O LADO HIPPIE E MÍSTICO DA INTERNET
Thiel
Peter Thiel, junto com Elon Musk é o membro mais influente da “máfia do PayPal”, bem como cofundador do Palantir, ligada a CIA, Thiel foi o primeiro investidor do Facebook, também diretor do Grupo Bilderberg. Youssef El-Gingihyb escreveu no "The Independent", “Como o Vale do Silício, os fantasmas e os super-ricos assumiram o controle do século 21”. Thiel é o superego de John Galt, como saído diretamente das páginas do livro "A Revolta de Atlas", de Ayn Rand .”
Formado na Stanford Law School, trabalhou para o juiz James Larry Edmondson no Tribunal de Apelações dos Estados Unidos. Depois advogou com valores mobiliários, em Nova York, para Sullivan & Cromwell, cujas origens estão ligadas à "Ordem Soberana de São João de Jerusalém" (SOSJ), mesmo local onde Allen Dulles (CIA) começou sua carreira. Mencionei os irmãos Dulles, no vídeo de ontem....
Em Stanford, Thiel conheceu René Girard. De acordo Girard, a "teoria mimética", nossos desejos vieram dos outros. Todo conflito surge desse desejo mimético, imitativo, até atingir estágios destrutivos, daí grupos sociais vão culpar alguém ou algo para desarmar o conflito, vão criar um bode expiatório, pode ser "o comunismo", "o judeu", etc. Para Girard, religião e mitologia foram passos necessários na evolução humana para controlar a violência que surge da rivalidade mimética. Thiel adotou a teoria de Girard sobre o papel do mecanismo do bode expiatório na resolução de conflitos sociais. Girard dizia que é por meio de Cristo que o mecanismo da violência mimética pôde ser interrompido, o sacrifício de Jesus, vítima inocente, origina uma nova humanidade, uma humanidade que já não pode se culpar pois foi feito o sacrifício para uma pacificação geral. A mentalidade cristã está indissoluvelmente ligada às estruturas mentais tradicionais da Civilização Ocidental, abandonar suas bases trará o retorno da violência pagã.
Logo Thiel cresceu nas pontocom e estabeleceu a Thiel Capital Management e entrou de cabeça no capital de risco.
Fundou o PayPal em 1998, atuando como CEO até sua venda ao eBay em 2002 por US$ 1,5 bilhão.
Depois do PayPal, fundou a Clarium Capital, um fundo de "hedge", ou seja de investimento em ativos, com sede em São Francisco.
Em 2004, lançou a Palantir Technologies, apoiada pela CIA, frequentemente citada como a fonte da informação que permitiu aos americanos "capturar Osama bin Laden". Thiel é um ávido leitor de ficção científica, adora Isaac Asimov, é membro da OTO (de Aleister Crowley). Robert A. Heinlein está entre seus autores favoritos, e fã de JRR Tolkien, afirma ter lido O Senhor dos Anéis mais de dez vezes.
Seis empresas de Thiel, aPalantir Technologies, a Valar Ventures, a Mithril Capital, Lembas LLC, Rivendell LLC e a Arda Capital, adotaram nomes de personagens de Tolkien. PALANTIR é uma homenagem à BOLA DE CRISTAL usada por Sauron em O Senhor dos Anéis.
Thiel fundou a Palantir com Alex Karp, doutor em teoria social neoclássica pela Universidade de Frankfurt, seu orientador foi Jürgen Habermas, um dos pensadores da Escola de Frankfurt. Karp se identifica como “neomarxista” e socialista. A dissertação de Karp é uma reinterpretação da obra "Jargão da Autenticidade" de Theodor Adorno, espécie de crítica a existencialistas alemães como Heidegger, em particular. Basicamente o objetivo da tese é descrever o papel que a "agressão desempenha na integração social", analisa o conjunto de processos que levam os indivíduos de uma determinada sociedade a se sentirem vinculados uns aos outros.” Thiel e Karp têm em comum uma visão de mundo na qual o desejo de cometer violência é um fato constante e vital da vida humana.
