O LADO CERTO DO BRASIL É O BRASIL

 TAIWAN 

Durante quase um século, os EUA impuseram uma hegemonia mundial calcada no poder militar, na influência do dólar e no controle dos mercados internacionais. Mas as coisas mudaram, o declínio estadunidense está em curso e o gigante americano só tem a perder ao maltratar países como China, Rússia e o Irã. O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse recentemente que é importante manter um diálogo de alto nível com a China, dado o seu poder econômico, militar e político. A excepcional arrogância imperialista se curva à superioridade do gigante asiático. Há várias décadas a nação imperialista, calcada no modelo do império romano, mas sem a mesma capacidade de prover direito, religião e segurança, mantém a hegemonia global totalmente calçada em uma temível máquina de guerra, no poder do dólar e no controle sobre a economia mundial através do fundo monetário internacional, o FMI, o Banco Mundial e a OMC, organização internacional de comércio. Mas os EUA estão entrando em estagnação. Novos e poderosos atores surgiram no cenário global nas últimas décadas, e são os herdeiros das revoluções que abalaram o mundo no início do século XX. China e Rússia desafiam o domínio do império norte-americano. 

A China tornou-se o maior adversário económico de Washington, e disputa mercados em todo o planeta. O poder produtivo, econômico e comercial do gigante asiático e os seus laços com a Rússia, um poderoso estado cristão e militar impedem os EUA de prosseguirem no seu método de impor sua hegemonia através da chantagem e da força. Daí, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em reunião com o ministro da Defesa chinês, Dong Jung, fala em desenvolvimento saudável das relações militares entre Washington e Pequim, em criar um consenso, em explorar as rotas corretas para os seus exércitos estabelecerem boas relações. Ao mesmo tempo os EUA cercam a China com bases militares no Japão, Okinawa, Indonesia, e precisa de Taiwan para fechar o cerco e dificultar o acesso da China ao Pacífico profundo. Washington apoia forças separatistas e neoliberais de Taiwan, Pequim exige que o hegemon imperialista pare de fornecer armas e munições à ilha. Lloyd Austin diz que os EUA mantém uma relação baseada na competição saudável. Ao mesmo tempo os carros chineses tem o preço dobrado para o consumo do americano. Austin faz de conta que Taiwan é um país aliado dos EUA e faz ouvido mouco ao fato de que a ilha faz parte da CHINA única, 

 Washington modera o tom com a China, mas é o canto da sereia, a China NÃO tem problemas com a Rússia e o Irã e não vai se voltar contra a Rússia.

Os produtos da nação asiática, de semicondutores a carros eléctricos, destroem assim a alardeada liberdade de comércio dos EUA e o mito do "Mercado Livre". 

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Juang Wen Bin, declarou que Washington adotou a hipocrisia como modo "normal" de existência, o que o Império diz é exatamente o contrário do que o que ele faz e vai fazer. 

Os EUA, então, acusam a China de apoiar a Rússia no conflito Ucrânia, ao mesmo tempo enviam todo tipo de ajuda militar para KIEV.  

A verdade é que o comércio realizado entre Pequim e Moscou é o comércio normal, natural, e não o comércio dos ianques, lá da Raytheon, Lockheed Martin, Northrop, Pentágono etc. 

As dores do Tio Sam é que a China e a Rússia dispensam mais e mais o dólar e estimulam o uso de suas próprias moedas, algo intolerável para o Império Iluminati. 

Sem o dólar os EUA não tem como torcer a corda no pescoço da humanidade, sua moeda é a principal ferramenta de dominação, permite aos EUA criar dívidas infinitas com os outros povos mas quem paga a conta são os outros povos.

Assim, a nação imperialista e seus satélites europeus estão trilhando o caminho da histeria, praticamente à beira de um ataque de nervos. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, foi recentemente à China numa missão de pressão, pretendendo obrigar Pequim a afastar-se de Moscou. 

Blinken se encontrou com o Presidente Xi Jinping, o qual reafirmou a parceria e a cooperação estratégica com a Rússia. 

Se não me engano, Blinken, perplexo pegou sua guitarra elétrica e foi tocar com amigos de Zelenski em Kiev, num clube privê.

