3ª GUERRA MUNDIAL EM PARTES

Vivemos tempos dramáticos, com poucas fontes confiáveis e muitos improvisadores profissionais na folha de pagamento, que costumam se perder no caminho, sem entender e sem fazer entender o que está acontecendo. Quando o Papa, durante a sua viagem a Havana em Setembro de 2015, falou de uma “terceira guerra mundial em partes”, poucos deram o devido peso às suas palavras. Hoje, atordoados por um regime midiático que é um megafone das guerras da OTAN, precisamos de uma bússola para compreender, analisar e aprofundar.

IRÃ

Analisemos a morte do Presidente Raisi, as possíveis consequências para o Médio Oriente alargado, num momento em que o mundo testemunha impotente e cúmplice o genocídio de uma população, a palestina.

Sobre a morte de Raisi e a possível “desestabilização” do Irã como escreve a mídia americana e européia, não se vê nenhuma desestabilização do Irã. Os israelitas descartaram o seu envolvimento: “não temos nada a ver com isso”, Teerã acatou ou aceitou esta hipótese. Não há, portanto, razão para temer uma escalada entre o Irã e Israel, a menos que surjam outros elementos, a teoria do acidente continua a ser a mais provável. “Embora não saibamos a causa precisa da tragédia, sabemos que naquele momento havia um nevoeiro espesso na área, o que, juntamente com o tempo ruim, parece ter derrubado uma aeronave velha, e que que caiu no chão com o presidente a e o ministro das Relações Exteriores do Irã”.

A Constituição da República Islâmica do Irã é clara: o primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber assumirá as funções de presidente ad interim, enquanto se aguardam as novas eleições a ser realizada no próximo mês de junho. Portanto, não há desestabilização institucional. “Quanto aos méritos das eleições, é provável que o Líder Supremo Ali Khamenei, que juntamente com o Corpo da Guarda Revolucionária detém o poder máximo no Irão, esteja pressionando para que o sucessor de Raisi seja também um conservador como o seu antecessor. Os candidatos no Irão devem passar pelo escrutínio do sistema judicial e do líder sacerdotal, portanto, nesta fase histórica crítica, é pouco provável que Khamenei corra o risco de eleger uma personalidade com características independentes. A transição realizar-se-á, portanto, em nome da continuidade política e institucional”.

No acidente de avião que levou à morte do Presidente Raisi e do Ministro dos Negócios Estrangeiros Amir-Abdollahian, uma das vozes mais autorizadas da ala “reformista” iraniana, o ex-ministro Zarif acusou formalmente os Estados Unidos e o embargo imposto ao seu país. “É uma visão que pode ser partilhada porque as sanções afetam o sistema de aviação iraniano e o helicóptero em que viajavam o presidente e o ministro dos Negócios Estrangeiros era extremamente obsoleto”.

A liderança israelita nunca descartou um conflito com o Irã. Este é um cenário mais próximo hoje? O envolvimento israelita não é uma hipótese acreditada pelas autoridades iranianas. A reflexão seria diferente se outras responsabilidades tivessem surgido. É preciso dizer, por outro lado, os Estados Unidos e Israel parecem acumular agora interesses e posições distintas sobre o que está a acontecendo no Médio Oriente, sobretudo a partir de 7 de Outubro de 2023. Washington não parece  interessado em ser arrastado para um conflito com Teerã e, portanto não apoia operações contra o Irã que possam levar este a reagir de forma a tornar inevitável o envolvimento americano. Só que este é exatamente o plano israelense."

