AFINAL, POR QUE O DEP. DE EST. DOS EUA REABILITOU LULA?

 BRASIL

O Brasil adotou uma postura ambígua no plano internacional, estamos numa era de transição geopolítica e o atual governo poderia estar querendo agradar a gregos e troianos, nem quente nem frio, mas morno e insípido, talvez por cautela.

Lula usou o termo “multilateralismo”, muitas vezes, e em grandes palcos . Multilateralismo pressupõe a cooperação de diferentes países numa ordem mundial.  O atlantismo advoga de modo mais e mais radical ao seu próprio unilateralismo, não evitando o confronto com a China, com a Rússia e com o Irã, entre outros. 

O multipolarismo seria uma concepção civilizatória, de adequação à convivência e à construção de sinergias culturais e mesmo existenciais entre as diferentes nações, são polos de desenvolvimento, mas não antagônicos, e sim complementares. O multipolarismo impõe uma nova ordem global, diferente daquela proposta pelo unilateralismo.

Lula e Amorim assinaram um texto onde afirmam “… alianças que permitem uma verdadeira refundação da ordem multilateral, baseada nos princípios do multilateralismo real, em que a cooperação internacional possa florescer. Em um cenário assim, China, Estados Unidos e Rússia se convencem de que o diálogo e a cooperação são mais benéficos do que a guerra (fria ou de qualquer outro tipo).”

O posicionamento brasileiro em relação à cantada “ordem baseada em regras”, um tanto desafinada, reservou um desempenho fraco Conselho de Segurança da ONU quando o Brasil o presidiu; Celso Amorim veio com a "ordem baseada em regras", para encurralar o governo de Maduro, o que não prejudicou Maduro e nem aproximou a Venezuela dessa ordem aí internacional baseada em regras

O ex-homem forte do Itamaraty, Amorim, lançou uma ponderação sobre a OEA como o único organismo capaz de auditar as eleições na Venezuela, a mesma OEA que o chanceler Raúl Roa García denominou Ministério das Colonizações. A OEA tem um horrendo histórico de passar pano em de golpes de Estado, sempre debaixo do interesse do Tio Sam, recentemente a OEA justificou o golpe de Estado na Bolívia, ou não falou nada sobre a prisão do legítimo presidente do Peru, Pedro Castillo.

Então Amorim afirmou acertadamente que a OEA não poderia realizar esse trabalho porque causa ressentimentos em governos da região (decerto está se referindo a Cuba, à própria Venezuela e à Nicarágua, que não fazem parte da OEA), daí Amorim propôs que esse papel poderia ser cumprido pela União Europeia!? Trocar o sujo pelo mal lavado, Amorim? Por que não propõe logo que seja a generala Richardson do Comando Sul!? O homem está gagá ou colocaram um chip na sua cabeça? 

Será que estão armando uma guerra civil ao modo líbio? A Venezuela deveria permitir que o globalismo atlantista auditem suas eleições? Celso Amorim que já foi uma referência da política externa da esquerda brasileira está falando para agradar os ianques, será porque está ameaçado ou por livre e espontânea vontade? Prefiro crer que seja por ameaça a sua integridade física, o jogo é pesado e perigoso.

O próprio presidente Lula propôs novas eleições na Venezuela sob um organismo suprapartidário ou um governo de coalizão, detalhe, com o mesmo grupo que conspirava contra Chávez, os mesmos que tentaram cancelar Maduro usando a fraude Guaidó. Lula assinou algum acordo com o deep state dos EUA, o mesmo que o prendeu por 500 dias. 

A ideia de agir como colônia, Brasil e Colômbia e entregar a AL para o Comando Sul é um atraso geopolítico. Lula chamou a Colômbia para os BRICS, o próprio lula chamou, para os BRICs e não para o olhar cobiçoso de Loyd Austin e a generala Richardson.

A Colômbia vive hoje acuada pela poderosa burguesia transnacional pró-norte-americana coligada com a própria oligarquia colombiana. A Colômbia tem sido gestada há décadas como um porta-aviões territorial do próprio Comando Sul, bases norte-americanas se instalaram em seu território; juízes, policiais, forças armadas, diplomatas, tecnocratas etc foram formados e ligados aos Estados Unidos.

