O FRACASSO DO IMPÉRIO AMERICANO
O Presidente Donald Trump tem sido rápido na sua política. Numa dúzia de semanas, derrubou o « imperialismo americano» em favor do seu « excepcionalismo».
Trump está cortando na burocracia federal suprimindo agências, despedindo 230.000 agentes federais.
Já faz um pouco mais de três meses que Donald Trump iniciou o seu segundo mandato na Casa Branca.
Ele lançou um monte de decretos de todo o género, dando a impressão de ter muita pressa e afobação.
Começou a descolonizar "o império americano". Mas vejam, sua tentativa de fazer isso em 2017 foi um tremendo fracasso, agora mudou de método.
Ao oitavo dia do seu primeiro mandato, já tinha removido o Chefe de Estado-Maior e do Director da CIA do Conselho de Segurança Nacional . Seguiu-se uma revolta da administração que o forçou, duas semanas depois, a despedir o Conselheiro de Segurança Nacional, o General Michael Flynn.
Este caso deixou resquícios uma vez que a Segurança Nacional, durante a última campanha eleitoral fez desaparecer o computador de Hunter Biden e que os diziam que esse computador existia foram chamados de agentes de desinformação russa. Desta vez, Donald Trump arrancou esses figuras logo de cara, mas ainda não se falou do computador.
O presidente vem com sangue nos olhos, mandou para a aposentadoria um monte de funcionários que o confrontaram no seu primeiro mandato, dissolveu o Federal Executive Institute desse pessoal. 15 políticos (entre os quais o antigo Presidente Joe Biden e a antiga Secretária de Estado Hillary Clinton) perderam suas credenciais especiais, ou seja, Trump não vai mais vê-los no seu caminho. Também demitiu seis funcionários do Conselho de Segurança Nacional, em 2 de Abril, porque continuavam conspirando com os agitadores neocons.
Uma vez que esta gente foi colocada para fora, Trump iniciou negociações na Ucrânia, na Palestina e no Irã. Ele deu um sabão no jázaro não-eleito, o ucraniano, Volodymyr Zelensky. Mas a outro jázaro, Benyamin Netanyahu, disse que ele deveria esperar, em Gaza, pois ele pretendia fazer um resort ali. Depois disse para o famoso genocida que não deve dividir a Síria e que não pode atacar o Irã.
É verdade que nenhum destes três pontos está em paz, mas pode ser que as coisas melhorem.
Na Ucrânia, ele fez admitir que a Crimeia, o Donbass e uma parte da Novorossia são realmente russos. Além disso, deve se realizar uma eleição presidencial.
Os «nacionalistas integralistas», leia-se, nazistas, sabem que perderam.
Sobre os territórios a dividir, as duas únicas reivindicações ucranianas são, por um lado, recuperar a usina nuclear civil de Zaporojie (ao que a Rússia se opõe firmemente), e se Moscou poderá anexar Odessa.
Na Palestina, o Hamas segue banido do Poder em Gaza, mas o fascista Vladymyr Jabotinsk segue em Israel.
Donald Trump não conseguiu parar o massacre de palestinos, sempre levados à fome em Gaza, ou bombardeados como se fossem cupins e não mulheres e crianças.
Os massacres na Síria, dominada por jiadistas, continuam. Contudo Trump diz que impôs a Israel abandonar as suas ambições na Palestina, no Líbano e na Síria. Apenas ainda não vimos os resultados disso daí.
No Irã, a República islâmica segue tentando armar as minorias xiitas da região. Trump ameaçou o Irã, tal como fez com a Ucrânia e com o Hamas. Depois começou a negociar com o Irã.
Trump ameaça utilizar as Forças Armadas mas sem entrar em combate. Na Ucrânia, o Pentágono deu um breve apagão na inteligência que fornecia aos exércitos ucranianos, provocou um enfraquecimento militar ; também suspendeu brevemente o fornecimento de armas a Israel, isso deixou os sionistas fascistas meio inquietos no Estado-Maior israelita, pois Israel, sem as armas americanas é um coelho assustado. Lembremos que os EUA acumulam forças na base de Diego Garcia para ameaçar o Irã.
A única ação militar efetiva de Trump foi atacar o Ansar Allah no Iémen, uma ação mortífera e completamente inútil, pois os Iemenitas estão preparados, mas foi útil para passar uma mensagem ao Irã.
Paralelamente à sua reorganização das relações externas norte-americanas, o Presidente Donald Trump começou a «cortar a gordura do mastodonte», ou seja, a podar os ramos inúteis do Estado Federal norte-americano.
