perdas humanas na Ucrânia

 ucrania

Desde o início da ofensiva da OTAN, em Kursk no dia 6 de agosto de 2024, houve inúmeras alegações do Ocidente anunciando o renascimento da "guerra de manobra".

Segundo as redes, a "guerra ofensiva" está de volta, a marketagem típica proclama que a Rússia não está pronta para os estilos "dinâmicos" de operações da "OTAN".

Os vendedores do Pentágono, agentes da Raytheon, Lockheed, Northrop pregaram a "surpresa" tática como a vitória final de Zelenski e blá, blá, blá, black is beautiful, make America great again etc.

 Figuras como Mick Ryan foram rápidas em exaltar essa conquista:

Apareceu um relatório sobre a "guerra de manobra" algumas semanas após a operação Kursk. Propaganda é tudo na mente demente do ocidente coletivo, propaganda destinada a vender a vitória e a superioridade ucraniana como um incentivo moral.

Mas do que realmente se trata?

Em resumo: a Ucrânia escolheu uma área rural, inútil e desabitada, e enviou brigadas de elite contra guardas esparsos de fronteira. A tal "guerra de manobra" é uma ideia interessante para história em quadrinhos ou álbum de figurinhas, só não é "guerra de manobra", manobra contra quem? Contra vilarejos rurais? 

"Guerra de manobra" na arte operacional militar consiste em derrotar exércitos inimigos. Quando você está manobrando em um lugar onde nenhum exército existe, você está literalmente sendo usado como um boneco, uma marionete, da grande mídia, que vende armas para teu chefe aí, o capo Zelenski. Na prática da vida militar efetiva, vc não está realmente realizando nada. 

Bom, mas na sequência o que aconteceu? 

Vamos ver como anda o jogo de war.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prepara mais uma "grande mudança no ministério do seu governo" antes de visitar seus chefes, lá nos Estados Unidos, no final deste mês. A mídia explora como se fosse a notícia mais importante da história da humanidade que talvez, talvez, pode ser que o Ministro das Relações Exteriores, Kuleba, seja aposentado! O fato é que houve várias demissões, dentre elas a do "Ministro das Indústrias Estratégicas", Oleksandr Kamyshin, encarregado da produção de armas. Um terço dos cargos de gabinete estão vagos nesse momento, alguém se habilita? Algum mercenário com passaporte inglês, talvez? 

O escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas disse que está analisando a proibição de Kiev à Igreja Ortodoxa Ucraniana

 Zelenski persegue a religião, como se não bastasse usar senhoras e velhos para lutar contra spetsnaz, preparados para trucidar seals e boinas verdes, o grande líder do Maidan não permite orar pela Ucrânia. 

Já são milhares de presos políticos ucranianos, acusados de "ameaça à segurança nacional", isso estaria preocupando o órgão de direitos humanos da ONU.

Voltando à questão militar, olha só,

as Forças russas atacaram com mísseis balísticos Iskander, Kh-101, Kh-22 e Kinzhal durante nesta semana. Um dos alvos foram as instalações das oficinas ferroviárias, depósitos de materiais e a Base Aérea em Lviv, no oeste da Ucrânia. Mísseis também foram lançados contra a base aérea de Dolgintsevo e o Hotel Arena (utilizado como instalação do 8⁰ Regimento de Operações Especiais), tudo na cidade de Krivoy Rog. Drones de longo alcance têm sido lançados contra o território russo, então os russos revidaram em Kiev, Odessa, Zaporozhzhya e Pokrovsk. Na cidade de Poltava existe centro de treinamento da Força de Sistemas Não-Tripulados, ucraniano, foi destruído pela Rússia, mais 50 mortos e 300 feridos. Há instrutores suécos, mercenários europeus etc, no local se ministrava um curso de radares e busca de alvos

Foram registrados combates também ao norte de Rabotino. As tropas russas continuam como uma pinça, em Vodiane e Prechistivka, que foi conquistada completamente. Fontes ucranianas dizem que a artilharia russa continua bate forte em Ugledar; 

Na Direção de Pokrovsk, o russo quer as cidades de Selydove e Ukrainsk, ao sul. Combates prosseguem em Hrodivka, onde as Forças russas avançam nas áreas urbanas. 

Na Direção de Chasov Yar, continuam os combates na margem oeste do canal, onde as tropas ucranianas oferecem forte resistência. Na Direção de Kharkiv, os combates urbanos continuam em Volchansk e Glubokoye;

Na direção de Kursk, continuam as tentativas das tropas ucranianas de avançar no território russo, mas não há registro de nenhum avanço. A artilharia ucraniana continua a atacar posições das forças russas na zona fronteiriça, não há registros de outras ou novas tentativas de romper a fronteira em outros pontos.




Radoslaw Sikorski não está bem mentalmente. O cara que passou pela "educação" britânica de "elite", no Pembroke College, se ensina tudo exceto compreender o mundo exterior. Então, quando você, o produto dessa fábrica de diplomas, um nacionalista polonês, casado com uma russófobica de carteirinha, a Anne Applebaum, o que se pode esperar? 