Bolívia e Venezuela são os dois cenários que poderíamos chamar de elos decisivos na cadeia de suprimentos do imperialismo em sua política de unipolarização frente ao avanço do multipolarismo com sua inevitável decadência do hegemon global.

O país caribenho, Venezuela, tem a maior bacia petrolífera do mundo, e o país andino, Bolívia, possui a maior bacia de lítio do mundo. Ambos os governos são acuados por sanções e guerras híbridas enfiadas na goela pelos bilionários norte-americanos. Ambos os governos precisam do auxílio político, produtivo, comercial e financeiro que pode ser aberto com suas entradas nos BRICS e, como contrapartida, estariam concentrando nos BRICS a maioria da capacidade energética mundial para o projeto multipolar.

São países pioneiros nas trocas comerciais com Rússia, China e Irã.

Um líder regional só lidera uma região ou bloco se for  uma barreira de contenção ao imperialismo unipolar, que o deep state norte-americano pretende impor à região. Questão é, o país do carnaval e de Pelé vai desempenhar o papel de sub-região? Aliado a uma volátil Colômbia, que controla as bacias do Orinoco e da Amazônia? Regiões chaves da AL? O Brasil vai agora como um peão dos ianques, vai entregar a região para os jogos do Deep State de saque e aprovisionamento? E quando o STF peita um bilionário voraz e sua rede social, o paulistano sai às ruas para defender esse bilionário! Tem solução um país assim dividido? 

O chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar disse que países como India e Turquia são de “alinhamento múltiplo”, manobram de modo flexível entre dois fogos, conforme sua própria conveniência, praticam uma certa margem de manobra, um jogo de cintura muito necessário quando se lida com os belicosos norte-americanos. Contudo, vejam, a Indi tem um imensa demografia e uma capacidade produtiva invejável, muito superior a do Brasil, e não que o Brasil seja fraco; e a Turquia, por sua vez, ela tem uma história de potência e de autonomia, já foi um império e acalenta ser a sede do califado islâmico universal. O Brasil pode ser visto como o ex- reino unido a Portugal e Algarves, época dos reis, depois se tornou quase que uma colônia da Inglaterra, cuja maçonaria derrubou o imperador d. Pedro II e enfiou uma república federativa aqui, época do café com leite, e, posteriormente, o Brasil vai se contentar em ser peão dos caprichos norte-americanos? 

O Brasil não é a Turquia nem a Índia, é o Brasil, tem uma história única e diferenciada, Poderá fugir de sua missão natural de líder regional, de articulador latino-americano, mas sua missão permanecerá a sua frente, aguardando sua boa vontade e consciência de si. 

Lula tem promovido uma ofensiva diplomática de política de integração, mas vem titubeando como arquiteto periférico da CELAC e da UNASUL, que ganharam relevância como plataformas para disputar um lugar no Conselho de Segurança da ONU. Ainda nos mostramos esperançosos na manutenção do MERCOSUL, um interlocutor regional frente aos polos comerciais e produtivos globais.

Tudo indica que a geopolítica brasileira está pensada como um elo de integração subordinado e discreto. Mais voltada para uma integração comercial, inter pares, do que para uma integração como líder e fomento de desenvolvimento autônomo e soberano. O Brasil insiste em fazer acordos de livre comércio com a União Europeia, tudo bem, mas sua missão junto aos BRICs não pode ser relegada a um 2º plano.  

Chavez pensou o Banco do Sul, Xi Jinping e Putin estão fazendo, o Brasil precisa de estratégia, e de visão geopolítica nessa política que teria colocado a América Latina em outra situação geopolítica, mais forte, mais livre e mais soberana. 

O que hoje é anunciado como uma  "vitória sobre o dólar" mediante cestas de moedas ou sistemas de comércio com moedas e mecanismos de compensação fora do Swift e do dólar, foi pensado bem antes, aqui na AL, a moeda SUCRE, proposta por Chavez, em 2010, uma moeda comum para Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, recebeu vários obstáculos da parte do Brasil, de Lula, Dilma, bom, esses obstáculos não existem mais no que tange ao Banco dos BRICS.

