1000 ANOS FORAM SIMPLESMENTE INVENTADOS

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Fomenko

Existem muitos espaços em branco na história, historiadores eruditos afirmam que, basicamente, o passado da humanidade é bem conhecido, conforme as fontes a que tiveram acesso.  

São bastante conhecidos acontecimentos ocorridos em diferentes países, com muitos diferentes povos e épocas. Os cientistas usam muitos métodos e tentam esclarecer os detalhes, os personagens principais, as datas dos eventos, e restaurar as páginas mais conhecidas e as mais desconhecidas da história. Os historiadores estão convencidos de que a história, como ciência, está focada nos fatos reais da história humana, em muitos aspectos, isso é verdade, mas nada é simples em ciência, ou a simplicidade depende, muitas vezes, da maior complexidade intelectual. Quase todos os métodos tradicionais de datação usados hoje têm desvantagens e limitações significativas. Veja, ao determinar a idade de artefatos e objetos da cultura material usando certos métodos, inclusive métodos científicos, há muitos exemplos de datação incorreta, milhares de incorreções e aproximações grosseiras, e, pode-se afirmar, sem erro, que a cronologia tradicional dos eventos históricos não pode ser considerada, em hipótese alguma, algo definitivo ou superado. Incorreções acumuladas podem fazer da própria história, em grande medida, um mito, uma ficção, uma invenção, pior, uma manipulação.

A humanidade sabe muito menos sobre si mesma do que normalmente se pensa, então como podemos descobrir a verdadeira história da humanidade?  Como ainda podemos encontrar pelo menos alguma maneira de encontrar a verdade?  

Primeiro, contarei a vocês a história de uma grande descoberta. Na década de setenta do século XX, 1970, um matemático russo, Anatoly Timofeevich Fomenko, trabalhou no problema da mecânica celeste.  Para seus cálculos, a ciência convencional da rotação da Terra foi muito importante. Um trabalho científico interessante que tratava exatamente desse tipo de pesquisa pertenceu a Robert Russell, astrofísico e matemático americano, chefe do Centro de Computação da NASA, que na época trabalhava na criação de uma rede de navegação espacial. O cientista americano baseou-se nas datas dos eclipses lunares retiradas de crônicas antigas.  Nessas crônicas, tais eclipses eram numerados como C 370. O cientista americano analisou os números e os dados, fez os cálculos necessários e obteve uma descrição completa do movimento do satélite natural do nosso planeta, a Lua. 

Russel registrou o resultado em seus trabalhos científicos, os quais caíram nas mãos de Anatoly Fomenko.  Na pesquisa do astrofísico americano, descobriu-se que no intervalo de aproximadamente 800 aC a 1000 dC, um espaço de tempo de 1800 anos, ocorreram mudanças radicais no movimento da Lua.  Durante este período de tempo, a Lua começou a se mover mais rápido e então a velocidade de seu movimento diminuiu para valores normais.  Tal irregularidade não pode ser explicada de forma alguma no quadro da mecânica celeste de Isaac Newton e da moderna teoria gravitacional do movimento da Lua em torno da Terra.  De acordo com as leis da física, a velocidade de rotação da Lua não poderia mudar drasticamente numa certo período de tempo. 

Então qual o problema?  O astrofísico americano chegou à conclusão de que a culpa é da ação de alguma força inexplicável.  Que tipo de força é essa e por que nunca mais se manifestou? Robert Russel não pôde explicar, uma discussão sobre esse problema, organizada pela Academia Britânica de Ciências, em 1972, não levou a nada. 

