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OPERAÇÃO ATLAS

Exército Brasileiro continua a maior operação logística do ano: mais de 4.500 km percorridos por blindados, tropas e mísseis rumo à Amazônia Tropas, artilharia e engenharia seguem avançando pelo país na maior operação logística militar do Brasil em 2025 O Brasil está em movimento. Em 21 de agosto de 2025, o Exército iniciou a Operação ATLAS, uma das maiores demonstrações de força logística dos últimos anos. Tropas e blindados partiram de Porto Alegre rumo à Amazônia, numa viagem que atravessa milhares de quilômetros e conecta o extremo sul ao norte do país. Não se trata apenas de deslocar soldados. São colunas de viaturas pesadas, pontes móveis, tratores de engenharia, helicópteros e até lançadores de mísseis percorrendo estradas, rios e cidades brasileiras. Uma operação que prova, na prática, a capacidade do Exército de projetar poder a distâncias gigantescas e em regiões onde a selva desafia qualquer infraestrutura existente. A meta é clara: reforçar a defesa da Amazônia. A região, c...

OS EUA ESTÃO IMITANDO O MODELO CHINÊS

Trump está transformando guerras comerciais em extorsão corporativa, erodindo os pilares do livre mercado para imitar o controle estatal chinês. O dólar está perdendo sua aura de segurança, forçando os EUA a um capitalismo nacional onde o governo escolhe vencedores e perdedores. A repressão financeira e o mercantilismo estão retornando: preservação da riqueza em detrimento dos retornos, em um mundo dividido por blocos econômicos. Em uma mudança histórica, o governo Trump em seu segundo mandato está acelerando a erosão do capitalismo de livre mercado nos Estados Unidos ao adotar táticas de intervenção estatal que lembram o modelo chinês. Por meio de negociações diretas com gigantes como Nvidia, AMD e Intel, o governo está exigindo participação nos lucros, participações acionárias e "ações de ouro" em empresas estratégicas, priorizando a segurança nacional e a competição com a China em detrimento da liberdade empresarial. Esse intervencionismo, justificado como necessário para ...

PAZ FORÇADA

**A "Paz Forçada" e a Dependência de Terras Raras: Implicações Geopolíticas e Econômicas em 2025** No cenário geopolítico contemporâneo, a dependência de potências ocidentais, como Estados Unidos, Israel e Europa, em relação à China para o fornecimento de terras raras tem emergido como um fator determinante na estabilização de conflitos globais, promovendo o que se pode denominar uma "paz forçada". Este fenômeno, aliado a dinâmicas econômicas como a fraqueza do dólar e o aumento do déficit fiscal nos EUA, molda as perspectivas para os mercados no segundo semestre de 2025, com implicações significativas para a economia global e o equilíbrio de poder. ### Fatores Econômicos e a Estabilização dos Mercados Três elementos principais sustentam uma perspectiva otimista para os mercados financeiros no curto prazo. Primeiro, a depreciação contínua do dólar americano, um fenômeno historicamente associado ao estímulo do crescimento econômico global e à valorização de ativos de...

Brzezinski

  **A Relevância de *O Grande Tabuleiro Mundial* de Zbigniew Brzezinski na Geopolítica Contemporânea** Zbigniew Brzezinski, renomado politólogo e estrategista geopolítico de origem polonesa naturalizado estadunidense, é uma referência central para compreender a política externa dos Estados Unidos no período pós-Guerra Fria. Nascido em Varsóvia, emigrou para o Canadá após a invasão da Polônia em 1939, formou-se na Universidade McGill e obteve doutorado em Harvard, onde iniciou sua carreira acadêmica antes de lecionar em Columbia e Johns Hopkins. Como conselheiro de segurança nacional do presidente Jimmy Carter (1977-1981), Brzezinski desempenhou papel decisivo na normalização das relações com a China, nos Acordos de Camp David e no apoio aos mujahidin afegãos contra a ocupação soviética. Sua obra seminal, *O Grande Tabuleiro Mundial* (1997), publicada poucos anos após o colapso da União Soviética, oferece uma análise estratégica para a manutenção da supremacia global dos EUA em um m...

O DECLÍNIO DA DOUTRINA MONROE

A Nova Ordem Multipolar e os Corredores Geoeconômicos: O Declínio da Doutrina Monroe O cenário geopolítico contemporâneo, também profundamente geoeconômico, reflete a ascensão de uma ordem mundial multipolar, conforme destacado pelo *Financial Times*. Novos corredores econômicos, que conectam a Ásia Central à América do Sul, simbolizam essa transformação, desafiando paradigmas tradicionais de poder global. Um dos fatores que alimentam as tensões regionais, como o recente conflito de 12 dias entre Israel/União Europeia e o Irã, está relacionado ao corredor geoeconômico liderado por Rússia e Irã, com acesso ao Oceano Índico. O Irã, peça central na arquitetura econômica dos BRICS, fortalece sua relevância com a recente conectividade ferroviária com a China, consolidando sua posição como eixo estratégico do bloco. Na América do Sul, as dinâmicas geopolíticas também se intensificam. As críticas públicas do ex-presidente norte-americano Donald Trump ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula ...

Militares Brasileiros

 **Os Militares Brasileiros e a Democracia: Uma Análise Crítica das Contribuições de Maria Celina D'Araujo e Celso Castro** **Introdução** A relação entre os militares e a política no Brasil é um tema central para compreender a dinâmica geopolítica do país, especialmente no contexto da redemocratização pós-1985 e das tensões que persistem na consolidação democrática. Maria Celina D'Araujo e Celso Castro, renomados pesquisadores do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC/FGV), oferecem contribuições fundamentais para essa análise, examinando o papel das Forças Armadas na política, na sociedade e na defesa nacional. Este artigo, fundamentado em suas obras, adota uma abordagem científica e crítica para explorar como os militares brasileiros têm se posicionado na democracia, os desafios do controle civil e as implicações geopolíticas de sua influência, com ênfase em uma perspectiva dissertativa e formal. **O Papel dos Militares na Transição Demo...

ROTA CHINA-IRÃ

Dois fatores geoeconômicos importantes contribuíram para a guerra do genocida israelense Netanyahu contra o governo islâmico do Irã: as rotas ferroviárias que conectarão Pequim a Teerã e Pyongyang a Moscou. Em meio à fumaça espessa da guerra, Genevieve Donnellon-May (GDM) opinou no SCMP sediado em Hong Kong em 18 de junho que os “bombardeios israelenses são mais um desafio ao novo corredor ferroviário China-Irã, quando “semanas antes dos ataques aéreos, uma nova rota comercial terrestre foi lançada para ajudar o Irã a contornar sanções e promover suas ambições regionais”. O novo corredor ferroviário China-Irã tem 10.400 km de extensão, partindo da cidade chinesa de Xi'an — nota: uma cidade predominantemente islâmica que conheço muito bem e onde estão localizadas as famosas estátuas dos Guerreiros de Terracota — e isso reduz a duração logística para 15 dias, em comparação aos 40 dias do transporte marítimo. O GDM comenta que “esta é uma rota ambiciosa” que atravessa “Cazaquistão, Uz...