LACRAÇÃO

Revista Sociedade Militar

por Sérvulo Pimentel 26/08/2024

Em entrevista concedida à TV BRICS, Julian Marco Barbosa Shorto, gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Centro de Engenharia Nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), destacou as principais iniciativas em energia nuclear entre os países do BRICS. Ele destacou a Rússia como a principal parceira do Brasil e mencionou a participação, ou possível participação, do Brasil em planos de investimentos e ampliação da energia nuclear. Julian falou sobre o domínio brasileiro no ciclo completo do enriquecimento de urânio, a necessidade crescente de energia limpa, e as pesquisas sobre pequenos reatores modulares.

Segundo Julian, a Rússia tem sido o principal parceiro do Brasil no setor nuclear. O IPEN mantém uma longa parceria com o Instituto de Engenharia Física de Moscou (MIFI), enviando alunos brasileiros para mestrados na Rússia. Ele mencionou que em breve será assinado um acordo de dupla titulação entre a Rússia e a Universidade de São Paulo, permitindo que os alunos brasileiros tenham diplomas de ambas as instituições.

“Temos uma parceria já há bastante tempo com o Instituto MIFI. Nós mandamos para a Rússia quatro ou seis alunos para fazer um mestrado. E agora a gente está para assinar um acordo de dupla titulação”, afirmou Julian.

Brasil e o ciclo completo do enriquecimento de urânio

Julian destacou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que domina o ciclo completo do enriquecimento de urânio, uma tecnologia essencial para a produção de energia nuclear. Ele vê este domínio como uma vantagem estratégica para o país nas parcerias internacionais, especialmente com outros membros do BRICS.

“O Brasil tem uma tradição na área nuclear e é um dos poucos países do mundo que domina o ciclo completo do enriquecimento do Urânio. Poucos países do mundo têm isso, então acho que isso é um aspecto que o Brasil pode colaborar bastante com os outros países do BRICS”, explicou Julian.

A necessidade de energia nuclear limpa

Com a crescente necessidade de descarbonização, Julian vê a energia nuclear como uma peça fundamental no futuro energético do Brasil e do mundo. Ele ressaltou que a energia nuclear é limpa, tem baixa emissão de carbono e é uma fonte confiável, especialmente quando comparada às energias renováveis, que são dependentes do clima.

“A energia nuclear é uma energia limpa, tem uma pegada de carbono baixa e ela fornece uma energia de base importante, porque as renováveis dependem do clima, da intermitência. Então, a energia nuclear fornece uma base importante”, destacou Julian.

Pequenos reatores modulares e Pré-Sal

Julian também mencionou que, assim como a Rússia e a China, o Brasil tem investido em pesquisas sobre pequenos reatores modulares (SMRs). Esses reatores são considerados promissores por sua capacidade de fornecer energia em áreas remotas e de difícil acesso. Além disso, o Brasil está estudando o uso desses reatores na exploração de petróleo no pré-sal.

“O mais promissor são os pequenos reatores modulares. Tanto a China quanto a Rússia, o Brasil tem pesquisado também nessa área. Eu acho que isso vai trazer uma nova vida para o setor. Porque esses reatores vão poder gerar energia em áreas distantes, remotas, de difícil acesso”, finalizou Julian.




China

Falar sobre o poder e a influência da classe média chinesa no consumo interno do país.

Superando as expectativas de projeção do mercado, a economia chinesa registrou um crescimento de 5,3% no terceiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2023, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Esse crescimento tem sido impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo investimentos em infraestrutura, industrialização acelerada e uma crescente classe média que está estimulando o consumo interno e o desenvolvimento econômico do país.

Em 2023, por exemplo, o consumo final representou 82,5% do crescimento total do Produto Interno Bruto (PIB) da China, com as vendas no varejo atingindo um recorde de 47,15 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 6,5 trilhões). Com o aumento da renda e da classe média, os chineses têm mais dinheiro para gastar em uma ampla variedade de produtos e serviços como varejo, setor automotivo, tecnologia, turismo e alimentação.

Veja também existe uma corrida do ouro: o que explica a alta do metal? Provavelmente ninguém produz mais e compra mais ouro do que a China, hoje. China supera mais um marco da meta de energia limpa antes do previsto. No momento há uma parada na expansão de usinas siderúrgicas (aço e derivados) 

O aumento do consumo também está ligado a mudanças demográficas e sociais na China. Com a urbanização em curso e mais pessoas migrando das áreas rurais para as cidades, há uma maior demanda por bens de consumo. A política de filho único, que vigorou por décadas, resultou em famílias menores, o que resultou em mais recursos para gastar com cada membro da família.

A atual classe média na China, está chamando a atenção do mercado global por seu imenso potencial de consumo. Eles têm um estilo de vida focado em viagens, estudo, saúde e consumo pensado, planejado, consciente. Com rendas estáveis e uma busca por qualidade de vida, essa nova classe média está impulsionando a transformação da China de uma potência manufatureira, fabril, para uma potência de serviços. Setores como assistência médica, educação, turismo, finanças e seguros estão entre as áreas de maior crescimento.

Esse aumento do consumo interno já tem repercussões globais, a China se tornou um mercado fundamental para empresas de todo o mundo. O governo chinês incentiva o consumo como uma forma de impulsionar o crescimento econômico, dentro de uma concepção possível, vamos usar uma palavra da moda, sustentável . Governo reduziu os impostos, expandiu os créditos ao consumidor, e investiu em programas sociais, isso trouxe segurança financeira para as famílias e propiciou uma educação ou gestão inteligente, voluntária, individual e coletiva. 