Daí, o brilhante matemático, Anatoly Fomenko decidiu investigar o assunto.  Os cálculos de Russel pareciam corretos, mas a conclusão era muito estranha. Como resultado, foi encontrada uma solução onde ninguém pensou em procurá-la. Os cálculos de Russel basearam-se nas datas dos eclipses solares e lunares retiradas de crônicas antigas, entao Fomento começou por aí. Descobriu-se que a datação de eclipses antigos pode estar um tanto errada ou mal descrita. Antigos eclipses estavam datados, aparentemente, de modo inconsistente. Nikolai Morozov, um estudioso, publicou certos resultados em um famoso livro chamado “Cristo”, cuja existência mudou o modo de datar a história. Nikolai Morozov propôs um algoritmo para os eclipses, incluindo a antiguidade, o início e o final da Idade Média. Pegou o estudo de Russel, removeu as datas dos eclipses, substituindo-as por um  novo algoritmo e chegou a novas datas. A vantagem deste cálculo é que não requer fenômenos inexplicáveis, golpes ou saltos. Assim, parecia resolvido, ao menos no começo, um problema da mecânica celeste.  A história dos cálculos de Robert Russel e as primeiras justificativas utilizadas por historiadores e arqueólogos, bem como as obras de Nikolai Morozov formaram a base sobre a qual Fomenko se debruçou. Anatoly Fomenko chegou a à algumas conclusão: não apenas as datas dos eclipses estão erradas, mas as crônicas antigas também contém várias informações não confiáveis, cópias e repetições.

Vamos entrar no assunto de Fomenko. Para isso vamos precisar partir do básico. A versão tradicional da cronologia apresenta a cronologia de diferentes povos, alinhados no tempo, simultaneamente entre si; um método que alinhava coisas de povos distantes usava o método da datação astronômica conforme datas associadas a eclipses, os quais podem ser visíveis em diferentes pontos da Terra. Anatoly Fomenko descobriu que o método medieval era imperfeito e cheio de erros.  Ele decidiu encontrar maneiras muito mais precisas de datar eventos históricos. E passou a datar e mesmo recriar a cronologia da história mundial. 

Tão logo propôs seu método, revolucionário, os oponentes de Fomenko não tardaram. Os primeiros oponentes , naturalmente, foram historiadores associados à história da Antiga Rússia, e não tinham familiaridade alguma com métodos matemáticos ou com a matemática, em geral; os  historiadores afirmaram que determinar datas e buscar evidências documentais é domínio da história e não da matemática. No entanto, o argumento dos historiadores revelou-se inconsistente.

 Como ciência, a cronologia apareceu no século XV, durante muito tempo foi mesmo um ramo da matemática aplicada. Foram os matemáticos que se envolveram nos cálculos astronômicos, avaliando sua precisão em textos antigos. 

Anatoly Fomenko começou este trabalho em 1973, trabalhando quase sozinho, mais tarde encontrou pessoas com ideias semelhantes e seu trabalho avançou muito.

Com a ajuda de seus apoiadores, Anatoly Fomenko utilizou e desenvolveu com sucesso métodos já criados e também desenvolveu novos métodos matemáticos de datação.  

Nos últimos anos, vários métodos foram criados em conjunto com o matemático Gleb Vladimirovich Nosovsky.  Na década de 90, apareceu Vladimirovich Nosov, criador de outro método. Uma equipe notável se formou em torno de Fomenko. Fomenko, Nosovski e Kalashnikov utilizaram ferramentas científicas precisas. Com a ajuda de seus métodos foi possível verificar uma quase infinita quantidade de documentos históricos, crônicas, mapas, biografias de dinastias reais, tratados, atestados, certidões, cartas, pergaminhos, livros, datas de eclipses, terremotos, inundações, erupções vulcânicas etc etc.  

Seguindo certas regras, qualquer documento pode ser indexado, e torna-se uma espécie de unidade estatística, submetida a uma cuidadosa análise cruzada, usando diversos métodos. A ferramenta para entender como esses métodos funcionam é a matemática, mas não é necessário ser matemático para entender, não é preciso ser versado em inúmeras fórmulas e cálculos para chegar as mesmas conclusões que Fomenko chegou, ou seja, seu método é coerente e aponta para os resultados que ele alcançou, seguindo os passos que seguiu. 

Bom, mas é possível comparar textos diferentes, e com visões e datações diferentes? Sim, é claro, qualquer texto tem seu significado específico em sua própria época. 

E se compararmos não apenas textos, mas documentos todos como históricos, como documentais, que atestam algo de grande relevância?  Por exemplo, crônicas de épocas, de cortes, de clãs, de governos, de impérios etc, contém eventos diferentes e que ocorreram em diferentes países e em diferentes épocas. 

