A GUERRA COMERCIAL E TECNOLÓGICA DOS EUA CONTRA A CHINA

 1ª parte

O governo americano, sob as mais diversas acusações contra uma lista de empresas chinesas, tenta atrasar o desenvolvimento da economia chinesa através do último item que a China ainda não consegue produzir completamente, chips para completar a cadeia de suprimento necessária para alimentar a sua faminta indústria de tecnologia.

A China tem dobrado a aposta, num esforço hercúleo para fazer sua indústria nacional se sofisticar nesse segmento estratégico.

Uma empresa local – Nuclei Systems – apresentou um projeto para driblar as restrições americanas usando a própria tecnologia americana. A Nuclei propôs um programa para formar um consorcio de empresas chinesas para investir na arquitetura de chips chamada RISC-V, uma tecnologia modular que a Universidade de Berkley criou e permite qualquer pessoa implementar, modificar e distribuir projetos de arquitetura de chips sem restrições. Uma tecnologia livre e aberta, muito popular em campos como IoT e servidores de alto desempenho.

Grandes corporações chinesas participam dessas pesquisas e criam aplicações como o sistema operacional Harmony da Huawei.

Esses projetos como o RISC-V podem acelerar a “autossuficiência” da China em áreas como a indústria de semicondutores.

Do ponto de vista jurídico, por ser livre, ela não está envolvida nos programas de sanções econômicas do governo americano.

Temos outro lado da questão levantado por Jensen Huang, CEO da Nvidia e fundador – um taiwanês naturalizado americano, sobre a proibição da venda de chips para a China. “Se [a China] não puder comprar dos EUA, eles mesmo vão fazer. Os EUA devem ter cuidado. A China é um mercado muito importante para a indústria tecnológica. Se formos privados do mercado chinês, não temos contingência para isso. Não existe outra China, existe só uma China.”. Sobre a Lei do Chip americano, ele avalia que fábricas locais podem ser construídas ou trazidas de Taiwan para os EUA: “Nós podemos, teoricamente, produzir chips fora de Taiwan, é possível, mas o mercado chinês não pode ser substituído. Isso é impossível. Portanto, você precisa se perguntar para que lado deseja avançar.” Ele conclui “se a indústria americana precisar de um terço a menos de capacidade (pela perda do mercado chinês), ninguém vai precisar de fábricas e nós vamos acabar nadando em fábricas”.

A secretária do Comercio americana Gina Raimondo reclama publicamente da Nvidia de ter de mudar as regras toda vez que a Nvidia adotava um produto alternativo para a China e que a empresa não produz nenhum chip em terras americanas. A maior preocupação da Nvidia são os chips de IA desenvolvidos pela Huawei e fabricados pela SMIC. 

Em outubro de 2022, a administração do presidente americano Biden anunciou um conjunto de controles de exportação sem precedentes que impediram as empresas chinesas de comprar chips avançados onde quer que seja desde que usassem tecnologia dos EUA, o que também incluiu equipamentos de fabricação de chips. A mídia americana gabou de que a indústria global de semicondutores era “quase inteiramente” dependente dos EUA e seus aliados. Os americanos pensaram que ganhariam esta guerra tecnológica.

O Ocidente intensificou os esforços para remodelar o canal de fornecimento de chips. Japão se tornou uma alternativa para ressurgir como uma potência de semicondutores, com sete maiores fabricantes do mundo investindo no país com subsídios estatais. O Japão promulgou em 2022 uma lei de segurança nacional de que os semicondutores são um produto essencial para a vida diária e a atividade econômica. Subsídios na casa de 1,3 trilhões de ienes para esses fabricantes estrangeiros e inclui também a política de desgelo entre o governo japonês e o da Coréia do Sul. A preocupação em relação à mão de obra especializada está na escassa crônica de engenheiros japoneses.

A Huawei após quatro anos depois da proibição do Trump para as empresas americanas de venderem os chips avançados, quando a Huawei passou globalmente a Apple em vendas de aparelhos celulares. A fabricante chinesa SMIC já consegue produzir em massa os “classe 7nm”, considerados até então fora do seu alcance até o final de 2023. Segundo fontes anônimas e a Reuters, projetam que a Huawei deve ser capaz de adquirir chips de 5G no mercado interno usando seus próprios avanços em ferramentas de design de semicondutores, juntamente com a fabricação dos chips da SMIC, também no mercado chinês.

