O RACISMO VEIO DA EUGENIA OU A EUGENIA É O PROPRIO RACISMO

 EUGENIA 

Eugenia é um conjunto de ideias que almeja a melhoria genética dos seres humanos. O termo foi originalmente cunhado por Francis Galton (1822-1911), em 1883, significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como "o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente". A eugenia seria a tentativa de controle da genética da sociedade, podendo ser individual ou grupal. O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de "pureza racial", a qual culminou no Holocausto. Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existem questionamentos éticos quanto a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana.

Robert Grahan criou, a partir do Prêmio Nobel, com gênios voluntários, o "banco de esperma dos gênios". Não é conspiração. 

A Eugenia é um negócio tipicamente inglês, tentado por Hitler, ou seja, entrou para a esfera político-nacional. 

No Brasil, algumas frases ficaram famosas: "gordo deve ser avaliado em arrobas", "abortista deve ser esterilizada", "pobre é vagabundo", "vc não merece ser estuprada" etc, e muitas outras pérolas do mesmo gênero, entraram para o jargão político, de depreciação do outro ou para auto-depreciação mesmo. Getúlio promoveu.a eugenia como uma ciência, FHC e Lula foram contra, quer dizer, a questão política é complexa, o modo como a sociedade encarou a eugenia foi de ciência evolutiva à coisa de cientista maluco.

A Eugenia entrou no Brasil em 1918, por influência do Conde Gobineau, entre outras coisas, o francês dizia que negros e índios eram geneticamente análogos a macacos, afirmou que o brasileiro seria um europeu degenerado (português) ainda mais degenerado (o Império Britânico considerava os povos peninsulares - Peninsula Ibérica - como povos periféricos e inferiores, pois mestiços). 

A Eugenia nunca foi coisa de portugueses, mas sobretudo de ingleses.

Um filme interessante sobre o tema é o filme 'Gataca'.


Ao longo da história, vários grupos humanos diferentes mantiveram práticas eugênicas. Gregos, celtas, indígenas sul-americanos eliminavam crianças nascidas com defeitos físicos. Platão, gênio da Filosofia, da Grécia Antiga, em seu famoso "A República", diz que a sociedade humana se aperfeiçoa através de processos seletivos. Esparta, uma das cidades-Estado mais famosas da história, praticava-se a eugenia. Na Índia védica e no Tibete antigo, bebês recém-nascidos eram mergulhados, logo após o nascimento, após a 1ª respiração, nas águas geladas de um rio, durante um minuto, se o bebê sobrevivesse estaria apto à existência. A 1ª respiração é extremamente importante em culturas tradicionais, diz-se que neste exato momento a alma imaterial se liga à existência material. Modernamente, as primeiras descrições sobre a eugenia foram feitas pelo cientista inglês Francis Galton.

Galton foi influenciado pela obra de seu primo Charles Darwin, autor do famosíssimo "A Origem das Espécies", onde aparece o conceito de seleção natural. Baseado nele, Galton propôs a seleção artificial para o aprimoramento da população humana,  segundo os critérios considerados os melhores, à época.

Galton lançou as bases da genética humana e cunhou o termo "eugenia" para designar a melhoria de uma determinada espécie através da seleção artificial, em sua obra Inquiries into Human Faculty and Its Development (Pesquisas sobre as Faculdades Humanas e seu Desenvolvimento). A obra foi largamente elogiada na revista britânica científica, "Nature", em 1870.

Em seu livro Hereditary Genius ("O gênio hereditário") de 1869, Galton compilou dados estatísticos e tentou provar que a inteligência de vários membros de várias famílias inglesas se legavam de pai para filho,  durante sucessivas gerações. Sua conclusão foi de que a inteligência acima da média nos indivíduos de uma determinada família se transmite hereditariamente. Galton foi criticado por não considerar a influência do meio e da sociedade na capacidade dos indivíduos, Galton colocava todo o peso da inteligência e capacidade na hereditariedade. Portanto, inteligência, bons modos, educação etc, eram coisa hereditária, o ambiente, as condições sociais não tinham maiores influências sobre a inteligência do indivíduo. Galton defendeu a chamada "eugenia positiva", ou seja, através de casamentos seletivos a inteligência, o bom nome, o status, a riqueza da família seria mantida. 

Durante revolução industrial, fenômeno que começou fortemente na Inglaterra, os cientistas da época acreditavam que a população inglesa crescia mais nas classes pobres e diminuía nas classes mais ricas e cultas, passaram a temer uma "degeneração biológica", tentaram criar métodos de contracepção e mesmo esterilização. A eugenia cresce, torna-se uma área acadêmica, científica, intelectual seria, com muitos  adeptos, e vem a se tornar popular, algo até mesmo pitoresco e populista, foi a 1ª fase da eugenia (1870-1933).

Em 1942, os Estados Unidos entram na guerra contra a Alemanha nazista. Filmes, desenhos, livros, palestras eram usados como propaganda contra o regime nazista. Neste contexto de guerra, eugenia e nazismo se tornam equiparados. Mas, foi após a divulgação em massa do holocausto que o termo eugenia cau em desgraça. 

No entanto as ideias eugenistas continuaram completamente vivas e cada vez mais sofisticadas, só que num âmbito muito mais velado, discreto, até mesmo secreto. 

Podemos resumir até aqui nos seguintes termos, a eugenia nasceu no império britânico, eugenia é inglesa, tornou-se uma política oficial, de estado, durante o nazismo, nos EUA foi legislada, normatizada. 