E se esses documentos estiverem falando de um mesmo acontecimento histórico, visto de um outro ângulo geográfico e cultural?  Acontece que isso é muito possível e muito constante. É preciso determinar se existe ou não uma relação entre esses textos e avaliar as informações de forma objetiva, independentemente da versão oficial. Então deve-se verificar de que período da história os textos estão falando, e se estão falando da mesma coisa ou de coisas diferentes.  Muitas vezes acontece que duas descrições são diversas, não são semelhantes, as duas crônicas são claramente diferentes e se referem a acontecimentos não relacionados.  Bom, de acordo com a análise matemática como determinar se os textos referem-se ao mesmo fato ou a fatos diferentes?  

Um método utilizado por Fomenko consistiu em criar chaves cronológicas e geográficas, quando isso é possivel. Imagine que vc dispõe de dois desenhos, pois bem, vc compara os dois desenhos, se eles corresponderem, a chave será a mesma. Textos também podem ser comparados. A chave contém uma gradação de valores conforme os textos mais ou menos se correspondam. Cada texto histórico descreve um evento em uma sequência convencionada, ano a ano. No gráfico cronológico de Fomenko, os anos no eixo horizontal X teremos as datas, no eixo vertical Y teremos as chaves daquele material. O gráfico permite visualizar as coincidências cronológicas e históricas. Este  método foi testado em várias centenas de textos e provou sua eficácia. Se os textos falam sobre o mesmo fluxo de eventos, os picos nos gráficos ocorrem simultaneamente.  Tal coincidência pode ser encontrada comparando-se, por exemplo, dois textos: “A História de Roma”, do antigo historiador romano Tito Lívio e “Ensaios sobre a História da Roma Antiga”, do historiador soviético Vladimir Sergeev, acontece que estamos falando dos mesmos acontecimentos, neste caso, é fácil pois ambos os livros falam da Roma Antiga.  O método é usado para examinar crônicas que falam sobre eventos supostamente completamente diferentes e têm datas diferentes. Por exemplo, o "Conto dos Anos Passados", escrito, acredita-se, no século I, e a "Crônica de Nicéforo", que, segundo os historiadores, teria sido escrita séculos antes; são documentos históricos que descrevem eventos diferentes, só que os gráficos dessas crônicas coincidem, e a probabilidade de ser um mero acaso é praticamente absurda, provavelmente trata-se do mesmo tempo histórico, o que significa que a idade de um dos documentos está indicada incorretamente, evidenciando a CÓPIA, e existem muitos exemplos desse tipo. Com a ajuda da estatística e da matemática textos antigos podem ser analisados de forma objetiva no que tange à datação cronológica.

 Mapas geográficos antigos podem contar muitas coisas interessantes, porque o que é um mapa? É a imagem geográfica do mundo numa certa época, na época em que foi criada. 

Os mapas vieram da navegação, relações comerciais foram estabelecidas, informações sobre terras e países surgiram num volume imenso. Estas informações foram importantes para a constituição de cada país. Em cada país existiram pessoas que de debruçaram sobre o território, relevo, topografia, acidentes, rios, biomas, montanhas, cidades etc. Tudo isso foi necessariamente colocado em mapas, e a cada época os mapas tornaram-se mais precisos e mais perfeitos. Mapas precisos, das mais diversas escalas mostram que a Europa e a Ásia são muito diferenciadas, por exemplo, a ilha da Groenlândia é retratada como uma península da Europa, o mar Negro pode aparecer muito distorcido, o Mar Cáspio está praticamente irreconhecível, a China, em geral, está mesmo ausente em mapas europeus. Cada mapa contém informações geográficas erradas, derivadas de meras cópias de mapas anteriores, e também devido ao interesse por trás do mapa. É óbvio supor que as informações vão sendo corrigidas, os desenhos vão se precisando, as atualizações se tornam mais rápidas e fiéis. 

O método de Anatoly Fomenko foi chamado de método de ordenação cronológica e datação de mapas geográficos antigos. Fomenko, utilizou, apenas para citar, exemplos antigos, por exemplo, um mapa de Peter Apin, supostamente de 1520, um mapa de Solis, 1538, um mapa do atlas Mercator, de 1670. As tabelas de Fomenko incluem a localização dos pólos, o equador, as zonas climáticas, nome dos mares, países, etc.

As informações são coletadas, são construídos gráficos e é estabelecida uma curva matemática, a curva indicará o número total de características incorretas conforme novos mapas mostrarem as devidas correções.