O conhecido jornalista Pepe Escobar, uma das nossas fontes, sublinhou como a integração da Eurásia e o impulso para o multipolarismo são fundamentalmente liderados por três grandes atores: Rússia, China e Irã. Lembrou que, imediatamente após a notícia do incidente com Raisi, o presidente russo, Vladimir Putin, convidou o embaixador iraniano na Rússia, Jalali, para uma reunião com as autoridades militares russas. Cada vez mais interligados bilateralmente, a adesão aos BRICS e à SCO, e depois da reunião Putin-Xi em Pequim na semana passada, nenhum dos três países permitirá que os outros parceiros sejam desestabilizados pelo Ocidente. Nesta visão,  está a ser formado no Sul global vai além das organizações informais, aproxima-se mais a alianças semelhantes às construídas pelo próprio Ocidente nas últimas décadas. “No Sul global os países se encontram num momento histórico de forte proximidade . “ Por exemplo, o Irã e a Rússia reforçaram as suas relações por serem ambos alvos americanos, são pressionados a ajudarem-se mutuamente. Este aspecto envolve também a China, embora Pequim não goste de se apresentar como um inimigo dos Estados Unidos já que têm grandes interesses econômicos e comerciais a proteger” . A China prossegue o seu próprio projeto histórico de desenvolvimento, dialogando com o Sul Global, mas também com o Ocidente liderado pelos EUA (uma relação mutuamente essencial num mundo interligado), como fazem o Brasil, a Índia, a Arábia Saudita e outros países. “Os Brics não se apresentam como antagônicos ao mundo liderado pelos EUA, mas tendem a defender os seus próprios  interesses com base no princípio da independência e da soberania. A sua mensagem é agora clara: temos características próprias, uma história específica, sensibilidade , características institucionais, ideológicas e até religiosas e, portanto, temos as nossas prioridades e pedimos respeito. O Consenso de Washington (ou seja, a "saída neoliberal da pobreza" liderada pelos EUA) é uma armadilha que, em troca de submissão política e militar, promete, só que não vai além de promessa, não se sustenta. O BRICS não está mais disposto a ceder." "Por outro lado, a desestabilização do Médio Oriente também não parece ser um objetivo dos Estados Unidos (pelo menos não exatamente neste momento). Os EUA, ao contrário de Israel, seriam prejudicados num conflito com contornos muito indefinidos, especialmente num ano eleitoral, o Irã deve continuar a desempenhar o papel de um país inimigo, mas não ser destruído."

Após a morte de Raisi, o Sul global parece úmido no sentido de promover uma transição suave, evitando risco de desestabilização de um membro dos Brics, que é o Irã, país, inclusive, crucial na estratégia da Nova Rota da Seda da China, ao longo do corredor Norte-Sul que envolve a Rússia, o Azerbaijão e a Índia. A União Europeia, neste preâmbulo, funciona no papel de mordomo. Jornais e políticos do velho mundo mencionam a "desestabilização do Irã" (um argumento marketeiro e claramente tendencioso), e a partir desta falácia propõem a formação de um exército europeu para "enfrentar os desafios atuais", o mais rapidamente possível. “Exército europeu pressupõe a existência de um governo verdadeiro, um Parlamento que faça leis reais e um banco central que atenda  às instituições democráticas. Nada disto existe na atual UE, aliás, abertamente, antidemocráticas. À propósito, por quem, esse hipotético exército seria liderado? Pelos Estados Unidos, que já controlam a OTAN? Haveria oposição das oligarquias alemã e francesa, e vejam só, “um governo, um verdadeiro parlamento e um banco central digno desse nome, em qualquer caso, nunca existirão porque os Estados Unidos da Europa são apenas uma mistificação para espíritos simples e bonobos, que parecem gostar de empobrecer enquanto esperam por um objectivo que nunca será alcançado, não só porque não está contido em nenhum documento, desde a Conferência de Messina de 1955, até aos Tratados de Maastricht, Lisboa e assim por diante, até porque nenhum líder político nos países que decidem (Alemanha e França ) jamais evocou esses tratados, sem esquecer que falta um elemento essencial, vital, insubstituível para a formação de um "exército europeu", falta mesmo o povo europeu, que é apenas uma abstração documental e não factual. Europa são muitas nações, cada uma com sua história, língua, religião, sensibilidade, economia, cultura, artes etc, além de tudo o mais, falta um valor indispensável para a construção de um bloco minimamente integrado, falta o tão propalada e muito pouco exercido princípio da SOLIDARIEDADE.

Os países mais ricos deveriam concordar em transferir parte da sua riqueza para os países atrasados – o que acontece na Itália, onde a riqueza produzida no centro e no norte também é distribuída no sul. Mas será que este princípio algum dia seria implementado na Europa toda? “É impossível imaginar um partido na Alemanha, na Holanda ou na Finlândia – países vistos como detentores de virtudes éticas superiores! - possam concordar em transferir parte de suas riquezaz para os povos do sul, frequentemente chamados de preguiçosos, ociosos e corruptos..." 