As contramedidas chinesas vieram em junho de 2023. Primeiro impondo sanções contra a empresa de fabricante de chips americano Micron Tecnology e logo em seguida, a China dá o “golpe devastador” nos EUA ao proibir exportação de terras raras: o gálio e o germânio, que são cruciais para a indústria mundial de fabricação de chips eletrônicos. Essa mesma mídia reconheceu que a China jogou “um trunfo na guerra dos chips”. 

O especialista americano Thomas W. Pauken II em julho de 2023 afirmou: “Não sei por que é que estes países pensaram que podiam atacar a China e depois não serem atingidos”. “Se você não tem acesso às cadeias de suprimentos a fim de produzir esses eletrônicos – você está totalmente destruído e os EUA sabiam disso. Eles sabiam o quanto tinham que confiar na China para sustentar as suas fábricas. Em vez de tentar encontrar maneiras de cooperar, eles simplesmente decidiram ir em frente nos ataques contra a China”.

A China é a maior refinadora e produtora de terras raras com uma hegemonia de 63% da mineração de terras raras do mundo, 85% do processamento e 92% da produção de imãs. De acordo com as informações do Serviço Geológico dos EUA, entre 2017 e 2020, 78% dos metais de terra rara que os EUA importaram eram procedentes da China, 6% da Estônia, 5% da Malásia e 4% do Japão.

Os EUA terão que confrontar uma série de problemas, uma vez que 94% do gálio e 83% do germânio no mundo é produzido na China. 

Pauken termina dizendo: “...sem esses metais, eles não podem fazer absolutamente nada. E, obviamente, se eles querem continuar esta política de desvinculação com a China, isso só vai atingi-los mais e mais.”.

Um mês após o anúncio dessa proibição de exportação, os EUA enviaram a secretária do Tesouro e o secretário do Estado Anthony Blinken para a China e segundo a imprensa ocidental: “para não deteriorem ainda mais as relações entre os dois países desnecessariamente”. Muita coincidência, as visitas terem sido marcadas após o anúncio das medidas sobre as terras raras.

No final de setembro de 2023, as ações da TSMC despencaram com os investidores desfazendo do equivalente a U$ 1,9 bilhões em apenas uma semana numa debandada de fundos internacionais e levando junto a depreciação da moeda taiwanesa. Alguns motivos levaram a essa situação. A retração do consumo global de produtos eletrônicos e redução da projeção de uma demanda explosiva de chips para empresas de IA. O ministério taiwanês divulgou que as encomendas externas para a produção na ilha vêm com uma queda constante nas encomendas nos últimos 12 meses. Outro fator que estaria pressionando as ações da TSMC é o retorno da Huawei com os chips de 7 nm desenvolvidos e fabricados dentro da China e deve retomar parte do mercado local tomado por empresas estrangeiras.

Esse cenário negativo para a TSMC está sendo acompanhados por rumores de que ela solicitou aos maiores fornecedores de equipamentos para adiar as entregas e a produção de chips de 2 nm foi adiada para 2026. Anúncios oficiais de adiamento da abertura e produção das novas unidades fabris nos EUA, pois a atenção foi voltada para a nova unidade no Japão que deverá iniciar as operações no segundo semestre de 2024 sem os obstáculos regulatórios e sindicais americanos.

Morris Chang ou Zhang Zhongmou de 92 anos, foi a público defender que Taiwan resguarde suas três vantagens na produção como a mão de obra altamente qualificada e disposta a trabalhar muitas horas, numa crítica indireta aos EUA que o acusam de não respeitar os limites de horário. Outra vantagem é a baixa rotatividade na equipe e trem-bala ligando as três “fabs” na ilha. Ele tem se esforçado para manter na ilha a pesquisa e fabricação dos semicondutores mais avançados menores de 3 nm.

