CRESCE O DECLÍNIO DO OCIDENTE

 xeque mate global


Desdobramentos bélicos em três frentes, Ucrânia Oriente Médio e Taiwan estão em execução. Dois desses catalisadores avançam mais rápido, Ucrânia e oriente médio, com um deles tendo um potencial devastador maior ainda, no caso, a Ucrânia. Aproxima-se um momento crítico. Um paradigma da arte da guerra afirma que nunca se deve encurralar o seu oponente deixando-o alternativas, a não ser atacar principalmente se ele tiver condições de revidar de forma devastadora. A exceção a essa regra é se você quer ser atacado e obter esse resultado para acelerar um certo cenário. Putin pode tolerar muita coisa, com frieza estratégica, mas não aceitará perder a mística da liderança perante a sua população. Ele tem a sua disposição o maior arsenal atômico do planeta, equipado com mísseis hipersônicos para os quais a maioria dos seus inimigos, incluindo a Europa, não tem defesa. Os Estados Unidos e o Reino Unido parecem agir como se tivessem essa defesa. Daí a incursão da Ucrânia apoiada pela OTAN, para dentro de uma pequena parte do território russo ultrapassa um simbólica linha vermelha, muito viva  na mente russa. Uma linha vermelha se rompeu quando a Ucrânia atacou dois radares russos vitais, do sistema de alerta de ataques nucleares, agora rompeu uma segunda linha vermelha ao adentrar com tropas no território russo. 12000 soldados invadiram pequenas aldeias e uma vila na região de Kursk, na Rússia. Na primeira invasão ocorrida na Segunda Guerra Mundial, esta região de planícies, pouco povoada, cabe lembrar que em julho de 1943, nessa mesma região, na batalha de Kursk, 800.000 soldados alemães partiram para uma ofensiva na chamada "operação cidadela" confrontando-se com 2 milhões de soldados russos. Os alemães uns 10km ao norte e 35 km no sul. Os russos contra-atacaram, operação conhecida como kutuzov, e saíram vitoriosos. Os solos continham milhares e milhares de cadáveres dos dois lados. Agora vamos pensar, será que 12.000 ucranianos e mercenários europeus, americanos, estrangeiros etc, serão capazes de tomar a Rússia? Veja, para fins de comparação, a Rússia controla uns 20% do território da Ucrânia, então, se as forças de zelenski ocupado aquilo que ele diz ter ocupado, isso corresponderia a 0,006% do território da Rússia. Estima-se que 120.000 russos, civis, foram evacuados da região. Parece que essa ação midiática do ditador zelenski não vai mudar rumo do conflito, entretanto esta incursão da OTAN usando os ucranianos incomodou bastante as autoridades russas. A resposta da Rússia será rechaçar o avanço, o que já parece se ter efetivado. Por outro lado, no donbass, na Ucrânia, as forças da Ucrânia explodiram mais uma ponte, a terceira ponte tentando evitar o cerco russo, os russos fazem um movimento de pinça para isolar o efetivo ucraniano das linhas de suprimentos, os russos farão o mesmo que fizeram com Napoleão e Hitler, mas num contexto bem menor.  Alguns analistas dizem que as chances do exército ucraniano vencer o exército russo e permanecer no território sejam próximas de zero, mas na guerra nunca se sabe exatamente o que vai acontecer, os observadores dizem que o avanço ucraniano é uma manobra midiática estratégica, para que a Ucrânia chegue à mesa de negociações com algo para oferecer, em troca da paz, foi o que saiu no Washington Post. O exército russo segue avançando dentro da Ucrânia em várias regiões. A Sky News relatou que tropas ucranianas usaram tanques challenger britânicos durante a ofensiva transfronteiriça na região de kusrk, o Reino Unido, cada vez mais sujeito a convulsões sociais internas, confirmou que a Ucrânia está livre para usar armas britânicas em território russo, a propósito, estrangeiros lutam ao lado dos ucranianos mostrando o envolvimento direto da OTAN, contudo analistas militares questionam a estratégia ucraniana de sacrificar suas melhores unidades de combate numa frente impossível de ser mantida e que irritou profundamente as autoridades russas e que agora não estão mais dispostas a negociar a paz como antes. The economist publicou uma matéria dizendo que a iniciativa do ataque foi do general traidor russo, chefe do exército ucraniano, este general, Alexander, passou para o lado ucraniano parece que em função de uma demissão. The economist descreveu o plano como uma aposta nascida do desespero. O fato é que os dois objetivos da incursão ucraniana não foram atingidos, não facilitou um acordo de paz e não deteve o avanço russo no donbas, pior, as unidades de elite ucranianas que participaram da invasão estão, boa parte, derrotadas e mortas à beira do caminho. Contudo, há que se dizer, a invasão por forças ucranianas revelou uma evidente falha ou negligência da inteligência russa que não verificou o acúmulo de tropas ucranianas perto da fronteira, outros afirmam que a inteligência avisou mas foi ignorada pelos militares russos da cúpula que querem endurecer o conflito. Esse problema pode causar o afastamento do General gerasimov, ora, uma invasão ao território russo não acontecia desde a Segunda Guerra Mundial. Um acordo de paz parece muito distante agora. O ato ucraniano nas aldeias foi classificado como um ato terrorista, e o comando da operação de expulsão está agora com alexander bikov do FSB, agência de inteligência russa. Pode haver a convocação de Suroviquim, general linha dura, também conhecido como general armagedon. Biden aproveitou para lacrar, se gabando de criar problemas para Putin. O governo sionista de biden também prometeu mísseis de cruzeiro de longo alcance à ucrânia. A Ucrânia, segundo fontes de inteligência russas, pretende fazer um ataque nuclear à usina nuclear de saparov em energodar, ou então a central nuclear de kusrk em kurchatov, ambas alvos de um possível ataque, para este tipo de ataque, cujo objetivo é causar uma reação nuclear da parte da Rússia, as armas seriam fornecidas pelos Estados Unidos, por Washington, pelo governo do Biden, são informações obtidas de militares ucranianos capturados em Kursk. Por aí já se vê o grau de psicopatia que se tornou um modo natural de ser nestes nossos tempos bicudos.  A situação está se deteriorando e a tensão aumenta, Putin está pressionado e o Ocidente não tem limites. A ideia de um ataque nuclear russo a três capitais europeias com armas táticas ganha força em Moscou. Os mais moderados do Krenlim estão perdendo força, os episódios no kursk não ajudaram o argumento dos moderados no, a tríade suslov, karaganov e medvedev ganha força e mais adeptos dentro da estrutura de poder militar russa, não por acaso, o Financial Times divulgou recentemente que os russos fizeram planos para ataques avassaladores na Europa ocidental. O plano teria sido elaborado entre 2008 e 2014. De acordo com William Alberk, ex-oficial da OTAN, existem milhares de alvos mapeados em toda a Europa incluindo alvos militares e de infraestrutura civil, inclui a costa oeste da França, instalações militares na Noruega, Alemanha, Estônia, cidades portuárias britânicas e por aí vai. Jeffrey Li, especialista em controle de armas disse que os russos veem ogivas nucleares táticas como armas potencialmente vitoriosas em caso de necessidade. Os planos são de 10 anos passados, decerto já foram atualizados, até porque a opção na época, a inserção de ogivas nucleares em mísseis hipersônicos não estava disponível, agora é uma realidade. Evidente também que a OTAN usa essa profecia da Rússia atacar a Europa para gerar e justificar seus próprios ataques como esse mesmo aí de Kursk. Esse conceito de ataque preventivo foi alardeado por Bush e legitimado pelos Estados Unidos, daí que vários ataques ocidentais, o próprio Maidan quando deram o golpe de estado neoliberal na Ucrânia em 2014 partiu deste deste conceito de que a Rússia faria um ataque preventivo e blá, blá, blá, portanto foi uma ideia modelada para