O mito da construção dos Estados Unidos da Europa é vendido na Itália, onde os pobres, nos últimos dez anos, passaram de seis para dez milhões e onde a riqueza social construída nos trinta gloriosos anos (de 1945 a 1975) está se dissolvendo, graças às instituições da UE, às imposições do euro e à submissão das nossas classes dominantes ao longo dos últimos quarenta anos ou mais.

Alberto Bradanini, embaixador da Itália em Teerã aponta para degradação humilhante imposta pela UE à Itália, "o espírito de solidariedade está desaparecendo muito rapidamente. O pessimismo toma conta do nosso espírito, à luz da desintegração cultural e dos valores das nossas populações. A única reação agora pode ser resumida em um duplo nível de reação: 

1) nunca aceitaremos um poder corrupto e destrutivo;

2) resistiremos, ou seja,  nunca nos curvaremos

Contudo, a capacidade social de reagir e organizar uma resposta política à UE é quase inexistente. “Falta consciência, faltam anticorpos, faltam espaços de agregação e união, enquanto que o desconforto, embora profundo e generalizado, permanece velado, escondido, não assumido, dentro do armário, o que gera um déficit de organização política” 

E agora? De novo Bradanini, precisamos olhar além do horizonte imediato. Aguardamos o surgimento de algum ou alguns espíritos indomáveis. Uma vanguarda política e cultural poderia criar raízes e germinar. As duas estrelas polares serão testemunho e resistência quando as condições históricas nos permitirem ver no horizonte aquele mundo mais justo, mais livre e mais solidário que dá sentido a nossa existência". 



WOKISMO 

Woke é termo político de origem afro-americana, refere-se, segundo o próprio movimento woke ou wokista, o wokismo, aportuguesamento do termo, seria a consciência das questões relativas à justiça social e racial. O termo deriva da expressão do inglês vernáculo afro-americano "stay woke" (fique acordado ou desperto).

No final da década de 2010, woke foi adotado como uma gíria mais genérica, associada a políticas identitárias, causas liberais, feminismo, ativismo LGBT e questões culturais (com os termos woke culture e woke politics também sendo usados). Tem sido alvo de memes, uso irônico e críticas. Seu uso generalizado desde 2014 é resultado do movimento Black Lives Matter. Em geral, o modo de expressão "politicamente correto" está associado ao wokismo.


O que aparece na imprensa americana é um termômetro para medir o modismo e o lobbies woke nos EUA. Um artigo do cientista de dados David Rozado, da Universidade Autônoma de Madri, analisou a frequência de palavras associadas a temas políticos e de identidade no jornal americano The New York Times desde a década de 1970. Depois de um pico nos anos 2010, palavras e expressões como raça, racismo, sexismo, misoginia, privilégio branco e outras passaram a ser menos usadas, desde covide. 

Alguns termos associados ao wokismo e amplamente usados na grande mídia, imprensa oficial e redes sociais, em geral:

sexismo misoginia sexista patriarcado masculinidade tóxica privilégio masculino feminismo empoderamento feminino racismo racistas racismo estrutural branquitude nacionalismo branco supremacia branca KKK homofobia transfobia LGBT Queer direitos gays gênero neutro transgênero identidade de gênero não-binário 


(Felipe Quintas)

O "wokismo" só ganhou força porque a instituição Família, nos moldes convencionais, falhou para MUITAS pessoas. Quem mais destruiu famílias e formou militantes feministas e LGBT não foi o George Soros, a Manuela D'Ávila, a Rede Globo ou a Universidade Federal, como prega a neodireita. Foram "cidadãos de bem" mesmo,  movidos por impulsividade e irresponsabilidade pessoal, incontinência passional, vaidade, arrogância, egoísmo extremados etc, em suma descontrole e histeria, fenômenos alheios a qualquer sentido de Bem ou de Justiça.