Stephen Walt da Universidade de Harvard afirma que mesmo com a nova “fab” no Texas “não estarão aptos a substituir as capacidades da indústria de chips de Taiwan nos próximos dez anos, pelo menos”. Em relação à “fab” no Japão, não serão produzidos chips avançados, mas só os mais maduros de 22 nm e talvez 12 nm. Isso faz parte da estratégia de diminuir o risco permanente de uma invasão de Taiwan pela China.


Essa Guerra Fria 2.0 tem o discurso dos dois lados, o americano que diz ser contra a dissociação, mas estão tentando dissociar a China da tecnologia de ponta na fabricação de chips. Do lado chinês que também diz serem contra a dissociação, tentam se desacoplar da dependência de tecnologia importada com a construção de uma cadeia de autossuficiência – “Made in China 2025”. Cada um busca uma estratégia de dissociação diferente, que atenda aos seus próprios interesses.

Em qualquer cenário de conflito real, a indústria de chips de Taiwan seria interrompida imediatamente, pois requer enormes quantidade de eletricidade fornecida por meio de embarques de gás natural liquefeito que seria interrompido por um bloqueio naval. Além disso, importações regulares de produtos químicos e matérias-primas de outros países, principalmente do Japão seria cortada. Ou seja, não funcionariam de nenhuma forma e nem sequer seria necessário bombardear essas instalações.


Em 30 de agosto de 2023, foi antecipado o lançamento do smartphone Huawei Mate 60 Pro sem alarde, no momento em que Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA responsável pelas sanções americanas chegou a uma visita à China. Foi uma provocação às dúvidas que ela tinha colocado na capacidade chinesa de produzir chips de 7nm, vencendo as sanções americanas impostas quatro anos atrás.

Nesse evento presidida pela filha do fundador da Huawei, que foi mantida em prisão domiciliar no Canadá, por ordem dos EUA, acusada de desrespeitar sanções americanas contra o Irã, até setembro de 2021. A outra novidade anunciada por ela foi o cancelamento da compatibilidade com os aplicativos Android da Google e tornando o seu HarmonyOS, o terceiro sistema operacional independente, a exemplo do iOS da Apple. 

Quando Trump proibiu o uso do Android pela Huawei, a Google havia se posicionado contra essa ordem, pois tinha receio que a Huawei acelerasse o desenvolvimento do seu sistema operacional HarmonyOS. Uma vez que a origem desse sistema operacional não havia sido feita para fazer frente ao Android, mas pela necessidade de um sistema operacional feito para IoT, usado em telecomunicações com 5G.

A Huawei é a maior empresa de telecomunicação do mundo e agora está se transformando também numa empresa de software e inteligência artificial em função das proibições impostas no governo Trump. Outro nome de destaque na Huawei é He Tingbo, presidente do comitê de cientistas da Huawei e da subsidiaria de chips HiSilicon e é tratada como “a supermulher que destruiu as sanções dos EUA após quatro anos no inferno”.

O EUA começou a investigar de como e se a China conseguiu realmente esse feito, mas sem sucesso pois o silêncio de todas as empresas chinesas envolvidos não dão pistas.

A grande surpresa veio poucos meses depois, quando a consultoria canadense TechInsights, uma referência global em testes de produtos de tecnologia para novos avanços no setor, tomou um susto quando abriu o drive ZhiTai Ti600: “Descobrimos o chip de memória 3D NAND mais avançado do mundo, ele veio da YMTC (Yangtze Memory Tecnologies Corp. - empresa chinesa em Wuhan), num salto tecnológico surpreendente” e que havia sido sancionada pelo governo americano em 2022 quando chegou a ameaçar o domínio das empresas ocidentais.

3D NAND é um tipo de memória flash, usado em SSD, essencial para inteligência artificial e outras aplicações de ponta. A memória da YMTC tem 232 camadas e a maior densidade de bits, de 19.8 Gb/mm2, já construída nesse tipo de memória. O desenvolvimento se deu mesmo prejudicada pelas sanções que impediram o acesso a maquinários da americana Lam Research e a proibição de suas vendas para a Apple entre outras restrições.