justificar o avanço desenfreado da OTAN pela Europa do Leste, penetrando as terras asiáticas. A OTAN prega a balela de ser uma força defensiva, isso é evidentemente falso, trata-se de uma força ofensiva e que cometeu crime de guerra na própria Ucrânia forçando a Rússia a proteger suas minorias étnicas e autóctones. Os russos já entenderam que o Ocidente não tem mais limites e não vai parar a não ser que seja forçado a parar e daí desejar fortemente uma negociação. O russo tem sido pintado, desde 1991 como um fraco, o qual faz qualquer coisa para evitar um verdadeiro confronto, bom, é absolutamente banal e corrente o fato de que o ocidente não se importa a mínima com o povo russo, menos ainda com o povo ucraniano, em verdade, a elite bélica sionista e neocom norte-americana considera uma vitória ter jogado a Ucrânia contra a Rússia e vice-versa, no que, não podemos deixar de constatar, tem uma certa razão, a Rússia deveria ter se precavido, lá em 2014, mas vinha de duas décadas muito penosas e não pode evitar, além do mais, é sabido que o soft power, o poder da propaganda russa ainda peca por falta de penetração no ocidente, apesar que muitos ocidentais tem mais e mais se interessado pela Rússia e por seu modo de ser no mundo. É bom lembrar que um ataque tático da Russia a Europa colocaria a OTAN num pântano militar e inviabilizaria a eleição nos Estados Unidos. Putin está bem ciente disto e sabe que o plano dos globalistas é exatamente esse daí, contudo, em algum momento Putin terá de agir com mais contundência, está ficando sem opções políticas. Pode ser que a opção seja atacar entre 3 a 5 capitais européias (alguns dizem que seria Londres, Paris, Roma, e Berlim, e outros dizem que não seriam essas cidades, mas outras cidades, que essas cidades muito importantes seriam poupadas), uma segunda onda de ataques alcançaria dezenas de alvos em dezenas de cidades, agora sem poupar nenhuma instalação de infraestrutura como usinas termo-elétricas, represas, portos etc. Analistas dizem que o 2º ataque nunca seria necessário pois  Europa e a OTAN se curvariam totalmente à vontade da Rússia após o 1º ataque. Neste cenário terrível, somente o 1º ataque já seriam dezenas, talvez centenas de milhares de mortos, no caso de 2 ataques seriam milhões de mortos. Os russos têm milhares de mísseis nucleares que podem ser disparados de submarinos, aviões e navios, possuem silos terrestres, a marinha russa está treinada para lançar este tipo de míssel, medvedev vem alertando o ocidente sem parar, contudo, é deixado falando sozinho, por que? Ora, porque uma parte da elite globalista, de dominadores globais deseja ardentemente que a Rússia ataque a Europa com armas nucleares. A OTAN deixou claro que NUNCA vai desistir de destruir a Rússia e dividi-la em cinco países. Ora, vc deixaria isso acontecer se vc fosse o presidente da Rússia? Com certeza, não. Putin não deseja entrar para a história como um seguidor dos 2 líderes enfiados na goela dos russo pelo ocidente, Gorba e Yeltsin, dois neoliberais que destruíram a URSS e transformaram a Rússia num país capitalista e liberal. O presidente de Belarus, lukachenko, um aliado de Moscou disse que a invasão de korsk é uma tentativa de obrigar Moscou a usar armas nucleares contra a Europa e contra a OTAN. O uso de armas nucleares pela Rússia seria um presente de ouro para a campanha de difamação da Rússia perpetrada pelo Ocidente. Lukachenko também disse que a Ucrânia concentra tropas perto da fronteira com Belarus, daí que Putin, recentemente transferiu armas nucleares para Belarus, todavia, Putin disse várias vezes que não há necessidade AINDA de usar armas nucleares na campanha da Ucrânia. Eu não descartaria que Putinse achar que chegou a hora de agir com mais veemência, faça um ataque a partir de Belarus. Isso vai depender da pressão interna, para não ser acusado de não defender a Rússia e o povo Russo. Putin sabe que se há algo que pode derrubá-lo é ser acusado de DECÍDIA, de não agir, de procrastinar, de esperar a coisa piorar etc, etc. Então a situação é séria, eu já disse em outros vídeos que setembro é "mês de cachorro louco", pior se for o mês do urso acuado, que de louco não tem nada, aliás. As próximas semanas serão significativas e, com verteza, alguma decisão importante, de ação ou não-ação, será tomada. 