 Esse método foi aplicado a mapas da antiguidade e a mapas do início da Idade Média. Descobriu-se que as datações presentes, quando presentes, eram muito inconsistentes com o que sabemos através da estatística computacional moderna. Por exemplo, os famosos mapas de Ptolomeu, supostamente antigos, mapas do século 2 DC foram muito deslocados no tempo. Os mapas de Hesíodo e Euclides também não eram do século -V, mas pertenciam a Alta Idade Média. O famoso mapa de Tinger, antigo mapa do Império Romano, foi datado como do século X. Um famoso mapa datado do século II, é claramente visível que não é sequer um mapa, mas apenas um lindo desenho e corresponde ao desenvolvimento da cartografia do século X ou XI.  Agora, vejam, os mapas antigos de Ptolomeu, do século I ou II d.C., corresponde à ideia de geografia da época de Cristóvão Colombo, séculos XV e XVI.  Ora, muito antes do século 10, durante a antiguidade, a humanidade criou mapas detalhados e pitorescos de um nível bastante elevado.  Então, de repente, durante um vasto período de tempo, da ordem de dez séculos ou mil anos, perdeu-se todo o conhecimento e todas as habilidades e voltaram aos esquemas primitivos. 

Ora, a humanidade conhecida não experimentou nenhuma catástrofe global, não vamos considerar aqui o Dilúvio, mas o mundo pós-diluviano, da Suméria em diante. O desenvolvimento humano jamais parou, as novas gerações não tiveram que aprender tudo do zero, elas recebiam um legado constante de saberes.  

Um outro ponto, para calcular a proximidade entre duas dinastias, Anatoly Fomenko desenvolveu um coeficiente especial, usado para comparação. Estabeleceu um perfil gráfico da dinastia. Tal perfil é exclusivo e pode ser construído para qualquer família governante, o seu perfil sempre poderá ser identificado.  Um segundo perfil gráfico é feito para a segunda ou próxima dinastia, e assim por diante. Os gráficos resultantes podem ser comparados.  Se os perfis de duas dinastias diferem pouco entre si, então ambas são dinastias correspondentes. Este método, segundo Fomenko, é baseado no princípio das pequenas distorções.  O matemático calculou que os cronistas, embora às vezes se enganassem quanto à duração do reinado dos reis, seus erros eram insignificantes, consequentemente, os perfis resultantes baseados em crônicas podem ser muito semelhantes ou muito diferentes, muito específicos. 

 Cada pessoa possui características que a distinguem de todas as outras pessoas do planeta.  Ela difere não apenas de seus contemporâneos, mas também daqueles que já viveram ou viverão.  Como determinar se a mesma pessoa é retratada em três fotografias ou se são pessoas completamente diferentes?  Os nomes são diferentes, as biografias são diferentes, os documentos também são diferentes. A semelhança externa, se houver, pode ser alterada. Pinte o cabelo, cole o bigode e a barba, e, por fim, faça uma cirurgia plástica.  Mas o ADN e as impressões digitais não podem ser alterados. Eles são individuais e únicos. Portanto, tendo um banco de dados suficiente, você sempre poderá descobrir que tipo de pessoa está escondida atrás de uma nova aparência e de um novo nome.  O perfil da dinastia calculado pelos matemáticos é, idealmente, análogo ao das impressões digitais ou DNA de uma pessoa. E se um novo perfil for descoberto em algum documento histórico, compare-o com os perfis do banco de dados. 

Fomenko fez o gráfico de duas dinastias governantes do antigo Reino de Judá, do século VII aC e do Império Romano Oriental, do século VII dC. E também, entre outros gráficos, mais dois perfis das dinastias governantes do Sacro Império Romano medieval dos séculos 10 e do Império medieval dos Habsburgos dos séculos 10 a 11.  Se compararmos estes gráficos eles ficarão simétricos. Acontece que eles pertencem à mesma dinastia. A similaridade visual precisa ser verificada. Para fazer isso, é necessário calcular a probabilidade de coincidência desses pares de dinastia. Há apenas uma probabilidade em 100 bilhões de que em épocas diferentes e em países diferentes tenham vivido dinastias de reis que eram tão semelhantes entre si, são como duas ervilhas numa mesma vagem. 

