CHINA E RÚSSIA APONTAM PARA O FUTURO DO SÉCULO XXI
ALEMANHA
Os elevados preços da energia na Alemanha empurram a UE para a recessão, os EUA estão roubando empresas alemãs e arrastando a Europa para uma guerra comercial com a China, acusa Simon Zeise, no Berliner Zeitung de ontem.
O diário da capital alemã diz que a economia está ficando para trás na comparação. Os «sábios da economia» reduziram as expectativas, baixaram para 0,2% as suas previsões para o produto interno bruto em 2024 - no ano passado, ainda previam um crescimento de 0,7%.
Martin Wansleben, diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Alemã diz, «Não são apenas os ventos contrários que causam problemas. As empresas se debatem com desafios estruturais». Em particular, os elevados custos da energia e os problemas de pessoal, de RH, cada vez maiores.
O fraco crescimento da Alemanha não é fortuito, grandes setores da economia estão sendo degradados, há anos. De acordo com um estudo do Instituto de Macroeconomia e Investigação Económica (IMK) e do Instituto de Investigação Económica de Colônia, acumula-se um atraso nos investimentos em infra-estruturas. Serão necessários dez anos para renovar estradas, ferrovias, pontes, escolas, até mesmo jardins-de-infância em mau estado. Para isso, o Estado teria de investir 600 bilhões de euros.
«Até ao início dos anos 2000, as infra-estruturas da Alemanha eram boas, segundo os padrões internacionais, esse foi um dos factores que permitiram um bom crescimento da produtividade na Alemanha», diz Sebastian Dullien, diretor do IMK.
Enquanto isso a situação é diferente nos EUA. Apesar de terem infraestruturas em mau estado, a situação está mudando com os pacotes de infra-estruturas que fazem parte do programa «Bidenomics». O governo dos EUA lançou um programa de estímulo econômico abrangente. Com um total de 3,5 trilhões de dólares.
Também o produto interno bruto (PIB) dos EUA aumentou 8,7% no primeiro trimestre de 2024, acima do nível anterior à pandemia. Este valor é mais do que o dobro do aumento do PIB na zona euro (3,4%).
A combinação de elevados custos da energia, que são agora significativamente mais elevados do que o dos EUA, e dos subsídios atraentes oferecidos por Washington para projectos de energia verde e de semicondutores construídos no país, está levando muitas empresas europeias a se deslocarem para os EUA.
A longo prazo, o investimento estrangeiro de empresas alemãs sempre beneficiou a Alemanha, no entanto, a maré muda: «Cada vez mais empresas investem no estrangeiro porque a Alemanha é demasiado cara e complicada hoje como local de implantação.» O facto destas empresas se mudarem para o estrangeiro – em detrimento da localização – é «um sinal alarmante».
No ano passado, as empresas alemãs anunciaram níveis recorde de investimento direto nos EUA. De acordo com o Financial Times, as empresas alemãs fizeram 185 projetos de investimento no valor total de 15,7 bilhões de dólares no ano passado. No ano anterior, o valor total era de 8,2 bilhões de dólares, ou seja, dobrou de tamanho a saída do dinheiro
Com a «Inflation Reduction Act» e a «Chips Act», a administração Biden introduziu leis que concedem subsídios, empréstimos bonificados e benefícios fiscais às empresas estrangeiras que se instalam nos EUA.
As diferenças tornam-se claras quando se olha para as maiores empresas. Como relata o Financial Times, citando um estudo da McKinsey, as empresas européias cotadas em bolsa com um volume de negócios anual superior ao bilhão de dólares investiram 400 bilhões de dólares a menos em 2022 do que as suas congêneres nos EUA.
A Volkswagen foi a única empresa da UE a figurar no top 10 mundial, em 2023. De acordo com um relatório recente da Comissão Europeia. Seis das empresas do top 10 estão sediadas nos EUA.
De acordo com a McKinsey, o déficit de investimento no sector das TI é particularmente flagrante. As despesas de pesquisa e desenvolvimento dos chamados «sete gloriosos» – Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla - totalizaram mais de 200 bilhões de dólares americanos no ano passado. Este valor corresponde a cerca de metade das despesas correspondentes no conjunto da Europa, tanto privadas como públicas. Está em curso uma enorme revolução tecnológica.
Os EUA poderiam alargar a sua liderança econômica arrastando os europeus para uma guerra econômica com a China. No início desta semana, Biden anunciou um forte aumento das taxas de importação sobre um grande número de produtos chineses.
As tarifas anunciadas afetam as importações chinesas no valor de cerca de 18 bilhões de dólares, incluindo automóveis eléctricos, semicondutores, minerais e produtos médicos.
Os direitos aduaneiros sobre os automóveis elétricos chineses aumentarão drasticamente de 25 para 100 por cento. Muitos dos direitos aduaneiros remontam à era Trump, foram mantidos por Biden e foram agora novamente aumentados.
A medida de Biden é suscetível de aumentar a pressão sobre a UE para proteger também as suas tecnologias «verdes» da concorrência chinesa. A Comissão Europeia analisa o impacto dos subsídios chineses nos fabricantes de automóveis elétricos. O resultado poderá ser a aplicação de tarifas européias punitivas.