Um ponto importante, a Alemanha suspendeu toda a ajuda que ela prometera à Ucrânia, de acordo com uma reportagem no diário de Frankfurt, o Zeitung, importante jornal alemão, o governo pretende reduzir os gastos, ao mesmo tempo o governo alemão wdiz que os juros dos ativos russos estão congelados na Europa, e ajudaria a compensar essa restrição, ou seja, pretendem passar o dinheiro dos russos, de comércio lícito russo-europeu, dos bons tempos, quando compravam petróleo e gás barato, então vejam, pretendem dar um chapéu, de centenas de bilhões, na Rússia e, pior, pretendem enviar essa dinheirama para o banco central da Ucrânia, para o Zelenski. Mas, agora vejam bem a trama, as ações das empresas de defesa alemã caíram assim que veio, de lá do tio Sam, a notícia de que foi Zelenski que destruiu o gasoduto nordstream, não foram os russos que explodiram o gasoduto. Bom, a Alemanha é o país europeu que mais enviou recursos a Kiev, e parece, para variar estar, mais uma vez tomando o caminho errado na história, para que esse é seu papel mesmo. No meio desse imbroglio, um importante relatório militar dos Estados Unidos mostra que os Estados Unidos não será capaz de atender as necessidades de equipamentos, tecnologia e munições em caso de um ataque nuclear russo à Europa. É pior, Eric Edelman, do partido republicano e ex-secretario de defesa, disse ao comitê de serviços armados do senado dos Estados Unidos que a China está ultrapassando os Estados Unidos em desenvolvimento militar, além do mais as parcerias estratégicas entre China, Irã, Coreia do Norte e Rússia são superiores aos EUA, ou seja, esses quatro países trabalhando juntos venceriam os Estados Unidos de uma forma sem precedentes, e isso seria o declínio inexorável do Ocidente.  