Na história oficial, havia muitos desses gêmeos dinásticos.  Foram descobertos pares de dinastias idênticas, hoje consideradas completamente diferentes, governando diferentes países em diferentes épocas.  Bem, digamos que uma dinastia governou na Roma antiga, a segunda na Europa medieval, mas, no entanto, o método mostrou que os calendários de reinado destas dinastias são matematicamente idênticos, ou seja, tratar-se de uma COPIA, alguém copiou e colou, simples assim.

 O método matemático provou que certas dinastias governantes eram reproduções. Na época ninguém desconfiou pois a ciência europeia daquela época pertencia a poucas instituições e pessoas. Poderíamos estar falando de governantes completamente diferentes, pois deram-lhes novos nomes e os transferiram não apenas para outros países, mas também para outras épocas. Tais cópias foram criados deliberadamente por forças poderosas na Idade Média. Era importante reescrever a história, escondendo algo muito importante. As duplicatas descobertas das dinastias dos governantes levam a novas premissas. Provavelmente, nem todas as crônicas que chegaram até nós apresentam os acontecimentos exatamente na ordem cronológica em que ocorreram.  Na verdade, o cronista, ao descrever os acontecimentos, menciona sempre reis e pessoas importantes da sua época, seu carácter, as ações que mais lhe interessam para sua narrativa etc. É muito importante para o cronista sério, contudo, que haja uma verossimilhança entre a narrativa e o fato narrado. Os nomes de personagens históricos são um excelente guia na análise de documentos antigos, mas nem sempre.  Parece que houve três grandes mudanças cronológicas na história tradicional, aproximadamente nos anos 300, 1000 e 1800, e muitos acontecimentos históricos reais da Idade Média foram datados no passado.  Tomemos quatro crônicas antigas, todas descrevem os mesmos acontecimentos ocorridos na Europa do século X, mas o facto é que os autores destas crónicas viveram não só em países diferentes, mas em épocas diferentes.  Eles falavam e escreviam em línguas diferentes, com idiomas e relatos diferentes.  Ao falarem do mesmo rei, cidade ou batalha, deram nomes diferentes.  Quando os cronistas do século XVI leram essas crônicas, decidiram que se tratava de quatro épocas diferentes, mas Fomenko demonstrou que se tratava da mesma coisa, do mesmo fato. Os cronistas do século XVI colocaram aquelas quatro crônicas, sequencialmente, como fatos diferentes. Uma crônica ficou no século 10, outra 300 anos a frente, a terceira em 1.000 anos antes, a quarta em 1.800 anos antes. É um erro histórico pensado para extender a cronologia. 

Com a ajuda da estatística e da matemática, Fomenko pretendeu analisar textos antigos de maneira objetiva.  A cronologia usual baseava-se em métodos de astronomia e de matemática muito subjetivos e interpretados.  Até então, a história permanecera uma ciência puramente subjetiva e com bases frágeis. 

O projeto “Nova Cronologia” de Fomenko-Nosovsky consiste em duas partes.  A primeira parte contém novos métodos de pesquisa matemática, bem como um mapa cronológico compilado pela primeira vez.  Este mapa foi criado com base no cruzamento de textos históricos antigos e mapas.

A segunda parte é uma tentativa de reconstrução da história baseada em uma nova cronologia.  Não basta reconstruir toda a história do mundo, porque a história tradicional assenta numa cronologia incorrecta.  

Fomenko foi apoiado por outros cientistas proeminentes, sua pesquisa começou a atrair a atenção de colegas, não só na Rússia, mas também no exterior.  Na Alemanha, Evgeniy Gabovich, então temos aí uma nova cronologia, chamada “a nova cronologia de Fomenko e Nosovsky”, pode-se dizer que é uma “revolução cronológica”.  Na melhor das hipóteses, essa teoria poderá transformar-se em algum tipo de ciência matemática sobre o passado, ou uma correção das datas passadas. 

Alexander Alexandrovich Zinoviev, um notável filósofo e escritor russo, lógico profissional, tendo estudado as obras de Fomenko e Nosovsky, tornou-se seu defensor. 