O Brasil assiste em berço esplêndido o  golpismo no Peru, o intervencionismo na Bolívia e na Guatemala, defende órgãos ianques, excepcionalistas, colonialistas como a OEA. Está em mas relações com a Nicarágua, Lula prefere xingar Ortega, assim como já havia feito contra o Maduro. A grosseria não é coisa de estadista mas de velho acuado, para não dizer decadente. Este lula que está aí, alienado em relação ao papel do Brasil junto aos BRICs não terá o meu voto em 2026. É preciso olhar para o futuro, e o futuro não consiste em puxar o saco dos EUA em detrimento da própria AL. 




BRICS 

O Brasil é a única expressão sul americana nos BRICS, a Argentina rejeitou o bloco devido a ordens de Deus chefes jázaros em Israel e EUA. O Brasil é o país com maior inserção no âmbito de influência atlantista dentro dos BRICS, lembrando que os BRICs são todos da Ásia ou do Sul Global.

O Brasil está à frente do Novo Banco de Desenvolvimento e Investimentos dos BRICS, com Dilma Rousseff presidente. Banco cujas competências permitem assistir financeiramente países endividados e financiar obras de infraestrutura. O governo de lula parece não se ter dado conta da importância do Banco dos BRICS na construção de uma engenharia financeira para a nova ordem global.

A participação permanente do Brasil país em fóruns internacionais dos EUA expõe a submissão da diplomacia brasileira, e, sobretudo, a intenção de jogar nos dois times, que se tornam cada vez mais antagônicos.

A ausência da China em âmbitos como o G7 ou o envio apenas de missões secundárias, digamos, para constar, revela o desinteresse do eixo sino-russo pelos espaços dominados pelos atlantistas, privilegiando suas próprias cúpulas dos BRICS, bem como a Organização de Cooperação de Xangai, e outras instâncias.

O Brasil ficou em cima do muro na guerra da Ucrânia, propôs-se até a organizar uma espécie de Clube da Paz.

Com a China, cometeu um gesto beligerante, um tanto estupido, que foi a designação, em junho passado, de um embaixador do mesmo nível hierárquico do chefe da missão brasileira na China, para atuar em Taiwan. Isso foi um desrespeito a China, um desrespeito à tradição diplomática tradicional de respeitar o princípio de “uma só China”. A China está observando o Brasil. 

A manifesta intenção franco-europeia de internacionalizar a Amazônia, sob o tacão naonazi da OTAN é uma afronta à soberania brasileira. Macron é um tipo cada vez mais distópico e desesperado para implantar a agenda da monarquia khazar, da City de Londres. 

A trajetória do atual governo é portanto de andar curvado numa corda bamba, segura por um lado pelos EUA e fo outro lado pelo mundo multipolar. O que obriga od militares brasileiros a promoverem os interesses do Comando Sul na Venezuela, por exemplo, em  Esequibo, na fronteira com a Guiana.

Mais cedo ou mais tarde, o Brasil terá que tomar uma decisão firme e clara, sem ambiguidade, porque não tem as capacidades de outras potências regionais para ganhar autonomia pretendendo seduzir a Deus e ao Diabo. 

«Mas porque és morno, e não és frio nem quente, estou a ponto de te vomitar da minha boca».

Vamos lançar alguma luz aqui sobre os rumos do Brasil e sua atitude de "rabo preso" com o hegemon. Não sejamos ingênuos,  Lula foi preso por ordem do Departamento de Estado, e isso após enfiarem aqui dentro o petrolão, o mensalão e a lava-jato, com a conivência de congresso e judiciário, ambos cooptados s submissos ao Departamento de Estado dos EUA, controlado por sua vez pela CIA e Pentágono.  E Lula foi solto por ordem do mesmo Departamento de Estado que o prendera.  Veja, nos dois casos o controle desse Departamento era dos Democratas, que de democráticos não têm absolutamente nada (os Republicanos também não tem absolutamente nada de democráticos.  Os EUA portanto tem lula na coleira, e mantém Bolsonaro como carta na manga se lula se fortalecer ou sair da linha. A fatura já está sendo cobrada, isso é do jogo, isso é a Realpolitik.  Portanto, o governo Lula tem pouquíssima margem de manobra bastante estreita. Mas tem um.podetoso aliado, sabe qual é? É o TEMPO. Os EUA estão fazendo das tripas coração para segurar o gigante chinês e a vitória da Rússia na Ucrânia. Quanto mais o tempo passa mais difícil será para os EUA, e sendo mais difícil para ele manterem sua hegemonia suas capacidades de nos causar dano ficam também mais difíceis. 