São homens que espancaram suas esposas na frente dos filhos, ou foram comprar cigarros e nunca mais voltaram, o marido que impedia os filhos de verem a mãe, pais e mães que batiam, xingavam, humilhavam e chegavam a expulsavar filhos de casa,  crianças e adolescentes deslocados com as expectativas sociais de gênero, parentes que culpavam os primos mais novos por terem sido molestados pelo primo mais velho, o sujeito que deixou de falar com o irmão por este ser homossexual, muitos problemas jurídicos de casais de mesmo sexo quando um deles faleceu e o patrimônio não pode ser herdado etc, etc, todos esses tipos corromperam ou desfizeram seus lares, pior, envenenaram a alma das suas vítimas, levando-as a uma profunda ojeriza em relação à instituição Família, até porque muitos desses somente conheceram Família como um verdadeiro Inferno. 

A degeneração que os ditos conservadores frequentemente apontam exclusivamente nos movimentos identitários, ou seja, a ruptura da harmonia doméstica, a alienação parental, a sexualização da infância, o materialismo consumista, o individualismo extremado etc,  tudo isso, há muito tempo, tem ocorrido mesmo na chamada "família tradicional". 

O ressentimento e o negativismo de muitos militantes "woke" refletem comumente uma reação psicológica em função da forma como vários deles foram tratados ao longo da vida. 

Infelizmente não existe uma solução definitiva para os problemas humanos e sociais, a perfeição não é algo deste nosso mundo. A grandeza moral da sociedade passa pelo reconhecimento da universalidade do valor de se ser humano, ou seja, valorizar a dignidade humana. Isso exige uma profunda consciência  espiritual ou do sentido daquilo que é espiritual e elevado. Quanto mais o espírito se fortalece, mais ele pode se desprender da natureza e dos contextos, e mais consegue entender os outros, a despeito das profundas diferenças externas e circunstanciais.


Sobre o estaleiro americano na costa brasileira. Esta sucata ultrapassada, mastodonte caro e ineficiente está aqui para a neodireita miami e a esquerda liberal woke, todos chupa-bolas dos faria-limas, ficarem babando e se masturbando uns aos outros 

O futuro são drones, mísseis hipersônicos, tecnologia cibernética, espacial e eletromagnética. 

Isso daí pode ser impressionante, mas afunda, é mais impressionante ainda quando afunda....

Agora, olha só, antes da chegada do queridinho Ronald Reagan, os EUA tinham 30 , TRINTA, estaleiros. 

Agora os EUA tem 7, SETE. 

Agora vem o pior, sabe quantos a China tem? 13, TREZE, e é bom que se diga, um só estaleiro chinês é maior do que os 7 estaleiros americanos juntos, e produz mais, em menos tempo e gastando muito menos. 

É assim.



CHINA

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, instou na terça-feira, os membros da Organização de Cooperação de Xangai (OCS) a manterem a sua autonomia estratégica, sua solidariedade e cooperação, evitando que forças externas transformem a região em uma arena geopolítica. As declarações foram feitas na reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da OCS, em Astana, Cazaquistão.

Wang, membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista da China, destacou como, num momento em que a situação internacional é turbulenta e em constante mudança, alguns países procuram hegemonia e poder através da formação de pequenos grupos, estabelecendo grupos ocultos, regras para dificultar acesso, interferindo e reprimindo outros países, e até mesmo e sobretudo, ajudando as “três forças” na região, com o objectivo de bloquear a autonomia estratégica do “Sul Global” e bloquear o caminho de renascimento dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento. As “três forças” mencionadas por Wang referem-se ao terrorismo, ao separatismo e ao extremismo religioso.

Wang enfatizou a importância de aderir ao "Espírito de Xangai", fortalecendo ainda mais a OCS para salvaguardar os interesses comuns, responder aos desafios e defender a imparcialidade e a justiça. Apelou também à cooperação em matéria de segurança, afirmando que a segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável deve ser uma dinâmica contínua na região.

O Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Murat Nurtleu, deu as boas-vindas aos chefes das delegações participantes na reunião em Astana. A reunião começou com um momento de silêncio em memória do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, que morreram em um acidente de helicóptero no domingo.

Em março, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, anunciou que todos os líderes dos estados membros da OCS participariam da próxima cimeira da associação, em julho, em Astana. A cimeira deste ano abordará uma agenda de peso, com discussões sobre o reforço da cooperação contra o terrorismo, reformas institucionais, expansão do número de membros da OCS, cooperação econômica e comercial e aspectos culturais.