A “cronologia da nova cronologia”, ou cronologia real é toda baseada em cálculos matemáticos, por um dos grandes matemáticos do século XX.  Os resultados do trabalho dos matemáticos Fomenko e Nosovsky trouxe muita controvérsia e críticas.  No entanto, novos métodos podem trazer luz a questões que os historiadores ainda consideram insolúveis. Também foi possível descobrir factos históricos que antes simplesmente não eram conhecidos, entre a cronologia europeia e a asiática.  

Explicando o que Fomenko afirma, veja, a história do Ocidente foi alongada, foi modificada, 1000 anos considerados históricos simplesmente nunca existiram. Os métodos de Fomenko permitiram estabelecer que muitos personagens históricos famosos foram simplesmente duplicados sem dizer que alguns são pura ficção. 

Houve uma manipulação, uma fraude histórica, acontecimentos que supostamente ocorreram no ano "zero" da era cristã ou era comum, ocorreram em meados dos séculos XI e XII d.C. Ou seja, a teoria matemática de Fomenko afirma que as datas estão incorretas e o verdadeiro passado da humanidade está 1000 anos à frente.

O projeto “Nova Cronologia” pode vir a ser  uma das maiores descobertas do século XX. E, se tomarmos a esfera da pesquisa histórica, então esta é a descoberta mais significativa em todo o processo de conhecimento do passado da humanidade sobre como é a verdadeira história da Europa. As civilizações antigas nos deixaram não apenas muitos monumentos históricos, mas também muitos mistérios.  Um deles é o mistério das pirâmides egípcias, estes enormes blocos de pedra. O mistério do Antigo Egito ainda não foi resolvido? Seus sacerdotes estão muito mais presentes e ocultos do que se imagina. 





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fomenko nova cronologia

A nova cronologia é uma teoria associada ao grande matemático russo Anatoli Fomenko (1945-) em colaboração com colegas da mesma nacionalidade, incluindo Gleb Nosovski (1958-). Eles utilizaram matemática aplicada, astrofísica, história e outras ciências para revolucionar a cronologia histórica convencional. É uma teoria importante, até o momento não foi contestada mas gerou muita oposição pois historiadores teriam de rever e repensar toda uma tradição estratificada e deliberadamente tornada oficial

Uma das hipóteses levantadas por Fomenko foi a de que  a igreja católica alterou significativamente o calendário a ponto de ter criado do nada 1000 anos de história, em suma, 1000 anos nunca existiram de fato e foi preenchido com inúmeras repetições e fatos anteriores transplantado nomes, épocas e datas para criar uma idade média, ou período das trevas, o qual na verdade nunca existiu. O ano zero, designado para coincidir com o nascimento de Jesus, ocorreu mais de mil anos depois. 


"Jesus Cristo foi o imperador bizantino Andrônico I Comneno (1152-1185), que foi torturado no Hipódromo de Constantinopla.  A Jerusalém evangélica seria na verdade o castelo medieval de Yoros". 


 A “nova cronologia” considerou diversas situações celestes, sobretudo eclipses descritos em várias civilizações diversas, feitas pelo astrônomo e enciclopedista russo Nikolai Morózov (1854-1946), outras fontes remontam às teorias do estudioso francês Jean Hardouin (1646-1729). Mas o principal nome  da nova cronologia é o matemático russo Anatoly Fomenko (1945-). O conceito é amplamente explicado em sua obra, publicada originalmente em russo, com tradução para o inglês: História: Ficção ou Ciência?  (“História: ficção ou ciência?”)

Esta teoria, tida pelo ocidente coletivo como uma teoria da conspiração, propõe que a história mundial anterior ao ano 1600 DC. foi amplamente manipulada para atender aos interesses de várias instituições, incluindo o Vaticano, o Sacro Império Romano Germânico e a Casa Russa dos Romanov. Alguém dúvida de que o Vaticano ou a Sacro Império Romano jamais faria nada de mofo secreto ou nunca pensariam em manipular o que quer que seja? Alguém dúvida disso ou colocaria a mão no fogo pela honestidade suprema do Vaticano? Ja se disse várias vezes que o segredo do poder consiste justamente em manter seus segredos. 