Voltando ao período nazista, vejam, em 1935, as Leis de Nuremberg proibiram o casamento de alemães com judeus, com pessoas com problemas mentais, com doenças contagiosas ou defeitos hereditários. Desde 1933 já havia a lei da esterilização compulsória de pessoas com problemas hereditários, a castração de estupradores, e a classificação patológica de homossexuais.

A eugenia foi praticada, portanto, na Alemanha nazista, através de mesmo o extermínio de deficientes físicos e mentais. Na época, a "eugenia positiva", consistia em incentivar pessoas saudáveis a terem mais filhos, enquanto que "eugenia negativa" era o contrário, pessoas com limitações físico-mentais não deveriam reproduzir. Durante o Terceiro Reich, surgiram centros de reprodução humana dentro do programa governamental conhecido como Lebensborn.

No Brasil

Desde tempos pré-coloniais, certas tribos indígenas eliminam crianças nascidas com defeitos físicos. O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a ter um movimento eugênico organizado. A Sociedade Eugênica de São Paulo foi criada em 1918. O movimento eugênico brasileiro envolvia melhoramento genético, enfermagem, higienismo, saúde pública e psiquiatria. 

Em 1931, foi criada a Comissão Central Brasileira de Eugenia (CCBE), presidida por Renato Ferraz Kehl, reunindo personalidades no debate das questões eugênicas no país, como Ernani Lopes, Presidente da Liga Brasileira de Higiene Mental (LBHM), Salvador de Toledo Piza Jr. e Octavio Domingues, Belisário Penna, Diretor Geral do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), Gustavo Lessa, Eunice P. Kehl e vários outros.  

Propunham, a grosso modo, o fim da imigração de "não brancos", e "promover iniciativas científicas eugenistas". Sua política consistia em tentar impedir a miscigenação. No Brasil, a eugenia, a vacinação, o higienismo, a enfermagem e a psiquiatria se confundem, como se fossem complementares.

A eugenia brasileira, de maneira geral pregou que somente as leis da biologia poderiam sanar ou aperfeiçoar os "males sociais".

Entre os intelectuais eugenistas brasileiros que mais se empenharam na organização e divulgação do movimento, também se pode citar Edgar Roquette-Pinto (1884-1954), Monteiro Lobato (1882-1948), Juliano Moreira (1872-1933) e Oliveira Viana (1883-1951).

Dentre as fontes primárias para o estudo da eugenia no Brasil, destacam-se os conjuntos documentais: "Annaes de Eugenia" (1919), livro organizado por Renato Kehl reunindo as atividades e conferências da Sociedade Eugênica de São Paulo; o "Boletim de Eugenia" (1929-1933), periódico criado por Kehl como instrumento de propaganda eugênica; e as "Atas e Trabalhos do Primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia" (1929), presidido por Edgard Roquette-Pinto e secretariado por Renato Kehl, realizado em ocasião do centenário da Academia Nacional de Medicina (ANM).

O darwinismo já foi muito usado para justificar a opressão de "povos inferiores", o malthusianismo permanece como um dogma, por exemplo, na Fundação Rockfeller, famoso centro de controle demográfico, esterilização e vacinação. A Fundação Bill e Melinda gates também promoveu muito o "direito ao corpo", colocado, por exemplo, na África, como um método de promoção do feminismo e do abortismo, alguns slogans ficaram mesmo famosos como "meu corpo, minhas regras". E chegamos ao ponto em que alguns países permitem o aborto, legal e provido pela Saúde Pública, bastando a mulher desejá-lo, e é feito em condições hospitalares e higiênicas sem que a gestante corra o risco de morte no procedimento, como é o caso da China, embora o governo chinês não o promova ou o incentive, pelo contrário, o governo chinês que já promoveu o aborto e a "política do filho único", na fase atual incentiva a sociedade chinesa a uma espécie de eugenia positiva, a ter filhos. Vladimir Putin, bastante ciente da pouca população da Rússia, disse há alguns meses que a família russa ideal é aquela com sete ou oito filhos. É fácil dizer, rs. Para certas sociedades, como a muçulmana é fácil fazer. O europeu, criado no "welfare state", no famoso "bem estar social" tende a diminuir em termos populacionais. A questão do aborto é polêmica e acalorada, gerando grandes controvérsias, certas sociedades condenam, outras são completamente permissiva. Talvez um meio termo entre a vontade da gestante, do momento social e cultural da própria sociedade, das condições da saúde pública, das prioridades das pessoas, enfim. No Brasil a lei prevê a prática do aborto se há risco de morte para gestante ou se houve estupro. Eu defendo pena maior para estuprador e em caso de reincidência, de descontrole patológico, não sou contra a castração, daí não sei dizer se é química, se é cirúrgica. Apareceu uma estatística um tanto engraçada esses dias, pretende provar que 20% dos homens fertilizam 80% das mulheres, ou seja, os homens mais alfas, mais másculos, com mais testosterona são os que mais propagam a nossa espécie. Tenho a impressão de que isso daí deve ser válido em algumas sociedades, por exemplo, se vc pode ter 4 esposas, prover todas com casa, comida, conforto, saúde, educação, carinho, respeito etc. 

Bom, da minha parte, condenar uma mulher que fez o aborto me parece um absurdo, veja, eu sou a favor da vida, mas condenar alguém que já está fragilizada, estigmatizada, muitas vezes vivendo um dilema moral e existencial, é muito complicado. Agora, aborto como método contraceptivo é um misto de ignorância e mesmo de auto-depreciação, além de uma temeridade, um descaso com o próprio organismo. A legislação deveria ser mais dura com o estuprador e menos moralista com a mulher. 



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