À medida que os chineses aumentam seu poder de compra, a demanda por produtos sustentáveis também cresce. De acordo com um relatório da Associação de Consumidores da China, 80,7% dos consumidores chineses são contra o excesso de embalagens. As empresas buscam se adaptar a novas demandas, adotam estratégias para reduzir despesas e melhor utilizar o custo de materiais, incluindo usar alternativas ecológicas ou biodegradáveis, em toda a cadeia de abastecimento.




Robert F. Kennedy Jr. diz que Donald Trump lhe disse esta semana que o ex-diretor da CIA Mike Pompeo "implorou" para que ele não divulgasse os arquivos de JFK.

O comentário veio durante a entrevista de RFK com Tucker Carlson, que chamou Pompeo de "criminoso".

"Fiquei surpreso que Trump não os desclassificou porque ele prometeu isso durante a campanha."

"Falei com o presidente Trump pela primeira vez sobre isso esta semana."

"Ele disse que Mike Pompeo implorou a ele... ligou para ele e disse que seria uma catástrofe divulgar isso."




A Ucrânia tem um “plano de vitória” que apresentará aos Estados Unidos, disse Zelensky em uma coletiva de imprensa.

De acordo com ele, a operação Kursk é um componente desse plano.

O segundo componente é “a posição estratégica da Ucrânia na infraestrutura de segurança global”. 

O terceiro é um “pacote poderoso para obrigar a Rússia a encerrar a guerra por meios diplomáticos”. O quarto é econômico.

“Apresentarei esse plano primeiro ao presidente dos EUA, pois seu sucesso depende dele - se conseguiremos o que está no plano ou não, e se seremos livres para usar o que está no plano ou não”, declarou Zelensky.

Espera-se que o plano seja mostrado a Biden, a Harris e Trump




"Paris estava apenas esperando uma grande oportunidade" para reprimir Pavel Durov e seu império rebelde de mídia social, disse Pepe Escobar. 

"Durov se tornou cidadão francês há 3 anos, isso antes do lançamento do SMO — por meio de um programa especial de "estrangeiro eminente" criado pelo Ministério das Relações Exteriores. Muito poucos são elegíveis; apenas um "estrangeiro francófono que contribui por meio de sua ação eminente para a influência da França e a prosperidade de suas relações econômicas internacionais". Bem, nenhuma "ação eminente" foi suficiente para mantê-lo longe de uma prisão francesa".

 "As acusações contra Durov reveladas pelo Procurador da República da França devem ser destruídas no tribunal por qualquer equipe jurídica de primeira linha. Essencialmente, as alegações são de que o próprio Durov é responsável por aqueles que abusam do Telegram. Ele é "cúmplice" de todos os delitos sob o sol - de fraude organizada a tráfico de drogas - até uma acusação nebulosa de fornecer serviços criptografados sem uma "declaração certificada". As acusações sobre a falta de moderação do Telegram são falsas. Por exemplo, o Telegram censura ativamente a correspondência dentro da UE; os residentes da UE não podem acessar inúmeros chats e canais. Além disso, o Telegram não está preocupado com a recente lei kafkiana da UE contra as mega redes sociais, porque ele abriga menos de 45 milhões de usuários europeus por dia"

"O atual sistema de censura europeu não tem acesso ao conteúdo do Telegram. O Telegram mantém seus próprios servidores ao redor do mundo, o roteamento passa pela Amazon, Cloudfare e Google. Já o NSA dos EUA tem os meios para bloqueá-lo facilmente - se quiserem. 

A UE é um jogo diferente. Então aqui o eixo Bruxelas-Paris quer ter algum controle sobre o Telegram – e as redes sociais em geral”. 


Acredito que Bolsonaro tenha dado conselhos a Marçal, segundo este disse quando almoçaram juntos, três conselhos, que Marçal teria seguido à risca. Tenho quase certeza que um desses conselhos foi, "entra no debate metendo o malho nos adversários". Eu disse que a lacração em nome dos "valores conservadores da direita" são uma faca de dois gumes, pode atrair muitos eleitores, do próprio Bolsonaro, mas atrai aversão também, dos conservadores de mais idade, sem grandes ligações com as redes sociais e metidos antipolititica e antisistema. Eu, pessoalmente acho as propostas do Marçal interessantes, sobretudo as que envolvem tecnologia, câmaras nas ruas, pré-crime, sistema de transporte por teleférico, construção do maior prédio do mundo, criação de 3 milhões de empregos, de microempresarios, mas periferias etc. Só que eu sou suspeito para falar disso pois eu defendo tecnologia e parceria público-privada, mas o outro lado , o da lacração, realmente rejeito. simplesmente não acredito que lacração faz alguém ir para a direita, ou corrige alguém, não é didático, Marçal olhou seus adversários como inimigos e inferiores, acho que ê uma tática arriscada, mas quem sou eu na fila do pão? O cara é um gênio das redes sociais, dos cortes, das replicacoes e memes sem fim, sem falar de seus cursos, nos quais, sem dúvida, existem coisas boas, ninguém vai negar. Então é uma situação dúbia. Perguntado a respeito o jurista, grande advogado, Ives Gandra, disse que não aprova o modo arrivista e lavrador mas considera injusto arrancar as redes de Pablo. Afinal, Pablo não conta com a dinheirama da classe política, com o trem da alegria do farto dinheiro eleitoral e partidário. Reinaldo Azevedo, Loryel Rocha e outros execraram o estilo do candidato. Vamos aguardar. 







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Wall Street e a 'revolução' russa

IA determina a destruição em Gaza

O 404 e a Guerra Mundial