Bom, eu já trouxe essas informações para o canal no vídeo de ontem, mas vamos estender um pouco quais são as causas reais do declínio do Ocidente e sua “falência moral”. O Estado de Bem-Estar Social, o welfare state, aqui no Brasil é chamado de "política assistencial" ou política pública e social, pois bem , o bem-estar social está sendo sistematicamente destroçado, as condições de vida estão caindo em 90% dos países. Novos modelos de celular não vão poder impedir a aproximação do colapso da democracia

Se existe algo como uma marcha para a frente do progresso humano, ela não apenas parou, como está dando marcha à ré. Um relatório recente da ONU, pouco discutido, mostrou que o índice de desenvolvimento humano, o IDH, diminuiu em 90% dos países por dois anos consecutivos, uma queda sem precedentes em mais de três décadas. A pandemia e operação militar especial da Rússia na Ucrânia tiveram um papel significativo, mas a queda também foi consequência de “grandes mudanças sociais e econômicas, mudanças planetárias perigosas e avultamentos maciços na polarização política e social”.

Alguns poderiam pensar que essa ideia de “declínio do Ocidente” seria uma pauta da direita reacionária, que culpa, comumente, a decadência moral, o multiculturalismo e a reavaliação da história da Europa por nossa queda. Mas certamente que a culpa nessa história não é devido aos chamados "direitos das minorias", da "diversidade social" ou em função do reconhecimento dos crimes perpetrados pelo Ocidente a povos e continentes. Nossa sorte coletiva está virando dramaticamente. E essa virada foi produzida por um sistema econômico que prometeu liberdade pessoal ilimitada mas trazido insegurança e vigilância em larga escala, o que impacta sobremaneira o bem-estar emocional e físico e mesmo as circunstâncias materiais em que vivemos.

Tome uma medida básica: a vida e a morte. O governo do Reino Unido foi forçado a atrasar o aumento da idade da aposentadoria pelo Estado após uma queda na expectativa de vida sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial. Embora o índice tenha piorado com a pandemia, a expectativa de vida já vinha decaindo em muitas comunidades inglesas já há alguns anos antes da covide chegar às nossas costas. Nos EUA, a expectativa de vida diminuiu de 79 anos, em 2019, para 76 em 2021, a maior queda em um século.