Os acordos de Putin e Jinping são de cooperação militar, exercícios de patrulha conjunta, marítimas e aéreas, bem como de cooperação econômica, sobretudo energética. As trocas comerciais entre ambas as nações atingirão 240 bilhões de dólares, mas sem o dólar, a substituição do dólar pelo Yuan, o rublo e o ouro cresce sem parar. 

O gigante asiático é o maior parceiro comercial de Moscou já há 14 anos, a Rússia exporta madeira, metais, celulose, papel, alimentos, insumos agrícolas, matérias-primas e combustíveis para a China, e recebe máquinas, equipamentos, veículos de transporte, produtos do indústria química, têxtil, o processamento conjunto de terras raras é parte de sua aliança.  

Putin declarou que Moscou aumentará o fornecimento de petróleo e gás natural, abastecendo a China de forma ininterrupta, garantindo energia, calor e luz à grandes plantas industriais, empresas, cidades e vilas chinesas.

Washington e os países em sua órbita estão cada vez mais paranóicos com a formação do mundo multipolar, liderado pelos dois gigantes asiáticos.

Ninguém mais contesta que a Ásia é o continente do século XXI e a China a sua locomotiva. 

Ao imperialismo restou a matança de civis indefesos na Palestina, a destruição de uma etnia, a ucraniana, jogada artificialmente contra a Rússia, e o escalar de planos belicosos em relação à ilha chinesa de Taiwan.  



QUAL É O LADO DO BRASIL

Por que o Brasil deveria escolher um lado? 

Não, não deveria, seu exemplo deveria ser algo entre a Índia e a Turquia, mas nenhum modelo é ideal para o Brasil, exceto o seu próprio modelo, único, específico. Falta ainda a visão estratégica ao Brasil, o núcleo duro, o qual independe de governos e influências externas, já abordei esta questão da inteligência, de se estabelecer um poder de estado, estratégico e permanente. 

Mais quais os lados, hoje em dia? São o BRICS, liderado pela China e pela Rússia, e o bloco ocidental de países, liderado pelos Estados Unidos. O Brasil já é membro permanente dos BRICS, precisa crescer junto com o bloco multipolar, e o Brasil tem boas relações com os EUA, um país imperialista com o qual sempre se deve ter cuidado. Mas há ainda uma terceira opção, a que mais se aproxima daquilo que o Brasil deveria escolher para si mesmo, o conceito de não alinhamento “ativo”, que se originou na América Latina, na década de 2020.

Durante a presidência de Donald Trump e a pandemia do coronavírus, certas políticas internacionais lançaram certas garras na América Latina. Os republicanos, então, se valeram de ferramentas coercitivas, por exemplo, o aumento das tarifas sobre o alumínio e o aço da Argentina e do Brasil, a "Operação Gideon" contra Nicolás Maduro na Venezuela, e a corrida por vacinas promovida pelos Estados Unidos, Índia, Rússia e China. Pesquisem a Operação Gideon, um conto impressionante de arrogância e incompetência. Oito homens foram mortos pelas forças armadas da Venezuela na cidade costeira de Macuto. Dezenas de outras pessoas foram capturadas e permanecem presas em Caracas. Um punhado escapou. O grupo, liderado por uma espécie de mercenário das forças especiais dos EUA, pretendia capturar Nicolas Maduro e colocar Guaidó na presidência da Venezuela. Coma a perigosa farsa ocorreu no auge da pandemia de coronavírus, o episódio vergonhoso passou batido. 

Continuando. A América Latina ainda não consegue seguir sua própria política independentemente do cenário mundial. 

A rivalidade que se desenvolve hoje entre Pequim e Washington está afastando o mundo de uma ordem baseada na unipolaridade para uma “nova guerra fria”. Nesse caso, o potencial dos países latino-americanos é pequeno, ou conquistam uma posição em alguma “esfera de influência” ou criam algum tipo de projeto próprio que não seja adjacente a nenhum dos polos.