Vamos ver este jogo por este ângulo, a OTAN não quer se envolver diretamente em um conflito com Moscou, disse o porta-voz da OTAN, este bloco ideológico e político liderado pelos EUA, conforme as declarações do ministro das Relações Exteriores da Polônia. Kiev pediu repetidamente a seus apoiadores ocidentais que abatessem mísseis e drones russos em seu espaço aéreo, pois suas próprias defesas aéreas se degradaram. Um pacto de segurança para esse fim foi assinado com Varsóvia, em julho. 

 “A OTAN não é parte do conflito e não se tornará parte dele”, disse um porta-voz do bloco à agência de notícias espanhola Europa Press, acrescentando que a responsabilidade do bloco é “prevenir a escalada”. Embora cada membro do bloco tenha o direito de proteger seu próprio espaço aéreo, eles devem “consultar” os outros quando isso “puder afetar a OTAN como um todo”, disse o porta-voz. Seus comentários seguiram uma entrevista do Ministro das Relações Exteriores polonês, o Radoslaw Sikorski ao Financial Times, na qual ele endossou a ideia de abater alvos russos no céu sobre a Ucrânia. “Quando mísseis hostis estão a caminho de entrar em nosso espaço aéreo, seria legítima autodefesa, porque uma vez que eles cruzam nosso espaço aéreo, o risco de destroços ferirem alguém é significativo”, disse Sikorski ao FT.

Sikorski, sendo um Ministro das Relações Exteriores do país que está concluindo sua desindustrialização e país este que nunca produziu nada que seja, digamos, avançado, em termos de defesa aérea, evidentemente não pode entender que:

1. A Polônia é livre para abater quaisquer mísseis russos que entrem no espaço aéreo polonês. É totalmente esperado da Polônia e é seu direito soberano. 

2. Se a Polônia decidir abater qualquer míssil russo que atinja alvos dentro das fronteiras polonesas, mesmo que seja perto das fronteiras da Polônia, é bom que se diga, qualquer sucata que a OTAN tenha fornecido à Polônia, em termos de defesa aérea, como o Patriot, ou o Aegis Ashore, são inúteis contra o Kinzhal, contra o Zircon, contra o Iskander e por aí vai.  

Sikorski e sua esposa estão raivosos por entenderem que o único trabalho dele e da Polônia na OTAN é ser submissa e humilhada pelo Tio Sam. Esse é seu papel. Os "voluntários" poloneses, mercenários, continuarão a ser mortos na Ucrânia, a troco de nada, não ganham nada com isso. A melhor coisa que a Polônia, "potência" militar de nível C ou D poderia olhar um pouco mais para o futuro e perceber que ser uma camisinha usada pelo tio Sam não traz nenhuma luz no fim do tunel ao poloneses. A reação da OTAN, em Washington, é claro, foi muito previsível, assim: cale a boca, Sikorski e fique em seu lugar, vc é ninguém na geopolítica. É chato assim. 

Enquanto isso, pasmem, os russos comuns gostam muito dos poloneses e da cultura polonesa, aliás, os memes poloneses são amados na Rússia. 



O candidato presidencial republicano dos EUA, Donald Trump, acusou a Ucrânia de encobrir o verdadeiro número de mortes no conflito com a Rússia. Trump afirmou que "os números de mortes serão muito maiores do que as pessoas pensam" e vai chegar a hora de "resolver" as baixas.

A Ucrânia não publica relatórios sobre o número oficial de mortes de civis, os números são difíceis de avaliar, não existem contagens independente, não sabem e decerto nem querem saber. Os últimos números divulgados em junho do ano passado colocam o número de mortes de civis 10.000 - no entanto, Oleg Gavrych, assessores do todo poderoso Zelensky, disse, na época que o número real era cinco vezes maior.

Informações sobre perdas de tropas são difíceis de confirmar, Zelensky disse, no início deste ano que eram 31.000, enquanto estimativas russas e estrangeiras indicam que é muito mais. 

"Eles mentem sobre os números", afirmou Trump no podcast. Diminuir o número é uma prática padrão para superestimar as perdas inimigas e subestimar as suas próprias perdas, durante as guerras.

Militares ucranianos culpam Zelensky pelas perdas e contratempos no campo de batalha. 

“Eles tentam manter os números baixos. Eles derrubam um prédio de dois quarteirões de comprimento e dizem que uma pessoa ficou levemente ferida. Não, não, muitas pessoas foram mortas, somente neste precio... , milhões de ucranianos já morreram, diz Trump.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos estimou o número de mortes de civis, desarmados, na Ucrânia desde o início do conflito em fevereiro de 2022 até 31 de julho de 2024 em 11.520. 

A agência observou que os números reais podem ser maiores. Autoridades anônimas dos EUA disseram ao New York Times no mês passado que o número de soldados ucranianos mortos durante o conflito é de 70.000.