A nova cronologia contém uma reconstrução, uma cronologia alternativa, mais curta que a cronologia convencional, sustenta que a História da Antiguidade é "introduzida" na Idade Média, a Alta Idade Média ou a Primeira Idade Média não existiu de fato. De acordo com Fomenko, a história associada a Jesus Cristo e ao surgimento do Império Romano começa em torno do ano 800 DC. A maioria dos eventos históricos que conhecemos como antigos e medievais ocorreram na verdade entre os anos 1000 e 1500 DC.  

A teoria propõe ainda que esta “distorção” da história europeia foi planejada e executada, em especial, pela Igreja Católica com a colaboração do Sacro Império Romano, inclusive para superar ou se colocar acima do que chamaram de "horda negra", "horda russa", em última análise, a Igreja católica ortodoxa da tradição bizantina. 

Estudiosos tradicionais oferecem cronologias revistas da história clássica e bíblica que encurtam a extensão da história antiga, eliminando várias “Idades das Trevas”, mas a teoria de Fomenko vai além pois revela uma falsificação em milhares de documentos e mostra, através de métodos matemáticos e astronômicos que houve algo muito obscuro e escondido, no que tange à cronologia e a própria história do Ocidente na época dita Renascimento. 

 O método principal e mais simples aplicado por Fomenko é a correlação estatística de textos. Em muitos documentos, onde se relatou uma sequência de acontecimentos, haverá muito mais espaço aos acontecimentos mais importantes (por exemplo, um período de guerra ou de agitação terá mais espaço no texto do que um período de anos de paz), isto gera, comumente, irregularidades no que tange à datação. Para cada texto analisado é desenhada uma função que mapeia cada ano mencionado no texto com o número de páginas, linhas ou letras dedicadas à sua descrição, e depois esta função é comparada com outros textos.  Por exemplo, Fomenko comparou a história de Roma escrita por Tito Lívio com uma história moderna de Roma escrita pelo historiador russo V. S. Sergeev, e descobre que ambas estão altamente correlacionadas e descrevem o mesmo período da história. Neste caso não há contradições. contudo, ao comparar textos recentes que descrevem períodos diferentes, obtém-se uma correspondência baixa. Ao comparar, por exemplo, a história antiga de Roma com a história medieval de Roma, obtém-se uma alta correlação, a história antiga de Roma é uma cópia exata da história medieval de Roma.

 De forma semelhante, Fomenko  também compara duas dinastias.  Primeiramente, cria um banco de dados, uma planilha com informações relevantes sobre cada uma delas, depois, cria uma tabela das propriedades de cada uma delas, à qual é atribuído um número, este número descreve o grau de coincidências de cada propriedade.  Por exemplo, uma das propriedades é a forma como um rei morreu; se dois governantes que se sucedem ou que se correspondem no tempo foram envenenados, recebem um valor de +1 em suas respectivas propriedades, se um foi envenenado e outro morto em combate, recebem -1;  e se um foi envenenado e outro morreu de doença, eles recebem 0. Outras propriedades têm a ver com suas façanhas, seus descendentes e sua relevância no contexto da história que está sendo revisada.  Aplicando este método, Fomenko analisa as dinastias, por exemplo, dos reis de Israel e correlaciona-as com os imperadores do final do Império Romano Ocidental (300-476 DC) e encontra correlações excepcionalmente semelhantes entre os seus reinados, pelo que conclui que ambas as dinastias correspondem aos mesmos soberanos, e um é a duplicata do outro ou uma mera repetição, uma CÓPIA.  Acrescenta que estas correlações copiadas não aparecem mais nas dinastias posteriores ao século XVII.

Para demonstrar a correlação entre reinados, Fomenko utiliza dados das Tabelas Cronológicas de J. Blair (publicadas em Moscou entre 1808 e 1809) complementadas por listas de governantes e a duração dos seus reinados extraídas de outras tabelas e monografias, medievais e contemporâneas. Fomenko sustenta que essas tabelas mostram que os eventos foram duplicados. Já, quando se trata de tabelas e resumos mais recentes, foram de tal mofo retocados pelos historiadores dos séculos XIX e XX que não são absolutamente confiáveis.