Cui Heng, um estudioso do Instituto Nacional de Intercâmbio Internacional e Cooperação Judicial da China da OCS, destacou que a reunião dos ministros das Relações Exteriores da OCS busca negociar os resultados antes da cúpula dos líderes. Um destaque da cimeira deste ano será a expansão da SCO, que verá a inclusão de novos países, elevando ainda mais a influência internacional da organização.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que a Bielorrússia se tornará membro de pleno direito da SCO em julho. A Arábia Saudita também tomou a decisão de aderir à SCO no ano passado. 

Na recepção que marcou o 20º aniversário do Secretariado da OCS em Pequim, Wang sublinhou a necessidade de levar adiante o Espírito de Xangai, dado o período de turbulência e transformação do mundo.

Nas suas reuniões com Wang, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Bielorrússia, Quirguistão e Uzbequistão expressaram apoio ao princípio de "uma só China" e esperam promover as relações bilaterais através de uma cooperação alargada. Wang reiterou o apoio da China ao governo do Quirguistão na manutenção da independência nacional e na prossecução de um caminho de desenvolvimento alinhado com as suas condições nacionais. Ele também afirmou a disposição da China de fortalecer a cooperação com o Uzbequistão em vários campos, incluindo o combate ao terrorismo, aos narcóticos e aos crimes transnacionais.

O núcleo da SCO é a igualdade e o respeito mútuo. Os países membros reconhecem que, independentemente do tamanho dos países, devem tratar-se mutuamente com respeito e igualdade, apoiar os caminhos de desenvolvimento uns dos outros e proteger os interesses fundamentais uns dos outros. Isto representa uma verdadeira manifestação de confiança mútua entre os países membros da SCO.

Durante a reunião, os funcionários da SCO também discutiram a cooperação económica e comercial. Wang destacou que o volume do comércio, especialmente de produtos agrícolas e novos veículos energéticos, cresceu rapidamente entre a China e o Quirguistão, com vários grandes projetos lançados sucessivamente.

O quadro da SCO abrange uma vasta gama de sectores, incluindo diplomacia, defesa nacional, segurança, economia, comércio, cultura, educação, transportes, tecnologia e agricultura. O desenvolvimento da OCS nos últimos anos ajudou a promover a cooperação entre a China e a Rússia, bem como entre a China e os países da Ásia Central, destacando o valor da OCS na resposta aos desafios de segurança e na promoção da justiça internacional e da reforma da governação global.

Fortalecimento das relações China-Irã após a trágica morte de Raisi

Após o trágico acidente de helicóptero que ceifou a vida do Presidente iraniano Ebrahim Raisi, do Ministro dos Negócios Estrangeiros Hossein Amir-Abdollahian e de outros altos funcionários, as autoridades chinesas e iranianas reiteraram a sua determinação em reforçar a cooperação estratégica entre as duas aldeias. Os especialistas - conforme relatado pela mídia chinesa - acreditam que o desaparecimento de Raisi não influenciará a direção geral e o desenvolvimento das relações entre a China e o Irã, nem levará a mudanças fundamentais na política interna iraniana.

Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Mahdi Safari, representante do Irã no Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), em Astana. Wang expressou novamente as suas condolências pelo trágico falecimento de Raisi e Abdollahian, sublinhando que "independentemente de como a situação mude, a China continuará a fortalecer a cooperação estratégica com o Irão, a salvaguardar os interesses comuns e a fazer esforços para a paz regional e global".

Safari agradeceu à China pelo seu apoio contínuo, destacando que as políticas interna e externa do Irão não mudarão. Ele sublinhou a importância das relações com a China e o compromisso do Irão em reforçar a cooperação em vários domínios, incluindo política, economia e cultura.

O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, manteve uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores interino iraniano, Ali Bagheri, na noite de segunda-feira, expressando as profundas condolências e solidariedade da China ao governo e ao povo iraniano pela tragédia.

Bagheri apreciou a disposição da China em ajudar o Irão imediatamente após o trágico acontecimento e a assistência prestada nas 24 horas seguintes, agradecendo às autoridades chinesas



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Covideiros de plantão

O novo tirano

EUA QUER ESCALAR A GUERRA NO ORIENTE MÉDIO