Cibernética, eugenia, a “noosfera” do padre jesuíta e místico Teilhard de Chardin, o interesse pela computação moderna, a psicodelia e o ocultismo combinaram-se em uma manifestação moderna conhecida como transumanismo. Os transumanistas veem a mais elevada inteligência artificial como o advento do que eles chamam de “singularidade”, termo cunhado pela primeira vez por John von Newmann.
A chamada singularidade, equivale ao chamado Ponto Ômega de Teilhard de Chardin, segundo os transumanistas, marcará o momento em que o homem terá evoluído para uma existência pós-humana através do “carregamento mental”. O objetivo é alcançar a imortalidade através da fusão psicofísica e neural com a Internet, algo que eles associam ao conceito da Nova Era, à era “consciência coletiva” ou “cérebro global”.
O computador pessoal foi um projeto do grupo, podemos dizer, cibernético, e projetado para fornecer a ferramenta definitiva de controle social. Sabendo que a sociedade aceitaria facilmente a disseminação generalizada de computadores em todas as casas, abriria as portas para o “Big Brother” e o "Grande Irmão", a cibernética transumana traz muito da contracultura beatneak, do movimento hippie, do pop, dos yuppies, mas já nasce alinhada com a tecnologia nascente da cultura da Califórnia. Nesse caldeirão cultural onde se mescla alto conhecimento técnico com a contracultura libertária, o computador é a ferramenta de desenvolvimento pessoal, de libertação, análogo ao culto à motocicleta no movimento beatneak. A ideia gnóstico-místico religiosa da “evolução espiritual” está no âmago desta aventura, ao conectar em rede cada indivíduo humano no planeta, e reunir na rede a soma de todo o conhecimento humano, a Internet é a Matrix de intelecções, é a consciência coletiva, o ponto final do milenarismo de Joaquim de Fiore, o precursor do comunismo cristão, a internet, supre as expectativas místicas da Cabala, onde o homem se torna ou cria Deus, ou se mal direcionado, é o golem, o monstro antediluviano que fez soçobrar a antiga Atlântida e a era dos gigantes anunakis.
O projeto oculto de criar um golem a partir de matéria inanimada, ou o dr. frankenstein a partir de partes de matéria animada, o golem e Frankenstein se misturam. Por trás dos esforços dos "cibernéticos" jazia a crença de que a mente humana era uma máquina e o seu funcionamento pode ser submetido à engenharia reversa e eventualmente ser superado pelos computadores.
Como Erik Davis observou em sua obra, TechGnosis , “Alguns cristãos, sobretudo os que professam um protestantismo radical, concordam com Teilhard que a fuga para um mundo virtual faz parte de um plano mestre, ancestral". Davis comentou sobre a famosa entrevista do futurólogo Marshall McLuhan, em 1969, na Playboy. McLuhan mencionou que as redes de computadores ofereceriam a promessa de criar “um estado tecnologicamente engendrado de compreensão e unidade universal, um estado de absorção no logos divino, e que poderia unir a humanidade em uma única família e criar uma perpétua harmonia e paz coletivas”. McLuhan afirmou que esta é uma nova e definitiva interpretação do corpo místico de Cristo; e Cristo, afinal, é a extensão final do homem”.
Contudo Davis apontou, em uma carta ao sinarquista Jacques Maritain, McLuhan deu uma repensada no seu extremado idealismo, assim
– “Ambientes de informação eletro-eletrônico são totalmente etéreos e promovem a ilusão do mundo como uma substância espiritual. É tão etéreo quanto o corpo místico da Igreja de Cristo, ou é a manifestação flagrante do Anticristo. Afinal, o príncipe deste mundo é um grande engenheiro elétrico”.