A indústria alemã de automóveis elétricos opõe-se firmemente a um aumento dos direitos aduaneiros. A Mercedes, a VW e outras empresas investiram fortemente na China e temem ser alvo de contra-medidas ou serem atingidas por tarifas protecionistas se fabricarem na China. «O protecionismo desencadeia uma espiral», afirmou Oliver Zipse, CEO da BMW, na quarta-feira, durante a Assembleia Geral Anual da empresa: «As tarifas levam a novas tarifas».
As cadeias de abastecimento da Europa estão «mais interligadas á China do que aos EUA», explicou Bernd Lange (SPD), presidente da Comissão do Comércio do Parlamento Europeu. Por isso, teme «danos colaterais» e acusa Washington de «protecionismo». Também o chanceler alemão Olaf Scholz alertou esta semana contra a aplicação de direitos aduaneiros aos automóveis chineses – tendo em conta que muitos fabricantes de automóveis alemães ficariam expostos a medidas de retaliação por parte de Pequim.
Brasil, Rússia e Ucrânia
O "Ocidente expandido" quer "Conferência de Paz" na Suíça, para promover a paz na Ucrânia, SEM a presença da Rússia! Seria mais ou menos como estudar javanês sem a língua javanesa, kkk. Quem discorda não vai lá. E Lula faz um gol nessa daí!
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva não participará da conferência sobre a Ucrânia organizada pela Suíça em junho, disse o gabinete do presidente Lula à Sputnik.
Em abril, o porta-voz da embaixada russa em Berna, Suíça, Vladimir Khokhlov, disse à Sputnik que a Suíça não convidou a Rússia para a cúpula sobre a Ucrânia, e Moscou não planeja mesmo participar.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis, em janeiro, enfatizou que Moscou leva em consideração o afastamento de Berna dos princípios de neutralidade em função de seu apoio a Kiev, portanto é inútil para moldar relações bilaterais.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, declarou em fevereiro que o potencial da Suíça como "mediadora honesta" na resolução de conflitos já se esgotou para a Rússia.
Moscou sinaliza que está pronta para negociações, mas Kiev impôs uma proibição a si mesma. O Ocidente convoca a Rússia para conversações, para as quais Moscou demonstra disposição, Kiev se recusa ao diálogo.
Obesidade
Lucas LEIROZ chegou da Rússia há pouco. É muito importante ter fontes diretas, e o que Leiroz conta é que não se vê obesos nas ruas das cidades russas, só muito raramente se vê alguém acima do peso, e neste caso, do ente pessoas acima da meia-idade.
Bom, um dos fatores que explicam isso daí seria a forte cultura esportiva russa, a qual remonta à epoca soviética. Mas Leroy insistiu num ponto: não há alimentos geneticamente modificados na Rússia.
Não significa a produção seja toda ela orgânica (o que é inviável em cultivo de larga escala). Há uso de fertilizantes e herbicidas, mas não se usa sementes transgênicas para consumo humano.
Os defensores dos transgênicos dizem que não há pesquisa que comprove os males, os críticos dizem que não há pesquisa que comprove a ausência de males.
Observar a realidade pode ser uma pesquisa muito eficiente, veja a Rússia esbelta e feliz de uma lado, e depois o Ocidente com populações que se parecem cada vez mais com cobaias humanos, uma espécie de "experimento humano compulsório".
Mas já há diversos estudos relacionando transgênicos e obesidade. Que resultado se poderia esperar de sementes usadas para engordar animais de mofo artificial usadas para alimentar seres humanos?
Transgênicos não, NUNCA!
(E Trump chora)
Biden pressionou China e Rússia juntas:
"Hoje eu vi algo que poderia ser pior do que qualquer outra coisa.
O presidente chinês Xi, eu o conheço bem, e o presidente russo Putin, eu o conheço bem.
Eles estão fazendo planos juntos neste momento, onde se unirão, onde se juntarão e causarão danos.
Porque, em última análise, é nisso que eles estão pensando - causar danos a nós."
Sabe o que significa "dano" para os norte-americanos? Fundamentalmente significa PROSPERAR. Se vc prospera vc é um dano para os EUA! O fato é que a vai adicionar um conduíte para fornecer mais petróleo e gás para a China. O projeto do mega gasoduto da Rússia para a China terá um canal extra para o petróleo bruto, disse o presidente russo, Vladimir Putin. Falando numa conferência de imprensa na sexta-feira, durante uma viagem de dois dias à China, Putin disse que é possível construir um oleoduto próximo à nova rota de gás. “Várias rotas [para o petróleo russo chegar à China] estão disponíveis, uma delas é a rota através da Mongólia. É possível colocar tubulações de gás e óleo no mesmo corredor. Os especialistas deveriam decidir a melhor forma de proceder ”, foi o que disse Putin na cidade chinesa de Harbin. E ele nunca diz nada de bobeira, para a mídia debulhar em cima, como se dá aqui no Ocidente.
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