 No podcast, Trump disse que o conflito com a Rússia é “uma guerra que não deveria ter acontecido”. Ele acusou a administração do senil Joe Biden de não ter evitado isso e disse que a situação está agora tão fora de controle que um acordo de paz “é um acordo muito mais difícil de fazer do que seria antes de começar”.




Essa semana, o governo da Nicarágua baniu mais de 1.500 Organizações Não Governamentais de vários tipos e deu início aos procedimentos legais necessários para garantir o confisco das propriedades dessas ONGs.

A medida tem sido tratada pela mídia de massa internacional como uma decisão unilateral de Daniel Ortega, pintado como “ditador”, em uma suposta investida contra a “sociedade civil”. Mas ela é apenas o fruto da aplicação ordinária de leis cuja aprovação e adoção se deu nos termos do ordenamento jurídico da Nicarágua, como a Lei de Regulação de Agentes Estrangeiros (Lei nº 1040 de 2020), e a Lei Geral de Regulação e Controle de Organismos Sem Fins Lucrativos (Lei nº 1115 de 2022), as quais impõem uma série de obrigações às ONGs, especialmente no que concerne natureza de atividades e necessidade de prestação de contas, sob pena de encerramento compulsório das atividades.

É difícil, portanto, falar em “perseguição” nesses casos específicos, e o drama gerado pela notícia do banimento das ONGs só existe porque as partes interessadas se sentem afetadas pelo encerramento das suas atividades.

Esse enfrentamento do governo nicaraguense às ONGs e outros tipos de organizações estrangeiras teve como ponto de partida o ano de 2018 e os protestos que desestabilizaram o país entre abril e julho daquele ano. As manifestações seguiram a lógica das revoluções coloridas, no que concerne o seu modelo de organização e viralização entre diferentes setores sociais, e apesar de começarem por conta de uma reforma do sistema previdenciário culminaram na exigência de renúncia de Ortega.

As manifestações, nas quais houve também recurso a um nível de violência que resultou em centenas de mortes, foram interpretadas pelo Estado como “tentativa de golpe de Estado” e, a partir de então, todas as associações que tiveram algum tipo de participação na organização ou mobilização de pessoas para participar nessas manifestações passaram a ser vistas com suspeita.

Daniel Ortega, à época, denunciou que os protestos foram orquestrados por pessoas que haviam sido profissionalmente treinadas em agitação política pela União Europeia e pelos EUA através de ONGs de “direitos humanos”, “jornalismo independente”, “feminismo” etc.

Nesse sentido, os eventos na Nicarágua seguiram um modus operandi bastante típico, por exemplo, do Maidan ou da Primavera Árabe, em que os mesmos tipos de atores são utilizados como ferramentas de doutrinação, manipulação e treinamento de cidadãos para que tentem desestabilizar o governo do próprio raiz a partir de manifestações justificadas por princípios e crenças liberais que estariam sendo violados.

É claro que, se o enfrentamento às ONGs tem sido uma constante nos processos soberanistas contra-hegemônicos ao redor do mundo, a partir do reconhecimento do papel que esses instrumentos têm na estratégia de hegemonia planetária unipolar, o caso da Nicarágua apresenta também contornos polêmicos por causa da questão religiosa.

É que muitas das ONGs fechadas pelo governo de Ortega desde 2018 são instituições religiosas, tanto católicas quanto evangélicas, ou associações pararreligiosas, como rádios, universidades, etc.

A história das relações entre a Revolução Sandinista e as organizações religiosas é complexa. Na época do processo revolucionário, uma parte da hierarquia católica ainda apoiava a ditadura de Somoza, enquanto uma outra parte do clero, em alguma medida influenciada pela Teologia da Libertação, apoiava os sandinistas.

O primeiro governo Ortega chegou, inclusive, a ter padres entre seus ministros, o que foi duramente repreendido pelo Papa João Paulo II pelo caráter supostamente socialista do governo sandinista.

Nesse sentido, a questão religiosa nicaraguense é definida pelas tensões entre um catolicismo popular, uma hierarquia que às vezes tende ao governo sandinista, às vezes tende à oposição e, um movimento evangélico de raízes estadunidenses tentando aproveitar as tensões com o catolicismo para crescer.

Precisamente por causa da tentativa de revolução colorida em 2018 e da suspeita de que algumas associações religiosas teriam tido participação, chegou-se a uma situação de extrema tensão entre a Nicarágua e o Vaticano, com diversas prisões e expulsões de diversos membros do clero.

Nesse sentido, ainda que seja possível compreender as apreensões do governo da Nicarágua pela possível instrumentalização de espaços e recursos de instituições católicas por forças subversivas antinacionais, é necessário o desenvolvimento de uma estratégia prudente para lidar com esse tipo de problema.

Uma consequência imprevista de não abordar essa controvérsia com a necessária delicadeza é que o vácuo deixado pela Igreja Católica e suas associações seja preenchido por seitas neopentecostais com vínculos diretos ou indiretos com o atlantismo e com o sionismo, como tem acontecido em boa parte da América Ibérica


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