ORDEM ECONÔMICA GLOBAL JÁ ENTROU EM COLAPSO

 ARGENTINA

A ordem econômica global está entrando em colapso, segundo a revista The economist pertencente à dinastia sionista e globalista Rothschild, a qual detém uns 30% das ações da editora. A The Economist já admite um certo declínio do G7 - o grupo dos 7 países mais ricos e industrializados do Ocidente, contudo o G7, EUA, Canadá, Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália, já apresentam um processo de desindustrialização.

Ambrose Evans-Pritchard, do jornal inglês 'The Telegraph', afirma que as reservas de gás de xisto e reservas de lítio da Argentina desafiam a China.

 A ordem mundial vai deixando, aos poucos, a unipolaridade anglo-sionista-estadunidense para uma ordem multipolar. 

O avanço dos BRICS+ é o fenômeno geopolítico mais importante de nossa época.  

Uma obra que se debruçou sobre o assunto da perda da hegemonia ocidental veio da pena do ilustre pensador francês Emmanuel Todd, "A Derrota do Ocidente"

Evans-Pritchard, numa série de artigos meio bombásticos promoveu o atual presidente argentino, Javier Milei, como um verdadeiro messias geopolítico. A personalidade bizarra de Milei propaga que o gás de xisto e o lítio argentino significam a ressurreição do G7 e uma rasteira nos BRICS+, grupo que Milei sempre esnobou, dada sua adoração pelos EUA, Israel e OTAN. Millei é de tal maneira um entusiasta da cultura anglo-sionista que até esqueceu todas as disputas em torno das ilhas Malvinas. Graças ao xisto e ao lítio, "a Argentina de Milei" está se tornando o Texas da América Latina", as "extensas reservas de gás de xisto constituem a arma econômica mais poderosa do presidente", diz Pritchard. Milei colocou os recursos naturais da Argentina no centro do seu plano de "ressurreição econômica."

Será que agora vai? O xisto está lá no norte da Patagônia, especialmente na bacia de Vaca Muerta, e de lá virão os dólares necessários para levantar o arruinado peso argentino".

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, Vaca Muerta orgulha-se de ser “a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo” e “a quarta maior reserva de óleo de xisto”, talvez venha a ser a maior do mundo se somarmos a descoberta recente na bacia de Palermo Aike, no extremo sul da Argentina.

Milei transformará a Argentina em um petro-Estado, e em um lítio-Estado?. 

A produção de lítio da Argentina, segundo Pritchard "ameaça o domínio da China em minerais críticos." A “luta geopolítica pela supremacia da tecnologia limpa” deslocou-se para os lagos salgados da cordilheira argentina, para onde converge o “triângulo de lítio dos altos Andes”, onde “a China e o Ocidente (sic) lutam pelo controle de 60% das reservas mundiais de lítio". O lítio é, portanto, um “mineral crítico para as baterias dos veículos elétricos e para a economia descarbonizada”. O lítio representaria na Argentina sob a face lúdica de Milei, o firme combate à penetração da China na América do Sul, e com isso Millei ganha uns pontos no seu romance com o mundo anglo-americano, incluindo aí a OTAN, a Tesla e a SpaceX. 

Millei está, segundo suas próprias palavras, desafiando a China, lançando as bases para uma revolução de livre-mercado na Argentina. Millei desafia o mercado mais livre do mundo, o chinês, ou seja, ao desafiar o maior e mais livre mercado do mundo, Millei estaria defendendo o livre-mercado. Tem algo errado, não é, o mundo de Millei, anglo-americano está se fechando, praticando boicotes, sanções, dificuldades sem fim, justamente por não aceitarem mais livre-mercado nenhum, exceto o seu próprio livre-mercado. 

As últimas horas em Buenos Aires, capital da Argentina, foram marcadas por protestos generalizados contra a polêmica "Reforma Fiscal e Trabalhista" do Millei, um ataque direto aos direitos das pessoas que trabalham, que recolhem o lixo, que limpam as tubulações das hidrelétricas, que varrem os palácios e limpam os banheiros dos ricos e bem nascidos, como por exemplo, o próprio Millei. Os confrontos na Argentina já se tornam violentos. Carros são incendiados, políticos da oposição ficaram feridos durante os confrontos. Os manifestantes permanecem implacáveis, com atos de resistência e solidariedade testemunhados em toda Buenos Aires. Os manifestantes expressavam o seu desespero contra um governo insensível e autoritário. A tensão cresceu no Congresso, senadores debateram durante 12 horas, resultando num empate, e a vice-presidente Victoria Villaruel votou a favor do governo. O governo venceu, significa, segundo Millei, que a crise está debelada. Só que a decisão foi recebida com forte desaprovação por parte de muitos argentinos, por isso os protestos contínuos em todo o país. A violência e a repressão despertaram a atenção internacional. Millei diz que os manifestantes são terroristas. O futuro da Argentina parece incerto.

Boa parte da sociedade Argentina sabe que Millei está removendo políticas públicas e sociais de décadas, e pretende entregar recursos e infraestruturas a compradores estrangeiros, em especial, certas figuras abonadas nos EUA, Israel e Reino Unido. 

 Os poderes excepcionais concedidos a Millei em questões administrativas, econômicas, financeiras e energéticas são muito criticados agora. A violência não poupa políticos e legisladores da oposição como Carlos Castañeta, Leopoldo Moreau, Luis Basterra, Juan Manuel Pedrini e Eduardo Valdés, feridos durante os confrontos. A repressão brutal de Millei fez crescer ainda mais a convicção dos manifestantes, estamos assistindo a atos de desespero contra um governo completamente insensível, imbuído de uma espécie de fé messiânica, parece que já ouvimos falar disso....

Um vídeo mostrou imagens de tanques dispersando multidões com canhões de água e gás lacrimogêneo. Os buenairenses reuniram-se em praças e avenidas, montaram barricadas, entraram em franco confronto com as forças policiais.  

O libertário Millei se vende como libertador e, agora que aprovou seu projeto, chama a oposição de terrorista.

Mas vamos falar ainda um pouco sobre Javier Milei. A impressão é de uma figura tresloucada, cabelos desgrenhados, gestos desarticulados, olhos injetados, temperamento colérico, uma das mais estranhas figuras da política neoliberal e libertária da atualidade. Chama seus adversários de parasitas, o congresso é um "ninho de ratos", ameaçou urinar nos governadores, só que agora precisa deles. 

O paraíso do livre-mercado prometido por Javier demora um pouquinho, é o que parece.  A inflação de 300% deve ceder enquanto o libertário apaga os incêndios com os 44 bilhões emprestados, em partes, do FMI. A infraestrutura argentina carece de manutenção, novas obras não saem do papel. Universidades públicas não tem financiamento, Millei cortou a publicidade, mas é vendido como um defensor da liberdade de expressão. Líderes de associações, cooperativas e sindicatos podem ser algemados, confiscados e levados, em frente à familia, no meio da noite. 

Um amigo argentino meu, de Santos, voltou correndo para a Argentina, pela 2ª vez em seis meses, senão não recebe a sua pensão. 

Millei é o show-man que lota auditórios, recusou os novos caças JF-17 chineses, não servem, são "comunistas", os bons são os velhos e caros F-16 americanos, e já anuncia que enviará aviões de combate para o Zelenski, imagino que sejam os F-16. 

O que está dando mesmo certo na Argentina? O ID digital da leitura da retina, tecnologia sionista, Millei colocou 250 leitores, o argentino IDentificado recebe 80 dólares de "renda básica universal".



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

IA determina a destruição em Gaza

Israel FORJOU o ataque do 07 de outubro