É o trabalho dos chamados « jacksonianos », discípulos do Presidente Andrew Jacksonn. Para cortar na carne, Trump se apoia no oligarca, rei do dinheiro eletronico, Elon Musk. Ora, o homem mais rico do mundo não é um “jacksoniano”, mas sim um libertário. A sua preocupação não é destruir o Estado Federal em proveito dos Estados Federados, mas antes diminuir o seu peso. Em doze semanas, Elon Musk conseguiu despedir 230.000 funcionários federais. Esso tipo de ação agressiva, selvagem não é para punir a incompetência, uma vez que estes funcionários são bastante competentes para proteger regras que já não podem existir.
Não quer dizer que sejam regras más, mas que não têm mais a ver com as funções do Estado Federal e que, portanto, não devem mais continuar a gastar o dinheiro dos contribuintes. Este “corte de gorduras”, por exemplo, um subsídio de $900.000 dólares foi concedido por uma agência de fomento a pequenas e médias empresas a um bebê de 9 meses. Outro exemplo, subsídios de
$6 bilhões de dólares do Pentágono foram anulados, nomeadamente, patrocínios a universidades, e sem qualquer ligação com a defesa do território norte-americano.
Quando o DOGE, Elon Musk, consulta as contas da nação, ele constata para que serve cada transferência feita pelo Estado Federal, como, por exemplo, salários pagos a muitos dirigentes estrangeiros.
O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) prevê 150 bilhões de dólares de poupança num ano, graças a estes cortes na burocracia e na luta contra as fraudes e corrupção, ou seja, um ganho de 931,68 dólares por contribuinte. É pouco, mas mesmo assim é considerável.
A visita do Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca, em 7 de Abril, não decorreu como ele esperava.
• O Presidente Donald Trump mostrou-se inflexível sobre os direitos alfandegários que tinha fixado em 17% (agora reduzidos para 10%).
Enquanto Israel esperava poder destruir o Irã, depois de trucidar bebês, crianças e mulheres em Gaza, e outros territórios palestinos, do Líbano e da Síria, Trump anunciou a realização de negociações com Teerã.
• Enquanto Telavive esperava ter o apoio de Washington face a Ancara na Síria, Trump declarou: « Tenho boas relações com um homem chamado Erdoğan. Ouviu falar dele? Acontece que gosto dele e ele gosta de mim ». Ainda ironizou: « Eu disse a Erdoğan : “Parabéns, vc fez o que ninguém conseguiu fazer em 2.000 anos. Tomou o controlo da Síria”. É um tipo duro. É muito inteligente e fez algo que ninguém conseguiu fazer ».
• Enquanto os sionistas achavam que iriam usar os norte-americanas para expulsar e liquidar todos os palestinos da Palestina, o Presidente Trump mostrou-se um tanto vago, dizendo que « a guerra irá terminar num dado momento, mas não num futuro muito distante». São palavras sinistras se vc lembrar das desgraças dantescas que os israelitas fazem com os palestinos. É para ontem Trump, tente se colocar no lugar daqueles palestinos em Gaza!
Em 2005, os Franceses e os Holandeses (ou Neerlandeses) rejeitavam, em referendos, o Tratado estabelecendo uma Constituição para a Europa. Mas em 2007, as Assembleias Parlamentares francesa e neerlandesa adoptavam o mesmo texto, ligeiramente alterado, sob o nome de Tratado de Lisboa. Pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, as classes dirigentes francesa e neerlandesa manifestavam seu supremo desprezo pelos seus povos.
Dezanove anos mais tarde, muita água correu sob as pontes, mas as práticas pioraram, nomeadamente durante a epidemia da Covid-19, em 2020. As classes dirigentes desenvolveram então um discurso, sem relação com a realidade, apresentando esta doença como devastadora, ao nível da grande peste, impondo uma medicação única com RNA mensageiro, apresentando-o falsamente como uma vacina e, por fim, decretando, com o apoio político da classe médica, o confinamento obrigatório das pessoas sãs.
Em 2022, todos os Estados membros da União Europeia, entre os quais a França, bem entendido, proibiam o canal de televisão “Russia Today”, em simultâneo nas ondas como via Internet, três dias após o início da operação militar russa contra os «nacionalistas integralistas» ucranianos ; uma decisão que viola a Convenção Europeia de Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. Depois dá-se, em França, a interdição do canal C8, culpado de não dizer a mesma coisa que os outros.
Em 2024, a União Europeia anulava a primeira volta da eleição presidencial romena porque um candidato desfavorável à Ucrânia e à UE, Călin Georgescu, vencera à primeira volta. A Comissão de Veneza, quer dizer, o órgão do Conselho da Europa encarregado de supervisionar as condições para a democracia, descrevia esta anulação como anti-democrática.