E os sintomas de uma crise, de uma perda generalizada do bem-estar está portoda parte. Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a taxa de suicídio aumentou 30% nos primeiros 20 anos do século XXI. Ao mesmo passo, a “guerra às drogas” recrudesceu, aumentaram as mortes por abuso de substâncias ilícitas: nos EUA, o uso de drogas ilícitas e abuso de drogas lícitas cresceram exponencialmente, desde a década de 1970, impulsionando a queda na expectativa de vida, enquanto no Reino Unido atingiram o nível mais alto desde que os registros começaram. Karl Marx descreveu a religião como o “suspiro de uma criatura oprimida”: hoje essa é uma descrição mais adequada para a dependência em drogas, pela automedicação, pela aflição dos que perdem a qualidade de vida, por traumas familiares e profissionais, pelo desemprego e pela miséria. De fato, é difícil atravessar ileso o crescimento global na incidência de depressão, cujos números aumentaram em quase um quinto entre 2005 e 2015, e também aumentaram muito entre os adolescentes, nos EUA.

Observando os escombros deixados pela guerra mais sangrenta da humanidade há quase um século, um cidadão da Europa Ocidental, em 1945, teria ficado agradavelmente surpreso ao descobrir que os anos mais prósperos da história os aguardavam. Tal foi o aumento sem precedentes nos padrões de vida no Ocidente nas três décadas após a guerra, foram mesmo chamados de “Anos dourados”; os franceses disseram ser os “30 anos gloriosos”. No Reino Unido, houve uma queda acentuada nos salários na década de 2010, e todo o mundo ocidental começou um processo de estagnação. Antes da pandemia, o poder de compra dos trabalhadores estadunidenses quase não havia mudado nas últimas quatro décadas, mantendo um padrão de vida excepcional. 

É fácil seguir na ilusão de que o progresso segue normal, afinal, os chips de computador ficam menores; o processadores mais rápidos; os celulares mais dinâmicos, os carros são elétricos etc. Mas o avanço tecnológico não se traduz automaticamente em melhorias na condição humana. Em grande parte do Ocidente, a estagnação e o declínio se tornaram a característica definidora de nossa era. A política agora se tornou mais raivosa do que nunca, e polarizada, e a explicação para isso não está nas discussões e provocações das mídias sociais. A polarização foi provocada, foi estimulada, foi promovida, sobretudo na guerra-fria, e após o seu término, um rápido período de triunfalismo e unipolaridade, também marcado por um voraz liberalismo, privatismo e financeirização, já pronunciava uma grande fato, uma grande verdade, o crescimento do padrão de vida das sociedades ocidentais não está absolutamente garantido, não há mais o velho e bom otimismo de antanho. A ascensão do “livre mercado”, tal como nos foi prometido após a queda da URSS, deveria desencadear uma prosperidade sem fim. Mas enquanto a tão demonizada era de sindicatos fortes, nacionalização e estados de bem-estar social em expansão trouxe a maior melhora nos padrões de vida da história, o nosso modelo econômico atual está se decompondo ao nosso redor e vemos mais e mais pessoas em andrajos ou largadas em calçadas e periferias. Em ambos os lados do Atlântico, o crescimento econômico caiu enquanto se recuaram as fronteiras do Estado, e a limitação do crescimento dos ocidentais está sendo tragado, levado para as contas bancárias dos midas e magnatas.  

Os EUA já vivem a queda na expectativa de vida causada pelo aumento do uso de opiáceos. Empregos seguros e bem pagos já não são fáceis e abundantes, crescem as condições gerais para endividamento, insegurança e preocupação generalizada, a dependência química lícita e ilícita prospera na América. A crescente desigualdade social estimula a deterioração da saúde mental, as taxas de depressão estão correlacionadas com a diminuição da renda e com a baixa renda. A construção de moradias públicas está escasseando, a assistência social é questionada por uma classe média ressentida, a segurança que sustentou uma existência humana segura está sendo cortada ou eliminada.

Quais serão as possíveis consequências da decadência do mundo ocidental, em especial dos EUA e da Europa? A primeira e grande dificuldade dos EUA será a profunda e dolorida consciência de que o sonho acabou, não lá no fim dos Beatles, não, agora, na estagnação neoliberal e brutal concentração de renda e perda da qualidade de vida em geral.  

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