A visão mística da Internet remonta a William James, o que evocou a Alma-Mundo dos Transcendentalistas americanos, a “Consciência Cósmica” de Maurice Bucke. Idéias semelhantes também foram desenvolvidas em 1912 pelo filósofo francês Émile Durkheim, que argumentou em "The Elementary Forms of Religious Life" que a sociedade é constituida por uma inteligência superior que transcende o indivíduo no espaço e no tempo. H. G. Wells, autor que abordou temas relevantes para a geopolítica, trouxe o mesmo conceito, chamado de “cérebro mundial”. No Cérebro Mundial, uma coleção de ensaios e discursos, dados entre 1936 e 1938, Wells descreve sua visão da nova “Enciclopédia Mundial”, livre, sintética, oficial e permanente, e que poderia ajudar os “cidadãos do mundo” a fazer o melhor uso da informação universal e contribuir para a paz mundial.
Elaborando a “hipótese de Gaia”, o físico e filósofo Peter Russell cunhou o termo “cérebro global”, título de seu livro, de 1982. A Internet foi desenvolvida para alcançar isso daí. Em 1986, David Andrews apresentou a ideia de um componente de redes sociais chamado Information Routing Group (IRG). A ideia é o princípio dos seis graus de separação. Então veja, mensagens específicas enviadas por um determinado membro a membros de seu grupo local, poderiam eventualmente ser encaminhadas para todo o IRG, superando limitações geográficas e sociais. Nesse raciocínio, entre o homem mais comum do mundo e o homem mais poderoso do mundo existem seis graus de separação, ou seja, entre eu e Vladimir Putin só existem 4 pessoas, se eu contatar a 2ª, que contatar a 3ª que contatar a 4ª, eu estarei trocando idéias com o líder russo, bom primeiro vou aprender a falar russo, não, pensando bem primeiro vou estudar mandarim, rs.
A ideia de rede já existia antes mesmo da Internet, daí que computadores pessoais e modems foram concebidos como tecnologias de contato, contatos imediatos de 3º grau.
A noção de “inteligência coletiva” foi também examinada, entre outros, pelo filósofo francês Pierre Lévy, que introduziu o conceito em seu livro "Collective Intelligence: Mankind’s Emerging World in Cyberspace", de 1994.
O livro de Lévy de 1995, "Becoming Virtual: Reality in the Digital Age", desenvolve a concepção do “virtual” do filósofo Gilles Deleuze. Doug Engelbart introduz o termo “QI Coletivo", naa década de 1990, como uma medida da inteligência coletiva, pensando na melhoria da inteligência no mundo corporativo, para as empresas e a sociedade aumentarem proativamente seu QI Coletivo.
A relação entre o "Cérebro Global" e a Internet, e sua ligação com o pensamento de Teilhard de Chardin, é explicada em "The Lost Symbol", "O Símbolo Perdido", do autor de "O Código Da Vinci", Dan Brown. Dan Brown foi um ex-aluno da Phillips Exeter Academy, em New Hampshire, assim como do autor Stewart Brand, bem como do fundador do facebook, Mark Zuckerberg. Há uma seção importante do romance, que se baseia em revelar o segredo da maçonaria.
O Instituto de Ciências Noéticas (IONS) de Willis Harman, em homenagem à Noosfera de Teilhard, desempenha um papel central na Revelação. A personagem Katherine Solomon explica o significado da Noética:
– “…duas cabeças pensam melhor do que uma… e ainda duas cabeças não são duas vezes melhores, elas são muitas, muitas vezes melhores. Múltiplas mentes trabalhando em uníssono ampliam o efeito de um pensamento… exponencialmente. Este é o poder inerente dos grupos de oração, círculos de cura, canto em uníssono e adoração em massa. A ideia de consciência universal não é um conceito etéreo da Nova Era. É uma realidade científica dura… e aproveitá-la tem o potencial de transformar nosso mundo. Esta é a descoberta subjacente da Ciência Noética. Além do mais, está acontecendo agora. Você pode sentir tudo ao seu redor. A tecnologia está nos conectando de maneiras que nunca imaginamos: Twitter, Google, Wikipedia, redes, canais e muitos outros – todos se misturam para criar uma teia de mentes interconectadas…”
Essa é a Gnose de um Deus que é encontrado na junção de muitos e muitos homens e mulheres.
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