Agora, três juízes franceses decidiram proibir à favorita à eleição presidencial, Marine Le Pen (foto), de a ela concorrer. Claro, o seu sindicato de magistrados havia-os convocado a « bloquear a extrema-direita ». Certo, o Conselho Constitucional tinha validado o princípio de uma proibição provisória de direitos civis em primeira instância, de novo desprezando a Convenção Europeia para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais. É certo, os actos pelos quais ela foi julgada foram cometidos identicamente por todos os partidos políticos da época, sem exceção. Não há dúvidas que, embora alegando fazer Justiça « em nome do povo francês », estes magistrados manifestaram o seu soberano desprezo pelo voto do seu povo.
Sentindo o laço a apertar à volta dos seus pescoços, os dirigentes franceses protestam contra o perigo que os ameaça a todos, mas nada fazem.
No estrangeiro, o Kremlin denunciou uma «violação das normas democráticas», Viktor Orbán, Primeiro-Ministro húngaro, posta na sua rede social : «Eu sou Marine !». Matteo Salvini, Vice-Primeiro ministro italiano, posta : «Não nos deixemos intimidar, não vamos parar : para a frente, minha amiga!» . Elon Musk, responsável pelo Departamento de Eficiência Económica (DOGE), deplora um «abuso do sistema judicial». Donald Trump declara que é «um assunto muito importante». «Isto faz-nos lembrar o nosso país, parece-se muito com o nosso país
Amichai Chikli (foto), Ministro israelita dos Assuntos da diáspora, organizou em Jerusalém uma conferência internacional sobre a luta contra o antissemitismo. Ele convidou Jordan Bardella, presidente do Rassemblement National francês, e Marion Marechal, neta do fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, mas também o Vox (Espanha), os Democratas da Suécia, o Fidesz (Hungria) e o Partido para a Liberdade (Holanda). Parece que o antigo Presidente paraguaio, Horacio Cartes (2013-2018), também esteve presente.
Daí as desistências generalizadas, incluindo as de representantes de organizações judaicas no estrangeiro, do presidente do Congresso Judaico Europeu, do Grande Rabino das Congregações hebraicas unidas da Grã-Bretanha e da Commonwealth, dos presidentes da Aliança Internacional para a memória do Holocausto e da Liga Anti-difamação, bem como do czar da luta contra o antissemitismo na Alemanha.
☞ Amichaï Chikli é originário de uma família francesa. Ele é o adjunto do ucraniano Natan Sharansky , um antigo Ministro «sionista revisionista» e um « nacionalista integralista » convicto. Chikli e Sharansky controlam toda a propaganda israelita no estrangeiro. Sharansky começou a sua carreira com os “straussianos” norte-americanos e hoje em dia trabalha com Volodymyr Zelensky. Ele é a única personalidade comprometida publicamente, em simultâneo, com os três grupos fascistas que afirmam seguir Zeev Jabotinsky (« sionistas revisionistas »), Leo Strauss (« straussianos» /« neoconservadores ») e de Dmytro Dontsov («nacionalistas integralistas»/« banderistas »).
Amichaï Chikli tinha contratado vários influenciadores franceses na Internet, no Verão de 2023, quer dizer, antes da «Operação Torrente de Al-Aqsa». Ele conseguiu fazer adoptar em Israel uma lei punindo qualquer contestação à versão oficial dos acontecimentos do 7 de Outubro de 2023 com 5 anos de prisão. Há muito tempo que são conhecidos os seus laços com a extrema direita europeia .
Em 15 de Março, Sir Keir Starmer acolheu uma cimeira (cúpula-br) virtual de 26 países que poderiam formar uma coligação (coalizão-br) de apoio à Ucrânia. Parece que a estratégia do Primeiro-Ministro começa a tomar forma.
1) Ele apelou à « pressão máxima » sobre a Rússia para «enfraquecer a máquina de guerra de Putin».
(2) Ele faz pressão sobre a Rússia a fim de que ela aceite o acordo de cessar-fogo apresentado pelos Estados Unidos. Ele critica a Rússia por ter usado tácticas dilatórias e exige a Moscovo que demonstre seriedade a respeito da paz .
• (3) Finalmente, ele forma uma coligação de países desejosos de garantir uma paz duradoura se for concluído um acordo. Esta seria já composta por 30 Estados.
Entretanto, Sir Keir Starmer convocou uma reunião de Chefes militares de uma trintena de parceiros de Kiev para 20 de Março, em Londres, a fim de precisar a maneira como eles poderão colocar tropas de manutenção da paz na Ucrânia.
☞ As reuniões dos Chefes de Estado-Maior em Paris (11 de Março) e em Londres (20 de Março) sobre a Ucrânia não são, na realidade, mais do que pretextos preparando as candidaturas da França e do Reino Unido para substituir os Estados Unidos na direcção da OTAN.
Comentários
Postar um comentário