Convém lembrar que nos primeiros mandatos de Lula, período no qual Brasil cresceu muito, sobretudo na área de consumo e serviços,.os EUA estavam fazendo suas desgraças no Iraque e Afeganistão e não tinham tempo para nos causar malefícios. 




Jacó Sullivan 

O advogado khazar Jacob, vulgo “Jake” Jeremiah Sullivan, conselheiro de segurança nacional do que resta da equipe Biden, foi recebido recentemente pelo mandarim Xi Jinping, o qual que foi visto sorrindo mais do que o habitual nas fotos oficiais.

 O jornal globalista britânico Financial Times noticiou as anteriores reuniões secretas que Sullivan teve com Wang Yi, responsável pelas relações exteriores no Politburo do Partido Comunista.

 As entrevistas anteriores de Sullivan com Wang Yi em Malta, Viena e Bangkok foram mantidas em segredo até serem divulgadas pelo Financial Times.

 O jornal britânico The Guardian, ligado a George Soros, comenta que o mandarim chinês recebeu Sullivan de forma “surpreendente”.

 Desde a cimeira de Biden com o mandarim chinês em São Francisco, ambas as superpotências tentam, aparentemente, estabilizar a sua relação tempestuosa, como pode-se citar, as tensões sobre Taiwan – que para a China são inegociáveis; o Mar da China Meridional --- onde as Filipinas foram incitadas contra a China pelo Comando Indo-Pacífico dos EUA; a cooperação da China com a Rússia na guerra na Ucrânia, e o fluxo de ingredientes de fentanil para o México, de onde é exportado para os EUA.

 Registaram-se progressos na esfera militar e ambas as partes retomaram a comunicação.

 Sullivan declarou que não havia novos acordos sobre o Mar da China Meridional e que havia um “dar e receber vigoroso” nas questões de comércio e segurança económica.

O encontro de Sullivan com Zhang Youxia, principal conselheiro militar de Xi e vice-chefe da poderosa Comissão Militar Central do Partido Comunista, chamou a atenção. Mas a obsessão de Sullivan em tentar fraturar a relação estratégica entre a China e a Rússia atraiu ainda mais atenção, 60 dias antes das eleições presidenciais dos EUA e 50 dias antes da importante 16ª Cimeira dos BRICS em Kazan (Rússia).

 Sullivan pretende conectar a candidata Kamala com a China a partir de agora?

 Sullivan foi caracterizado como um russófobo radical e participou de forma hilária com Hillary Clinton, quando ela era secretária de Estado, no infeliz FAKE Russiagate, uma invenção lá da Hillária.

 Sullivan segue o caminho da “russofobia estratégica” traçado pelo antigo conselheiro de segurança nacional Brzezinski, quando com Jimmy Carter, e hoje tenta distanciar a China da Rússia.

 Hoje, a relação bilateral e complementar entre a Rússia e a China, para não falar dentro dos BRICS, é extremamente difícil de romper. Sullivan chegou muito tarde a Pequim.



Ucrania

As coisas desaceleraram um pouco nos últimos dias, à medida que os exércitos russo e ucraniano fizeram alguns reposicionamentos, um aproveitando os movimentos do outro e vice-versa. 

 Nomeadamente, a Ucrânia retirou algumas forças de Kursk e Ugledar – como a 72ª Brigada – para finalmente reforçar Pokrovsk. Como tal, a Rússia deslocou algumas unidades e isto teve dois efeitos imediatos: a direcção Pokrovsk abrandou ligeiramente devido ao influxo de novas reservas ucranianas, enquanto a direcção Ugledar foi activada inversamente quando os comandantes russos atacaram a retirada da unidade para capturar novos territórios. como a aldeia Preschistovka a oeste.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

IA determina a destruição em Gaza

O 404 e a Guerra Mundial