O ATLÂNTICO SUL PERTENCE AO BRASIL

Esse pessoal, verdadeira praga aqui no facebook, que passa o dia condenando o papa, atacando o CV-II, demonizando a Teologia da Libertação, as "heresias", os "apóstatas" etc, estão ocupados demais para corrigir os próprios e imensamente maiores erros.


Lembrem-se, ser "aliado" dos EUA é, praticamente, tão ruim quanto ser seu inimigo. 

"Aliados" dos EUA? Alguns que foram aliados em algum momento: Bin Laden, Sadam Hussein, Gaddafi, Pablo Escobar, Noriega...

O porta-aviões dos ianques revela a total incapacidade do Brasil em sua própria Defesa e Soberania. 

Só para saber, na Guerra do Paraguai, os EUA ficaram do lado do ...., adivinhe ...

Estão aí para garantir o Atlântico Sul para seus interesses, que NÃO SÃO os nossos. 

Se fosse porta-aviões chinês, russo ou iraniano eu estaria dizendo a mesma coisa.

Todas as nossas grandes empresas estatais estão sob perigo, todos os recursos naturais, água, petróleo, minerais etc, idem. Amanhã poderá não haver mais água na torneira, gasolina no carro, eletricidade nos fios.

Americanos não são gente boa, nunca terão a menor consideração pela tua amizade, o porta-aviões é para proteger o Brasil DE VOCÊ, zé-mané!

A lavagem cerebral perpetrada pela seita olavista foi profunda aqui, a neodireita ainda crê piamente que o perigo está na China, na Rússia, no Islã etc, blá, blá, blá. 

O despertar do brasileiro será DOLOROSO, o berço esplêndido está ficando PEQUENO.


O pior cenário geopolítico para o Brasil seria o bloqueio naval.


Sendo o 5º maior país do mundo e a 10ª economia, o Brasil ocupa grande parte da America do Sul, com uma ampla diversidade climática, uma imensa rede hidrográfica, recursos naturais e minerais incrivelmente abundantes, vastas e diferenciadas regiões, um dos maiores litorais do mundo, no Oceano Atlântico, fazendo fronteira com todos os países da América do Sul exceto Chile e Equador. Podemos dividir o Brasil em 3 bases principais, a base amazônica, norte e noroeste, a savana tropical do cerrado, no centro do país, e o planalto brasileiro , ao longo de todo o litoral do Brasil, onde de localizam as grandes cidades e ocupação humana. O núcleo geopolítico brasileiro fica no entorno triangulado das 3 cidades principais, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A Partir do século XXI, o núcleo se desloca ou se expande, graças à importância do agronegócio, para o norte do Paraná, Mato Grosso do Sul, Sul de Goiás e Sul do Mato Grosso. É o negócio da proteína, soja e carne, sobretudo para a China. Outro fator importante é a migração para a região de indústrias pesadas (lida com matérias primas em estado bruto), em busca de áreas menos densamente povoadas. O nordeste brasileiro foi a região mais importante do Brasil, até pelo menos a chegada da Família Real Portuguesa, quando então, o Rio de Janeiro ganha proeminência. E estado de SP é o mais rico, autônomo e independente do Brasil e até os dias de hoje cria certas dificuldades e também soluções para o governo central, de Brasília, a partir de 1960. Sobre Brasília já se disse que introverte e interioriza o Brasil, tendendo a um isolacionismo, até por questões puramente geográficas e diferenças regionais. 

Sobre a Geopolítica do Brasil convém citar a obra Atlas- Texto de Geopolítica do Brasil de Therezinha de Castro. 

A obra tem doze seções 

1-Geopolítica de Tordesilhas

2-Partilha Política 

3-Sistema das Donatarias

4-Evolução Territorial 

5-Formação da Nacionalidade 

6-Espaço Político

7-Forma e Posicionamento 

8-Geopolítica do Prata

9-Geoestratégia da Amazônia 

10-Geopolítica Nacional 

11-Geopolítica Continental 

12-Relações Internacionais


Geoestratégia da Amazônia

O espaço interessa à Geopolítica na medida em que o homem o habita e o utiliza; dinamizando, tornando viva a própria Geografia. A Geopolítica tornou-se na ciência que avalia e compara as tendências permanentes do desenvolvimento e da consolidação do Poder Nacional de uma dada nação. No sentido moderno, é estratégica toda ação de preparo e aplicação do Poder Nacional tendo em vista a consecução e a manutenção dos objetivos traçados pela Política Nacional. Ramo auxiliar da Geopolítica, a Estratégia se associou à Geografia fazendo surgir a Geoestratégia. Isso posto vamos lançar alguma luz sobre a Geopolítica da Amazônia.