A empresa de Wuhan teria investido todo o aporte, cerca de U$ 7 bilhões, recebido em 2022 do maior fundo de tecnologia “Big Fund” que reúne recursos privados e estatais que investem sob a orientação do governo. No ano atual, segundo a Financial Times, a YMTC levantou uma nova rodada de capital na casa de bilhões que será utilizado para adquirir maquinários desenvolvidos em conjunto com fornecedores nacionais como foi feito pela Huawei e SMIC para chips de 7nm. Imagens de satélite mostram que a YMTC acaba de concluir a construção da segunda “fab” (fábrica de chips) de grande magnitude.

Outra empresa chinesa Changxin Xinqiao Memory Tecnologies, concorrente da americana Micron e a coreana Samsung em chips de memória DRAM, levantou U$ 5,4 bilhões desse mesmo fundo.

Há cada vez mais evidências de que o impulso da China para superar as restrições comerciais impostas pelo Tio Sam e construir sua própria cadeia de suprimentos para semicondutores é mais bem-sucedido do que se esperava”.

Uma nova rodada de sanções americanas se intensificou em novembro de 2023, voltada mais uma vez ao objetivo de restringir o acesso da China a chips de IA. O golpe foi recebido sem alardes, segundo se disse, com pouco impacto.

Burn J. Lin, ex-vice presidente da taiwanesa TSMC comentou à Bloomberg: “é inútil os EUA tentarem limitar o progresso da China, que já adorou uma estratégia na qual toda a nação se envolve, para impulsionar sua indústria de chips. Washington está, na verdade, prejudicando a economia mundial”.

É um fato que as sanções, restrições e boicotes, modus operandi característico dos EUA, repercute no crescimento do nacionalismo do povo chinês, os EUA, ironicamente, estão funcionando como um catalisador para um maior desenvolvimento da tecnologia chinesa.

Três consultorias de pesquisa do setor, Counterpoint, Jefferies e Canalys divulgaram que o smartphone Mate 60 Pro, da Huawei, vendeu 1,6 milhões em um mês e meio, fazendo a marca ressurgir, deixando mesmo o novo iPhone 15 para trás, cujas vendas caíram 4,5% abaixo do modelo anterior. O modelo da Huawei continuou, após o lançamento que esgotou em poucos dias, com filas de espera e sendo vendido com ágio no mercado paralelo. Huawei anunciou que esse modelo seria vendido somente no mercado chinês (não é encontrado nem mesmo em Hong Kong) com a nova versão do seu sistema operacional HarmonyOS. Tim Cook foi à China para fazer um “controle de danos” do celular da Apple, o que resultou numa redução de 15% nos preços do iPhone, estabelecidos pela Apple na China.

Daniel Nystedt, analista do mercado de chips, especula que a tecnologia chinesa é de uma geração anterior, mais simples, no limite dos 7nm. 






2ª parte

O processo utilizado atualmente pela TSMC, a principal empresa de semicondutores de Taiwan, ponto fulcral do imperialismo norte-americano em sua ânsia de sobrepujar o crescimento do dragão chinês, processo para reduzir o tamanho dos chips é conhecido como EUV (extreme ultraviolet) da empresa holandesa ASML, para a fabricação dos famosos chips de 3nm. A Apple teria comprado toda a produção de 2023 do semicondutor de 3nm da empresa taiwanesa.

O governo chinês acabou restringindo o uso de iPhone por funcionários de governos locais e empresa estatais chinesas. Com tudo isso, projeta-se que dez milhões de iPhones deixarão de ser vendidos em 2024 e também a fabricante de chips Qualcomm deverá deixar de vender entre 50 e 60 milhões de semicondutores.

Foi festejado o avanço da Shanghai Micro que começou a entregar, em 2023, máquinas de litografia para fazer chips de 28 nm, mais usados em carros elétricos e mísseis.

A China está fazendo o seu supply chain (cadeia de suprimentos, ou seja, uma ligação ou interligação entre processos, empresas e pessoas) interno e é o maior mercado do mundo. Isso se reflete nas quedas drásticas no preço dos chips. Se as empresas ocidentais não puderem vender para a China, o mercado restante não terá a demanda necessária e os preços mundiais cairão.

