara. E também tem o quarto item, o do “voto popular”, Trump obteve mais de 5 milhões de votos a mais do que a sua oponente, fez com que os tendenciosos e fez com que os analistas de mídia parecessem ridículos.
Além das conjecturas da Associated Press, mídia ligada à CIA---, quanto a abordagem da segunda administração Trump ----onde o futuro do dólar curiosamente escapa da análise --, a entrevista do grande vencedor do partido Republicano com o apresentador Tucker Carlson, 5 dias antes da eleição --- naturalmente, boicotado pela mídia ---aborda 2 questões vitais para o destino estratégico dos EUA: a desdolarização e o declínio relativo dos EUA - em uníssono com os cantos de sereia do general Mark Milley ("Mark Milley, ex-chefe do Pentágono, admite a tripolaridade dos EUA com a Rússia e a China”), e o controverso ranking do US&World Report onde a Rússia aparece em primeiro lugar (“Rússia: Primeira Potência Militar Global, Segundo o US News & World Report”).
Na opinião do analista de geopolítica, Alfredo Jalife, o grande vencedor foi Elon Musk, tido como o homem mais rico do planeta, através dos seus projetos no espaço: a SpaceX, com o maior número de satélites, e seu projeto de conquistar o planeta Marte, e seu controverso projeto Neuralink, no qual propõe a sinistra incorporação de chips no cérebro, o que teria dois usos, um para controle da massa humana, outro para algum benefício terapêutico.
A propósito, a SpaceX de Elon Musk tem 6.426 satélites Starlink em órbita e planeja lançar 42.000 satélites nos próximos anos.
Ou seja, os EUA já perderam o controle da Terra então sonham em dominar os céus.
Trump é muito crítico, e com razão, ao declínio dos Estados Unidos face à parceria Rússia e China, da qual deriva a dinâmica da desdolarização. Os EUA não vão liderar mais nada se o dólar perder o seu estatuto de moeda de reserva global. Trump disse, sobre a desdolarização, “somos um país falido, um país em pleno declínio."
Para o magnata republicano, “perder o dólar equivale a perder a guerra”.
Criticou Biden por permitir o G-2 da Rússia e da China, mas prometeu, de forma megalomaníaca, que “terá de separá-los”, bom, será que não é um pouco tarde demais.
Trump será o Gorbachev dos EUA? Logo veremos.
Prêmios Nobel
Nações falham ao escolher o jogo errado
Para vencedores do Nobel de Economia, EUA são modelo para o mundo, mas os índices de qualidade de vida dizem o contrário.
Simon Johnson, James Robinson e Daron Acemoglu são os vencedores do Nobel de Economia deste ano.
Os nobelistas de economia de 2024 dizem que a base da prosperidade são as "instituições inclusivas" são a base da prosperidade. O que prejudica está inclusão são as classes militares, as que tomam o poder, quase sempre através de golpes.
A prosperidade, na visão dos nóbeis, se dá pela via da destruição criativa, a destruição criativa significa que novos produtos e ideias superam os velhos produtos e ideias. Segundo está visão, o agronegócio monocultor se opõe ao enriquecimento nacional, é algo velho e ultrapassado.
Mudanças institucionais, como a propalada reforma tributária, podem ser um fator de prosperidade, é um setor repleto de reservas de mercado, privilégios e primazias. Impostos maiores para os mais pobres é a própria fixação da pobreza e a base para o gradual empobrecimento de uma sociedade. Daí, os senhores do Nobel apresentam os Estados Unidos como um modelo de institucionalidade.
Aí o caldo entorna, vamos dar um exemplo, os EUA é um país com dois mundos, um urbano e liberal, outro rural e conservador.
O urbano dialoga pouco com o campo.
Um país em que é comum crianças invadirem a escola para matar os colegas de fuzil, tem ocorrido todo mês. Seus pais, das crianças com fuzis, não é incomum, são da ativa, estão em quartéis, fábricas ou prisões, ou em bases militares no exterior, ou brigando uns com os outros em algum lugar, no campo ou nas pequenas cidades.
No índice de Edelman, que mede a confiança nas instituições, de 2024, os Estados Unidos estão no fim da fila, abaixo da Colômbia, onde as FARC viraram um partido político.
A base norteadora das teses dos laureados nóbeis, sobre ganhadores e perdedores, sobre prósperos e pobres, toma como modelo um país cujo maior mérito hoje é a concentração de renda e o aumento da criminalidade? Thomas Jefferson afirmava que o mais importante na vida era a própria vida, a liberdade e a busca da felicidade.
No "Relatório de Felicidade Global", de 2024, os EUA aparecem na 23ª posição, empatados com o México. A Costa Rica, colônia extrativista, está na 12ª colocação.
Mesmo onde as instituições são sólidas e a cultura mais ou menos homogêne, a lógica da prosperidade não fecha a cortina. A Finlândia é o país mais feliz, a Noruega é o 7º, com um PIB per capita 65% maior.
O conceito de bem-estar social inclui o PIB per capita, a saúde, a diminuição da desigualdade e outros fatores.
Em saúde, os EUA estão mais perto da Arábia Saudita que do europeu menos saudável, a Alemanha. Em desigualdade, os EUA são o lanterninha entre as nações avançadas, jogando por terra a hipótese da inovação institucionalizada. O Haiti, país das instituições mais frágeis do mundo, e mais prejudicado pelo imperialismo, é menos desigual.
Na vida das pessoas, instituições governamentais são determinantes em educação, saúde, transporte, segurança trabalhista etc.
O ponto é que, para melhorar a qualidade da vida geral do brasileiro, o Brasil não precisa virar uma Coreia do Sul, com um PIB per capita de Luxemburgo. No nosso caso, são questões mais modestas, como moradia e segurança. Na prática, a teoria poderia ser outra.
No "Relatório de Felicidade Global", de 2024, os EUA aparecem na 23ª posição, empatados com o México. A Costa Rica, colônia extrativista, está na 12ª colocação.
Mesmo onde as instituições são sólidas e a cultura mais ou menos homogênea, a lógica da prosperidade não fecha a cortina. A Finlândia é o país mais feliz, a Noruega é o 7º, com um PIB per capita 65% maior.
O conceito de bem-estar social inclui o PIB per capita, a saúde, a diminuição da desigualdade e outros fatores.
Em saúde, os EUA estão mais perto da Arábia Saudita que do europeu menos saudável, a Alemanha. Em desigualdade, os EUA são o lanterninha entre as nações avançadas.
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