TRUMP VAI PISAR NA 1ª EMENDA?

Joe Lauria, importante jornalista, anglo-americanos, atua no Reino Unido, diz que Trump poderá usar uma "lei antiterrorista" do Reino Unido para criminalizar o discurso e o ativismo pró-Palestina. 

O segundo governo Trump poderá criminalizar as críticas ao pavoroso genocídio de Israel em Gaza.

O plano é “destruir o movimento pró-palestino nos EUA”

O plano, chamado de 'Projeto Esther", apresenta ativistas pró-palestinos nos EUA como "membros de uma conspiração global terrorista. Estes ativistas fazem parte de uma ''Rede de Apoio ao Hamas', recebem um vasto 'apoio de uma vasta rede de ativistas e financiadores" com um objetivo muito mais ambicioso: a "destruição do capitalismo e da democracia''. alegam os autores desse famigerado Projeto Esther.

Essa porqueira é, na prática, uma estratégia para censurar fortemente todo e qualquer discurso favorável aos palestinos, ou calar os críticos do relacionamento EUA-Israel. 

O uso de leis "antiterrorismo" é típico do imperialismo ianque, a ideia é suprimir discursos que poderiam estar protegidos pela liberdade de expressão constitucional.

Os autores deste plano fazem parte do Projeto 2025, da Heritage Foundation, tink-tank neocon, americanófilo, sediado em Washington. 

Parece que o reeleito Donald Trump tentou se distanciar desse Projeto 2025, acontece que Trump é sionista, forte apoiador de Israel, transferiu mesmo a embaixada dos EUA para Jerusalém, apoiou a anexação das Colinas de Golã da Síria por Israel, anexação completamente ilegal conforme o Conselho de Segurança da ONU.

O Washington Post relatou, em maio último, Trump disse aos doadores, em Nova York, que deportaria estudantes estrangeiros se eles se manifestassem pela Palestina.

Palavras de Donald : “Uma coisa que eu faço é, qualquer estudante que protesta, eu expulso do país. Você sabe, há muitos estudantes estrangeiros. Assim que eles ouvirem isso, eles vão entrar na linha”, disse Trump aos doadores de sua campanha. 

Conceitos como 'Rede de Apoio ao Hamas' ou 'Organizações de Apoio ao Hamas', usados pelos sionistas para descrever grupos ativistas pró-Palestina, pretendem criar leis e sanções para suprimir os direitos da Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Na primeira Emenda temos o: "o Congresso não poderá restringir a liberdade de expressão, de imprensa ou de discurso". O Congresso não pode? Bom, a Heritage Foundation pode? 

A ideia do lobby sionista é alegar que essas organizações são dirigidas e controladas diretamente pelo Hamas, o que não é absolutamente o caso", disse Dylan Saba, advogado novaiorquino de causas civis. "A alegação da Heritage Foundation é que organizações pró-palestina são uma ala de propaganda para atos e organizações terroristas"

A Lei do Terrorismo, do ano 2000, do governo britânico, tem parado jornalistas e ativistas nos aeroportos e fronteiras para inquiri-los e mesmo prende-los, não raro dão batidas em suas casas, tudo porque ousam expor a barbárie irracional, contínua, de Israel em Gaza, e agora no Líbano. A ideia é jogar a crítica ao genocídio como ações de propaganda do Hamas e do Hezbollah.

Craig Murray, escritor, antigo diplomata britânico, foi alvo dessa lei antiterrorismo, o jornalista Richard Medhurst chegou a ser preso, Asa Winstanley, editor do Intifada Eletrônica teve cuja casa foi invadida pela polícia "antiterrorismo", ou seja, a polícia britânica já persegue quem ousa defender o povo palestino, é uma guerra aberta contra o jornalismo independente. Podemos esperar a mesma coisa na nova era Trump, e até mesmo um crescimento desse tipo de ação supostamente "conservadora".

O "Projeto Esther" vai acusar os ativistas pró-palestina de discurso de ódio, vai deportar estudantes e pessoas comuns. Medidas draconianas estão sendo planejadas, através de falsas alegações pretendem gerar processos de intimidação contra indivíduos e organizações, desde que estas sejam contra o genocídio e a limpeza étnica perpetrada pelo sionismo. 

O projeto diz que vai expurgar a “propaganda” pró-palestina das escolas, depois vai intimidar os alunos a fim de que não participem dos protestos. Pretendem criar uma espécie de medo atávico no público, sobretudo, dos EUA, qualquer apoio ao povo palestino receberá uma espécie de marca, talvez imprimam isso daí na pele do indivíduo, HSO, abreviação de Hamas Support Organizations, uma terrível "ameaça à segurança do povo judeu" e blá, blá, blá. O objetivo é esmagar o movimento antigenocídio num prazo de 12 a 24 meses. A mudança da administração Biden pela administração Trump não significa nada no que tange à guerra de Israel no Oriente Médio, as administrações todas são dominadas pelo lobby sionista e neocon. 

Se Israel pode acusar e difamar impunemente o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, de ser um "terrorista do Hamas", apenas imagine o que o poderoso movimento talmúdico e escatológico poderá fazer contra jornalistas e estudantes! 

Israel nunca conseguirá estar acima de críticas e processos judiciais enquanto comete genocídio! 

Aqui temos mais um truque maquiavélico do imperialismo sionista, velho truque medieval, consiste em difamar críticos legítimos como se fossem representantes de seus piores inimigos, naturalmente para manipular a opinião pública e tentar desmoralizar a crítica. É óbvio que governos ocidentais vão entrar nesta agenda, e vão criminalizar jornalistas e estudantes que se opõem ao massacre.

A menos que o negue explicitamente em algum momento, creio que Trump deve seguir com esse plano abjeto, na prática, significa pisar na 1ª Emenda. Viver sob o tacão de banqueiros sionistas traz graves distorções a suposta missão civilizatória alegada pelos EUA, os EUA vive sob uma ocupação lobista, inserida nas frofundidades de sua elite, banqueiros anglo-sionistas criaram a sua Reserva Federal, causaram a crise de 29, a crise imobiliária de 2008, estão por trás da covide e por aí se vai, diretamente para a decadência.



 

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