Uma investigação, no início de 2024, mostrou que o Congresso americano descobriu que cinco empresas americanas de capital de risco (GGV Capital, GSR Ventures, Qualcomm Ventures, Sequoia Capital eva Walden International) investiram mais de U$ 1 bilhão em mais de 150 empresas chinesas, após a lei de proibição americana. Inclusive cerca de U$ 180 milhões em empresas que o governo dos EUA acusa de estarem ligadas ao exército de Beijing como a SMIC. A Sequoia anunciou que separaria a divisão chinesa de suas operações, e a GGV Capital de separou de seus negócios focados na Ásia.

O novo chip da Nvidia, A100, é considerado o mais potente usado em aplicações de IA e são proibidos de serem vendidos para a China. São fabricados com equipamentos litográficos sofisticados, e, segundo se diz, a China não tem acesso. Contudo, a China introduziu recentemente uma extraordinária inovação para quebrar esse paradigma: a ACCEL (All-Analogue Chip Combining Electronics and Light), um passo revolucionário, utiliza as propriedades de fótons para computação e transmissão de informações. É tecnologia desenvolvida na Universidade de Tsinghua, a mais prestigiosa da China, em Beijing.

Testes laboratoriais demonstram uma velocidade impressionante de 4.6 PFLOPS, ultrapassando o chip A100 da Nvidia em 3.000 vezes e um consumo de energia de 4 milhões de vezes menor. O fabuloso chip da ACCEL tem potencial para tornar o fantástico chip NVIDIA numa palavra, superado. O processo de fabricação do ACCEL usa tecnologia de 180 nm, de 20 anos atrás. As aplicações para esse novo tipo de chip têm inúmeros candidatos, como carros elétricos, máquinas, motores, usinas, fábricas inteligentes, robótica, engenhos mecânicos, elétricos, eletrônicos etc, além das aplicações de IA e com um baixo consumo energético, com mais tempo da bateria e gerando pouco calor. 

Embora não vá substituir imediatamente os chips existentes, o chip ACCEL é promissor para o futuro da tecnologia de IA e representa uma vantagem competitiva mundial, levando a China para uma posição de liderança.



Vladimir Putin 

Em um vídeo do YouTube intitulado "Será pior do que já se viu", Putin fala publicamente e pela primeira vez, desde o início da crise na Ucrânia, sobre as armas nucleares russas, e alertou sobre as possíveis consequências de um conflito militar com o Ocidente. Putin enfatizou a importância de manter o equilíbrio de poder global e evitar uma nova corrida armamentista, criticou os Estados Unidos por sua retirada dos tratados internacionais e por sua obstinada presença militar perto das fronteiras russas. Vladímir  também questionou a lógica das potências ocidentais de fornecerem armas às zonas de conflito e alertou para os perigos de uma escalada, citando como exemplo o envolvimento da Alemanha na Ucrânia. 

Putin reafirmou o compromisso da Rússia de responder de modo devastador a qualquer agressão, destacou o significado histórico da sua energia nuclear como o pilar central da sua estratégia de defesa. 

Vladimir Putin asseverou que o arsenal nuclear da Rússia é bastante mais poderoso do que as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima. Também mencionou a possibilidade, se a Rússia for atacada, de utilizar armas de longo alcance em territórios de aliados belicosos das nações ocidentais. Caso o Ocidente prossiga em sua paranoia belicosa, a Rússia vai fornecer ogivas nucleares e sistema de lançamento aos principais inimigos da OTAN e dos EUA. Putin considera uma fantasia pueril a ideia de que a Rússia pretende atacar qualquer país europeu ou da OTAN, isso é simplesmente falso, acusou o Ocidente de espalhar desinformação para justificar o envio de armas para a Ucrânia, este é o ponto que calou toda a mídia escrava ocidental. 

A Rússia não tem intenção de atacar o Ocidente, a questão é o constante fornecimento de armas pelas potências ocidentais à Ucrânia e a ameaça potencial para o território russo. Qual a lógica dos países submissos a Washington enviarem armas para zonas de conflito para atacar territórios russos? Putin criticou a tendência marketeira de colocar a Rússia como uma potência imperialista. Segundo o líder russo, a entrega de armas em zonas de conflito representa riscos perigosos para a Europa. Putin enfatizou as tensões históricas e as feridas profundas entre a Rússia e a Europa, na 2ª guerra mundial. A autorização para a Ucrânia usar armas alemãs contra alvos militares russos é uma escalada perigosa. Putin destacou o significado histórico da energia nuclear da Rússia como um pilar central da sua estratégia de defesa, desde a era soviética. A evolução do arsenal nuclear da Rússia é uma prova da sua capacidade de inovar e manter a sua posição como uma superpotência militar.