No contexto da formação de uma nova ordem mundial, a formação potencial de um novo "Movimento Não Alinhado" terá suas próprias características. Em primeiro lugar, será uma luta por autonomia e interesses nacionais, não apenas no contexto do antagonismo das grandes potências, mas no contexto da divergência de interesses dos países do G7 e os do Sul Global, o qual desperdiça muitas oportunidades de desenvolvimento devido a suas divisões artificiais internas.

Lá por 1950, no início da Guerra Fria, os países da África, Ásia e América América enfrentaram um dilema, escolher entre Moscou e Washington, e escolheram a "3ª via". 29 chefes de estado da Ásia e África se reuniram na conferência de Bandung, Indonésia, em 1955, a convite de Jawaharlal Nehru, da India, Amhed Sukarno, da Indonésia e Gamal Abdel Nasser do Egipto. Isso levou a criação, em 1961, em Belgrado, do "movimento dos países não alinhados" (Noal), que dura até hoje. O sociólogo inglês Peter Worsley batizou este alinhamento, dos "não-alinhados", de "Terceiro Mundo", o 1º eram os países ricos e desenvolvidos, o 2º, os países focados no socialismo.

O Noal não teve na América Latina a mesma acolhida tida na África e na Ásia. Em 2020, após muitas incertezas e indecisões, 14 países da América Latina e 13 do Caribe são membros do Noal. Hoje sao 117 membros, só que os 3 grandes, Argentina, Brasil e México não se vêem como "não alinhados", não se unem e não sai soberanos. 

A guerra fria teve consequências funestas para a América Latina, podemos citar os conflitos tirânicos perpetrados pelo imperialismo liberal norte-americano impostos à Guatemala em 1954, República Dominicana em 1965, Chile em 1973, Granada 1983, e Panamá em 1989. Cuba continua a pagar um alto preço por sua admirável obstinação em se manter independente do sistema plutocrático estadunidense. Não há razões para crer que a 2ª guerra fria não terá repercussões negativas sobre a América Latina, em verdade, o efeito hoje será até muito maior, dada influência da produção e da economia chinesa no continente sulamericano. Compare o momento atual, da guerra fria 2.0 com o da guerra fria 1.0 onde a influência soviética era mais ideológica do que econômica.

 Não se trata mais de uma disputa direita x esquerda, só desavisados ainda raciocinam sob essa semântica. Hoje, governos conservadores, ou ditos "de direita", tem tanto a perder quanto os "progressistas" ou mais "à esquerda". 

A AL precisa deixar, com urgência, de ser zona de influência de poderosos, de ser quintal de alguém com ogivas nucleares, ser zona de retaguarda, o eterno fazendão de recursos primários. 

O desafio da América Latina é ir além das diferenças ideológicas dos governos que se sucedem. A AL precisa de ter um ponto próprio de convergência, ir ao encontro de seu próprio destino, estamos aqui tratando de independência nacional e soberania. 

O Brasil deve ser a ponta de lança da AL, e quem se posicionar contra a união, a coesão social, a busca do desenvolvimento da coesão nacional, da soberania individual e do sentimento de bloco e união do continente sulamericano deve ser visto com ressalvas. 

E o Larry Fink, CEO da BlackRock, poderoso fundo de investimentos dos super ricos, pessoal, 450 bilionários são donos de 70 % do dinheiro do mundo, mas o que diz o gestor dos ativos do BlackRock: 

"Atualmente, a média da dívida em relação ao PIB do G7 é de 129%. Não importa o quanto tributemos, cortemos ou reduzamos essa dívida, isso não será suficiente... É por isso que a construção de novas infraestruturas é fundamental, especialmente por meio de parcerias público-privadas." 

Fazer parcerias público-privadas? Investir em infraestrutura? Maravilha, é isso o que temos dito aqui, desde o 1⁰ vídeo do canal, O BlackRock quer construir aeroportos, fábrica de aviões também? Que tal ferrovias? Precisamos escoar nossa produção pelo Pacífico também, quem se habilita? Os ianques? Duvido. Quem costuma investir? O que vc pensou? Quem se liga em PRODUÇÃO O BlackRock, viciado em financeirização quer produção, está pensando em reconstruir a Ucrânia? Mr Flink? Já combinou com os russos? E com os chineses? 






























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