 Na tese da Nova Cronologia de Fomenko, certos eventos e lugares são duplicatas exatas de outros.  Baseando-se em estatísticas, mas com base em textos históricos, Fomenko sustenta que até o século XVII, historiadores e tradutores atribuíam diferentes datas e locais aos relatos dos mesmos acontecimentos históricos, criando o que chamou de “cópias fantasmas” deles.  Essas cópias foram desatualizadas por séculos ou mesmo milênios e acabaram incorporadas à cronologia convencional.  O principal responsável por essas cópias e erros, segundo Fomenko, foi Joseph Justus Scaliger em suas obras: "Opus Novum de emendatione temporum" (1583) e "Thesaurum temporum" (1606), que contêm repetidas sequências de datas, inspiradas em princípios cabalísticos, ou seja, Scaliger partiu de premissas ocultistas, esotericas e místicas. O jesuíta Dionísio Petavio completou esta cronologia de Scaliger no seu livro: “De Doctrina Temporum”, (1627-1632).

Esta interpretação errada, proposital ou não, foi utilissima ao papado e aos reis do Ocidente, que queriam dotar a sua Igreja e as suas dinastias com o prestígio de maior tempo, maior antiguidade, maior ancestralidade, e, ao mesmo tempo, cortavam laços com as civilizações da Europa Oriental, que tinham sido dominantes desde a ida de Constantino para Constantinopla, antiga Bizâncio. 

Fomenko considerou que “Roma” referia-se comumente ao poder imperial e correspondia a diferentes cidades ou estados. A "Primeira Roma" ou Roma Antiga, também chamada de "Mizraim", é o antigo reino egípcio, no delta do Nilo, com capital em Alexandria, a segunda e mais famosa "Roma" é Constantinopla, no Império Bizantino, à qual podem ser atribuídos fatos e personagens da Roma antiga, enquanto a “terceira Roma” corresponde a três cidades diferentes: Constantinopla, Roma na Itália (fundada em 1380 DC, por Enéias) e Moscou, capital do Império da Grande "Horda Russa".

O império turco-eslavo é um elemento central da nova cronologia de Fomenko.  É um estado gigantesco e que desempenhou um papel dominante na história da Eurásia antes do século XVII e cuja memória foi apagada pelos estudiosos ocidentais e, mais tarde, pela Dinastia Romanov. Outros referem-se a este reino como Tartária. 

 A tese de Fomenko não afeta apenas a cronologia, mas também o desenvolvimento da história e da geografia.  Com efeito, as cidades históricas de Jerusalém, Roma e Tróia correspondem a uma única cidade denominada Nova Roma, que corresponde a Istambul (Turquia) e, mais precisamente, ao entorno do atual Castelo de Yoros, no Bósforo, junto ao Mãe Negro. 

 Entre outras identificações Fomenko afirma que a Hagia Sophia é na verdade o Templo de Salomão, descrito na Bíblia, e que este rei de Israel não é outro senão o sultão otomano Solimão, o Magnífico (1494-1566).

 Segundo Fomenko, Jesus é uma figura composta, parte real, parte ficcional, contém fatos relacionados ao profeta Eliseu, ao Papa Gregório VII, a São Basílio de Cesaréia e até mesmo elementos correlacionados ao imperador chinês Jingzong da dinastia Xia Ocidental, também chamado Império Tangute, existente entre os anos 1038 e 1227, além de outros personagens míticos.  As diferenças entre as biografias dessas figuras são, segundo essa teoria, resultado de diferenças de idiomas, pontos de vista e da temporalidade dos verdadeiros autores dos evangelhos, das cartas de Paulo etc.  Em sua interpretação, porém, há uma figura histórica por trás do personagem de Jesus Cristo, a saber: o imperador bizantino Andrônico I Comneno, nascido na Criméia, em 25 de dezembro de 1152 dC. e crucificado em 20 de março de 1185 DC. na colina de Josué, em frente ao Bósforo.

 As ideias históricas de Fomenko foram naturalmente questionadas pelos historiadores, arqueólogos e especialistas educados na cronologia convencional. 

O antigo campeão mundial de xadrez Garri Kasparov interessou-se por estas teorias, que coincidiam com algumas das suas próprias teorias sobre a história da arte, chegou a escrever artigos na revista Ogoniok.  

A adesão de Kasparov chamou a atenção para a teoria de Fomenko. Kasparov considerou que a ideia popular da Idade Média como Idade das Trevas é completamente errada e inventada, e isso o aproximou da metodologia de Fomenko.

 




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