O líder ainda insistiu que o modo russo de ser no mundo nunca se notabilizou por blefar ou usar de bravatas. A Rússia se defenderá utilizando todos os meios necessários. 

Nesta mesma semana, Putin declarou que as forças armadas ucranianas estão inoperantes, impossibilitadas de prosseguirem e de mudarem minimamente o rumo das coisas no campo de batalha. Exortou a Ucrânia a cessar as hostilidade contra o Donbass e regiões de maioria russa, e falou sobre a inutilidade da Ucrânia e do Ocidente prosseguirem em seus intentos paranóicos, histéricos e lesivos em relação à Federação Russa. 

Mais uma vez, o líder, cada vez mais admirado no Ocidente, se notabiliza pela segurança, tranquilidade, equilíbrio e perfeito senso de soberania, sem jamais parecer arrogante,  triunfal ou vingativo, características muito mais associadas aos ocidentais.

 Portadores de mísseis hipersônicos Zircon aparecerão pela primeira vez a poucos segundos de vôo dos Estados Unidos

 A 180 km da costa da Flórida americana - em Cuba, no dia 12 de junho, está prevista a chegada de um grupo de navios da Marinha Russa, que inclui a fragata de mísseis Zircon, Almirante Gorshkov, além do submarino nuclear Kazan, o qual transporta os mísseis de cruzeiro Calibre, além dos poderosos zircon. 





ISRAEL

Um ataque brutal desferido pelas forças israelenses atingiu uma escola de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Hospedava pessoas deslocadas em Nuseirat, na Faixa de Gaza, foram dezenas de mortes, de civis.

O governo local, controlado pelo Hamas, mencionou 40 óbitos, as IDFs dizem que houve apenas 20 mortos.

As Força Armadas de Israel não esconderam que atingiram o local, mas justificaram a ação bélica contra civis palestinos alegando que eram perigosíssimos "terroristas do Hamas" supostamente disfarçados de civis dentro da instituição de ensino. A agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), que administrava o espaço, negou completamente a versão da contra-informação sionista.

"Antes do ataque tomamos medidas para reduzir o risco de ferir civis", explicou um porta-voz do Exército israelense. Será que seria o caso de "não ferir civis" e sim eliminá-los? É uma pergunta.

Antonio Guterres, da ONU, denunciou que ocorreu mais um de uma série de "exemplos aterrorizantes pagos pelos civis", em Gaza.

Enquanto isso, 17 países, entre eles o Brasil, pediram aos líderes de Israel e do Hamas que estabeleçam compromissos para concluir um acordo sobre cessar-fogo e libertação dos reféns, com base no plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. 

Não quero ser pessimista, mas plano de Biden soa para mim como asa de cachorro e pena de gato. 

O incendiário Ben Gvir, bastante conhecido por ser extremamente pessimista quando tudo vai bem e exageradamente otimista quando tudo parece perdido, aproveitou para exortar a escalação da guerra no sul do Líbano. 



A Arábia Saudita diz estar aberta para negociar petróleo em outras moedas que não o dólar americano. O ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed Al-Jadaan já faz as tratativas para a comercialização de petróleo em outras moedas.

O acordo econômico-militar que criou o petrodólar, assinado entre os EUA e a coligação dos países produtores de petróleo, liderados pela Arábia Saudita, CHEGA AO FIM. Este acordo, lá de 1974, desvinculou o lastro baseado em ouro. 

A partir de 09 de junho, a Arábia Saudita (e demais grandes produtores) poderão negociar seu petróleo em yuan, yene, euro, rublo etc, etc. O acordo não será renovado. É a abertura do mercado petrolífero e um começo do fim do poder do dólar no mundo.

Enquanto os laços entre China e a Arábia Saudita ficam mais fortes, o mesmo não pode ser dito para a relação dos americanos e os sauditas.


 

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