A bacia Amazônica, de clima equatorial, permanece, ainda, um tanto desabitada, sua riqueza é objeto de uma cobiça internacional, fizeram uma convenção internacional dobre o Amazonas, tremenda, daí o governo militar, época de forte nacionalismo, a partir de 1970, estabeleceu uma geoestratégia de habitar, integrar, explorar e vigiar o Amazonas. 

A bacia Amazônica é uma região que faz a conexão de duas áreas de grande importância estratégica no continente Sul e Centro-americano, o Caribe e o altiplano Boliviano, este último considerado mesmo o "heartland" da América do Sul. O sistema Amazónico é controlado no leste por Belém, porta de acesso ao Atlântico; por Iquitos (Peru) no oeste, ao sul por Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e no centro por Manaus, cidade que controla o tráfico interno fluvial nas direções norte-sul e leste-oeste e vice-versa. São esses, para Lewis Tambs, "os quatro pontos geopolíticos fortes da bacia"

(Lewis Tambs, foi o embaixador dos EUA na Colombia de 1983 a 1985 e da Costa Rica de 1985 a 1987)

Considerada como a maior rede hidrográfica do mundo, a bacia Amazônica é limitada ao norte pelo planalto das Guianas, ao sul pelo planalto Brasileiro, a oeste pelos Andes, e a leste pelo oceano Atlântico. 

De sua área global, 6.500.000 Km2, cerca de 70% se encontram dentro das fronteiras brasileiras, os 30% restantes estão nos territórios do Peru, Bolivia, Equador, Colômbia e Venezuela; incluindo-se a bacia do Tocantins-Araguaia, sua área seria de 7.000.000 Km², ou seja, uma área quase do tamanho do próprio Brasil.

O rio Amazonas, o eixo principal da bacia, o maior do mundo em volume de água, é o maior do Brasil, em extensão é o terceiro do mundo depois do Nilo (6.500 Km) e do Mississipi (6.416 Km2). Percorrendo 6.180 Km desde o Ucayali até o Atlântico, nasce no Peru, Ucayali, numa altitude de 4.600 metros, a apenas 120 Km do Pacifico, entra no Brasil, pela cidade de Tabatinga, estado do Amazonas, e corre por uma planície de 80 metros de altura, faltando 3.200 km, em linha reta, para atingir o Atlântico, todo o seu percurso é inteiramente navegável. Apresenta profundidades que variam dos 20 aos 140 metros, e largura que chega a 100 Km na embocadura com o Rio Negro, até 1,5 Km no trecho mais estreito, conhecido como estreito de Óbidos, no Pará. 

A ocupação da Amazônia no século XVIII pe- pelos portugueses, bem como os esforços atuais do governo brasileiro dentro da geoestratégia importantíssima de ocupar e habitar o Amazonas, foi e è medida de caráter defensivo. A extensão territorial da Amazônia brasileira, englobando a Amazônia clássica e a Amazônia legal é de 5.030.109 Km2, ou seja, são 2/3 do Brasil. "Evidentemente, quando se atiraram ao desbravamento e conquistaram este enorme espaço físico, os luso-brasileiros não dispunham de uma consciência do que ele representaria como totalidade geográfica e estratégica. Nessas condições, o Decreto-Lei nº 1.164 assinado em 1971, houve por bem declarar indispensáveis à segurança e ao desenvolvimento nacionais as terras devolutas localizadas na faixa de 100 Km de largura, em cada eixo das rodovias, na Amazônia Legal. Essa Amazônia Legal transformou-se em área de atuação da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) para que nela se iniciasse o desenvolvimento regional

Dentro da estratégia integracionista do "dar a terra sem homens da Amazónia ao homem sem terra do Nordeste", se enquadra a rodovia transversal de João Pessoa, Paraíba, a Boqueirão, no Acre, e a Transamazônica. 

São rodovias cortadas por longitudinais, a Belém-Brasilia, a Cuiabá-Santarém, e integra a região Norte ao Centro-Oeste, e a Centro-Oeste ao Centro-sul do pais. Dentro dos objetivos estruturais visa a Transamazônica à conexão com o Pacífico via Peru, enquanto a longitudinal Porto Velho-Cuiabá tomará o rumo de La-Paz na Bolívia. Por sua vez, a Perimetral-Norte, em plena selva, terá como meta estabelecer uma nova ligação com o Atlântico, bem como dar acesso às regiões fronteiriças com as Guianas, a Venezuela e a Colômbia, estando então o caminho aberto para o mar das Antilhas, aproximando-nos dos países da América Central. 


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